O presidente Lula (PT) criticou a versão aprovada do Projeto de Lei (PL) Antifacção, dizendo que "enfraquece o combate ao crime". O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), também criticou o texto, afirmando que o projeto "asfixia financeiramente a Polícia Federal". Além disso, o líder da Câmara, Hugo Motta, afirmou que quem votou contra tem que se explicar. Reportagem: André Anelli.
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00:00Inclusive eu quero agora chamar o André Anelli pra vocês entenderem por que que pra alguns a posição do governo é vista como de birrento.
00:08O presidente Lula criticou a aprovação do projeto do jeito que saiu ali da versão final do Guilherme de Ritchie e disse que ele favorece quem quer escapar da lei.
00:17Conta pra gente essa história, André Anelli, bem-vindo.
00:22Obrigado, Evandro. Muito boa tarde a você e a todos aqui no 3 em 1 da Jovem Pan.
00:26O presidente Lula acabou fazendo uma manifestação bem em linha daquilo tudo que a ministra das Relações Institucionais, Glaise Hoffman, em uma entrevista coletiva no dia de ontem aqui no Palácio do Planalto,
00:39já havia dito críticas então à relatoria do deputado federal Guilherme de Ritchie em relação ao projeto de lei que ficou conhecido como o de antifacção.
00:48chamou também de despreparado o relator desse projeto na Câmara dos Deputados e o presidente Lula então deixou pra esta quinta-feira, pra esta quarta-feira,
00:59todas essas críticas em relação ao projeto bem em linha com tudo aquilo que já havia antecipado a ministra Glaise Hoffman.
01:05Em uma postagem nas redes sociais, o presidente Lula disse, entre outras coisas, que é preciso de leis, é preciso leis firmes e seguras para combater o crime organizado.
01:17O projeto aprovado ontem pela Câmara alterou pontos centrais do PL antifacção que nosso governo apresentou.
01:25Do jeito que está, enfraquece o combate ao crime e gera insegurança jurídica.
01:29Trocar o certo pelo duvidoso só favorece quem quer escapar da lei.
01:34Mais adiante, em um outro trecho, o presidente Lula ainda complementou.
01:37É importante que prevaleça no Senado o diálogo e a responsabilidade na análise do projeto
01:43para que o Brasil tenha, de fato, instrumentos eficazes no enfrentamento às facções criminosas.
01:50Portanto, essas manifestações do presidente Lula também batem no mesmo ponto que já havia destacado a ministra das Relações Institucionais,
01:59de que pode haver um conflito entre o regramento da legislação brasileira,
02:05no sentido de que o projeto de lei antifacção estaria conflitando com outras leis relacionadas à segurança pública.
02:13que o presidente Lula também fez essa observação sem destacar exatamente quais seriam esses pontos de conflito.
02:19Duas horas após essa manifestação do presidente Lula nas redes sociais,
02:24quem também usou as mídias para fazer uma manifestação em torno do projeto de lei antifacção
02:31foi o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Mota, só que no sentido contrário,
02:35apoiando, então, todo aquele texto que foi aprovado ontem pela Câmara dos Deputados.
02:40Um trecho da postagem do presidente da Câmara, Hugo Mota, diz o seguinte,
02:45não vamos enfrentar a violência das ruas com falsas narrativas.
02:49Precisamos estar unidos neste momento.
02:52O governo optou pelo caminho errado ao não compor essa corrente de união para combater a criminalidade.
02:58Repito, segurança não pode ser refém de falsas narrativas.
03:03Fecha aspas, portanto, declarações escritas de Hugo Mota duas horas após a manifestação do presidente Lula,
03:11havendo também um conflito, inclusive, de tudo aquilo que é dito entre o lado governista e o lado oposicionista.
03:17De um lado, o Palácio do Planalto dizendo que não houve diálogo com o executivo.
03:21Do outro lado, a oposição ao governo federal, destacando, então, que estaria havendo, na verdade,
03:28uma espécie de interesse sobremaneira do Palácio do Planalto em não ouvir também a oposição ao governo federal.
03:38Evandro.
03:38Agora, Nelly, eu quero saber também da manifestação do ministro da Fazenda.
03:41Veio crítica por parte dele, né?
