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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu adiar a votação do Projeto de Lei Antifacção e determinou que a proposta só avançará no Plenário após a apresentação de um novo relatório pelo relator.
O adiamento do PL, que visa combater o crime organizado e equiparar ações de facções ao terrorismo, frustra o Governo Lula. Reportagem: Victória Abel.

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Transcrição
00:00Brasília, depois de uma reunião com governadores, o presidente da Câmara, Hugo Mota, afirmou que vai aguardar o novo relatório
00:07para decidir se adia ou não a discussão do projeto de lei anti-facção.
00:12Todos os bastidores, os debates, com a repórter Vitória Abel.
00:16Tudo bem, Vitória? Boa noite pra você. Bem-vinda.
00:18Afinal, quando que esse relatório será analisado, votado?
00:22O problema é a falta de consenso, não é? Bem-vinda. Boa noite.
00:24Boa noite, Tiago. Boa noite a todos que nos acompanham.
00:31Pois é, o relatório, o novo relatório de Guilherme Derritch acaba de ser divulgado no sistema da Câmara dos Deputados.
00:37Eu estava até aqui olhando aqui para ver as modificações que foram feitas pelo relator de último momento.
00:43O presidente da Câmara disse agora há pouco em plenário que ele só vai avaliar se esse projeto vai ser ou não votado ainda hoje
00:52depois que ele discutir esse novo parecer que acabou de ser publicado junto com os líderes partidários.
00:58Então, nesse momento, o Gomota deve procurar saber a opinião dos líderes
01:02para ver se dá para realmente votar hoje ou se é necessário adiar.
01:06No entanto, esse pedido de adiamento foi quase que um consenso entre governo, oposição e também deputados de centro.
01:13O governo pediu mais tempo para que essa matéria fosse mais cuidadosamente desenhada.
01:18Os governadores que se reuniram hoje aqui com o presidente da Câmara, o Gomota, incluindo Cláudio Castro, do Rio de Janeiro,
01:26Ronaldo Caiado, de Goiás, e também a vice-governadora aqui do Distrito Federal, Serena Leão,
01:31pediram também mais tempo, pelo menos até o início de dezembro, para que esse texto também seja estruturado
01:37e possa abranger pontos considerados importantes por esses governadores.
01:42O líder do MDB, Isnaldo Bulhões, que é um aliado do Planalto, mas é de partido de centro,
01:48também se manifestou no plenário pedindo um adiamento por pelo menos uma semana
01:51para que esse novo parecer de Guilherme Derritte fosse melhor analisado.
01:55O Gomota ainda não bateu o martelo sobre essa nova previsão.
01:59A gente segue acompanhando.
02:01Mais cedo, a ministra das Relações Institucionais, Glaze Hoffman,
02:05disse que o texto precisava de alguns ajustes, entre eles, um ajuste que pudesse trazer mais detalhes
02:14sobre o que é uma organização criminosa e o que seria uma facção criminosa.
02:19De acordo com ela e com a interpretação do Ministério da Justiça,
02:22esse termo organização criminosa ficou de forma genérica no relatório de Guilherme Derritte,
02:28porque ele não especifica de que forma que pode ser caracterizada uma organização.
02:33O texto traz ali quais seriam os crimes cometidos por esse grupo,
02:38mas não as características específicas desse grupo.
02:41E também o texto não faz uma menção inicial a uma lei que já existe de organizações criminosas.
02:48É que é uma lei antiga, já está no Código Penal e, de acordo com o governo,
02:52poderia dar uma duplicidade, duas leis diferentes falando sobre organização criminosa.
02:57Esses dois pontos que o governo chamou a atenção, o relator ainda não fez modificação em relação a eles
03:03nesse novo relatório publicado.
03:06O que ele fez de modificação já, que era um pedido do governo,
03:09é em relação aos bens e ativos de organizações criminosas,
03:15para onde eles são distribuídos e para quais fundos eles são direcionados.
03:20Hoje em dia, esses bens que são direcionados para a Polícia Federal,
03:25para fundos federais do governo, quando a Polícia Federal atua nessas investigações, claro.
03:31No relatório anterior, Derritte tinha deixado essa distribuição de bens
03:34apenas para fundos das polícias civis,
03:38o que deixou o governo bastante incomodado,
03:40porque poderia descapitalizar a Polícia Federal de acordo com eles.
03:44Isso foi ajustado.
03:45Derritte, portanto, disse que os bens e ativos das organizações criminosas,
03:49durante as investigações que forem apreendidos,
03:52podem, portanto, ser distribuídos,
03:54tanto para os fundos da Polícia Civil,
03:56quanto para os fundos da Polícia Federal.
03:59Vamos ouvir um trecho do que falou a ministra Iglesias Hoffmann mais cedo,
04:03sobre essa necessidade de ajuste na tipificação penal.
