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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a versão final do Projeto de Lei Antifacção aprovada na Câmara dos Deputados, que incluiu alterações promovidas pelo relator, Guilherme Derrite (Progressistas-SP).

A crítica pública de Lula visa pressionar os senadores a retirarem os pontos mais rigorosos defendidos pela bancada de direita, garantindo que o texto final tenha maior segurança jurídica. Reportagem: André Anelli.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/Oe3XtgWRIG0

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Transcrição
00:00Obrigado pela sua audiência, pela sua companhia, direto para Brasília.
00:03O presidente Lula criticou o projeto de combate ao crime organizado aprovado pela Câmara dos Deputados.
00:09André Anelli chegando com as últimas informações. Tudo bem, André?
00:13Boa noite. O que o presidente destacou nessa reação à aprovação pela Câmara?
00:18Bem-vindo, boa noite.
00:22Obrigado, Tiago. Muito boa noite a você também e a todos aqui no Jornal Jovem Pan.
00:26O presidente Lula aguardou o dia seguinte a aprovação do projeto de lei anti-facção pela Câmara
00:32para criticar a medida que sofreu seis alterações do relator, o deputado federal Guilherme Derritt,
00:38mas que recebeu o apoio de mais de 300 parlamentares.
00:42Nas redes sociais, Lula afirmou que é preciso leis firmes e seguras para combater o crime organizado
00:50e que o projeto aprovado pela Câmara alterou pontos centrais do projeto apresentado pelo governo.
00:56Lula disse que, do jeito que está, o texto enfraquece o combate ao crime e gera insegurança jurídica.
01:04Lula ainda afirmou que trocar o certo pelo duvidoso só favorece quem quer escapar da lei.
01:11Em um trecho final dessa postagem, o presidente disse ainda ser importante que prevaleça no Senado
01:17o diálogo e a responsabilidade na análise do projeto para que o Brasil tenha, de fato, instrumentos eficazes
01:24no enfrentamento às facções criminosas.
01:28Existe ainda a expectativa de que o presidente Lula acabe se manifestando sobre esse assunto
01:33mais uma vez em uma coletiva de imprensa que está prevista para acontecer em instantes
01:39em Belém, na capital do Pará, onde o presidente da República se encontra nesse momento.
01:44O discurso na internet do presidente Lula em tom crítico já era aguardado
01:49depois que a ministra das Relações Institucionais, Glaise Hoffman,
01:54criticou a medida antes mesmo de ser votada na Câmara.
01:57Em uma coletiva de imprensa ontem aqui no Palácio do Planalto, ela chamou de lambança legislativa
02:04os seis pareceres do projeto de lei antifacção apresentados pelo relator.
02:10Ela também criticou De Ritch por ter se recusado, segundo ela, a conversar com o governo
02:16para negociar uma versão consensuada do texto com o governo federal.
02:21Os argumentos de Glaise se referem principalmente à decisão de De Ritch
02:26de sugerir um sistema de recuperação de ativos de facções criminosas
02:30no qual os recursos destinados aos fundos de segurança pública serão divididos
02:36baseados em um novo critério.
02:38Em vez de os delitos determinarem a distribuição dessas verbas,
02:43a partilha vai se dar com base em quais autoridades conduziram a investigação.
02:48Dessa forma, os estados e o Distrito Federal podem ser beneficiados
02:53quando a apuração for feita pelas autoridades locais,
02:57enquanto a União receberia algum tipo de verba
03:00somente quando a investigação fosse exclusivamente da Polícia Federal.
03:06Segundo o governo, o problema é que o relatório do deputado
03:09não revoga o mecanismo atual, o que permitiria a coexistência
03:15de dois sistemas distintos para a recuperação dos ativos.
03:19Tiago.
03:20André, me diga uma coisa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
03:22também entrou nessa polêmica. O que ele disse?
03:28Sim, o ministro Fernando Haddad fez críticas ao texto aprovado pela Câmara,
03:33principalmente em relação ao que o governo considera como
03:36fragmentação dos fundos de segurança pública,
03:39que é outro ponto de insatisfação aqui do Palácio do Planalto.
03:43Segundo Haddad, o PL Antifacção, da forma como foi votado,
03:48vai provocar uma asfixia na Polícia Federal,
03:51que é o principal órgão de combate ao crime organizado.
03:54O projeto enfraquece essas operações.