03:43Críticas por parte do ministro da Fazenda, sim, Evandro.
03:51O ministro Fernando Haddad falou que deve existir uma asfixia da Polícia Federal.
03:56A gente relembra que entre os pontos de divergência entre governo e também a oposição ao governo
04:01está o fato do confisco, a destinação do confisco dos bens apreendidos nas operações policiais.
04:08O governo federal defendia que pelo menos uma parte desses recursos, muitas vezes expressos ali em objetos de valor,
04:17carros luxuosos, relógios luxuosos, até como a gente viu mais recentemente na apreensão relacionada ao Banco Master,
04:25também a apreensão essa executada pela Polícia Federal, apreensão de bens.
04:30Nesse sentido, então, o governo federal defendia que a apreensão desses bens, pelo menos uma parte,
04:35que a gente ficasse com a Polícia Federal no último relatório dos cinco que Guilherme Derrite apresentou junto à Câmara dos Deputados.
04:42Houve, então, de certa forma, um entendimento, pelo menos parcial, junto ao governo, em relação a esse ponto,
04:48mas manifestando ainda que uma parte dos recursos continua, então, sob posse das organizações policiais do Estado,
04:57onde aquela operação foi realizada.
04:59Diante dessa divergência e de outras, de cunho econômico, de cunho de custeio em relação à Polícia Federal,
05:07o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, então, que existe uma asfixia financeira provocada pelo PL antifacção aprovado na Câmara.
05:15O projeto enfraquece essas operações, não apenas asfixia financeiramente a Polícia Federal para os próximos anos,
05:25como cria uma série de expedientes frágeis que vão ser utilizados pelos advogados do andar de cima do crime organizado
05:35para obter vantagens no judiciário, que vai ter que respeitar a nova lei se ela for aprovada.
05:41Então, por melhor que tenha sido a intenção, ela vai na direção absolutamente contrária do que se pretende.
05:53O ministro Fernando Haddad, nessa mesma entrevista coletiva, disse ainda que as questões relacionadas ao PL antifacção,
06:01essas questões foram pouco discutidas, não houve participação, segundo ele, de criminalistas aqui no país,
06:07o governo federal se colocou à disposição para ser procurado, mas não foi,
06:12e que, portanto, houve, de certa forma, um atropelo por parte do relator na relatoria desse caso.
06:18As pessoas, eu penso que votaram de boa fé, mas sem compreender pelo exíguo tempo em que o projeto foi discutido,
06:28aliás, a quinta ou sexta versão, que foi a plenário, então não houve nenhum,
06:34não houve audiência pública, não houve oitiva de especialistas, de criminalistas,
06:40os grandes criminalistas brasileiros não foram ouvidos, nós fizemos o que pudemos,
06:49mantivemos um canal de comunicação permanente, mas não fomos atendidos nos pleitos importantes.
06:57Agora, o posicionamento do governo federal, conforme já havia sido, então,
07:06tornado público pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann,
07:10é apoiar o projeto que foi enviado aqui do Palácio do Planalto para o Congresso Nacional
07:16e que foi alterado nesses cinco relatórios do deputado federal Guilherme de Ritchie.
07:21A expectativa do governo é apoiar o texto original do governo
07:24e não todas essas alterações em cima do texto original que foram conduzidas pelo relator
07:30e o governo federal agora aposta suas fichas também no Senado,
07:34que vai, então, em breve, votar o PL antifacção. Evandro.
07:39Valeu, André Anelli, um abraço para você.
07:41Alangani, como é que você tem avaliado essa postura do governo
07:44e as críticas que ele faz agora numa tentativa de fazer com que isso traga algum tipo de alteração
07:51no debate que vai acontecer no Senado daqui para frente?
07:54Olha só, Evandro, o governo perdeu, foi uma vitória acachapante do Centrão,
07:58foi uma vitória acachapante do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Mota,
08:03do Guilherme de Ritchie, em última análise, uma vitória do Tarcísio.
08:07E por que não uma vitória da população brasileira com o endurecimento da pena?
08:11É verdade que o projeto inicial era do governo,
08:15mas hoje todo mundo está na boca do povo, eu conversando aqui com as pessoas,
08:19eles falam, o projeto do Derrite.
