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O Governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificou a articulação na Câmara dos Deputados para tentar retomar o texto original do Projeto de Lei Antifacção, em detrimento das alterações propostas pelo relator, Guilherme Derrite (Progressistas-SP).

O Planalto busca barrar as mudanças que endurecem o regime de cumprimento de pena e que tentam equiparar as facções ao terrorismo, um tema que gera controvérsia jurídica.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/j87YttU88Xk

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Transcrição
00:00Na semana está prevista a votação do PL antifacção na Câmara dos Deputados.
00:05A relatoria está por conta do deputado federal Guilherme de Ritch,
00:10secretário-cienciado de Segurança Pública aqui de São Paulo,
00:12e o governo ainda vê problemas no texto e quer retomar a proposta original.
00:19Vitória, Abel, queremos saber dos bastidores, você que está acompanhando todo esse embrólio,
00:25o primeiro, o segundo, o terceiro, o quarto relatório. Vitória.
00:30Pois é, Tiago, tantos relatórios e tantas versões, recus do relator Guilherme de Ritch,
00:40e é justamente esse vai e vem que, na visão do Palácio do Planalto,
00:44pode ajudar o governo nessa tentativa de retomar o texto original que foi elaborado pelo Ministério da Justiça.
00:51Vamos lembrar que o Ministério da Justiça propôs esse projeto antifacção logo depois da operação no Rio de Janeiro,
00:58que deixou mais de 120 mortos.
01:01E nesse projeto, o governo modificava a chamada Lei de Organizações Criminosas, lá de 2013,
01:08criando dentro dessa lei um tipo penal que torna crime apenas o fato de você pertencer
01:15a uma organização criminosa qualificada ou também chamada de facção criminosa.
01:21Para esse crime de pertencer à facção, a pena já seria de 8 a 15 anos de prisão.
01:27Muito bem, isso chegou no Congresso Nacional.
01:29Guilherme de Ritch foi, então, indicado o relator dessa proposta.
01:33Inicialmente, a gente lembra que ele queria incluir essa matéria, essas mudanças,
01:38até na lei antiterrorismo, o Planalto bateu o pé,
01:41até mesmo deputados de centro não concordavam.
01:43Ele recuou nesse ponto, também recuou em outro ponto,
01:47em que ele retirava a distribuição de recursos para a Polícia Federal.
01:51Distribuição essa que acontece quando existe a apreensão de bens e ativos
01:56das organizações criminosas durante as investigações.
02:00A partir de agora, então, nesse último relatório dele,
02:03esses bens serão divididos entre a Polícia Federal e a Polícia Civil.
02:07Mas o que ocorre é que, mesmo depois das mudanças,
02:11o governo chama a atenção, principalmente,
02:14para o tipo penal que não foi especificado nesse último relatório de Guilherme de Ritch.
02:19Ele diz ali, ele conta o que é uma facção criminosa,
02:22ele descreve que uma facção criminosa seria uma organização criminosa ultraviolenta,
02:28mas, para o governo, ele não coloca, ele não tipifica isso no Código Penal.
02:32Ele não cria isso como apenas o fato de você pertencer a uma organização
02:38como um crime que preveja prisão.
02:44O que o Guilherme de Ritch deixou ali, na lei de crimes hediondos,
02:48é o que ele chama de domínio social estruturado.
02:52E, para o Palácio do Planalto, isso ainda está muito genérico,
02:56cria dúvidas em relação a esse tipo penal,
02:59porque, inclusive, domínio social estruturado,
03:02um domínio ou controle de território,
03:04poderia até mesmo enquadrar movimentos sociais
03:07que utilizam dessa forma de controle territorial
03:10como forma de pressão, como forma de protesto.
03:13O governo também está preocupado com isso.
03:15Diante desse enfraquecimento de de Ritch,
03:18o Palácio do Planalto, até os integrantes aqui,
03:20auxiliares do presidente Lula, usaram a palavra desmoralizado.
03:24Disseram que Guilherme de Ritch está desmoralizado,
03:27está enfraquecido depois desse vai e vem,
03:30e que isso pode proporcionar, sim, ao governo retomar,
03:33se não tudo, o que é muito difícil,
03:35boa parte do texto original que foi elaborado
03:38pelo Ministério da Justiça.
