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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), deve se reunir com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski (PSB), para ouvir sugestões sobre o Projeto de Lei (PL) Antifacção. O governo deve apoiar o texto se o relator, Guilherme Derrite (Progressistas), retirar a Polícia Federal do projeto. O deputado Lindbergh Farias (PT) sinalizou que aceita o aumento de penas, caso o relator faça essa alteração. Reportagem: Victoria Abel.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/PKOBX9n5cxc

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Transcrição
00:00Agora eu quero falar um pouquinho de pele antifacção aqui no nosso 3 em 1.
00:03O presidente da Câmara, Hugo Mota, se reúne hoje com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski,
00:08para ouvir sugestões de alterações ao relatório do projeto de lei antifacção.
00:12Vamos entender essa celeuma com a Vitória Bel?
00:15Porque o texto foi articulado pelo ministro, mas foi modificado pelo Guilherme Derrite.
00:21E há uma dificuldade grande, principalmente quando o assunto é a atuação da Polícia Federal.
00:27Conta pra gente, Vitória Bel, bem-vinda.
00:30Boa tarde, Evandro. Boa tarde a todos que nos acompanham.
00:34Pois é, e deve ter mais alterações, viu?
00:37Porque o Guilherme Derrite deve apresentar até o final do dia, de acordo com o presidente da Câmara, Hugo Mota,
00:42uma terceira versão desse texto, projeto de lei antifacção,
00:45que era então originalmente de autoria do governo, do Ministério da Justiça,
00:50assinado também pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
00:54Guilherme Derrite, que fez modificações nesse texto.
00:56Vamos lembrar, primeiramente, retirando, de acordo com o governo, uma autonomia que a Polícia Federal poderia ter sobre esse projeto,
01:04e também incluindo as organizações criminosas dentro do projeto de lei antiterrorismo lá de 2016.
01:11Então, apesar de Guilherme Derrite não ter colocado o termo terrorista nesse projeto,
01:17ele mantinha, ele colocou as organizações dentro da lei antiterrorismo de 2016,
01:22e pro governo isso abre brecha da mesma forma pra intervenções internacionais,
01:27ou até mesmo pra questões, pra celeumas econômicas que podem estar relacionadas a essa classificação de terrorismo aqui no país.
01:35O presidente já se reuniu com o ministro Ricardo Lewandowski, reunião que terminou agora há pouco, lá na residência oficial.
01:42A informação que a gente tem até agora é que Lewandowski pediu pra que esse texto, essa votação, seja adiada pra amanhã.
01:49Isso, o líder do governo, José Guimarães, também já tinha pedido esse adiamento pra amanhã.
01:54Então, de fato, muito provavelmente, essa votação deve ficar pra quarta-feira,
01:58se, é claro, tiver algum acordo em torno desse terceiro texto que o Guilherme Derrite vai apresentar.
02:04E nesse terceiro texto, o Guilherme Derrite deve adequar, além dessa questão do terrorismo, a função da PF.
02:11Porque na última versão, ele disse que a Polícia Federal poderia agir de forma cooperativa com polícias civis em investigações.
02:18E a Polícia Federal disse que não dá, não é dessa forma.
02:21A Polícia Federal tem que ter autonomia pra iniciar e coordenar operações.
02:26Bom, o Hugo Mota disse mais cedo que Guilherme Derrite tá fazendo um bom trabalho,
02:31e que, na visão dele, Derrite não tem nenhuma ideologia política associada a esse relatório.
02:37Vamos ouvir um trecho.
02:38Estamos no debate sobre o texto, toda proposta legislativa abrangente como essa,
02:45e que trata de um tema importante pra sociedade, como é a segurança pública.
02:49Sempre existirá de regência.
02:51Quero aqui reconhecer o papel do relator, o deputado Derrite,
02:55de debater o tema de maneira técnica,
02:56não politizando esse assunto, que é um assunto por demais importante pra nossa sociedade.
03:03O que a Câmara quer, nesse momento, é entregar uma proposta à sociedade
03:08que, de fato, dê condições das nossas forças policiais,
03:12sejam elas estaduais ou federais,
03:14do nosso Poder Judiciário,
03:16de atuar mais firmemente no combate às facções criminosas e ao crime organizado.
03:21É, quem também comentou essa matéria, essa PL anti-facção,
03:29foi o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, mais cedo.
