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O deputado Guilherme Derrite (PL-SP) protocolou a versão final do PL Antifacção na Câmara. O texto está em sua quarta versão, resultado de intensas negociações e críticas da Polícia Federal (PF) e do Planalto.

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00:00Agora duas horas e quarenta e sete minutos, vamos falar do projeto de lei antifacção.
00:05O deputado federal Guilherme Derriti protocolou agora há pouco na Câmara a versão final do texto desse projeto de lei.
00:13A Vitória Bel tá acompanhando e já tem os detalhes pra gente.
00:17Vitória inclusive tá numa coletiva, é isso? Do Cláudio Castro que tá falando nesse momento? Vamos ouvir.
00:23É isso mesmo, Márcia. A gente vai ouvir agora o governador Cláudio Castro sobre esse projeto antifacção.
00:31Cláudio Castro acabou de chegar aqui na Câmara dos Deputados.
00:34Dos grandes brasileiros, alguém que ainda que tenha um texto de convicção, ouve os outros estados, ouve os outros secretários.
00:41É muito desse texto. O secretário do Rio de Janeiro também participou dele.
00:46Então acho que agora é entender o texto final ali, pequenos ajustes que possam ter e ir pra votação.
00:53Tá tudo bem ser votado hoje. Vamos olhar agora o texto final só pra ver se teve alguma mudança ou não e colaborar aí pra gente poder fazer.
01:03Vocês não conseguiram avaliar nenhuma das mudanças feitas ainda nesse último relatório?
01:06Vamos conversar agora aqui, vamos bater um papo, mas o texto tá muito bom e eu acho que tá bem maduro pra votar. Obrigado, gente.
01:14Bom, Márcia, a gente ouviu então a palavra do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro.
01:20E eu aproveito também pra explicar pra vocês essas últimas mudanças que o relator Guilherme Derritio fez nesse projeto de lei antifacção.
01:28Esse projeto de lei que prevê centralmente aumentar as penas de líderes de organizações criminosas,
01:36mas precisava de alguns ajustes que vinham sendo cobrados pelo governo federal, pelo Palácio do Planalto.
01:42Entre essas modificações que Derriti já atendeu nessa quinta versão do relatório,
01:48está a possibilidade de apreensão imediata de bens ou ativos de criminosos que estejam em investigação,
01:56o chamado perdimento de bens.
01:59O que acontecia é que num relatório anterior, o Derriti tinha colocado que essa apreensão de bens
02:03só poderia acontecer depois de uma ação, de um trânsito em julgado, ou seja, no final da condenação.
02:09E estava preocupando o governo de que poderia, inclusive, atrapalhar investigações
02:14e atrapalhar a Receita Federal até mesmo em apreensões.
02:18Mas Derriti corrigiu isso e já colocou como possibilidade que um juiz pode sim assinar
02:22uma medida cautelar pra apreensão desses bens de integrantes de organizações criminosas.
02:28Em outro ponto, Derriti também corrige o encaminhamento de recursos pra Polícia Federal,
02:33que era outro ponto também reclamado pelo Palácio do Planalto.
02:37Esse, a apreensão de bens e ativos que gerem, portanto, recursos pras polícias civis
02:43e pra Polícia Federal deve ser encaminhado pro Fundo Nacional de Segurança Pública,
02:48que é um fundo que a Polícia Federal tem pleno acesso e, portanto, da forma como
02:52o Palácio do Planalto vinha cobrando.
02:54Eu também destaco uma outra mudança que ele fez nesse texto,
02:57que ele tá conceituando de forma mais detalhada o que é uma organização criminosa ultraviolenta
03:05ou então uma organização criminosa.
03:07Antes ele não fazia um detalhamento dessa caracterização
03:10e depois também de pedidos do governo, ele disse o seguinte,
03:14que se caracteriza como organização criminosa ultraviolenta,
03:19aquela que estiver entre... tiver um ou mais... tiver três ou mais membros, perdão,
03:24e que esses membros promovam grave ameaça, preguem violência e também controle territorial.
