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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), fez uma crítica direta ao Palácio do Planalto em entrevista exclusiva à Jovem Pan, declarando que o "Governo ter ficado contra o PL Antifacção foi um erro".

A declaração é uma resposta à tentativa fracassada do Governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de barrar as alterações feitas pelo relator, Guilherme Derrite (Progressistas-SP), no projeto.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/Oe3XtgWRIG0

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Transcrição
00:00Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o deputado Hugo Mota, presidente da casa,
00:04defendeu o texto aprovado do PL Antifacção.
00:08Os detalhes de Brasília com a repórter Rani Veloso.
00:12Durante a entrevista exclusiva à Jovem Pan nesta quarta-feira,
00:15o presidente da Câmara dos Deputados classificou o projeto de lei Antifacção
00:19como a matéria mais dura que o Legislativo aprovou para o combate ao crime organizado na história do país.
00:25Hugo Mota disse mais de uma vez que o governo federal errou por, segundo ele,
00:30tentar criar uma narrativa contrária à medida.
00:33Para o presidente da Câmara, houve falta de humildade para reconhecer
00:37que a proposta de autoria do Executivo precisava ser melhorada.
00:41Mota também cobrou explicações do governo por ter votado contra o texto.
00:46Eu penso que o governo, ao final, ter ficado contra, na minha avaliação, foi um erro,
00:51porque primeiro está indo contra o anseio da sociedade.
00:53Você acha que o cidadão que nos assiste, que nos escuta,
00:57nesse momento está satisfeito com a segurança pública do país?
01:00Você acha que a dona de casa que vê o seu filho muitas vezes sair para a escola
01:05ou sair para trabalhar sem saber se ele volta,
01:08quer saber qual é o número da lei, quer saber quem é o presidente da Câmara,
01:11quer saber quem é o relator da matéria?
01:13Não.
01:13Essa mãe de família quer que a polícia possa garantir a segurança que ela precisa,
01:18quer ter o direito de ir e vir,
01:19quer se libertar das organizações criminosas que hoje dominam cidades,
01:23dominam comunidades, que muitas vezes o Estado não está mais nem conseguindo chegar.
01:27Mota fez elogios ao relator do projeto, Guilherme Derriti,
01:31que, segundo ele, ouviu todas as autoridades envolvidas no processo,
01:34do Ministério Público ao Ministério da Justiça.
01:37Ele também refutou o uso político do tema para as eleições do ano que vem.
01:42Porque nós fizemos, desde o início da tramitação dessa proposta,
01:47uma condução eminentemente técnica.
01:50Quando eu escolhi o deputado Derriti para ser relator,
01:53é porque eu procurei, entre os 513 deputados e deputadas federais,
01:57alguém que tivesse na prática o conhecimento de enfrentamento ao crime organizado.
02:01O trabalho do deputado Derriti foi um trabalho conduzido por muito equilíbrio,
02:05apesar de ter sido, desde o início, muito atacado,
02:08não é por lideranças políticas ligadas ao governo aqui em Brasília,
02:14trazendo esse debate eleitoral do ano que vem
02:16para uma matéria que nós não pudemos permitir que ela seja politizada.
02:20É uma matéria que é da sociedade,
02:22essa não é uma matéria da direita ou da esquerda.
02:24Tanto é que eu estou aqui reconhecendo os pontos positivos que o governo enviou.
02:30O presidente da Câmara ressaltou que as penas mais duras
02:33ultrapassam as previstas para o crime de terrorismo
02:36e podem chegar a 66 anos.
02:38E reforçou o papel da Polícia Federal
02:40nas investigações contra o crime organizado.
02:43E eu quero dizer que a legislação aprovada ontem
02:45ela é mais dura do que a legislação antiterrorismo.
02:49Por exemplo, a pena máxima da lei antiterrorismo é 30 anos.
02:52E nós ontem aprovamos penas que começam com 20
02:55e podem chegar até 66 anos de prisão
02:58para os chefes de organizações criminosas,
03:01que agora não mais precisarão de autorização judicial
03:04para irem para presídios federais.
03:06Chefe de facção foi preso, vai direto para o presídio federal.
03:10Nós estamos mantendo e reforçando o papel da Polícia Federal
03:13no enfrentamento ao crime organizado.
03:15Então eu penso que a Câmara, ela ontem foi muito feliz nessa aprovação
03:20e demonstra à sociedade que está atenta a esse apelo,
03:23a esse clamor de mais segurança pública para a população brasileira.