08:22E é por isso que o governo está bastante chateado.
08:27E o fato de terem votado contra, Evandro, eu vejo que foi um tiro no pé,
08:31porque já tinha perdido a autoria do projeto,
08:37embora fosse o autor formal, mas o que ficou foi o projeto do Derrite,
08:42o projeto da oposição, o projeto da direita,
08:46e votou contra o endurecimento penal.
08:49É isso que ficou para a população.
08:51E agora, vai mudar o que lá no Senado?
08:53Se desidratar, ou seja, reduzir as penas, aí perde pela terceira vez,
08:59porque daí vai ficar aquela impressão de que a direita, a oposição,
09:02passou um bom projeto e o governo desidratou.
09:06Então o governo agora está encurralado.
09:09Na verdade, quem deu este presente para o Tarcísio
09:13foi o Hugo Mota, diga-se de passagem, o Centrão.
09:17Fala, Bruno Musa.
09:19Bom, vamos lá. Me chamou a atenção uma fala do Haddad.
09:22Bruno, rapidinho.
09:234h30, quem nos acompanha pela rádio, um rápido intervalo.
09:26Daqui a pouco espero vocês.
09:27Nas outras plataformas seguimos.
09:29Eu tinha que cumprir essa parte.
09:30Agora vai lá, meu amigo.
09:33Tranquilo, vamos lá.
09:34Rapidamente, aqui uma fala do Haddad,
09:35em que ele mencionou que não foi consultado nenhum especialista,
09:39ou nenhum grupo de especialistas para, enfim, redigir isso ou levar adiante.
09:45E aí eu deixo aqui a pergunta.
09:46Será que foram consultados pessoas minimamente competentes
09:49para desenvolver um arcabouço fiscal que nasceu nati morto?
09:52Então, dois pesos, duas medidas.
09:54Às vezes é interessante também colocar.
09:56Bom, fica muito clara a derrota do governo.
09:58Mais uma vez, me parece uma articulação importante
10:00que o Centrão vem fazendo com a centro-direita
10:03para cada vez deixar o PT mais isolado com relação a isso.
10:06O grande ponto é que isso vai ao Senado.
10:09O governo tem uma articulação maior no Senado do que na Câmara.
10:13Não sabemos o que deverá ser alterado por lá,
10:16o que de fato sairá do Senado.
10:18Provavelmente voltará à Câmara.
10:19E se eles terão força suficiente
10:21para não manter aquilo que será eventualmente alterado no Senado.
10:26A gente ainda tem a sanção, eventual sanção presidencial.
10:30Enfim, então temos ainda um longo caminho pela frente a percorrer.
10:34A verdade é que mostrou mais uma vez a própria fragilidade do governo,
10:38mas não dá para dizer, na minha opinião,
10:39que eles estão mortos nesse tema.
10:41Afinal de contas, repito, no Senado eles têm um poder de negociação maior.
10:45Mas cada vez fica mais claro, ao menos para mim,
10:48que o PT começa a ficar um certo isolamento.
10:52E a gente viu uma fala importante do próprio Haddad.
10:54Depois a gente, perdão, do próprio Kassab,
10:56a gente comenta depois lá em Nova Iorque,
10:58falando que o Tarcísio, se tiver todo mundo junto,
11:02ele é praticamente invencível.
11:04Então me parece que o jogo começa a ser desenhado
11:07de uma maneira muito mais clara.
11:08Eu quero trazer também uma manifestação do presidente da Câmara,
11:11Hugo Mota, que criticou os colegas que foram contrários
11:14a essa proposta. Vamos lá.
11:17Trazendo esse debate eleitoral do ano que vem
11:19para uma matéria que nós não podemos permitir
11:21que ela seja politizada.
11:23É uma matéria que é da sociedade.
11:25Essa não é uma matéria da direita ou da esquerda.
11:27Tanto é que eu estou aqui reconhecendo os pontos positivos
11:30que o governo enviou.
11:33Muitos deles foram mantidos,
11:34mas que era uma proposta que é o trabalho do Legislativo fazer.
11:39Não é uma proposta que precisava ser melhorada.
11:41Eu acho que foi um erro do governo ficar contra.