03:34Então ele já tá caracterizando melhor o que seria essa facção criminosa.
03:39E ele também coloca nesse texto que apenas o fato de você promover ou apoiar essa facção criminosa
03:45também já seria um crime previsto com uma pena aí de 12 a 20 anos de prisão.
03:51Se você é membro da facção criminosa e comete um crime,
03:55aí sim a pena será de 20 a 40 anos de prisão.
03:58Então a gente acompanha essa votação que deve acontecer até a noite de hoje, Márcia.
04:04Perfeito, Vitória Bel, muito obrigada pelas suas informações, pelos esclarecimentos.
04:10Se o Hugo Mota aparecer por aí, a gente quer falar com ele ao vivo,
04:13já deixo aqui esse pedido registrado, você avisa e o ao vivo tem sempre prioridade.
04:18Obrigada, viu, Vitória? Vamos chamar os nossos comentaristas agora,
04:21o Renato Dorgan e o Diego Tavares.
04:24Vou começar pelo Dorgan, pra gente avaliar essas mudanças frequentes no texto,
04:29alguns pontos são necessários, o governo critica um lado,
04:32os opositores criticam o outro,
04:36aí uns dizem que Derrite saiu enfraquecido.
04:39Como é que você avalia esse vai e vem
04:41num projeto que promete ser nossa,
04:44vai resolver o problema das facções no Brasil?
04:48E a gente sabe que não é simples assim, né, Dorgan?
04:50Não, eu acho que não é simples mesmo.
04:52O problema também não é nem de aumento de pena,
04:55eu vi que aí tem uma briga ali pelo aumento da pena dos criminosos,
05:01é muito mais a execução da lei de execuções penais.
05:04A lei de execuções penais que é a grande discussão,
05:06que é a redução de pena, que são as saídinhas,
05:09que são uma série de coisas ali que permitem
05:12com que o preso fique um mínimo tempo.
05:15Então, assim, a legislação brasileira até que é dura
05:18em relação ao crime.
05:20O problema é a lei de execução penal.
05:22É um problema muito mais de justiça e de execução da lei
05:25do que da lei em si, ok?
05:27O Derrite, do ponto de vista político, ele entra ali, né,
05:31no começo ali parecia que a oposição ia conseguir surfar
05:37em cima do que tinha acontecido no Rio de Janeiro,
05:39surfou bastante, o governo Lula se enfraqueceu um pouco
05:43em relação a isso, mas Derrite, quando entra na cena,
05:46mostra uma certa fragilidade de argumentos.
05:49Infelizmente, ele ali entra com algumas questões
05:52que não eram questões necessárias e também questões muito frágeis,
05:58como a questão da Polícia Federal, tirar a Polícia Federal
06:00de algumas fases da investigação,
06:04algumas questões ali como essa da apreensão dos bens,
06:07que é necessário você sequestrar, você bloquear bens
06:10dos líderes ali, das facções,
06:14ou de quem faz movimentação financeira
06:17para o crime organizado.
06:19Isso daí foi muito confuso, muito estranho.
06:21Hugo Motta interviu.
06:22Eu acho que, positivamente,
06:24eu acho que aí o governo entrou também
06:27e chegou ali num equilíbrio.
06:29Eu acho que assim, Lula começa o primeiro round
06:31perdendo ali com a questão do Rio de Janeiro,
06:35Derrite ganha o segundo round,
06:37perde o terceiro da aplicação,
06:40e vamos ver hoje, né?
06:41Vamos ver hoje como vai ser essa votação,
06:43se vai ser hoje mesmo.
06:44Dorgan, já já eu chamo o Diego Tavares,
06:46mas Hugo Motta apareceu e Vitória Abel está com ele,
06:49estamos correndo atrás dele, vamos lá, vamos lá, com ela.
06:52O presidente Hugo Motta,
06:54que não quis falar com a imprensa nesse momento,
06:56vai para a reunião de líderes discutir
06:57sobre o projeto anti-facção,
07:00a gente volta em seguida.
