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O CEO da Excellance, Max Mustrangi, analisou a decisão do TJ-RJ que suspendeu a falência da Oi e devolveu a empresa ao regime de recuperação judicial. Ele detalhou impactos para credores, riscos ao setor e próximos passos na venda de ativos.

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Transcrição
00:00Seguimos agora falando sobre a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro,
00:04que suspendeu a falência da Oi e determinou o cumprimento do plano de recuperação judicial
00:10aprovado pelos credores. A conversa é com o Max Mostrange, CEO da Excellence, que está aqui ao vivo.
00:16Prazer te receber aqui, viu? Seja muito bem-vindo, Max.
00:19Bom, com essa decisão da desembargadora, a companhia então volta mais uma vez ao status de empresa
00:24em recuperação judicial, não é, Max?
00:26Queria que você explicasse primeiro a diferença entre esses dois status, falência e recuperação judicial.
00:34Bom, na recuperação judicial, a gente chama plano de recuperação judicial,
00:37você está embaixo de uma tutela jurídica de mecanismo de defesa.
00:42Então, execuções contra você, contra seus credores, etc., você consegue defender a empresa
00:46e ter chance de recuperar o negócio.
00:48Essa é a que a gente sempre fala, suerguer o negócio, suerguer a empresa,
00:51que no caso não foi suficiente no tempo, foram quase nove anos e meio de duas RJs e mesmo assim não conseguiu.
00:58Na falência, basicamente, é você decretar, acabou, quebrou.
01:01O que a juíza fez com o recurso que o Itaú e o Bradesco apresentaram ao longo dessa semana,
01:08ela reverteu a falência novamente para o modo RJ,
01:11mas é o modo RJ apenas para terminar sobre uma outra condição jurídica,
01:16uma condição mais protegida e eu chamo com mais luz, se tem mais supervisão.
01:19Então, você vai fazer a empresa migrar seus contratos, terminar as suas prestações de serviço,
01:24você vai ter tempo de fazer isso e vai fechar a empresa e vai buscar a venda dos ativos
01:29de maneira mais organizada e planejada, com muito mais luz do que sobre o sistema da falência.
01:34Até porque é uma empresa que ainda tem contratos importantes, inclusive com controladores de voo,
01:40setor de controle...
01:41Mas vai ter que fazer as migrações devidas, porque a empresa já provou que ela não tem condição de continuidade,
01:45ela tem falência, então isso já está determinado,
01:48só que ela não vai fazer de maneira abrupta, vou fazer uma falência, vou fazer de maneira planejada,
01:52passo devagarzinho os contratos, assumo e aí eu faço o fechamento da empresa de maneira organizada.
01:56Você mencionou, Max, do Itaú, que é um dos credores da Oi e que alega que a administração do Grupo Oi
02:02falhou em cumprir o plano de recuperação judicial que tinha sido aprovado
02:06e que a venda de imóveis em nome da Oi poderia ser um caminho para pagar débitos, evitar a falência da Oi.
02:11Procede, qual que é a sua avaliação sobre essa alegação?
02:15Que a administração da Oi, as diversas administrações, se for relembrar, foram diversas as administrações,
02:23falharam? Isso não tem dúvida.
02:25Lógico que sobe no final desse processo os ativos que permaneceram, vários já foram vendidos,
02:31mais de vinte e poucos bilhões de reais já foram colocados na empresa e mesmo assim não foi o suficiente.
02:35Então agora o que você quer? Ter uma maneira efetiva de vender os ativos, maximizando o valor deles
02:41para conseguir eliminar, satisfazer os créditos remanescentes que você tem ainda, da maneira mais eficiente possível.
02:49E dentro do processo RJ, você tem esse ambiente mais eficiente.
02:53E a venda desses ativos seria suficiente, Max?
02:56Eu não tenho as informações sobre isso. Mesmo o valor de dia da dívida remanescente,
03:01essa concursal e concursal, eu não tenho os dados.
