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Ben Emons, da Fedwatch Advisors, avalia os próximos passos do Federal Reserve diante da fraqueza no mercado de trabalho e da inflação controlada. Vinicius Torres Freire analisa os dados que podem definir se o corte será de 0,25 ou 0,50 ponto percentual em setembro.

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Transcrição
00:00Estamos de volta e o nosso assunto agora é a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve este mês.
00:07Para Ben Immons, fundador e diretor de investimentos do FeedWatch Advisors,
00:14é provável que haja várias reduções daqui para frente.
00:18Ele conversou com a âncora da CNBC americana, Melissa Lee, sobre o espaço para cortes mais profundos,
00:25caso a inflação permaneça controlada após o recente relatório de empregos nos Estados Unidos.
00:32Vamos acompanhar mais esse conteúdo exclusivo do CNBC.
00:37Estamos com Ben Immons, fundador e diretor de investimentos da FeedWatch Advisors. Bem-vindo.
00:43Mel, é bom estar aqui. Obrigado.
00:46Vimos o recorde atingido pelo S&P 500 e, em seguida, o mercado começou a pensar.
00:50Por que realmente precisamos de tantos cortes?
00:52Vocês estão preocupados com o fato de haver um susto de crescimento à nossa frente?
00:58Agora, de fato, Mel, como observei nos dados do PIB e até mesmo em alguns dados do ISM e do PMI regional,
01:04há um pouco de alta.
01:06Se realmente olharmos para os indicadores prospectivos, os dados de gastos no varejo também foram sólidos.
01:11Os dados de produtividade que saíram foram realmente muito fortes, e isso é um bom sinal.
01:16Portanto, parece que a economia saiu do desmaio do verão, por assim dizer.
01:20Mas estamos lidando com essa fraqueza do mercado de trabalho, que é tradicionalmente um indicador de atraso.
01:26E essa fraqueza do mercado de trabalho, creio eu, perturbou um pouco o mercado hoje.
01:30Mas a economia subjacente mostra algum nível de força.
01:33Portanto, acho que estamos nos preparando para um período de outono mais forte,
01:37que, à medida que o Fed seguir com esses cortes nas taxas, estimulará mais uma vez a economia.
01:41Contanto que a inflação permaneça moderada, e talvez esse seja o maior coringa,
01:46teremos o IPC na próxima semana.
01:48E, se ele se mostrar aquecido, esse é realmente um dilema que deve ser resolvido.
01:52Esse é realmente um dilema em que o Fed se encontrará, e os mercados também, nesse caso.
01:58Sim, eu concordaria com você nesse ponto, porque há uma coisa, é claro, a qual o mercado prestará atenção.
02:05Tivemos um aumento na taxa de desemprego hoje.
02:07Portanto, se o IPC estiver mais quente, teremos um pouco dessa estagflação que está voltando rapidamente à mente do mercado.
02:14E essa é, obviamente, a parte negativa disso.
02:16Agora, os dados recentes do PCE foram reconfortantes.
02:20Não houve um repasse significativo das tarifas, nem uma aceleração das tendências subjacentes da inflação.
02:25Portanto, essa é a boa notícia.
02:27Mas, obviamente, isso é um pouco imprevisível.
02:30Acho que isso não inviabilizará o corte da taxa em setembro,
02:32mas se os dados forem mais quentes, esse corte de 50 pontos base pode não acontecer de fato,
02:38o que ainda é minha opinião, mas acho que não é provável que isso aconteça.
02:42Portanto, esse é um ponto delicado na próxima semana, para o mercado.
02:46Mas isso significa que o dólar, que está um pouco mais distante disso,
02:50os dados concretos diretos, embora, obviamente, seja afetado.
02:54E esse é o ponto.
02:55Tivemos um dólar mais fraco esses dias.
02:57O dólar mais fraco está sendo negociado novamente?
03:00Se sim, acho que sem ele, acho que o ouro terá de 30% a 40% nos próximos dois anos.
03:05Eu realmente acho.
03:07Acho que o comércio de ouro não está atrasado.
03:09E acho que é um comércio que está ganhando impulso.
03:11Sua opinião sobre o dólar ou o ouro?
03:17Definitivamente, o dólar poderia se enfraquecer um pouco mais,
03:19porque teria o desconto agora que o Fed não fará apenas um corte na taxa de juros.
03:23É provável que haja vários cortes daqui para frente, e isso também parece ser, dentro do FOMC,
03:28mais uma narrativa que está sendo construída neste momento.
03:31Portanto, isso por si só faria com que o dólar caísse amplamente em relação à maioria das principais moedas.
03:38O comércio de ouro é interessante, porque sempre é o reflexo da flexibilização do Fed como uma expectativa.
03:44E talvez algum nível de inflação ainda desempenhe um papel na mente das pessoas,
03:48mas também tem a ver com a própria incerteza.
