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A Wall Street fechou em alta nesta quinta-feira (04) com o S&P 500 renovando recorde. O Nasdaq avançou 0,98% e o Dow Jones subiu 0,77%, em meio à expectativa pelo payroll desta sexta (05). O analista Bruno Yamashita, analista de alocação e inteligência da Avenue, comenta os sinais do mercado de trabalho e a possibilidade de corte de juros pelo Federal Reserve em setembro.

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Transcrição
00:00Ainda falando sobre Estados Unidos, vamos dar uma olhadinha como é que fechou o Wall Street nessa quinta-feira?
00:06O SP500 teve uma nova máxima, recorde, no pregão de hoje, com a esperança dos investidores de que o relatório de empregos,
00:16esse que sai amanhã, esteja nem muito fraco, nem muito forte.
00:20As informações chegam do site da CNBC dos Estados Unidos.
00:24Vamos no detalhe. O SP500 fechou com alta de 0,83%, o Nasdaq avançou 0,98% e o Dow Jones subiu 0,77%.
00:38Mesmo o resultado da criação de vagas no setor privado ficando abaixo do esperado,
00:44as ações subiram com os investidores considerando que os dados recentes do ADP eram fracos o suficiente
00:52para o Federal Reserve justificar um corte nos juros em setembro sem causar uma recessão.
01:01É tão importante a gente entender o dado de trabalho e o que representa essa desaceleração
01:07que eu converso agora com o Bruno Yamashita, que é na lista de alocação e inteligência da Avenue,
01:15a quem eu começo o nosso papo agradecendo a presença, desejando uma ótima noite.
01:20Yamashita, a gente precisa destrinchar um pouco esses dados do emprego.
01:26O ADP veio um pouco abaixo do esperado, todo mundo de olho nos dados mais concretos do payroll
01:33que saem na sexta-feira, mas eu lembro que em edições recentes anteriores
01:37também se previa uma queda na geração de empregos e aí o payroll veio acima do esperado.
01:46Bom, agora a gente já tem os tais tarifaços já mais em marcha, também é um fato de que mais pessoas foram retiradas do território americano
01:56nesse projeto da Casa Branca de retirar então dos Estados Unidos os imigrantes ilegais
02:04e tudo isso acaba impactando na geração de emprego.
02:07Por isso que a tua percepção aqui é tão importante para a gente tentar prever o que pode sair amanhã no payroll.
02:14Obrigado mais uma vez, boa noite, te passo a palavra, Bruno.
02:18Boa noite, Marcelo, é um prazer estar aqui com vocês hoje.
02:21Bom, acho que você trouxe pontos aí já bastante pertinentes sobre o mercado de trabalho americano
02:27e sobre tudo que tem acontecido nesses últimos tempos, especialmente nesses primeiros nove meses de mandato de Donald Trump
02:37na Casa Branca nesse seu segundo mandato.
02:40Quando a gente olha para o mercado de trabalho especificamente, eu acho que o primeiro ponto a ressaltar
02:45é que não necessariamente o dado da ADP vai convergir com o dado do payroll,
02:51então não necessariamente o dado que saiu hoje, que foi um pouquinho ali na margem,
02:55abaixo da expectativa, o que vai convergir para amanhã.
02:58Mas uma coisa que é importante acompanhar, sim, vai ser realmente o que o mercado está esperando,
03:03que é esse cenário que a gente chama dos caixinhos dourados ou gold locks em inglês,
03:08que seria basicamente, não vinha aquele dado nem tão forte, que é um dado de mercado de trabalho
03:15e de criação de novas vagas, ali muito acima do que o mercado estava esperando,
03:20porque isso tiraria a expectativa de um potencial corte de juros do FED na reunião de setembro
03:27e nem um dado tão fraco que pudesse mostrar ali talvez uma recessão,
03:31que os Estados Unidos talvez pudesse estar entrando ali numa desaceleração um pouco mais acentuada.
03:36Então, acho que o que vai ser importante acompanhar amanhã vai ser,
03:40bom, como tem sido três pilares para esse dado de payroll amanhã,
03:44como tem sido a criação de novos postos de trabalho,
03:47como tem sido o desemprego nos Estados Unidos,
03:50porque vai ser importante acompanhar essa dinâmica,
03:52porque apesar de poder estar criando menos vagas,
03:56caso não esteja aumentando tantas demissões através ali do desemprego,
04:00talvez isso mostre que o mercado de trabalho continua ali ainda resiliente,
04:04e também como tem sido o crescimento dos salários dos empregados hoje ali dos americanos.
04:10Então, acho que vai ser muito importante acompanhar essas três dinâmicas no dado de amanhã.
04:15E a Machita também tem uma maneira como os Estados Unidos,
04:18eles catalogam o desemprego, né?
04:23Quando há uma renúncia, ou seja, quando o funcionário pede demissão,
04:26não necessariamente ele entra nessa taxa de desemprego.
04:31O desemprego, pelo que eu entendo, nos Estados Unidos é majoritariamente computado
04:35daqueles que foram demitidos.
04:37A gente passou, como você muito bem destacou aí,
04:40os primeiros, a primeira gestação do governo Trump, os primeiros nove meses,
04:44de cortes, vou dizer assim, maciços, né?
04:48Eles foram bastante numerosos nos empregos públicos.