03:32Vamos ouvir outro trecho.
03:34Que o projeto vá a plenário, que o projeto vá para o Colégio de Líderes,
03:38para as bancadas,
03:39que tenha uma discussão técnica responsável, independente de quem relatou,
03:42independente de quem o promoveu.
03:44É um projeto importante.
03:46Essa pauta será discutida esse ano e o ano que vem,
03:49com muita efervescência,
03:50e a gente não pode partidarizar nem politizar esse tema.
03:57Pois é, e agora a gente aguarda o presidente Hugo Mota,
04:00que saiu dessa reunião com o Ricardo Lewandowski.
04:03Deve chegar a qualquer momento aqui na Câmara dos Deputados.
04:05A gente está aqui, inclusive, posicionado, esperando por ele.
04:08E, ao longo do dia, a ideia é que Guilherme Derritte tenha mais reuniões
04:12com as bancadas partidárias também, com os líderes dos demais partidos.
04:15Evandro.
04:17Vitória Bel, daqui a pouco eu quero conversar contigo também
04:19sobre de que maneira que esse projeto está repercutindo
04:21para a base governista e as articulações que estão acontecendo.
04:24Eu só vou trazer um pouquinho da opinião dos nossos amigos,
04:26já volto contigo aí em Brasília.
04:28Quero te perguntar também, qual a melhor saída para o projeto antifacção?
04:31Manter o texto de Derritte?
04:33Reformular algumas partes?
04:35Adiar ou descartar o projeto?
04:37Participe da nossa enquete lá no YouTube,
04:38depois eu vou trazer o resultado aqui.
04:40Zé Maria Trindade, a grande preocupação do ministro da Justiça e de outros integrantes do governo
04:46é a maneira como o Derritte trata da Polícia Federal ali no PL Antifacção.
04:51Principalmente na primeira proposta que previa a necessidade de autorização dos governos estaduais
04:58para que a Polícia Federal pudesse atuar.
05:00Na visão do governo, isso daria ainda mais, digamos, condições às facções criminosas de atuação,
05:08já que você, de certa forma, cercearia o trabalho de investigação da Polícia Federal,
05:13que é um trabalho bastante competente aqui no país.
05:15Houve uma modulação, mas Derritte ainda coloca no projeto
05:19a necessidade de que a Polícia Federal se articule com as polícias locais
05:24quando há operações ou necessidade de investigação.
05:27Hugo Mota está dizendo, não se preocupe porque, de forma alguma,
05:32a Câmara prejudicaria a atuação da Polícia Federal.
05:37Dá para confiar nessa proposta?
05:39Eu misturei proposta com promessa.
05:41Dá para confiar nessa promessa, Zé Maria Trindade?
05:45Olha, não, não dá para confiar, não.
05:48Há uma guerra surda no Congresso Nacional exatamente sobre a Polícia Federal.
05:53Mais de 100 parlamentares, fala-se em 105 deputados e senadores,
05:59estão sendo investigados por desvios, que é um nome bonitinho que se dá para roubo,
06:04dinheiro público, através das emendas parlamentares.
06:07Olha, isso é muito, viu?
06:09Mais de 100 parlamentares sendo investigados e vão entrar na fila do Supremo Tribunal Federal,
06:16que já está julgando três réus por roubo com emenda parlamentar.
06:21Três deputados do PL estão já, réus, estão sendo julgados já sobre esse assunto.
06:27Então, o terror se espalhou ali nos bastidores e há muito,
06:32vem sendo travada uma luta para tentar impedir isso.
06:35Então, primeiro, aquela PEC da blindagem e depois outras leis tentando evitar.
06:41E agora, houve duas tentativas de enxertar Jabuti nesse projeto de lei.
06:47Primeiro, é distrital mista e depois é segurar a Polícia Federal.
06:52Porque se houver autorização do governador para uma Polícia Federal investigar,
06:57não precisava a Polícia Federal, a própria Polícia do Governador,
07:00que é a Polícia Civil e a Polícia Militar, investigariam, né?
07:03Então, esta é a grande disputa.
07:07E aí, como o governo diz, se houver mudança,
07:10todos os processos que estão com a Polícia Federal cairiam para a instância inferior,
07:16a Justiça Federal, mas a Justiça Federal dos Estados e não Supremo Tribunal Federal
07:23ou outros processos, né?
