Pular para o playerIr para o conteúdo principal
O FMI revisou a previsão de crescimento global para 3,2% em 2025, mas alertou para riscos futuros, como desaceleração da China e possível bolha em tecnologia. Alexandre Pires, professor de Economia e Relações Internacionais do Ibmec São Paulo, analisou impactos para os EUA, Brasil e Argentina, e o efeito das tarifas internacionais.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://timesbrasil.com.br/guerra-comercial/

🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC nas redes sociais: @otimesbrasil

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasilCNBC

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:01Sinalizando um impacto econômico mais brando do que o esperado em relação às tarifas de Donald Trump,
00:06o Fundo Monetário Internacional elevou a previsão do crescimento global para 3,2% neste ano.
00:13No último relatório, o crescimento previsto era de 3%.
00:17Mesmo com esse abrandamento na situação tarifária, o relatório ainda alerta para riscos futuros.
00:22A gente vai entender mais detalhes, o que está em jogo, conversando agora ao vivo com o professor de Economia e Relações Internacionais do IBMEC São Paulo,
00:31Alexandre Pires, que já está aqui conectado, e Felipe Machado, nosso analista, vai participar da conversa.
00:36Então, boa tarde, Felipe. Boa tarde, Alexandre.
00:40Boa tarde, Natália. Boa tarde, Felipe.
00:42Boa tarde a todos também.
00:44Bom, professor, o FMI trouxe aqui a informação de que ele elevou a previsão com crescimento global para 3,2% agora em 2025.
00:53Mesmo com essas tensões comerciais que voltaram a ficar muito latentes entre Estados Unidos e China.
00:59O senhor chamaria esse cenário de um otimismo? É um otimismo cauteloso?
01:05Ainda não estava precificada essa recente guerra dos 100%.
01:09Ou seja, isso é novo, isso não está no relatório.
01:12O relatório acabou de sair fresquinho, não incorporou essa dimensão.
01:16Mas o dado mais preocupante é a desaceleração da China na casa de 0,8 ponto percentual.
01:25Isso é uma enormidade.
01:26Eles vão sair de 5% para 4,2%.
01:29Má notícia para o Brasil, má notícia para muitos países do mundo.
01:33Isso acaba afetando, sim, as perspectivas de vários parceiros econômicos e do mundo como um todo.
01:39Há um grande impulso vindo, inclusive, da América Latina.
01:42Mas, hoje em dia, há um deslocamento dessa força econômica, porque a gente chama ali de países do sudeste asiático.
01:52Aqueles que estão associados na Asia.
01:55E esses países têm crescimento ali acima de 5%.
01:58E a Índia tem se tornado uma locomotiva do mundo também.
02:02Uma enormidade de países que têm participado muito nesse crescimento a mais que nós vemos ano a ano.
02:08Felipe, a audição agora.
02:10Professor, boa tarde mais uma vez.
02:12Professor, no relatório, a gente teve um pequeno otimismo em relação aos Estados Unidos.
02:16Aumentou a previsão de 2% para 2,1%.
02:20Mas, se a gente lembrar do ano passado, o crescimento dos Estados Unidos foi de 2,8%.
02:24O que é isso, na sua opinião, como é que o senhor vê esse cenário?
02:27Os Estados Unidos têm vários problemas.
02:30Ou seja, é um país que realmente atrai muito o capital, um grande investidor.
02:35Mas está passando por um processo de reestruturação.
02:38O setor manufatureiro está voltando a tentar ser relevante.
02:43E, por outro lado, tem sofrido uma concorrência brutal da China em diversos mercados.
02:48Isso impacta o potencial de crescimento.
02:50Mas nós temos que lembrar o seguinte.
02:52No caso dos Estados Unidos, o que importa não é tanto o quanto que eles crescem
02:56num próximo ano?
02:58É o fato deles crescerem assim há 200 anos, né, Felipe?
03:01Ou seja, esse crescimento contínuo é o que assusta.
03:04Ou seja, mesmo nos piores momentos, estão crescendo acima de 2%.