03:05Em geral, quando a gente chega nesse momento, os ativos nunca são suficientes.
03:09Porque quando você chega nesse ponto e essa diferença ajuda ou não estará na falência,
03:15o fisco ainda não entra na jogada. Se fosse na falência, o fisco entrava.
03:18E aí, geralmente, o fisco leva tudo.
03:20Entendi. Além de Itaú, você também mencionou Bradesco, que também levou aos tribunais a reversão da falência da Oi.
03:28E os representantes, nesse caso, do Bradesco, argumentaram que a quebra de um dos maiores grupos econômicos da América Latina,
03:34em detrimento da sua manutenção, ou da manutenção da sua recuperação judicial,
03:38será potencialmente mais prejudicial, não só a toda a coletividade de credores,
03:43estou lendo a nota oficial aqui, tá?
03:45Mas ao próprio interesse público e àqueles que contratam seus serviços.
03:50Também é uma argumentação que deve ser levada em conta?
03:53Eu não considero.
03:54Não.
03:54Se não a gente pega os livros de biologia, a lei de Darwin, a gente rasga tudo fora.
03:58A gente fala o seguinte, as empresas mais saudáveis, as mais eficientes, as mais que performam melhor,
04:02elas sobrevivem, continuam, e as outras, assim como os animais, vão deixando de existir.
04:07Você tem outras empresas competitivas, hoje em dia não tem só, não é até lésbio de antigamente,
04:10até lésbio de antigamente, você tem vários outros competidores que tem muito conteúdo,
04:15tem muita capital para assumir isso sem grandes problemas.
04:18Então, esse argumento, se fosse há 30 anos atrás, talvez fosse verdadeiro.
04:22Hoje em dia não é mais verdadeiro.
04:23Vou trazer um outro ponto para a nossa conversa, que está sendo bem interessante ouvir teu ponto de vista, Max.
04:28A desembargadora, nesse caso, ela também cobrou que a União avalie medidas de intervenção econômica,
04:33inclusive considerando o eventual aporte emergencial de recursos públicos,
04:37e que a Anatel apresente planos concretos para assegurar a manutenção das operações,
04:42especialmente os contratos deficitários que hoje dependem da Oi.
04:46É papel da União intervir nesses casos que podem impactar o cidadão comum?
04:51Natália, eu vou falar o seguinte, esse argumento que está sendo colocado,
04:54ele vale para qualquer empresa em RJ ou indo para falência.
04:56Então, toda empresa que tiver um problema e tiver um impacto social maior,
04:59o governo tem que entrar e socorrer.
05:01Só que não vamos lembrar que o governo também, o país, não está em uma condição econômica boa,
05:06assim como uma empresa.
05:07Então, vamos chamar de uma empresa com problemas econômicos,
05:10assumindo dívida de uma outra empresa.
05:13A história não está direito.
05:14Então, eu não acho que é um argumento correto.
05:16Vou puxar para a conversa e ir aqui no papo o Felipe Machado,
05:20nosso analista que está no plantão dessa noite aqui.
05:23Felipe, quer trazer um ponto para o Max?
05:24Eu quero sim.
05:25Max, boa noite para você mais uma vez.
05:28Max, essa recuperação judicial da Oi, ela já dura vários anos e ela teve várias fases.
05:34Ela entrou em recuperação ali em 2016, depois saiu em 2022, entrou de novo,
05:39tentou uma possibilidade de Chapter 11, que é aquela recuperação judicial nos Estados Unidos,
05:44Conta um pouquinho o que aconteceu com esse Chapter 11,
05:46por que isso não foi suficiente para reverter a questão da falência da Oi?
05:50Até me preparando para o programa de vocês, hoje eu me vi como um historiador,
05:55porque são quase 10 anos, a gente perde essa noção.
05:57São 9 anos e 5 meses de RJ.
06:01Foi o primeiro caso da recuperação judicial no Brasil.