03:40Um dos integrantes do Palácio do Planalto
03:43me disse ainda que Guilherme de Ritch foi rifado pela direita,
03:47porque vamos lembrar que ele foi designado relator
03:49a pedido da liderança do PP,
03:52a pedido da cúpula do PP, que é o partido dele,
03:54liderado por Ciro Nogueira, também, justamente,
03:58na visão do governo, como uma forma de projetar ele
04:00para as eleições de 2026.
04:03Mas, na visão do Palácio do Planalto,
04:05o tiro saiu pela culatra,
04:06porque de Ritch acabou ali criando uma grande confusão
04:09nessa relatoria.
04:11Um dos integrantes auxiliares de Lula disse o seguinte,
04:14que de Ritch está como elefante em loja de cristais.
04:17Foi a expressão utilizada aqui pelo Palácio do Planalto,
04:21que prevê que realmente a votação pode acontecer
04:25na semana que vem,
04:25se o Hugo Mota insistir para que isso aconteça
04:28na próxima terça-feira,
04:29mas vai fazer de tudo para que boa parte do texto
04:32do Ministério da Justiça seja retomado.
04:34Tiago?
04:35Pois é, então, talvez, na semana que vem,
04:37dependendo dos acordos e das costuras
04:40que vão continuar nesse fim de semana,
04:43na semana que vem a gente vai saber
04:45se efetivamente esse projeto será votado.
04:46Vitor Abel, com todos os bastidores,
04:48até daqui a pouquinho,
04:49deixa eu girar novamente os nossos comentaristas
04:52para saber, claro, sobre essa expectativa.
04:54Ô, Deise, depois de tantas idas e vindas
04:57falar em voltar para o relatório original,
05:01e há essa desmoralização mesmo
05:03do secretário licenciado aqui de São Paulo,
05:05Guilherme de Ritch?
05:06Tiago, eu não vejo essa desmoralização toda.
05:09Agora, esse vai e volta aí do projeto,
05:11ele é problemático, sim.
05:13Vamos lá, tem dois pontos aqui, né?
05:15O De Ritch, ele acerta quando ele fala
05:17que os bens apreendidos, eles vão ser destinados
05:20para a Polícia Federal, isso é um ponto positivo.
05:23E ele acerta também nessa definição mais exata
05:26do que são essas facções ultra-violentas.
05:29Agora, tem um ponto, assim, algumas camadas,
05:32algumas interrogações, elas ainda permanecem.
05:35Por exemplo, qual vai ser o papel da União,
05:37dos Estados?
05:38Esse sempre foi um ponto de interrogação.
05:40O PL não me parece resolver.
05:42A questão da autoridade,
05:44da limitação dos Estados nessas investigações,
05:47como que ela deve acontecer.
05:49Então, ainda são muitos pontos
05:51que precisam ser respondidos,
05:52e aí sim, o PL acaba perdendo força.
05:55É um desafio enorme tratar de segurança pública no Brasil.
05:59E esse PL, às vezes, me parece que ele vem
06:01com uma grande expectativa diante de um desafio
06:04que não vai se resolver assim, do dia para a noite.
06:07Então, me parece, Tiago,
06:07que não importa o que se faça,
06:10esse PL não tem a possibilidade
06:13de responder todas as questões
06:14e eu acredito, sinceramente,
06:16que ele vai acabar muito mais num PowerPoint
06:18do que efetivamente resolvendo
06:20o problema de segurança pública no Brasil.
06:22Ô, Vilela, o fato mesmo
06:24é que o governo não engoliu até agora
06:25a escolha que o presidente da Câmara,
06:28o Gumota, fez.
06:29Então, a gente vem sofrendo
06:30e vem acompanhando todas essas idas e vindas
06:34em relação a esse processo.
06:36E, de qualquer forma,
06:37imagino que o presidente da Câmara
06:40não coloque essa pauta em votação
06:41se ele perceber que não vai ter chance
06:44de ser aprovada.
06:46Exato.
06:46A crítica que o governo tem feito,
06:49a tentativa de desmoralização
06:51do material que está sendo produzido
06:53pelo deputado de Ritchie,
06:56ela vai no sentido de marcar uma posição
06:58e de procurar criar um selo de incompetência
07:02no parlamentar,
07:02que é, inclusive, candidato
07:04ou pré-candidato
07:05nas próximas eleições
07:07a uma posição majoritária,
07:09ao cargo de senador.
