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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), confirmou a votação do Projeto de Lei Antifacção (que visa endurecer o combate ao crime organizado) para amanhã, terça-feira.

A decisão de pautar o projeto ocorre mesmo sem haver consenso entre as lideranças da Casa. Reportagem: Victória Abel.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/DxIKLFuHvS8

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Transcrição
00:00Obrigado pela sua audiência, pela sua companhia, uma ótima semana, direto para Brasília.
00:03Mesmo sem consenso, o presidente da Câmara, Hugo Mota, prevê votar o PL anti-facção nessa terça-feira.
00:11A proposta ainda deve passar por modificações.
00:13Repórter Vitória Bel, chegando com todos os detalhes, os bastidores,
00:17o Planalto prevê que o projeto deva fortalecer a PEC da Segurança e, mesmo sem consenso,
00:23ele vai colocar o PL em votação. Boa noite, bem-vinda.
00:30Boa noite, Tiago. Boa noite a todos que nos acompanham.
00:33Pois é, muitas camadas aí em torno desse projeto de lei anti-facção.
00:38Vamos começar com a possibilidade de votar amanhã.
00:41O presidente da Câmara dos Deputados disse que realmente essa proposta vai ser analisada no plenário da Casa,
00:48mas ainda existem muitas dúvidas em torno desse texto, falta de consenso e, inclusive,
00:54um texto que não agrada nem ao governo, nem a líderes de centro, nem mesmo também à oposição.
01:02Inclusive, o relator, Guilherme Derriti, deputado federal e também secretário licenciado de Segurança Pública de São Paulo,
01:09deve fazer novas alterações nessa proposta, portanto, deve ter um quinto relatório sobre essa matéria.
01:15E nesse quinto relatório, muito provavelmente, Derriti deve fazer, entre as mudanças, um pedido do governo
01:22que é de resgatar a possibilidade de apreensão de bens e ativos de criminosos investigados,
01:30suspeitos também, de forma imediata, por meio, por exemplo, de uma medida cautelar assinada por um juiz,
01:37sem precisar que essas medidas sejam, que isso seja passado por um trânsito em julgado,
01:44por um trânsito em julgado, perdão, ou seja, esperar o fim do julgamento,
01:48ou então uma outra ação civil, que era o que estava sugerindo Guilherme Derriti,
01:52que isso só foi que a apreensão de bens ocorresse apenas ao final do julgamento
01:57desses processos contra suspeitos de organizações criminosas.
02:02O governo, além de chamar atenção para isso, também continua chamando atenção
02:06para a distribuição desses bens e valores apreendidos para a Polícia Federal.
02:12O governo avalia que a distribuição que está sendo feita agora no relatório de Guilherme Derriti
02:18vai apenas para um fundo da polícia, mas precisa ir para outros que também são de suma importância
02:23para deixar a Polícia Federal com capital suficiente para andar com as investigações.
02:29Mais cedo, o líder do PT, Lindbergh Farias, defendeu até mesmo que Guilherme Derriti
02:35deixasse a relatoria do projeto diante aí de diversas idas e vindas de textos publicados por ele.
02:43Vamos ouvir um trecho.
02:44Nós queremos avançar.
02:46Agora, cada hora chega um relatório aqui.
02:49Já teve quatro relatórios, nós temos a espera do quinto relatório.
02:53Nós até topamos votar, mas tem que ter um acesso com o mínimo de antecedência,
02:59porque esse tema é um tema muito sério.
03:02Eu continuo com a opinião que se o presidente Hugo Mota quisesse corrigir essa confusão toda,
03:11essa bagunça, ele conversaria com o relator Derriti, explicaria as motivações
03:17e escolheria um outro relator, que não precisa ser nosso.
03:23Tem vários nomes aí de partidos do Centrão.
03:26É, e a gente já adianta que muito dificilmente isso vai acontecer, né?
03:34O Hugo Mota deu essa relatoria para Guilherme Derriti,
03:38depois de uma articulação feita com o presidente do PP, Ciro Nogueira,
03:41envolvendo também o líder do PP, doutor Luizinho,
03:44que é muito próximo do presidente da Câmara, Hugo Mota.
03:47Então, muito dificilmente Derriti deixaria esse cargo.
03:51Mas deve aí fazer novas alterações atendendo ao governo.