03:27Derrite havia feito alterações na primeira versão do parecer.
03:32Segundo especialistas, as mudanças prejudicariam a autonomia da Polícia Federal,
03:37que só poderia fazer operações com autorização dos governos estaduais.
03:42A escolha do relator, que também é secretário de Segurança Pública
03:45do governo de São Paulo, incomodou a base governista.
03:49Lula fez uma publicação nas redes sociais se manifestando
03:52contra o projeto aprovado pela Câmara.
03:55Segundo o presidente da República, o texto, do jeito que está,
03:58enfraquece o combate ao crime e cria insegurança jurídica.
04:02Lula ainda disse que trocar o certo pelo duvidoso
04:05só favorece quem quer escapar da lei e defendeu mudanças no Senado.
04:10Na entrevista à Jovem Pan, Mota também disse que aguarda o texto
04:14do relator do projeto da anistia, o deputado Paulinho da Força,
04:18que na verdade diminui as penas dos condenados pela trama golpista.
04:22Já sobre a possibilidade de cassação da deputada federal Carla Zambelli,
04:26presa na Itália após ter sido condenada pelo Supremo Tribunal Federal
04:30por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça,
04:33Mota garantiu que o caso será concluído em breve
04:36na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara,
04:39com direito à ampla defesa.
04:41O GUMOTA também se reuniu na manhã desta quarta
04:44com o presidente do STF, o ministro Edson Fachin,
04:47e o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre,
04:50para tratar de pautas do interesse do Judiciário.
04:54Bom, e você pode participar de uma enquete que está no nosso site,
04:57também nas nossas plataformas.
04:58A aprovação do PL e a antifacção pela Câmara
05:00representa uma vitória da pauta popular,
05:04um risco que pode ser vetado,
05:06ou um jogo de forças entre os poderes.
05:09Então entre no nosso site, jp.com.br,
05:12e também você pode participar pelas nossas redes sociais,
05:16a enquete está aí no ar,
05:18você que nos acompanha aqui na TV
05:20e também pelas nossas plataformas.
05:22Vou chamar as nossas comentaristas,
05:24começo agora pela Deise Siocari.
05:26Essa relação do governo com o presidente da Câmara,
05:29o GUMOTA, a gente pode dizer que azedou,
05:31não azedou, ou ele está fazendo o papel dele?
05:34Tiago, eu acredito que ela já tenha azedado há algum tempo,
05:38o GUMOTA não conseguiu bancar,
05:40principalmente o principal projeto do governo,
05:43que era a isenção do imposto de renda.
05:45Vamos só fazer uma lembrança aqui à nossa audiência,
05:48quem efetivamente conseguiu a aprovação
05:50da isenção do imposto de renda
05:52foi o Arthur Lira,
05:53o GUMOTA ainda não tem se mostrado
05:56aquele presidente de Câmara forte,
05:58como outros foram.
06:00Então a relação anda meio estremecida
06:03desde que o Hugo Mota assumiu.
06:04E aí em relação a esse PL,
06:06a tudo que a gente tem visto,
06:07não houve uma participação efetiva do Hugo Mota.
06:11A gente viu toda a tramitação do bastidor,
06:13tudo o que aconteceu em bastidor,
06:15com outros personagens muito mais fortes
06:18para além do Hugo Mota.
06:19Então até o próprio Davi Alcolumbre,
06:21de uma certa forma,
06:22acabou se destacando mais nessa negociação
06:24do que o presidente da Câmara dos Deputados.
06:27Agora reitero,
06:28a gente ainda tem a discussão desse Congresso no Senado,
06:31pode ser que uma ou outra coisa mude,
06:33mas essa relação com o Hugo Mota,
06:35acho que ela já entra no ano que vem,
06:37mais desgastada do que começou.
06:39Odora, esse desgaste tem também a ver
06:41com essa pauta que é a segurança pública?
06:45Olha, eu acho que tem tudo a ver.
06:47Eu acho que aí não tem muito componente
06:49Mota-governo,
06:51e sim Mota-opinião pública.
06:53Porque o Hugo Mota,
06:55além de estar desgastado,
06:56por ter se mostrado um presidente da Câmara
07:00que não se compara em termos de autoridade
07:03aos antecessores,
07:05principalmente ao antecessor imediato,
07:08que é o Arthur Lira.