07:25Que alguns processos sobre emenda estão sendo investigados nas instâncias inferiores,
07:31mas porque não se fala ainda qual é o deputado, apenas no roubo do dinheiro é origem emenda.
07:38E depois se faz a ligação com o parlamentar.
07:40Este é o processo e é isso que é o terror do Congresso Nacional.
07:44Então, é essa arrumação que está sendo feita.
07:48O presidente do PP, Ciro Nogueira, é que indicou o atual relator, o Guilherme Derritte.
07:56Ele que falou, bancou e falou com o presidente da Câmara, Hugo Mota,
08:00vamos enfrentar o governo e foi isso que aconteceu.
08:03A primeira pergunta a ser feita é a seguinte, a quem interessa afastar a Polícia Federal?
08:12Também parece que não precisa ser nenhum gênio para se desconfiar.
08:17Até porque, quando o projeto foi enviado ao Congresso,
08:21e quando começou, enfim, a se debater isso,
08:24havia logo de cara, surgiram várias questões,
08:28inclusive essa relacionada a enquadrar essas organizações ou não ao terrorismo.
08:34Enfim, isso chamou muita atenção no começo.
08:37Mas não se falava, por exemplo, nessa mudança de papel,
08:42mudança de protagonismo da Polícia Federal.
08:45Por quê?
08:46Ora, não precisa ser um gênio para entender
08:48que o que está realmente por dentro disso aí,
08:52o que está no meio desse cipoal de mudanças,
08:56de regras, de emendas e de ajustes,
08:59é uma espécie de PEC da blindagem 2.0.
09:03Por quê?
09:03Porque a Polícia Federal,
09:06ela está investigando mais ou menos 20% do Congresso,
09:10chegando perto de muita gente,
09:13operações como a Cabo Oculto,
09:15que teve agora o seu braço lá no Nordeste,
09:17no Maranhão, Piauí,
09:19me parece Tocantins,
09:21inclusive num posto aqui de combustíveis de Araraquara,
09:25chegou lá também a um assessor de um importante senador.
09:29Então, é óbvio que isso está se incomodando
09:32boa parte do Congresso.
09:35É uma forma de retaliação,
09:37de contenção do trabalho da Polícia Federal.
09:41A gente tem que entender que,
09:42como eu sempre chamo atenção aqui,
09:44esse governo vai embora daqui a pouco,
09:46daqui cinco anos,
09:48não interessa,
09:49a Polícia Federal fica.
09:51E a Polícia Federal,
09:53sob muitos aspectos,
09:54que é, aliás,
09:55a melhor corporação policial desse país,
09:58ela é, em certo sentido,
10:00incontrolável.
10:01Ela não é uma Polícia Federal
10:02do PT,
10:04ou bolsonarista,
10:05ou da direita,
10:06ou de não sei quem.
10:08Ela tem, sim,
10:09a sua lógica,
10:10ela tem a sua forma de atuar,
10:13e ela sempre teve,
10:14pelo menos,
10:15de uns 20 anos pra cá,
10:17a sua independência.
10:19São muitas as operações
10:22da Polícia Federal
10:23que pegaram,
10:25inclusive,
10:25que chegaram próximas
10:26de políticos à esquerda
10:28e à direita.
10:29Então,
10:30o trabalho da Polícia Federal
10:32não pode ser,
10:33de forma alguma,
10:34reduzido,
10:35como que é esse texto.
10:36Alguns integrantes do governo,
10:38inclusive,
10:38compararam essa ideia
10:39de derrite,
10:40que está sendo apoiada
10:41por alguns parlamentares,
10:42com a PEC da blindagem,
10:44dizendo que
10:44os parlamentares
10:45tentariam,
10:46mais uma vez,
10:48se blindar
10:49de atuação
10:50da Polícia Federal
10:51e,
10:52consequentemente,
10:53blindando também
10:53facções criminosas
10:54que dependeriam
10:56de uma,
10:57digamos,
10:58burocracia muito maior
11:00envolvendo governadores
11:01de Estado,
11:02figuras políticas
11:03pra que a Polícia Federal
11:04pudesse atuar.
11:05Essa é uma das críticas
11:07feitas por parte
11:08dos governistas,
11:09ou Henrique Kriegner.