11:43O governo tem que se explicar hoje à sociedade brasileira
11:46o porquê ficou contra.
11:47Porque para o cidadão o que importa
11:49é o que de fato irá acontecer na prática
11:52para melhorar a qualidade da segurança pública do Brasil.
11:55E eu quero trazer também aqui uma manifestação
11:58de como essa situação deve ocorrer no Senado.
12:00Vamos voltar a falar com o nosso André Anelli,
12:02que vai trazer mais detalhes para a gente agora.
12:04André Anelli desapareceu.
12:05Daqui a pouco vamos nos conectar com ele.
12:07E já já trazemos a informação no Senado.
12:10Mas eu quero então retomar o papo
12:11sobre o que disse o presidente da Câmara.
12:13E Zé Maria Trindade, ele menciona que o fato de ter uma eleição em 2026
12:18não poderia polemizar ou, digamos, contaminar
12:22um debate importante como o da segurança pública.
12:25Ok, é uma fala bastante institucional,
12:27mas a gente sabe o quanto as questões políticas e eleitorais
12:32sempre vão puxar o carro.
12:34Como é que você avalia, digamos, a conduta do presidente da Câmara
12:38e a firmeza que ele teve para,
12:40mesmo diante das críticas do governo,
12:44e até pode usar o termo das birras do governo,
12:46comprar a briga do Derrite e levá-lo até o fim?
12:51Pois é, eu acho que ele foi equilibrado, muito equilibrado.
12:56Olha, o presidente da Câmara, o Gumoto,
12:59eu conheço de muito tempo,
13:01acompanhei o seu trabalho na presidência da CPI da Petrobras,
13:05num momento muito ali crítico.
13:07ele foi indicado para a presidência da CPI
13:10e enfrentou ali os antigões,
13:13ele era um deputado novo na época, né?
13:16Enfrentou o PT e tal, ele é muito firme.
13:20A gestão dele é que está sendo muito complicada
13:23e tem levado o presidente para umas situações meio dúbias, né?
13:27Mas ele é muito firme.
13:29E ele poderia ir além,
13:32como me disse o deputado Danilo Forte.
13:35Se ele quisesse sair ali ovacionado da Câmara,
13:39ele colocaria em seguida a votação do projeto
13:43que transformaria em terrorismo o crime de facção.
13:48Isso seria a complementação.
13:50Mas ele pisou o pé no freio
13:51e apenas votou o projeto que foi assinado pelo presidente Lula.
13:55A indicação do Guilherme Derritte para a relatoria
14:00foi um pedido do presidente do PP, né?
14:03O Ciro Nogueira, que tem uma grande influência.
14:06Os dois são muito próximos, né?
14:07E a indicação do Derritte foi a única coisa que poderia desagradar o PT.
14:16E aí o PT ficou nessa birra.
14:19E a gente sabe que, olha, não se deve fulanizar a política.
14:23A política tem que ser discutida quanto ao mérito,
14:26quanto ao conteúdo.
14:27E acabou que essa briga que o Alan falou muito bem aí,
14:32se é o projeto de um, paternidade do outro,
14:34isso acabou mais importante até do que o conteúdo,
14:38do que o mérito do projeto.
14:40Isso não pode acontecer.
14:42Tem que discutir o mérito e os argumentos.
14:44E não exatamente a fulanização,
14:47os nomes e essa paternidade ridícula.
14:50E aí, de quem é que sabe o texto do governo,
14:53foi melhorado.
14:55Foi melhorado na Câmara.
14:57E vai para o Senado, vai pegar um novo relator,
14:59nova votação,
15:01e depois vai para a sanção presidencial.
15:03De quem é a paternidade?
15:05Nem DNA resolve a situação dessa.
15:08O Alan Gani, quem votou contra o projeto deve se envergonhar.
15:11Ah, eu vejo que sim, eu concordo com o Zé.
15:13O projeto foi melhorado,
15:15trouxe um endurecimento penal,
15:17e era no final das contas
15:19o que a oposição queria.
15:20Porque no final das contas, Evandro,
15:22aquela ideia de classificar
15:24as facções criminosas como terroristas
15:27era um mecanismo ali para corrigir
15:29uma falha da lei.