04:07O relator muda esse tipo para domínio social estruturante,
04:12ou seja, o tipo penal passa a ser domínio social estruturante.
04:16Nós achamos que isso, primeiro, do ponto de vista didática,
04:22para com a sociedade, para com as pessoas,
04:25é muito difícil ficar explicando.
04:28E, segundo, que ao fazer isso,
04:31ele não revoga expressamente artigos da lei das ORCRINs,
04:34das organizações criminosas.
04:36Então, nós vamos passar a ter duas legislações vigorando,
04:39o que vai ser muito ruim do ponto de vista judicial.
04:43É, e por enquanto,
04:49o Guilherme de Ritchie manteve isso que a ministra falou,
04:52de uma tipificação de domínio estruturado, territorial,
04:58e também ele só fez uma modificação.
05:00Ao invés de citar no texto organizações criminosas,
05:03ele criou um termo chamado
05:04organizações criminosas ultra-violentas,
05:06mas também não especifica o que seriam
05:09essas organizações ultra-violentas.
05:12Mais cedo, também, o governador do Rio de Janeiro,
05:15Cláudio Castro,
05:15depois de se reunir com o presidente da Câmara,
05:18Hugo Mota,
05:19disse que esse tempo de discussão a mais
05:21seria necessário justamente para que algumas demandas estaduais
05:24fossem atendidas,
05:26principalmente em relação a direitos e garantias para os policiais.
05:31Vamos ouvir uns trechos.
05:32Nós não discutimos texto,
05:35ninguém discutiu texto,
05:37nós discutimos problemas que nós temos
05:40e algumas soluções para esses problemas que nós achamos,
05:43e o presidente Hugo, então,
05:45entendeu, se sensibilizou com o nosso pleito
05:48e ficou de conversar com o relator
05:52e também com o colégio de líderes
05:54para tentar, então, dar esse prazo de 30 dias.
05:58E o que nós pedimos é que tanto o Poder Judiciário
06:02fosse ouvido, os governadores, secretários de segurança,
06:07operadores de segurança pública
06:08e também tentar fazer uma conversa prévia com o Senado
06:12para que a gente tente sair com um projeto daqui
06:15que tenha, aí sim, uma tramitação rápida
06:19depois de acordado
06:21e que seja um projeto,
06:23que seja uma lei, efetivamente,
06:24que venha ao encontro daquilo que a gente precisa
06:29para ajudar no trabalho da segurança pública.
06:33E eu informei aos governadores
06:35que a decisão sobre o adiamento
06:37não seria apenas dessa presidência,
06:39que até tem prerrogativa de fazê-lo,
06:41mas seria uma construção política
06:43que respeite o relator da matéria,
06:45que tem se dedicado muito,
06:47o deputado De Ritt,
06:48tem feito um trabalho técnico
06:50e esta presidência quer, nesse momento,
06:53dizer que vai aguardar primeiro o deputado De Ritt
06:55colocar o seu parecer no sistema.
06:57Importante que essa construção política
06:59que foi construída ao longo do dia de hoje,
07:02ela possa ser publicizada,
07:05ela possa ser dada a divulgação necessária
07:08para um tema tão importante
07:09e, a partir daí, nós vamos ouvir os líderes,
07:13abrir aqui os microfones
07:14para que, ao final da ordem do dia,
07:16tomemos a decisão.
07:17Até então, não há nenhuma decisão tomada.
07:19O que há dessa presidência
07:21é o interesse de fazer
07:23o debate mais amplo possível
07:25nessa construção.
07:30A gente ouviu aí essa última fala
07:32do presidente da Câmara,
07:33dos deputados, Hugo Mota,
07:34sobre essa necessidade de fazer agora
07:37uma análise desse novo relatório
07:39de Guilherme De Ritt.
07:40Tiago.
07:42Sou Vitória Bel, os bastidores,
07:44a discussão sobre esse novo relatório
07:47e a Vitória volta daqui a pouquinho
07:49com outras informações.
07:50Vou chamar já os nossos comentaristas
07:51aqui nos estúdios hoje,
07:52nos visitando, Túlio Nassa
07:53e aqui no nosso telão,
07:55Nelson Kobayashi.
07:57Túlio, boa noite para você.
07:59Bem-vindo.
08:00E eu queria te perguntar o seguinte,
08:01há uma discussão muito grande,
08:03tem gente até comparando essa situação
08:05com a PEC da blindagem,
08:06que não deu certo e tudo mais.
08:07Agora, há uma discussão grande
08:10para se avançar no combate
08:12ao crime organizado agora.
08:13É preciso parar as arestas
08:15e é o quarto relatório
08:17e você me chamou a atenção
08:17aqui fora do ar.
08:18Bem-vindo.
08:19Boa noite, Tiago.
08:20Boa noite, Cuba.