04:51Isso também mexeu ali com a quantidade de pessoas que foram procurar uma certa assistência.
04:56A gente já está num outro momento com menos cortes dentro do funcionalismo.
05:01Mas o quanto que a gente tem que prestar nesse dado amanhã
05:04para tentar entender a partir dessa geração de empregos
05:09o quanto o mercado de trabalho ou a produção industrial está aquecida?
05:14Porque uma certa estagnação, né?
05:16Aquela empresa que tinha uma perspectiva, tinha um plano de crescimento
05:20e agora o empresário está de braços cruzados esperando o que vai acontecer,
05:24ele não contrata.
05:26Isso não aparece tão claramente no dado.
05:29O que a gente tem que olhar para entender se o setor privado,
05:34industrial, de serviços, está aquecido ou não?
05:39Bom, eu acho que assim, os principais números,
05:42quando a gente vai tentar olhar uma quebra um pouco mais forte,
05:45é lembrar que o consumo nos Estados Unidos representa quase 70% da atividade econômica americana.
05:54E onde vai refletir isso?
05:57Talvez justamente nessa criação na parte de serviços.
06:01E quando a gente vê os dados de serviços hoje dessa semana,
06:05a gente vê que a confiança no lado de serviços veio melhorando um pouco na margem.
06:11Então, ali vai ser bastante importante acompanhar para entender realmente
06:14como que vai se dar essa atuada daqui para frente.
06:19Bom, e aí diante disso, o que a gente coloca de tempero ou de variável na equação,
06:25que é a grande pergunta.
06:27Vai ter cortes na taxa de juros agora em setembro?
06:30Está todo mundo de olho nessa pergunta que vale um milhão de dólares,
06:35aí parafraseando o famoso jogo de opard nos Estados Unidos,
06:40que a pergunta mais difícil valia um milhão de dólares.
06:42A pergunta de um milhão de dólares, então, Bruno,
06:45você acha que vai ter cortes na taxa de juros diante desse cenário que tem se montado agora?
06:50Porque o Jeremy Powell joga ali uma interpretação, tudo mais,
06:54as últimas declarações tinham uma certa sinalização para isso,
06:58as entrelinhas nos sugeriam que haveria um corte na taxa de juros.
07:06Você continua confiante nessas indicações?
07:09Ou você faz parte dos mais pessimistas, achando que não vai ser dessa vez?
07:15Acho que essa pergunta é muito boa, realmente.
07:17É a pergunta do milhão que o mercado vem se fazendo ao longo,
07:21desde a última reunião do Fed em julho,
07:23desde a fala do Powell, da última fala dele em Jackson Hole,
07:27e ao longo dessa semana, a gente começou segunda-feira basicamente
07:31só falando dos dados de mercado de trabalho que viriam entre hoje e amanhã.
07:38Mas a verdade é que a expectativa do mercado é que o mercado já tem dado quase como certo isso.
07:43Se a gente olhar as expectativas futuras, o mercado precifica 97% mais ou menos
07:49de chance de corte de juros pelo Federal Reserve.
07:54Mas eu acho que é válido, acho que talvez essa perspectiva,
07:58ou esse sentimento tão, vamos dizer, otimista do mercado em termos de um corte,
08:03ele também vai um pouco na linha do que, como foi a atitude do Powell ao longo desse ano,
08:08dessas últimas reuniões.
08:10Em que foi muito naquele modo de, poxa, vou esperar para ver o dado,
08:15vou esperar para ver o dado.
08:16O Fed tem aquele mandato dual entre a estabilidade de preço com a inflação
08:21e também o pleno emprego com o desemprego.
08:25E aí, em Jackson Hole, talvez ele deixou uma pulga atrás da orelha do mercado
08:30sobre, olha, talvez agora a gente possa vir a cortar juros.
08:35Ele não deixou certo isso, mas ele deixou ali um pouco mais as entrelinhas em abertos
08:41para poder abrir margem de interpretação justamente para isso.
08:44E eu falo isso por quê?
08:46Porque vale lembrar também aqui, Marcelo,
08:49que hoje a política monetária dos Estados Unidos ainda está em um território restritivo.
08:55Então, a gente ainda tem uma taxa de juros acima da inflação.
08:59Então, quando a gente vê na margem o mercado de trabalho
09:01com uma leve desaceleração e uma inflação benigna convergindo para a meta,
09:07por mais que o próprio Powell coloque que talvez nesse curto prazo
09:11possa ter um impacto temporário das tarifas,
09:15a gente vê que talvez possa ter um pequeno ajuste nessa taxa de juros
09:19que possa acontecer nessa próxima reunião de setembro.
09:22E aí, depois para frente, acho que tem que esperar
09:24mais dados acabarem sendo divulgados pelos Estados Unidos.
09:29Bruno, eu tenho as minhas apostas, você tem as suas.
09:33Quem está nos assistindo do outro lado da tela também tem as dele ou dela.
09:38A gente vai conferir aí as nossas apostas ao longo do mês
09:42e a gente volta a conversar para ver quem estava certo.
09:46Obrigado mais uma vez.
09:47Queria agradecer publicamente aqui ao Bruno Yamashita,
09:49analista de alocação e inteligência da Avenue.
09:53Sempre um prazer conversar com a equipe da Avenue.
09:56Bruno, até uma próxima oportunidade,
09:58que tenho certeza que vai ser bastante em breve.
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