11:10Você concorda?
11:11É,
11:11em parte,
11:12Evandro.
11:13Por quê?
11:13Eu vou dizer o seguinte,
11:14é claro que é muito importante
11:15a gente preservar
11:16a autonomia
11:17da Polícia Federal
11:18e o papel constitucional
11:19que ela exerce.
11:20A gente tem que lembrar
11:21que ninguém tem
11:22a capacidade de investigação
11:23que a Polícia Federal tem.
11:25Nos estados,
11:26você não tem um par,
11:27alguém que se equivale,
11:28então os governadores
11:29vão precisar, sim,
11:30acionar a Polícia Federal.
11:32Agora,
11:33dizer que isso
11:33é uma PEC da blindagem
11:35mascarada,
11:35eu acho que já é
11:36um certo exagero,
11:37porque não estamos dizendo
11:38que os governadores
11:40ou os governos estaduais
11:41não vão fazer nada.
11:42É que o que o PL,
11:43o que o Derritte colocou,
11:47vai sugerir,
11:47é que, então,
11:48agora a Polícia Federal
11:49precisa ser acionada
11:51pelo governo estadual.
11:53No que tange a operação,
11:54a Polícia Federal
11:55precisa ser acionada
11:58pelo governo federal.
11:59Não exime a Polícia Federal
12:01de fazer uma atuação
12:02e também não vem dizer
12:04que os governos ali
12:06vão blindar
12:07uma possível atuação
12:08por parte da Polícia Federal.
12:10Traz uma normatização.
12:11Mas eu acho,
12:12na minha opinião,
12:13e posso aqui
12:14ser comprovado errado,
12:15mas na minha opinião,
12:16que isso é uma questão
12:17de estratégia política.
12:19Porque o texto
12:20que veio do governo
12:21dizia que todas as operações,
12:23inclusive essa
12:23que aconteceu no Rio de Janeiro,
12:25qualquer tipo de operação
12:26que fosse organizada
12:28por polícias estaduais,
12:29elas deveriam passar
12:30pela Polícia Federal.
12:32Então,
12:33eu acho que isso aqui
12:33é um recado.
12:34Do tipo,
12:34olha,
12:34vamos manter o dever constitucional
12:36de cada uma das polícias
12:37e ainda que se encontre
12:39o meio do caminho,
12:40quando vem um lado
12:41muito extremo de lá,
12:42se jogou para um lado
12:43muito extremo
12:43para o outro lado,
12:44o lado reverso,
12:45e agora vai se conversar
12:46no meio do caminho.
12:47Eu entendo mais ou menos
12:48dessa maneira.
12:49Não acho que é uma PEC
12:49da blindagem,
12:50mas também não acho
12:51que isso seja mais
12:52do que uma coisa
12:53inegociável desse PL,
12:55que o próprio De Rit
12:56e a oposição
12:58não estejam dispostos
12:58a negociar.
12:59Interessante.
13:00E falando sobre negociação,
13:01o líder do PT
13:02na Câmara Lindbergh Farias
13:04disse que o governo
13:04apoiará um novo parecer
13:06de De Rit
13:07se ele não mexer
13:08com a Polícia Federal.
13:09Vamos entender mais
13:10essa camada
13:11com a Vitória Bell,
13:12ela que está de olho
13:12em toda essa história
13:13e vai arrematar agora
13:15com mais um pedaço aqui.
13:16Vamos puxar esse fio,
13:17conectar as pontas,
13:18entregar tudo bonitinho
13:19aí para você
13:19que nos acompanha.
13:20Conta aí, Vitória.
13:21Pois é, desde ontem o líder
13:25do PT Lindbergh Farias
13:27vinha fazendo diversas
13:29declarações contra essa proposta,
13:31principalmente contra esse texto,
13:33esse trecho da Polícia Federal
13:35que vocês estavam mencionando.
13:37O presidente da Câmara
13:38dos Deputados, Hugo Mota,
13:40também viu isso como um problema
13:41e até colocou em contato
13:43o relator Guilherme De Rit
13:45com o diretor da Polícia Federal,
13:47Andrei Rodrigues,
13:48eles conversaram por telefone
13:49rapidamente sobre isso.