03:08Muito acima, por exemplo, ali dos seus pares europeus,
03:14que vão crescer pelo relatório em torno de 1,5%.
03:17Ou seja, os Estados Unidos têm uma taxa 50% maior.
03:20Isso é extremamente relevante.
03:24Bom, professor, o senhor comentou aqui que, então, nessa projeção de agora,
03:28não entrou nessa conta a possível tarifa de 100% dos Estados Unidos sobre a China.
03:34Isso ainda, então, não está quantificado, até porque não está definido.
03:36Ainda está ali na esfera da possibilidade, da ameaça.
03:40Começaria dia 1º de novembro, né?
03:42Se começar, começaria dia 1º de novembro.
03:44Dia 1º de novembro, exatamente.
03:45Agora, quais seriam os impactos na sua avaliação desse novo choque tarifário, né?
03:50Especialmente para mercados emergentes, assim como o Brasil.
03:53Há uma mudança na dinâmica da China.
03:56Nós temos que lembrar que a China tem se ancorado fortemente na economia americana.
04:01Ou seja, era o grande destino das importações chinesas.
04:04Nós temos que lembrar que, quando se exporta para a China, eu consigo dólar.
04:07E isso é relevante para a política cambial chinesa e para as pretensões chinesas de investir no mundo.
04:15Claro que, quando os Estados Unidos saem da parceria, o que acontece?
04:20Muito dessa produção americana, chinesa, não vai encontrar destino fácil.
04:25Nós temos que lembrar que o mundo está ocupado por competição.
04:29E aí, quando a China não consegue fazer isso, ela tem um excesso de oferta industrial.
04:33E isso acaba fazendo com que outros países que produzem alguns bens industriais, como o Brasil,
04:40ou têxteis ou minérios, acabam sofrendo.
04:43Porque é uma concorrência ali muito vantajosa que a China tem.
04:47Ela tem capacidade de sustentar essa queda de preços em razão de uma diminuição da demanda americana.
04:52Professor, em relação a outro número aqui desse relatório, que me chama a atenção,
04:58a inflação no mundo, a inflação 4,2.
05:02No ano que vem, 3,7.
05:03Dá uma melhorada, mas 4,2 esse ano.
05:06Como é que o senhor avalia esse número?
05:09É um resultado, digamos assim, esperado.
05:13Ou seja, o mundo está desacelerando economicamente.
05:16Isso acaba esfriando os preços.
05:19Então, você está caminhando ali para um mundo mais desaquecido.
05:24Mas também, por outro lado, alivia as pressões sobre países como o Brasil,
05:28que tem que manter um diferencial de juros para a economia americana.
05:33Quase que estável.
05:34A gente mantém um diferencial na casa de, o que a gente chama de 800 pontos base,
05:39que seria em torno de 8% a mais de juros real em relação à economia americana.
05:43Então, quando a inflação vai diminuindo, ajuda na inflação brasileira,
05:47porque muito da nossa inflação é de produtos importados também.
05:51E isso colabora para que o Banco Central possa aliviar um pouco a política monetária,
05:57desde que a política fiscal nossa fique consistente.
06:00E aí, dessa maneira, pode ter mais crédito, mais dinamismo econômico,
06:06mais construção civil.
06:08E isso seria positivo.
06:09E, professor, queria te ouvir sobre a Argentina, a nossa vizinha aqui.
06:14Por que teve essa notícia recente de um reforço,
06:16de um crédito ali por parte dos Estados Unidos, de 20 bilhões de dólares?
06:20Isso pode influenciar a estabilidade econômica da região?
06:24Traz riscos ou traz oportunidades para investidores?
06:28A Argentina é aquele grande parceiro que nós sempre sonhamos que volte a ser saudável.
06:33Nós temos que lembrar que é uma economia com alto capital humano,
06:37bastante avançada em alguns setores, mas que vive ali uma crise secular.
06:44É como se nós tivéssemos um São Paulo ali do lado,
06:49que a gente não pode explorar completamente.
06:51Parece que vai crescer em torno de 1%, segundo a estimativa do relatório.
06:55Isso é um dado positivo para um país que está à beira de um default
06:59e sempre vivenciando uma crise cambial severa.