15:30No final das contas,
15:31a população queria um endurecimento penal.
15:34E o que esse projeto trouxe?
15:36Exatamente isso, um endurecimento penal.
15:39Portanto, o governo e o PT
15:41perdem duas vezes.
15:43Perdeu a paternidade, né?
15:46Então, foi ele ali,
15:47vamos fazer aqui uma analogia, né?
15:48Fez o filho, mas quem criou não foi ele,
15:51foi o Derrite, né?
15:52Pai é quem cria.
15:53Então, quem criou foi o Derrite.
15:55E perdeu também porque votou contra.
15:58Então, ficou carimbado ali
15:59naqueles deputados que votaram contra
16:02porque votaram por mais impunidade.
16:05E eu quero falar que foi, Piper.
16:09Não votaram por mais impunidade.
16:11Ué, votaram contra.
16:11O projeto, o projeto,
16:13quem propôs endurecimento de pena,
16:15inclusive, é o texto original.
16:17É o texto original.
16:18Então, o que, ah, que o Derrite aumentou,
16:20o endurecimento, papo furado.
16:22O texto original, ele já previu
16:24o endurecimento de pena.
16:26O Derrite, por sinal,
16:28ele fez algumas coisas inexplicáveis,
16:30como, por exemplo,
16:31a questão do pertencimento de bens.
16:34Se passassem as primeiras versões do Derrite,
16:38as quadrilhas, os bandidos e tal,
16:41eles iam perder os seus bens
16:43só depois de transitar de julgado.
16:45Mas eu te pergunto...
16:45Isso é obra do Derrite.
16:47Tudo bem, mas não foi ingenuidade
16:48votar contra?
16:50Quer dizer, eles não poderiam ter feito
16:51uma campanha de que o projeto
16:53era do governo e não do Derrite
16:55e ter votado a favor?
16:57Não.
16:57Aí eles votaram contra
16:58e ficou essa imagem no final das contas.
17:00Então, aí...
17:01Eu concordo contigo.
17:02O projeto inicial trazia
17:03o endurecimento de pena.
17:04Mas o que que ficou
17:06na percepção da população?
17:07O projeto foi feito pra isso.
17:09O projeto foi feito
17:10pra endurecer pena
17:11e asfixiar economicamente
17:13as organizações criminosas,
17:15o que, aliás,
17:16o Derrite flexibilizava.
17:18Isso.
17:18E aí eles vão lá e votam contra.
17:20E vamos entender
17:22como é que isso aconteceria no Senado?
17:24Já temos aqui o nosso André Anelli
17:25conectado pra explicar pra gente.
17:26Fala aí, meu amigo.
17:30Pois é, Evandro,
17:31o senador Otto Alencar,
17:34ele que é presidente da Comissão
17:35de Constituição e Justiça,
17:37já afirmou que o texto aprovado
17:39na Câmara dos Deputados,
17:40o PL, antifacção,
17:41370 a 110 votos,
17:44vai sofrer alterações na casa,
17:47passando primeiramente pela CCJ,
17:49pela Comissão de Constituição e Justiça.
17:51E mais,
17:52Otto Alencar afirmou ainda
17:53que vai ouvir membros
17:55da Polícia Federal,
17:56do Ministério Público
17:58e da Polícia Civil,
17:59no sentido de fazer
18:00essas alterações
18:01e contemplar tudo aquilo
18:03que os órgãos de segurança pública,
18:05os responsáveis pelo combate
18:07ao crime organizado,
18:09estão, de certa forma,
18:11apresentando como objetos
18:13de aperfeiçoamento
18:14junto a esse texto
18:15aprovado pelos deputados.
18:18E aí, a partir de então,
18:19Otto Alencar prometeu
18:20levar esse texto,
18:22após ouvir todos esses especialistas,
18:25para o plenário do Senado,
18:26para que, enfim,
18:27seja votado.
18:28A gente relembra aqui,
18:29conforme já destacado mais cedo,
18:31no 3 em 1 da Jovem Pan,
18:32que o governo federal
18:33aposta, sim,
18:35em mudanças no Senado,
18:36no sentido de aproximar
18:38mais o texto daquilo
18:39que foi enviado do Executivo
18:42para o Legislativo,
18:43mas já tem em mente também
18:44que essas alterações no texto
18:47são inevitáveis,
18:49até por conta, justamente,
18:50agora de uma revisão
18:52que vai ser, então,
18:53realizada no Senado.