13:51No entanto, ainda não houve
13:52a mudança do texto
13:54que deve ser feita
13:55pelo Guilherme De Rit
13:56e a gente não sabe
13:56como exatamente.
13:58O que a Polícia Federal diz
13:59é que realmente
14:01dizer que a Polícia Federal
14:03apenas teria uma cooperação
14:05com as Polícias Civis,
14:06poderia cooperar com as Polícias Civis,
14:09que é esse o termo
14:09que está na proposta,
14:10nas investigações
14:11de organizações criminosas,
14:13isso poderia ser inconstitucional
14:15de acordo com a corporação
14:17e também com o governo,
14:19justamente porque a Constituição
14:20dá uma prerrogativa,
14:22uma autonomia
14:23para a Polícia Federal
14:23abrir investigações
14:25em qualquer frente
14:26e até mesmo em frentes
14:28em que os governos dos estados
14:30já estejam trabalhando.
14:33Isso que também deve ser conversado,
14:35foi conversado, aliás,
14:36por Ricardo Lewandowski
14:37e o presidente da Câmara,
14:39Hugo Mota.
14:40O que a gente tem de informação
14:41de mais cedo também
14:42da reunião de líderes
14:43é que Lindbergh e Hugo Mota
14:45tiveram uma discussão
14:47ali ferrenha
14:49durante a reunião de líderes,
14:52falaram sobre esse texto,
14:53Lindbergh se colocou contra,
14:56mas diz que está aberto
14:57a essa modificação,
14:58a tentar aceitar um texto
15:00de derrite
15:00se ele retirar
15:01essa parte da Polícia Federal.
15:02Nesse momento, inclusive,
15:04Lindbergh está reunido
15:05com os demais
15:06vice-líderes do governo
15:07e o líder do governo,
15:09José Guimarães,
15:09para ver quais pontos
15:11eles poderiam aceitar
15:12caso o Derrite
15:13aceite modificar esse texto.
15:16Mais cedo,
15:16Hugo Mota também falou
15:17sobre essa questão
15:18da Polícia Federal
15:19e ele disse que,
15:20em potes alguma,
15:21a Câmara vai aceitar
15:23que o papel da Polícia Federal
15:25seja alterado.
15:26Vamos ouvir um trecho.
15:28A Câmara não permitirá
15:29em nenhum momento
15:30que a Polícia Federal
15:31perca as suas prerrogativas.
15:33Essa é uma condição
15:34inegociável para nós,
15:35tanto é que o próprio relator,
15:36desde o dia de ontem,
15:38por intermédio nosso,
15:39conversou com o diretor-geral
15:40da Polícia Federal.
15:41O ministro da Justiça
15:42deve trazer novas sugestões,
15:44mas eu quero tranquilizar
15:45a sociedade
15:46de que desvirtuar o debate,
15:48de que a Câmara
15:49está atrás de tirar
15:50a competência da Polícia Federal.
15:52Isso não é verdade.
15:56É, e só para a gente
15:57pontuar também
15:58a PEC da Segurança,
16:00que vocês mencionavam
16:00mais cedo,
16:01que foi enviada
16:02pelo governo federal
16:03e poderia também
16:04dar mais poder
16:05para a Polícia Federal,
16:06ela já está sendo modificada
16:07pelo relator Mendonça Filho
16:09do União Brasil.
16:10Então, ela também já chegaria
16:11a um meio termo.
16:12Agora, o Rumota
16:13quer chegar nesse meio termo
16:14no projeto antifacção.
16:16Evandro.
16:17Obrigado pelas informações,
16:18Vitória Bel.
16:19Bom trabalho aí.
16:20Se tiver algum pegando aí,
16:21você chama a gente.
16:22Vamos lá conversar agora
16:23com o Bruno Musa
16:24sobre essa articulação.
16:26E, Bruno Musa,
16:27diante dessa sinalização
16:28do governo,
16:28de que acata sim o projeto,
16:31e aí sim encerra a discussão
16:32em torno disso,
16:33caso a Polícia Federal
16:34não entre na proposta?
16:36Diante disso,
16:37você acha que
16:37há uma grande possibilidade
16:39de se chegar a um acordo?
16:42Olha, vamos lá.
16:42Mais uma vez,
16:43isso tudo são trâmites políticos
16:45que vão acontecer.
16:46Na chamada anterior,
16:48estava aqui o Lewandowski
16:49que se envolveu
16:50para dar ideias, etc.