07:09Então, nesse aspecto, acho que sim.
07:12Agora, na entrada do ano eleitoral,
07:15a gente tem que ver
07:16que o Mota foi,
07:18ele era o Republicanos, tá?
07:20Se o Tarciso de Freitas
07:21for candidato à presidência da República,
07:26não há dúvida em que lado ele estará.
07:29Mas também, ele como foi eleito
07:32para ser presidente da Câmara
07:34e por aquela maioria que a gente viu,
07:36quase unanimidade,
07:38a maioria dessa unanimidade
07:41é de centro, centro, direita, direita.
07:44Então, ele, em termos eleitorais,
07:48no ano que vem,
07:49eu acho que a tendência realmente
07:51é se afastar do governo.
07:53Mas no caso específico,
07:55da segurança pública,
07:57ele realmente, eu acho que estava
08:00mais com vontade de se alinhar
08:04à opinião pública,
08:06à maioria da opinião pública,
08:08numa tentativa de recuperação de imagem.
08:11O governo, ele deu uma ajudada
08:13em umas medidas que recuperavam
08:17aquelas questões do IOF.
08:19O governo conseguiu alguma coisa ali
08:21e o Mota não atrapalhou.
08:24Então, agora,
08:25quem está mesmo azedo,
08:29para usar a sua expressão,
08:30com o governo,
08:31com o Mota,
08:32na verdade,
08:33é o governo
08:33pela escolha do Guilherme Derritte.
08:36Pois é, isso começou
08:37pela escolha, não é, Denise?
08:39Daqui a pouco a gente vai falar também
08:40da reação do governador Tarciso
08:41a essa aprovação na Câmara.
08:43Mas, de qualquer forma,
08:44é a política se misturando
08:45a um tema,
08:46que é um tema necessário
08:48para ser debatido,
08:49mas é uma calça legislativa,
08:51não tem como escapar.
08:52Exatamente, Tiago.
08:53Eles debateram,
08:55colocaram o conteúdo ideológico,
08:57entraram numa situação
08:58meio de confronto,
08:59quem vai ganhar,
09:00quem vai ser o pai
09:02desse processo todo.
09:03Agora, é importante lembrar,
09:05a pauta de segurança
09:05é relevante para a população toda.
09:08Todo mundo quer ver
09:09ações efetivas
09:11de combate à criminalidade,
09:13tem assustado muito
09:14a infiltração das facções
09:16no crime organizado
09:17em toda a sociedade,
09:19em todas as áreas,
09:20inclusive na política,
09:21mas nós tivemos
09:22a Operação Carbono
09:23mostrando isso
09:24no mercado financeiro,
09:25nós tivemos isso
09:26demonstrado também
09:28em postos de gasolina,
09:29entrou em conflito
09:31até os dois crimes,
09:32no caso do metanol,
09:33na contaminação das bebidas.
09:36Então, a gente vê
09:37todo esse alcance
09:39da criminalidade
09:40e não vai ser um projeto
09:42que vai resolver isso
09:42de uma hora para outra.
09:44Então, pode haver
09:45uma discussão agora,
09:45o endurecimento
09:46que é necessário
09:48de toda a legislação,
09:50de se cercar
09:50o máximo possível
09:52às operações
09:53das facções,
09:55do crime organizado,
09:56agora não vai virar
09:57a chave
09:58de uma hora para outra.
09:59Então, estados
10:00ou governo federal
10:01terão de mostrar
10:02resultados efetivos
10:03e aí haverá necessidade
10:04de uma coordenação
10:06das ações.
10:07Então, se hoje
10:08a ideologia,
10:09se política,
10:09se o interesse
10:10das eleições
10:10pode estar atrapalhando
10:13uma negociação
10:14mais saudável,
10:15cada um querendo
10:16puxar para si
10:17a vitória,
10:18na verdade,
10:19a grande vitória
10:20vai ser quando a gente
10:20tiver segurança de fato,
10:22quando a gente
10:22puder andar nas ruas,
10:24quando a gente
10:24não tiver o temor
10:25das facções
10:26tomarem conta
10:27de áreas
10:27de vários setores
10:29da economia
10:30e áreas civis
10:31de modo geral.
10:32Então, é isso,
10:33é cobrar dos poderes
10:35ações efetivas
10:37e resultados efetivos.
10:38Não adianta
10:39colocar no papel
10:39o que em tese
10:40se pode fazer.
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