03:59Não apenas asfixia financeiramente a Polícia Federal
04:02para os próximos anos, como cria uma série de expedientes frágeis
04:08que vão ser utilizados pelos advogados do andar de cima do crime organizado
04:14para obter vantagens no judiciário,
04:16que vai ter que respeitar a nova lei se ela for aprovada.
04:21Então, por melhor tenha sido a intenção,
04:25ela vai na direção absolutamente contrária do que se pretende.
04:28Haddad também avaliou que faltou discussão do texto
04:35com órgãos de segurança pública e com especialistas na área criminal.
04:41As pessoas, eu penso que votaram de boa fé,
04:45mas sem compreender pelo exíguo tempo em que o projeto foi discutido,
04:50aliás, a quinta ou sexta versão, que foi a plenário,
04:54Então, não houve nenhum, não houve audiência pública,
04:59não houve oitiva de especialistas, de criminalistas.
05:03Os grandes criminalistas brasileiros não foram ouvidos.
05:07Nós fizemos o que pudemos, mantivemos um canal de comunicação permanente,
05:14mas não fomos atendidos nos pleitos importantes.
05:19E agora, o governo aposta na tramitação do texto no Senado
05:27para corrigir todos esses pontos de discordância.
05:31Tiago.
05:31Vamos lembrar que se o Senado fizer alterações,
05:34o texto volta para a Câmara.
05:35André Nery já já retorna ao Jornal Jovem Pan.
05:38Vamos chamar as nossas comentaristas aqui nessa quarta-feira,
05:42desde seu cara entrando no estúdio,
05:44Denise Campos de Toledo também,
05:46e a Dora Kramer aqui no nosso telão.
05:48Eu vou começar por você, Dora.
05:50Dora, a gente fala muito sobre a politização da segurança pública,
05:53e hoje a gente viu um embate entre o governo,
05:56que a pouco a gente vai ouvir também o que falou o presidente da Câmara,
05:59entrevista exclusiva à Jovem Pan.
06:01Boa noite, Dora. Bem-vinda.
06:03Boa noite, Tiago.
06:04Boa noite, Denise.
06:05Boa noite, Denise.
06:06Boa noite a todos.
06:08Olha só, tem muita coisa para falar, né?
06:11Porque, primeira coisa,
06:12esse comportamento do governo,
06:14que, claro, querendo dizer que a oposição aprovou uma coisa,
06:20como disse a ministra Glaze Hoffman, uma lambança.
06:24Ora, o texto original da dita lambança é de autoria do governo.
06:29Então, a oposição saiu nessa primeira fase,
06:32que é a da Câmara, a fase de tramitação desse projeto,
06:35saiu vencedora.
06:36E só saiu vencedora porque a coisa foi posta nos termos,
06:39entre direita e esquerda, em termos de embate.
06:43Ora, o governo poderia muito bem ter compartilhado esse resultado,
06:49porque o relator fez algumas modificações
06:52que atendiam aos pleitos do governo,
06:55não atendiam completamente,
06:57mas se essa questão não estivesse de parte a parte
07:01no centro de uma disputa eleitoreira,
07:05e eu estou usando esse termo pejorativo de propósito,
07:08porque não está na hora da disputa eleitoral legítima,
07:13que é no ano que vem.
07:14Então, tudo o que se faz agora com vista a obter vantagens eleitorais
07:19são, assim, dignas realmente de adjetivos pejorativos, né?
07:28Porque o governo não quis compartilhar,
07:32chamou o projeto que era originalmente dele de projeto da direita,
07:37e saiu derrotado.
07:38E saiu derrotado por quê?
07:39Porque é minoria.
07:40E qual é a novidade disso?
07:42O governo não sabe que é minoria?
07:45Então, vai tentar recuperar essa história no Senado,
07:49agora no Senado vai pegar um osso duro,
07:53que é o relator Alessandro Vieira,
07:55policial e politicamente independente,
07:59super rigoroso.
08:01Então, ali vai ser muito difícil
08:04tentar capturar o Alessandro Vieira,
08:07o relator, para um lado ou para o outro.
08:10O Denizio, o senador Alessandro Vieira,
08:12está prometendo uma análise técnica,
08:14uma revisão técnica desse documento
08:17que foi aprovado pela Câmara.
08:18Você já entrevistou ele muitas vezes ao longo dos anos.
08:21ele é alguém que promete fazer um trabalho menos politizado.
08:26É o que ele já falou.
08:28Será que isso é possível?
08:29Boa noite, bem-vinda.
08:30Boa noite.