06:06Ou seja, ela fez um plano que foi homologado ao longo de 2016, 17,
06:11entrou em junho de 2016 o pedido.
06:13De lá para cá tiveram mais dois, a gente chama de replanos de RJ.
06:18Ela conseguiu ao final de 2022 sair da RJ, do plano, conseguiu homologar.
06:24E logo em fevereiro pediu cautela emergencial novamente e voltou,
06:27já passados cinco anos e mais alguns outros elementos,
06:30uma nova recuperação judicial.
06:31Ou seja, ela provou que ela não estava conseguindo se manter em pé,
06:33mesmo vendendo ativo, fazendo tudo o que tinha que ser feito.
06:35E ao longo desses quase dois anos que se passaram, novamente ela começou a juntar mais dívida.
06:41Não conseguia mais honrar o plano que tinha sido feito da RJ, da RJ,
06:46e ainda começou a acumular mais dívida, mostrando que era uma empresa totalmente inviável.
06:50Então, assim, é por isso que eu falo ali de Darwin.
06:52É uma empresa que é ineficiente total.
06:54É como se colocar dinheiro sobre um paciente ruim.
06:56Pega esse mesmo dinheiro bom e coloca num paciente novo com saúde.
07:00Que tem potencial.
07:00Que tem potencial e não fica consumindo recursos da sociedade.
07:04E, Max, você mencionou aqui a história toda, a extensão desse processo.
07:10Além disso, o que mais chama atenção nessa história da Oi?
07:14E que destoa dos casos que a gente vê de outras empresas?
07:19Eu diria que essa questão de decretar falência no Brasil de um grupo tão grande assim
07:23é uma coisa que destoa, não é comum.
07:25Em geral, a gente chama de zumbis no sistema.
07:27Eles continuam semi-vivos, semi-mortos e vão indo e não acaba nunca.
07:31Então, esse processo de falência é uma coisa nova.
07:34A juíza decretar, como ela decretou falência, depois viu o recurso, ela voltar novamente para a RJ,
07:38também é uma coisa totalmente nova aqui no Brasil.
07:40Nunca aconteceu isso.
07:41E agora, sob uma supervisão do plano de RJ, fazer o fechamento parcelado no tempo da companhia.
07:47Eu acho que a decisão foi correta.
07:49Acho que a primeira decisão, talvez, dela, a forma de levar para a falência foi errada.
07:52A decisão da falência da empresa, sim, mas sob uma supervisão do plano de recuperação judicial foi correto.
07:58As pessoas não entendem.
07:59Eu falo que é o mundo das trevas, o mundo da recuperação judicial e o mundo da falência.
08:04E as pessoas não entendem isso.
08:06Eu falo que quando uma pessoa famosa morre, uma, duas semanas depois, ninguém mais lembra dela.
08:10Uma empresa, quando ela vai para a falência, ela literalmente vai nesse caso.
08:13E aí nós estamos falando de uma empresa gigantesca, com bilhões de reais de ativo.
08:17E aí, como é que vai ser esse processo de liquidação de ativos e de insatisfação do crédito dos fornecedores?
08:25Rola muita coisa do credor.
08:27Não vai esquecer e perde dinheiro, porque o processo é ineficiente.
08:30Sobre o processo da recuperação judicial, ele já tem mais luz, tem mais supervisão.
08:34Então, você tem uma chance de minimizar a perda que existe nesse processo agora,
08:38que eu falo de atacar a carniça, porque a empresa está morta.
08:41Então, são os seres que vão nascer pela carniça e têm ganho.
08:45E você quer, nesse momento, maximizar a satisfação dos créditos e não dos intermediários.
08:51Então, teoricamente, nesse momento, é uma chance, através dos leilões,
08:55você maximizar os ativos e satisfazer os créditos que estão abertos no mercado.
09:00Max Mostrangi, CEO da Excellence, muito obrigada pela participação aqui com a gente.
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