07:10Nesse sentido,
07:11o governo busca realmente
07:13marcar a sua posição
07:14no sentido de fazer
07:17com que possa ficar marcado
07:19no campo da oposição
07:20a marca de ser um grupo político
07:24que não tem competência
07:26para construir um texto necessário.
07:28Agora, isso me parece que em termos práticos
07:31acaba não sendo possível.
07:34Primeiro porque as pesquisas de opinião
07:37ao longo da semana
07:38nós pudemos comentar aqui
07:40diversas pesquisas de opinião
07:42que colocaram que na visão da opinião pública
07:45é o campo governista
07:46quem tem dificuldade
07:48para tratar de segurança.
07:50Além disso,
07:51é importante observar que a oposição
07:53ela reafirma nas suas convicções,
07:56no seu discurso,
07:57medidas mais duras
07:58do que aquelas colocadas pelo governo.
08:01Então, eu vejo que
08:02vai ficar um jogo de morte e a sopa
08:03e quem perde com isso
08:05é a sociedade.
08:06E, Deise, você fala bem
08:07porque discutir segurança pública
08:09é muito difícil,
08:10a situação está aí na porta
08:11de todo mundo
08:12e é uma consequência também
08:14das dificuldades dessa discussão.
08:16E eu pergunto para você o seguinte,
08:18será que em algum momento
08:19os parlamentares vão deixar
08:21a questão política de lado
08:23e discutir tecnicamente
08:25uma solução para isso?
08:27Não vão, Thiago.
08:28Não vão.
08:28Não, isso eu tenho 100% de certeza
08:30não vão.
08:31Só para a gente fazer um parâmetro aqui,
08:33uma comparação,
08:34um resgate histórico,
08:36a CPI do narcotráfico
08:38aqui no Brasil,
08:39ela aconteceu em 1999.
08:41Olha o que ocorreu,
08:42olha o aumento das facções
08:43depois disso, né?
08:44Ela foi a partir de 1999,
08:47obviamente não por causa da CPI,
08:49mas essas facções,
08:50elas se consolidaram no Brasil
08:51e cresceram, né?
08:52O componente político,
08:54ele tem demonstrado
08:55ser cada vez mais importante.
08:58Eu acho que na opinião
08:59dos parlamentares
09:00é a importância mesmo
09:02que a gente deve usar
09:03e acaba deixando
09:04esse componente social de lado, né?
09:07Então a gente sempre fala aqui
09:08da necessidade
09:08da federação dos estados
09:10conversarem,
09:11de algumas nuances
09:14em relação à polícia federal
09:15e nada disso é colocado em debate.
09:17A questão política,
09:18ela sempre acaba se sobrepondo.
09:19Então, não, Tiago,
09:21as coisas não vão se resolver assim.
09:23Eu não acredito
09:23que não se resolvam
09:24nem no próximo governo, né?
09:25Precisa um trabalho
09:27de cooperação entre todos
09:29que eu não vejo isso
09:30com possibilidade de acontecer
09:32tão cedo aqui no Brasil.
09:33E para fechar,
09:33Vilela,
09:34aquela história, né?
09:35Não se pode demonizar a política
09:37porque a democracia
09:38é feita pela política,
09:40mas os políticos
09:41precisam ajudar um pouco também, né?
09:44Exatamente.
09:45E cabe a nós
09:46apontar,
09:47apontar os erros,
09:48as falhas,
09:49especialmente em determinadas
09:50circunstâncias
09:51onde a política
09:52acaba se sobrepondo
09:54aos interesses
09:55da sociedade.
09:56Eu entendo
09:57que é muito adequado
09:58você ter uma discussão
09:59política,
10:00uma discussão de ideias
10:01no sentido de fazer
10:03com que aquela ideia
10:05que se coloque vencedora
10:06ou com o consenso
10:07que seja construído,
10:09ele venha no sentido
10:10de levar o bem
10:11à sociedade.
10:12Agora,
10:12um contexto como esse
10:13me parece que
10:14os políticos
10:15têm mais interesse
10:16em marcar a posição,
10:18em mostrar para a sociedade
10:19a posição que estão defendendo
10:21do que efetivamente
10:22chegar em algum lugar,
10:24chegar a um consenso
10:25e solucionar,
10:26pelo menos em parte,
10:27o grave problema
10:28de segurança pública
10:29que o Brasil enfrenta.
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