07:01Ah, perfeito.
07:02Ele fugiu.
07:03Não quis falar com ninguém,
07:04então, enquanto a Vitória corre lá,
07:06a gente volta com o Diego Tavares.
07:08Diego, quais os pontos que você acredita,
07:11realmente, que são os mais importantes
07:13para serem debatidos nesse projeto?
07:17E o que você vê a longo prazo?
07:18Porque parece que o projeto vai ser o começo
07:20dessa linha que é grande, né?
07:22Olha, Márcia,
07:24eu tenho dito,
07:25desde que essas confusões
07:26sobre esse projeto de lei acontecem,
07:28que nós não estamos numa briga
07:29pela melhor ideia,
07:31nós estamos numa briga
07:32pela paternidade desse projeto.
07:35O Renato Dorgan,
07:35que está aqui hoje com a gente,
07:37é um grande pesquisador do campo político,
07:39e ele sabe muito bem
07:40que a segurança pública
07:41é a grande pauta
07:42que vai render mais votos
07:44no ano de 2026.
07:46Então, o que os players
07:48do campo político querem
07:50é a assinatura no rodapé
07:53desse projeto.
07:54Ninguém vai querer admitir
07:55lá na frente
07:56que foi um opositor
07:58que o responsável
08:00por estabelecer um marco legal
08:02de combate às facções criminosas,
08:04porque isso dito de cima do palanque
08:06é algo muito forte.
08:07Então, eu vejo que todas
08:08essas questões que foram levantadas,
08:11algumas até corriqueiras
08:12quando nós falamos
08:13de projetos mais complexos,
08:15alterações no texto
08:16feitas pelo relator,
08:18modificações no texto,
08:20na etapa de acordo,
08:20tudo isso é muito comum
08:21em grandes projetos.
08:23O arcabouço fiscal
08:24teve muito disso,
08:25a reforma tributária
08:27teve muitas alterações
08:28antes de uma versão final
08:29ser de fato protocolada.
08:31Mas, no caso desse projeto,
08:32tudo isso está sendo maximizado
08:34em prol da narrativa política.
08:36E aí, eu repito aqui
08:37uma frase
08:38que eu sempre digo
08:39muitas vezes,
08:40infelizmente,
08:41que no Brasil,
08:42para que as pessoas
08:43tenham um bom resultado
08:45da produção legislativa,
08:46infelizmente,
08:47os políticos
08:47têm que ter um bom resultado
08:49eleitoral primeiro.
08:50Nesse projeto de lei
08:51antifacção,
08:52infelizmente,
08:53não está sendo diferente.
08:55Todas essas questões
08:56que são levantadas
08:57não são, de fato,
08:58problemas do projeto.
08:59São coisas que têm
09:00que ser debatidas
09:01porque é da essência
09:02do parlamento
09:03o debate.
09:03Tudo isso tem que ser construído
09:04justamente nas comissões
09:06e quando o projeto
09:07for levado efetivamente
09:08à votação.
09:09E vocês sabem,
09:10Dorgan e Tavares,
09:12que eu estive com o Lordelo,
09:14que é um doutor segurança,
09:15a gente entrevistou ele
09:17para o portal MD News,
09:18que é o meu portal
09:18de jornalismo colaborativo,
09:20e ele estava me falando
09:21um ponto que eu achei interessante,
09:23eu não sei se vocês dois concordam,
09:25mas que falta também
09:26um combate efetivo
09:27dessas facções criminosas
09:29dentro dos presídios brasileiros.
09:32O que eles fazem?
09:32Os grandes bandidos,
09:33eles ficam aglomerados
09:35nos presídios,
09:36compactuando,
09:37reformulando,
09:38fazendo tudo lá dentro
09:39com corrupção policial
09:40e também das pessoas
09:43que trabalham lá dentro.
09:44E aí acaba virando
09:45um grande sistema
09:46que favorece isso
09:48e ninguém combate
09:49esse núcleo
09:50que fica dentro
09:51dos presídios.