18:55Evandro.
18:56Obrigado pelas informações,
18:57Andréa Nelly.
18:58Bruno Musa,
18:58você entende que o Senado
19:00vai garantir que
19:02as mudanças aconteçam,
19:05que haja uma diminuição
19:06do que eles chamam, então,
19:07de certa insegurança jurídica
19:09ou de questionamentos
19:10que possam acontecer
19:11ao projeto da maneira
19:12como ele foi aprovado?
19:13E isso poderia,
19:15digamos,
19:16inflamar o debate
19:17depois novamente na Câmara?
19:20Olha,
19:22só do ponto de vista lógico,
19:24me parece que sim,
19:25que poderia,
19:25o governo vai atuar,
19:27na minha opinião,
19:27forte dessa maneira,
19:29vamos ver a força
19:29que ele tem no Senado,
19:31apesar de ser maior
19:32do que na Câmara,
19:33vamos ver se ele realmente
19:34conta ainda
19:35com alguma força nisso.
19:37Agora,
19:38o que me parece
19:38bastante claro
19:40e vai justamente
19:41na linha do motivo
19:43pelo qual o Haddad
19:45falou que se enfraquece
19:46a Polícia Federal
19:47e os motivos
19:48pelos quais o governo
19:49se diz contra,
19:50é que basicamente
19:51o texto do relator,
19:52ele condiciona
19:53a parte da atuação
19:54da Polícia Federal
19:55à iniciativa
19:56dos governos estaduais,
19:58o que automaticamente
19:59abre espaço
20:00para interferência
20:01política local
20:02e limita
20:03a autonomia
20:05da instituição federal
20:06na investigação
20:07de crimes complexos.
20:08ou seja,
20:10você tem uma tendência
20:11maior
20:11à descentralização.
20:14A PF, por exemplo,
20:15poderá atuar em investigações
20:16quando houver matéria
20:17de sua competência
20:18constitucional,
20:19mas tem de comunicar,
20:20por exemplo,
20:20autoridades estaduais
20:22quando iniciar
20:22a apuração
20:23por iniciativa própria
20:24ou sua atuação
20:25não deslocará
20:26automaticamente
20:27o caso
20:27para a Justiça Federal
20:28e envolverá
20:30a cooperação,
20:31por exemplo,
20:32da solicitação
20:33da polícia
20:33ou dos ministérios
20:34públicos estaduais.
20:35Ou seja,
20:36há uma retirada
20:37do poder centralizador
20:39em Brasília
20:40que é justamente
20:41o que o PT quer,
20:42centralizar absolutamente tudo.
20:44Eles fazem isso
20:44com receita,
20:45eles querem fazer isso
20:46com os impostos,
20:47eles fizeram isso,
20:48enfim,
20:49é a dinâmica do PT,
20:51centralizar tudo
20:52em sua mão,
20:52controlar o da política
20:53no geral
20:54e isso tende a dar
20:55uma descentralização
20:56e justamente
20:57por isso eu concordo
20:59que eu não compreendo
21:00quem vota contra
21:01ou você votou contra
21:03ou eu entendo
21:04quem faz parte
21:06do projeto de poder
21:07porque aí você quer
21:08centralizar
21:09mais poder
21:10em sua mão.
21:10Então,
21:11veremos como isso
21:12virá do Senado
21:14se eles aceitarão
21:15essa centralização maior
21:17ou toparão
21:18uma descentralização.
21:20Isso pode envolver também,
21:21veja só,
21:22pensando aqui,
21:23loucubrando mais alto
21:24a indicação ou não
21:26do próprio Pacheco
21:27ao STF.
21:28Exatamente,
21:28Bruno Musa.
21:29Agora eu quero perguntar
21:30aqui para vocês
21:30se o saldo
21:32dessa história
21:33envolvendo o PL
21:34antifacção
21:34é uma derrota
21:36para o governo
21:36na Câmara,
21:37Piper?