16:52Mas vale lembrar
16:53que a gente vê
16:54vários discursos
16:55do Lewandowski
16:56que ele é a favor
16:58da soltura,
16:59inclusive de muitos presos.
17:01Então, isso se tornou político
17:04novamente como tudo no Brasil.
17:07Mas me parece que sim,
17:08como um grande acordo
17:09isso pode caminhar,
17:11com uma grande arquitetura
17:12isso pode caminhar
17:13para um acordo, sim.
17:15E a verdade é que
17:17essa pauta
17:19da segurança pública
17:20é o que está dominando
17:21e provavelmente dominará,
17:22será um dos principais pilares
17:24que conduzirão as eleições
17:26para o próximo ano.
17:28Tanto acredito que
17:29se a oposição souber
17:31articular bem isso
17:32entre elas,
17:34conduzirá,
17:34consegue ter um trunfo na mão
17:36para conduzir
17:37essa questão
17:38que é realmente
17:39um calcanhar de Aquiles
17:40dentre muitos
17:40que existem
17:41na população
17:43e todos nós
17:43que moramos aqui
17:44sofremos com isso diariamente.
17:46A gente naturaliza,
17:47mas é um tema
17:48extremamente relevante
17:49principalmente
17:49para as capitais do Brasil.
17:51Então, eu acredito que sim,
17:52a oposição sabe
17:54que tem
17:54essa capacidade
17:56na mão
17:57se for bem organizada
17:59e arquitetada
18:00de conseguir
18:01chegar num acordo
18:02mas que saia
18:04ganhando
18:06nesse tipo
18:07de quesito.
18:09Não acho
18:10que eles abrirão mão
18:11à oposição
18:12de comandar
18:13essa discussão
18:14a respeito
18:15da segurança pública.
18:16José, você está acreditando
18:17nessa concessão
18:18do derrite
18:18diante da sinalização
18:20do governo?
18:22Eu acho que vai.
18:23é prudente
18:25porque
18:25é um momento
18:27em que
18:28não se pode perder
18:29a batalha
18:29da opinião pública.
18:31Naquela emenda
18:32à Constituição
18:33que visava
18:34restituir
18:35ao Congresso Nacional
18:36competências
18:36da Constituição
18:38original
18:39ali houve uma perda
18:41do debate.
18:42Havia promessa
18:43do Senado de votar
18:43e ele falou
18:44não, nós vamos apanhar
18:45muito e recuar.
18:46O Senado recuou,
18:47os senadores recuaram.
18:48Então, agora
18:49é a mesma coisa.
18:50Então, assim,
18:51já perdeu isso aí.
18:52Então, o presidente
18:53da Câmara
18:54já disse com todas
18:55as letras.
18:55Ele não vota
18:57mas tem influência
18:57muito grande, né?
18:58O presidente
18:59geralmente não vota.
19:01Só se ele sair
19:01da presidência
19:02e votar
19:02lá no plenário.
19:04Então, sim,
19:04mas ele tem
19:05uma influência
19:06muito grande.
19:07Ele já decidiu
19:07não mexer
19:08na Polícia Federal
19:09e não deve mexer mesmo.
19:11É contramão,
19:12inclusive,
19:13da PEC
19:13que está em votação
19:14na Comissão
19:16de Constituição
19:17e Justiça
19:18que dá mais poderes
19:19às polícias federais,
19:21Polícia Rodoviária Federal,
19:22Polícia Federal, né?
19:23que cria
19:24novas polícias
19:25de portos e tal.
19:27Eu gostaria
19:28de ver esse debate
19:28no Congresso Nacional
19:29mas livre dessas pressões
19:31sobre a estadualização
19:33de fato,
19:34assumir de fato
19:35que é
19:36o governador
19:37o responsável total
19:38pela segurança pública
19:39e alguns querem
19:40até o prefeito,
19:41ou seja,
19:42municipalizar
19:42parte importante
19:43da segurança pública.
19:45gostaria,
19:46mas não dessa forma
19:47como está sendo
19:47feito aí.
19:48Mudar, assim,
19:50com subterfúgios
19:51as competências
19:52da Polícia Federal
19:53não é uma boa história
19:55e pode, sim,
19:56atrapalhar inquéritos
19:57em andamento,
19:59inclusive,
19:59do roubo
20:00de dinheiro público
20:00através das emendas
20:01parlamentares.