09:52Dorgan,
09:53você concorda?
09:54Concordo totalmente.
09:55E aí,
09:55e tem uma característica,
09:56mais ou menos
09:57depois de 2016,
09:582017,
09:59eles começaram a juntar
10:00os mesmos membros
10:01de facção
10:02nos presídios.
10:04Então,
10:04ah,
10:04esse presídio aqui
10:05tem muita gente
10:06do Comando Vermelho,
10:07então vamos deixar
10:09mais esse presídio
10:10para o pessoal
10:10do Comando Vermelho.
10:11nesse aqui,
10:12mais do PCC,
10:13naquele mais
10:13a Família do Norte.
10:15Então,
10:15eles acabam fazendo reuniões
10:16e acabam controlando
10:18todo o crime organizado
10:19de dentro dos presídios,
10:20inclusive os presídios
10:21de segurança máxima.
10:23Não se mistura mais
10:23com medo de brigas,
10:25de mortes ali,
10:26né,
10:26de problemas até
10:28de rebeliões,
10:28o que tinha muito antes
10:29de 2015,
10:31né,
10:31aquele trauma ali
10:32depois daquelas
10:33grandes rebeliões
10:33no Rio Grande do Norte,
10:35principalmente no Amazonas,
10:37e agora faz isso.
10:38Então, assim,
10:39é pior ainda,
10:40então os presídios
10:40acabam sendo escritórios
10:42ali do crime organizado,
10:44porque a própria facção
10:46ali está em grande quantidade,
10:49não se mistura mais
10:50as facções com medo
10:51de ter brigas
10:52ali nos presídios, né.
10:55E eu fui até pesquisar,
10:57Diego,
10:57a história do Comando Vermelho,
10:59e foi bem assim
10:59que eles começaram
11:00ali no presídio
11:01de Ilha Grande,
11:02que era um presídio
11:02mais afastado,
11:04para se proteger
11:05dos massacres,
11:06das humilhações,
11:07eles formaram
11:08o Comando Vermelho.
11:09E aí,
11:10como é que faz agora
11:11para tentar?
11:13O Lordello até me falou
11:14que queria que colocasse
11:15um em cada lugar,
11:16que tinha que separar,
11:17que eles não podiam conversar.
11:19É difícil também, né?
11:20É complexa a situação,
11:21Tavares?
11:22Sem dúvida nenhuma,
11:23Márcia,
11:24e para todo problema complexo
11:25sempre aparece
11:26uma solução simples
11:27e errada.
11:28No caso do comando
11:30que essas facções
11:31criminosas exercem
11:32sobre os presídios,
11:34a solução é muito complicada,
11:36mas eu acho que o que tem
11:37que começar a ser avaliado
11:38aqui no nosso país
11:39é, de fato,
11:40a construção
11:41de um mega presídio
11:42de segurança máxima
11:44unicamente para faccionados,
11:46onde esses faccionados
11:47não terão
11:47os mesmos
11:49benefícios penais
11:50que os presos comuns têm.
11:52O preso
11:53da facção criminosa
11:54não pode progredir
11:55de regime
11:55como progride
11:56o preso comum.
11:57O preso
11:58da facção criminosa
11:59não pode ter direito
12:00a tantos outros benefícios,
12:02enfim,
12:02que nós acompanhamos
12:03diuturnamente
12:03outros presos
12:05tendo,
12:05tal como aconteceu
12:06um pouco em maior escala
12:08em El Salvador,
12:09que já foi o país
12:10mais inseguro do mundo
12:11e hoje é o país
12:12mais seguro das Américas.
12:14Reconheço que o modelo
12:14deles tem problema,
12:16mas pode servir
12:16como um laboratório
12:17para que nós adaptemos
12:18a realidade brasileira.
12:20Nós precisamos
12:20prender essas pessoas
12:21e deixá-las
12:22sob um regime
12:22mais duro
12:23do que os presos comuns.
12:24e deixá-los
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