21:38Na Câmara,
21:39sim,
21:40até porque
21:41enfim,
21:42houve lá uma votação,
21:44o governo foi contra
21:45o projeto final
21:45e perdeu.
21:46Isso é do ponto de vista
21:48enfim,
21:49do resultado,
21:50é óbvio que sim.
21:52Porque ele conseguiu
21:53as alterações
21:53que ele buscava
21:54de certa forma.
21:55O que o governo
21:55tem que continuar
21:56exatamente insistindo
21:58é para que
21:59as prerrogativas
22:02da Polícia Federal
22:03saiam
22:04absolutamente
22:05intocadas
22:06em relação a isso.
22:06Eu vou dar um exemplo
22:07até com base
22:08do que ele falou.
22:08Mas se elas já não foram
22:10intocadas na Câmara
22:11justamente por conta
22:12de uma articulação
22:13que garantiu
22:13várias versões
22:15e com uma versão final
22:16que não tocou,
22:17por que que isso
22:17aconteceria no Senado
22:18que tem um alinhamento
22:19ainda maior com o governo?
22:21Não, então.
22:22Eu acho que tem que
22:22recuperar algumas coisas
22:23porque não está tudo
22:24recuperado,
22:25a questão orçamentária
22:26é importante.
22:26E, vejam só,
22:28se o projeto do D-HIT
22:29passa,
22:31por exemplo,
22:31uma operação
22:32como a de ontem
22:33no Banco Master.
22:33O primeiro projeto
22:34que você está falando.
22:34Sim,
22:35uma operação
22:36como a do Banco Master,
22:38a Polícia Federal
22:39ia ter que lá
22:39o toque-toque
22:40ao governador Ibanez,
22:41nós vamos fazer
22:42uma operação aí, tá?
22:44Imagina o que,
22:46qual a consequência disso
22:47considerando que
22:48tem tanta gente lá
22:49do Distrito Federal
22:51envolvida na história.
22:52Inclusive,
22:53executivos do banco
22:54afastados.
22:55Então,
22:56o projeto original
22:58do D-HIT,
22:59o texto original,
23:00ele não preservava
23:01esse tipo de independência.
23:02Mas não passou.
23:03E autonomia.
23:04Não,
23:04ficou no final das contas
23:06a autonomia da Polícia Federal.
23:06a Polícia Federal,
23:08não adianta ficar discutindo
23:09o que poderia ter sido.
23:11Adianta,
23:11adianta porque mexe,
23:12mexeram também agora
23:14na questão orçamentária.
23:15E,
23:16o que a sociedade
23:17tem que se perguntar
23:18é o seguinte,
23:19no momento em que
23:20a Polícia Federal
23:20está fazendo tantas operações,
23:23envolvendo tantos políticos,
23:25há quem interessava
23:26mexer nas prerrogativas
23:28da Polícia Federal.
23:29No final das contas,
23:32Evandro,
23:32o que que ficou?
23:33Você acha que
23:33alguém interessava
23:34mexer na Polícia Federal?
23:35Lógico que sempre há
23:36a força dentro do
23:39E o D-HIT teria
23:40atendido a essas
23:41vantagens?
23:41Eu não acho que o D-HIT tenha,
23:42não,
23:43eu acho que o D-HIT
23:44é uma pessoa
23:45absolutamente honesta,
23:46até onde eu sei,
23:47e não atendeu...
23:48Até onde eu sei.
23:49Enfim,
23:50a gente sempre tem que...
23:50Não dá pra colocar
23:51a mão no fogo
23:51por ninguém.
23:52Não dá pra não botar
23:52a mão no fogo
23:53por ninguém,
23:53mas até onde eu sei,
23:54ele é uma pessoa
23:54competente e honesta.
23:56Então,
23:56eu vejo o seguinte,
23:58ele estava ali sob pressão,
23:59diversos lados,
24:00atendendo um lado,
24:01depois volta atrás,
24:03mas no final das contas,
24:04a gente não discute
24:05o que poderia ter sido,
24:07a gente discute
24:08como ficou.
24:09E como ficou?
24:09preservou sim a autonomia
24:11da Polícia Federal
24:12e veio o endurecimento
24:14de pernas.
24:14É isso que interessa.
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