03:51Ainda continuamos a lidar com essa incerteza tarifária.
03:54Na verdade, também temos a incerteza sobre o próprio Fed,
03:57sobre como ele se comportará em termos de composição.
04:00Portanto, você poderia fazer essa operação de compra de ouro e venda de dólar aqui.
04:05Acho que é um bom ponto de entrada, já que é provável que o Fed não tenha outra escolha,
04:09a não ser começar a fazer mais movimentos até o final do ano do que o previsto anteriormente.
04:13Voltamos a conversar com Vinícius Torres Freire, que é nosso analista de política e economia.
04:21Vinícius, diante do resultado de emprego que a gente viu ontem,
04:25dá para esperar cortes mais constantes dos juros pelo Federal Reserve?
04:30Se a inflação permanecer bem cortada?
04:34Então, digo, bem comportada, o corte vai ser na esperança da taxa de juros.
04:40Ou seja, essa é a nova pergunta do milhão nos Estados Unidos.
04:44Todo mundo aí com os dedos cruzados para setembro.
04:47A resposta não vai demorar para aparecer.
04:50Mas, na tua avaliação.
04:53Olha, Favali, vamos primeiro falar do que o mercado está achando.
04:57Quando a gente faz a conta das aquelas aplicações em derivativas, em opções,
05:04quanto do mercado está apostando, colocando dinheiro de verdade em corte de juros de 25 pontos,
05:120,25 em setembro?
05:14É 84.
05:15Quer dizer que não é 100%?
05:17Não, é que o resto está achando que vai cortar ainda mais, meio.
05:20Quanto do pessoal está achando que vai cortar 0,25 e 0,25 mais duas vezes no ano?
05:2975%, é muito alto.
05:31Isso quer dizer que vai acontecer?
05:33Não, mas é o que o pessoal está acreditando.
05:35Agora, o que a gente tem que levar em conta, antes de mais nada, coisas mais prosaicas?
05:39Na terça-feira que vem, o Departamento de Estatísticas do Trabalho vai soltar uma revisão
05:45dos dados de emprego até março.
05:47Pode ser grande, pode ser pra baixo, pode ser pequena, pode ser pra cima, a gente não sabe.
05:52Se confirmar essa tendência, que a gente está vendo, de quase nenhuma criação de emprego nos Estados Unidos,
05:59porque a gente tem que lembrar, nos últimos quatro meses, a criação mensal de emprego nos Estados Unidos
06:03foi de 27 mil, numa economia que tem 320 milhões de habitantes.
06:10Ou seja, é nada.
06:10Segundo, na quinta-feira, sai um dos índices de inflação mais importantes, que é o IPCA deles.
06:18Não é o que o FED leva mais em conta, mas é importante.
06:21Então, primeiro, a gente tem que ver esses dados, pra ver se não tem nenhuma surpresa.
06:25Confirmando essa desaceleração, como a gente viu, corte 0,25 tem.
06:30O problema é saber o que vai ser depois e vai depender de dados.
06:34A situação é muito esdrústula, é uma situação muito esquisita, né, pro FED lidar, é que a gente tem uma ligeira alta de inflação,
06:41uma criação de emprego tendendo a zero e taxa de desemprego muito baixa.
06:45Então, é uma situação difícil pra você decidir.
06:47E no mundo normal, sem tarifa, o FED ficaria sentado em cima da mão, não apertaria botão nenhum.
06:53Então, a gente tem que levar isso em conta.
06:54Corte agora, vai ter a primeira discussão, é 25 a 50, a depender dos dados que saiam na semana que vem.
07:00Lembrando que, na outra semana subsequente a essa, é que o FED decide sobre a taxa de juros.
07:05Agora, tá tendo desaquecimento na economia americana?
07:08Tem.
07:08Há seis meses, o índice de gerente de compras, que dá uma ideia de como estão as indústrias, tá em retração.
07:14A taxa de criação de emprego tá tendendo a zero, especialmente nos setores que seriam ajudados pelo Trump.
07:21Quer dizer, marufatura, construção, etc.
07:23Tá tendo criação de emprego só em saúde e educação, praticamente.
07:26E um pouco em restaurante, hotel.
07:28Então, tudo isso indica que tem um desaquecimento.
07:31Se o desaquecimento vem, mesmo que a inflação esteja subindo um pouquinho agora,
07:36esse desaquecimento da economia tende a puxar a inflação pra baixo.
07:39Mesmo que ela ainda vá subir um pouquinho nos próximos meses, o FED pode ficar mais seguro.
07:44Mas, se a gente tem a semana que vem ainda pra ver, e o primeiro corte, sim, tem essa discussão, 25 ou 50 pontos.
07:50E os outros, o FED vai olhar pros dados pra saber o tamanho do problema.
07:53Se a inflação vai desgarrar ou se o emprego vai afundar.
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