08:31Olha, o Senado já produziu algumas derrotas importantes
08:34a decisões da Câmara recentes.
08:36E Alessandro Vieira, ele meio que vai de encontro
08:39a algumas propostas que eram defendidas pelo governo.
08:42Uma delas é a questão dos recursos para a Polícia Federal.
08:45Ele, inclusive, citou em entrevista
08:47o que Andrei Rodrigues disse,
08:48o diretor-geral da Polícia Federal,
08:50a respeito dos recursos necessários
08:52para a fiscalização de fronteira.
08:54A entrada de contrabando,
08:56a atuação das facções entre outros países também,
09:00algo em torno de 800 milhões de reais.
09:02Então, ele é contra qualquer corte de recursos
09:05para a Polícia Federal,
09:06que foi um dos pontos polêmicos desse último projeto,
09:09aliás, desde o início das discussões
09:11sobre o projeto na Câmara.
09:13E ele também vê essa possibilidade de conflito
09:17de duas legislações diferentes,
09:19as facções, as organizações super violentas
09:22e as violentas,
09:23que já existe uma legislação específica.
09:25Isso pode levar a muitas argumentações,
09:28uma demora maior na finalização dos processos.
09:31E ele também questiona aquela condição dos bens
09:36que são apropriados,
09:38a destinação que é dada a esses recursos,
09:40que parecem, em alguns casos, com uma blindagem,
09:42porque nós temos até muitos políticos
09:44envolvidos também nesses casos relacionados às facções.
09:48Então, ele vai de encontro
09:49sem ter essa conotação ideológica.
09:52Tanto que ele falou que, se possível,
09:53a partir da semana que vem,
09:55haverá audiências para discutir com especialistas,
09:58que é o que faltava,
09:59como pessoas que entendem mesmo da criminalidade,
10:02que trabalharam com o assunto,
10:03que têm experiência, de fato,
10:05até maior do que os parlamentares.
10:07Odeise, o problema também é o tempo, né?
10:09Porque é uma discussão importante
10:12em relação à segurança pública.
10:13Hoje, 19 de novembro,
10:15se o Senado fizer alterações,
10:17a matéria volta para a Câmara e fica,
10:19vai para lá e vai para cá, né?
10:21Bem-vinda, boa noite.
10:21Exatamente.
10:22Boa noite, Thiago, Denise,
10:24boa noite, Dora,
10:25boa noite, audiência da Jovem Pan.
10:27Eu não posso começar a minha fala aqui
10:30sem elogiar as minhas colegas.
10:32Denise, de novo, trabalhando com ela,
10:33Dora.
10:34A gente finge normalidade aqui,
10:36mas nem sempre é normal, né?
10:37Então, é um prazer imenso estar com vocês,
10:39contigo, Thiago, sempre.
10:41Esse IPL da antifacção,
10:44está acontecendo com ele aquilo que a gente já vinha falando
10:47há algumas semanas aqui no Jornal da Jovem Pan.
10:50É um projeto que começou com fôlego,
10:53mas ele não tem,
10:53ele não vai levar esse fôlego até o final,
10:55ele não vai solucionar o problema da segurança no Brasil.
10:59A gente viu agora essa fala do presidente Lula,
11:01mas vamos combinar aqui, né?
11:03Se o executivo tivesse acompanhado de fato
11:06ou tivesse se posicionado em relação a esse projeto,
11:10poderia ter blindado algumas salvaguardas mais robustas
11:15em relação ao projeto,
11:17poderia ter evitado que pontos mais sensíveis fossem alterados,
11:21e ele não fez isso.
11:23Da mesma forma, não acompanhou a mesa legislativa,
11:26não acompanhou o relator,
11:28não acompanhou os deputados
11:29para sequer tentar entrar num consenso.
11:32E por quê?
11:33Porque a pauta da segurança pública,
11:35quando ela vai para o Palácio do Planalto,
11:38ela é sempre um tema que fica à margem da discussão.
11:42O governo, ele não consegue encampar de vez
11:44essa discussão da segurança pública no Brasil.
11:47E aí agora, criticar o PL é muito fácil,
11:50mas na hora que poderia ter ido ali,
11:51ter acompanhado,
11:52ter colocado salvaguardas mais robustas,
11:54não fez.
11:55E o que vai acontecer com esse PL
11:57é o que a gente tem visto acontecer,
11:58com todo o material,
11:59com toda a proposta que entra em relação à segurança pública.
12:02Vai cair no limbo.
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