03:54E o que Lindbergh também falou é que, se Derriti conseguir ceder
03:59nesses dois pontos principais para o governo,
04:03que é financiamento da Polícia Federal e o retorno da apreensão imediata de bens e ativos,
04:09o governo e o Partido dos Trabalhadores, é claro, podem sim apoiar o texto do relator.
04:15Vamos ouvir.
04:16Se não recompor o orçamento da Polícia Federal,
04:19e se não voltar o texto original do perdimento de bens,
04:26eu não sei explicar o motivo,
04:28mas isso é proteção ao crime organizado.
04:33Se ele quer jogar duro no crime organizado,
04:35vai tirar que esse que é o maior instrumento é asfixia financeira.
04:39Então, esses dois pontos são centrais.
04:43E acho que ali, em relação ao PL e anti-facção,
04:47ele colocou no texto, de forma secundária,
04:50quando eu falo que tem um problema de técnica legislativa,
04:53é porque de fato tem.
04:54É, esse é um outro ponto também que o governo,
05:01principalmente integrantes do Ministério da Justiça,
05:03destacam que Guilherme Derritte até fez ali uma menção a facções criminosas,
05:08conceituou o que seria facções criminosas,
05:11mas não criou um tipo penal específico para integrantes de facções criminosas,
05:17prevendo aí uma pena específica para esse tipo de crime.
05:20O que Guilherme Derritte cria como tipo penal é o domínio social estruturado,
05:27que é, na visão do governo, uma definição muito ampla para esse tipo de crime.
05:32Mais cedo, também, o presidente da Câmara, Ogumota,
05:35afirmou o seguinte nas redes sociais.
05:36Segurança pública exige firmeza, mas também garantias e eficiência institucional.
05:42Por isso, inseri na pauta de amanhã, na Câmara dos Deputados,
05:45o marco legal de combate ao crime organizado.
05:49A gente lembra que essa matéria relatada por Derritte,
05:52ela deve aumentar a pena para integrantes de organizações criminosas
05:56para cerca de 20 a 40 anos de prisão.
05:59Além disso, também, Derritte quer mexer na progressão de penas
06:03e impedir, por exemplo, que lideranças de organizações criminosas
06:06tenham direito a anistia, perdão, indulto, entre outras coisas.
06:11O governo deve, portanto, analisar isso junto com Ogumota
06:15e com lideranças de partidos de centro.
06:17Amanhã, amanhã de manhã, já tem reunião de líderes marcada,
06:21junto com Ogumota na Câmara dos Deputados.
06:23Eles devem, então, novamente discutir em torno desse texto,
06:26discussão essa que deve levar todo dia para uma votação
06:29que provavelmente ocorrerá na noite desta terça-feira.
06:33O que a gente também destaca é que o Palácio do Planalto avalia
06:36que esse projeto antifacção, mesmo diante de todos os problemas
06:41e polêmicas em torno dele, deve fortalecer a PEC da Segurança,
06:46que é aquela proposta de emenda à Constituição
06:48que o governo também considera essencial para dar continuidade
06:53ao fim de mandato do governo Lula e também como uma espécie
06:57de propaganda e utilização na campanha política de reeleição em 2026.
07:02A PEC da Segurança que prevê, por exemplo, a criação,
07:06ou melhor, a criação, a constitucionalização de um sistema único
07:10de segurança pública que já existe, mas que estaria agora na Constituição
07:14e, portanto, poderia reunir sistemas, bancos de informações
07:18de polícias civis de todo o país e também da Polícia Federal.
07:23Tiago.
07:24Como você disse, Vitória, são muitas as camadas dessa discussão,
07:27então, até amanhã, muita coisa pode ser alterada
07:31nessa expectativa de votação amanhã à noite
07:33e a gente vai acompanhar se vota ou não vota amanhã mesmo.
07:36Bom trabalho para você, até daqui a pouquinho.
07:37Vou chamar já os nossos comentaristas, o Cristiano Vilela e o Acácio Miranda.
07:42Vilela, boa noite para você, bem-vindo.
07:44Bom, é um risco colocar um projeto desse tão importante em votação,
07:49sendo que as pontas ainda estão soltas e o governo nitidamente contrário,
07:54assim como os integrantes do Centrão.
07:57Bem-vindo, Vilela, boa noite.
08:00Tiago, uma ótima noite a você, ao Acácio,
08:02todos que acompanham o Jornal Jovem Pan.