20:02Sim,
20:03como é que você avalia
20:03esse processo,
20:04Piperno?
20:05Eu acho que uma parte
20:06do Congresso
20:07tem que diariamente
20:08sim esclarecer
20:09a opinião pública
20:10de que mexer
20:11na Polícia Federal
20:11é, sim,
20:13uma forma de
20:13tentar reviver
20:15pelo menos
20:15uma parte importante
20:16da PEC
20:17da blindagem.
20:19Isso visa, sim,
20:20acabar
20:21de alguma forma
20:23blindando parlamentares
20:24que estão enroscados.
20:25E uma outra coisa,
20:26você imagina,
20:27por exemplo,
20:29passar esse negócio
20:30e a PEC
20:31da segurança
20:32ampliar ainda mais
20:34o papel
20:34da Polícia Federal.
20:36Como é que vai ficar?
20:38Quer dizer,
20:38você vai ter
20:38um projeto aprovado
20:40que amplia,
20:41né,
20:42o alcance
20:43da Polícia Federal
20:45e um outro
20:46que obriga
20:47a Polícia Federal
20:48a pedir autorização
20:49para os governos estaduais.
20:51Outra coisa,
20:52houve recentemente,
20:53há duas semanas,
20:54enfim,
20:55se tanto,
20:56intervenção na refinaria
20:57de Manguinhos,
20:58algo que contou
21:00com a investigação
21:00da Polícia Federal.
21:02Imagina se a polícia
21:02e o governador
21:04do Rio de Janeiro
21:05tentou rever isso.
21:07Ele foi até a justiça
21:08e acabou depois perdendo.
21:09Imagina a Polícia Federal
21:10ter que pedir permissão
21:12para o governador
21:13do Rio de Janeiro
21:14para fazer uma operação lá.
21:15Como é que vai ficar
21:16esse tipo de coisa?
21:17Ô,
21:18Krigner,
21:18você entende
21:19que essa opinião pública
21:20e também o próprio diálogo
21:22com os representantes
21:23da Polícia Federal
21:24devem fazer
21:26o Guilherme Derritte
21:27recuar?
21:28e ao recuar,
21:29seria,
21:30digamos,
21:32admitir um erro
21:33na composição desse projeto
21:35ou na alteração
21:36daquilo que veio já
21:37do Ministério da Justiça?
21:39Eu não entenderia
21:39como um recuo,
21:40Evandro,
21:41porque,
21:41de novo,
21:42eu trago aqui
21:42essa questão
21:43e estou disposto
21:44e quero aí
21:45ser provado
21:45contrário.
21:46Justamente,
21:47é uma estratégia
21:48de negociação.
21:49O radical mesmo
21:50foi o texto
21:51que veio do governo
21:52dizendo que a Polícia Federal
21:53deveria ser acionada
21:55em todas as operações,
21:56ou seja,
21:57essas operações
21:57deveriam acontecer
21:58pela Polícia Federal.
21:59A operação do Rio de Janeiro
22:01aconteceu sem a inteligência
22:03da Polícia Federal
22:03porque não era
22:04na questão
22:05da alta liderança
22:07do crime,
22:08estava ali,
22:08aconteceu de uma determinada
22:09maneira
22:10e da mesma maneira
22:11que colocar a Polícia Federal
22:13para fora
22:13é ruim,
22:14tirar a autonomia
22:15das forças policiais
22:17estaduais
22:18de também realizarem
22:19operações
22:19de diferentes naturezas
22:21também é ruim.
22:22Então,
22:23essa resposta
22:23agora
22:24do Derritte
22:25nesse PL
22:26vem justamente
22:27para tentar
22:28normalizar um pouco.
22:29Então,
22:29diante de uma medida radical
22:30se apresentou uma outra
22:32e agora deve haver
22:33a negociação.
22:34Eu estou fazendo
22:34a leitura dessa maneira.
22:35Acredito
22:36que é nesse sentido
22:37que essa negociação
22:39vai caminhar
22:40e não vai ser um recuo,
22:41vai ser,
22:41na verdade,
22:42uma centralização
22:44de uma proposta
22:45que foi radicalizada
22:46vindo do governo.
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