08:21Boa noite, audiência do Jornal da Jovem Pan.
08:24Olha, Tiago, realmente
08:25a situação é um pouco complexa.
08:27Otto von Bismarck já falava
08:29que a política é a arte do possível.
08:31O nosso relator aí, o Guilherme De Ritt,
08:33está procurando equilibrar os pratos
08:35e conseguir um relatório que atenda
08:37tanto a situação, o governo,
08:39quanto a oposição.
08:40E é uma tarefa difícil,
08:42porque é uma briga de protagonismo,
08:43uma briga de rótulos.
08:45O que importa mesmo,
08:46que a sociedade quer e deseja,
08:48é uma efetiva punibilidade
08:50a essas facções criminosas,
08:52a existência de ferramentas
08:53que permitam ao Estado
08:54combater essas organizações
08:56e também o efetivo cumprimento das penas.
08:59Que a lei de execução penal
09:00seja alterada
09:01para que esses sujeitos
09:02fortemente armados, organizados,
09:05eles possam aí sim
09:06serem exemplarmente punidos.
09:09E nesse caso,
09:10nós temos aí
09:11algumas outras discussões
09:12que são de menor importância.
09:14Discussões sobre rótulos,
09:15se é terrorismo,
09:16se não é terrorismo.
09:17Tudo isso fica em segundo plano.
09:19O importante mesmo
09:19é ter ferramentas legais
09:21e que o Estado possa cumprir
09:23essa lei ao final sendo aprovada.
09:25O Cobaiache,
09:26é claro que a sociedade
09:27clama por segurança,
09:29cobra o parlamento nesse caso
09:31e o parlamento
09:32se sente obrigado
09:33a dar uma resposta agora.
09:34Precisa ser uma resposta
09:36à política e técnica
09:38antes de tudo.
09:39Bem-vindo, Cobaiache.
09:41Muito boa noite, Thiago.
09:42Boa noite ao Túlio.
09:43Boa noite a todos
09:44que nos acompanham
09:44aqui no Jornal Jovem Pan.
09:46A sociedade clama
09:47e tanto que a sociedade clama
09:49que o nosso Congresso
09:50tem diversas pautas agora
09:52que tratam justamente
09:53da segurança pública.
09:55No primeiro semestre desse ano,
09:56a gente teve a população
09:58escolhendo a violência
10:00como um assunto
10:01de maior preocupação
10:02da população.
10:03Foi o que nos mostrou
10:04uma pesquisa mostrando
10:05a violência subindo
10:06e superando temas
10:08como saúde,
10:09como até corrupção.
10:12Ou seja,
10:13se a população
10:13se preocupa com isso,
10:15os representantes do povo
10:16devem, portanto,
10:18tratar desse tema,
10:19discutir esse tema
10:20e é por isso
10:21que a gente tem
10:21PEC da segurança,
10:22PL antifacção,
10:23PL para tornar
10:24as facções criminosas
10:26como terrorismo
10:27e até uma CPI instalada
10:29no Senado Federal.
10:30Agora, em relação
10:31especificamente
10:32ao PL que está relatando
10:34o deputado
10:35e secretário de segurança
10:37licenciado de São Paulo,
10:38Guilherme Derriti,
10:39esse novo texto
10:42que foi apresentado,
10:44o novo relatório,
10:45mais um,
10:46só mostra a capacidade
10:47de diálogo
10:47e a abertura
10:48que o relator
10:49tem com as sugestões
10:51que estão sendo recebidas,
10:53que estão sendo feitas,
10:54muitas através
10:55de crítica,
10:56muitas outras através
10:57de fato,
10:58como sugestões
10:59e justamente porque,
11:00como disse o Túlio,
11:01na arte do possível,
11:03diante de um colegiado
11:04tão plural
11:05e tão amplo,
11:06só aquele texto
11:07que alcançar
11:08a maior parte
11:08do consenso
11:09é que vai passar.
11:11O relator pode muito,
11:12mas não pode tudo,
11:13por isso é que ele precisa
11:14estar aberto
11:15a esse diálogo
11:16e colocar um texto
11:18que seja possível
11:19de uma aprovação
11:21e isso vai passar naturalmente,
11:22como nos trouxe a vitória,
11:23também por um poder
11:25do presidente da casa
11:26que é aquele
11:26que tem a caneta
11:27da pauta na mão.
11:28Se ele coloca
11:29ou não coloca
11:29para a votação,
11:30aí muitos outros interesses
11:32são levados
11:32em consideração também.
11:34Aqueles do governo,
11:34aqueles dos líderes partidários,
11:36aqueles das bancadas
11:37e, claro,
11:37a pressão da população
11:38que quer maior punição
11:41para os crimes
11:41de facção criminosa.
11:42são levados.
11:43E aí
11:47são levados.
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