08:04Olha, eu não vejo tanto risco, não vejo tanta celeuma nesse caso,
08:09no sentido de que já foram preparados vários esboços do projeto,
08:14do relatório que será apreciado pelo deputado De Ritchie,
08:18no sentido de que é um tema de extrema importância, extrema valia,
08:23se busca consenso em face de antagonistas.
08:26Então, é natural que um lado venha a apontar defeitos no material,
08:31nas teses, nas linhas defendidas pelo outro lado.
08:35E o que se busca desse texto é que se tenha um texto que efetivamente
08:39seja útil para combater o crime organizado.
08:42Se será votado no próximo dia 18 de novembro,
08:45se será votado na semana seguinte, no próximo dia 25 de novembro,
08:50eu vejo que isso é o de menos.
08:51O importante é que seja construído um consenso
08:55para que essa disputa saia do campo político
08:58e ela venha unificar o Estado brasileiro
09:01em torno das bandeiras de combate ao crime organizado.
09:05Então, vamos aguardar para que nessas próximas horas
09:07se construa esse consenso,
09:09mas caso não seja construído,
09:10eu não vejo problema nenhum de atrasar um pouco mais,
09:14mas deixar realmente um texto bem arredondado.
09:16Bom, Acácio, de qualquer forma, o presidente da Câmara
09:19está bancando essa possibilidade de colocar em votação
09:23e ele até diz que é talvez a maior resposta
09:27que o Congresso Nacional já deu
09:28no combate ao crime organizado.
09:30Boa noite, Acácio, bem-vindo mais uma vez ao Jornal Jovem Pan.
09:35Boa noite, Tiago, boa noite, Vilela
09:37e um boa noite especial à nossa audiência.
09:40Que é a maior resposta, Tiago?
09:42Ninguém tem dúvida.
09:43O que me preocupa realmente é se é a melhor resposta.
09:49Por quê?
09:50Nós já enfrentamos um problema relacionado à violência há muitos anos.
09:54Esta resposta já deveria ter sido dada há muito tempo.
10:00Não à toa, nas eleições nacionais de 2026,
10:04muito provavelmente, a grande pauta será a segurança pública.
10:09O que me preocupa é um projeto aprovado com todo este assodamento
10:16e um projeto polarizado.
10:19No fim do dia, esse projeto não tem como principal objetivo
10:23a população brasileira,
10:26mas tem um dos lados puxando para o seu lado,
10:29enquanto o outro lado, sem qualquer análise crítica,
10:34puxa para o seu.
10:35E no meio dessa confusão, mais uma vez,
10:38nós brasileiros somos vitimizados.
10:41Somos vitimizados pela violência e somos vitimizados por essa polarização.
10:48Até porque, se esse projeto não vier com qualidade legislativa
10:54e não vier com qualidade jurídica,
10:58ele trará uma falsa impressão de solução.
11:02Porque no dia a dia, pessoas serão postas em liberdade
11:06por conta destas falhas legislativas,
11:09processos serão anulados por conta destas falhas legislativas.
11:14Então, se o Congresso está bancando,
11:17que seja o melhor possível.
11:19Se não há consenso e, principalmente, se não há qualidade,
11:24é melhor que se espere mais uma semana.
11:27Mas se chegue a um resultado efetivo e necessário.
11:32Para fechar essa nossa rodada,
11:34de uma certa maneira,
11:35essa discussão pode ajudar
11:37na construção da PEC e da segurança,
11:40porque a gente sabe que existem muitas divisões,
11:43e não internas do Congresso Nacional apenas,
11:45mas também em relação aos governadores.
11:46E o ano já está acabando.
11:48Ano que vem é ano eleitoral
11:50para se votar um projeto tão abrangente e polêmico
11:52como esse, Videla.
11:55Olha, Tiago, eu vejo que sim,
11:57quando se trata do aspecto técnico da negociação,
12:00da discussão com relação
12:02àquilo que pode ser um instrumento mais bem acabado
12:06para dificultar a vida do crime organizado.
12:09A discussão que não leva a nada
12:10é aquela discussão da política pela política.
12:13da política apenas para apontar o dedo para o adversário.
12:17Especialmente nesse tema,
12:18que é um tema que será central nas eleições de 2026.
12:22Então eu vejo que é importante separar o joio do trigo.
12:25A discussão é bem-vinda,
12:26mas é a discussão com vontade de colaborar,
12:29e não a discussão para lançar a casca de banana
12:32para ver se o adversário escorrega.
12:34Obrigado.
12:35Obrigado.
12:36Obrigado.
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