07:03Mas ela também permite que o processo de saneamento do Banco Central argentino
07:08continue a ocorrer.
07:10Nós temos que lembrar que é um Banco Central quebrado.
07:13O primeiro empréstimo do FMI foi nessa direção,
07:16foi condicionado a sanear as contas do Banco Central.
07:19Agora vem mais um.
07:21E isso faz com que a Argentina, pelo menos, comece a ter uma moeda.
07:25E isso é uma condição necessária para ela poder ter um câmbio flutuante,
07:29livre e permitir que o Brasil e outros países comercializem com ela com normalidade.
07:35Felipe, mais um pouco.
07:36Professor, uma das informações que o relatório traz, que chama a atenção,
07:40é a questão das tarifas, essa incerteza causada pelas tarifas no mundo inteiro.
07:44Mas o relatório traz também um outro possível risco,
07:48que é dessa bolha, uma possível bolha na questão das empresas de tecnologia
07:52e inteligência artificial.
07:53Como é que o senhor vê essa possibilidade de ter essa bolha?
07:55E como é que o FMI analisa isso como impacto na economia?
07:59Uma vez que a maior parte da bolsa americana, por exemplo,
08:02está muito baseada nessas grandes empresas de tecnologia.
08:07Sim.
08:08Todo investimento espera o retorno logo ali na frente.
08:11Esse setor de IA, que é o que ficou destacado ali pelo relatório,
08:16ele está recebendo uma quantidade imensa de investimentos.
08:19Todos nós sabemos que a IA não é algo etéreo, espiritual.
08:24É um grande maquinário necessário para que aquilo processe a quantidade de informação
08:30que é necessária.
08:32E isso exige um somatório de dinheiro enorme.
08:37Só que se o retorno demora para vir, os investidores,
08:40Felipe, nós sabemos muito bem, vão procurar outras oportunidades.
08:44É o temor do dot-com.
08:45Isso aconteceu lá em 2001, várias empresas foram lançadas,
08:49mas os dividendos não vieram e aí houve uma saída em massa.
08:54Há um grande temor com relação a isso e para o Brasil.
08:57O problema seria o seguinte,
08:59isso aumentaria a versão do investidor com um mercado de maior risco.
09:05Então, na hora que ele tiver que se reposicionar,
09:09aquele dinheiro que nós precisamos para fechar nossas contas externas
09:12talvez não chegue.
09:13Então, o relatório traz más notícias para o Brasil.
09:17Ou seja, essa preocupação com o sistema financeiro internacional,
09:20o setor de investimento, a desaceleração chinesa,
09:24tudo isso nos preocupa nesse 2026, 2027 ali.
09:31Lembrando que a China também, que participa desse mercado fortemente,
09:36ela tem uma vantagem agora cambial, tem uma desvalorização real de 10%.
09:40Então, o mundo está mudando e o Brasil vai ter que trabalhar bastante
09:45em 2026 para não ficar para trás.
09:47Tá certo.
09:48Quero agradecer a Alexandre Pires, professor de Economia e Relações Internacionais
09:52do IBMEC de São Paulo, pela conversa aqui, pela entrevista ao vivo
09:55no Fast Money mais uma vez.
09:57Muito obrigada, viu, professor?
09:58Boa tarde e volte sempre.
10:00Boa tarde.
10:01Boa tarde.
10:02Boa tarde.
10:03Boa tarde.
10:04Boa tarde.
10:05Boa tarde.
10:06Boa tarde.
10:07Boa tarde.
10:08Boa tarde.
10:09Boa tarde.
10:10Boa tarde.
10:11Boa tarde.
10:12Boa tarde.
10:13Boa tarde.
10:14Boa tarde.
10:15Boa tarde.
10:16Boa tarde.
10:17Boa tarde.
10:18Boa tarde.
10:19Boa tarde.
10:20Boa tarde.
10:21Boa tarde.
10:22Boa tarde.
10:23Boa tarde.
10:24Boa tarde.
10:25Boa tarde.
10:26Boa tarde.
10:27Boa tarde.
10:28Boa tarde.
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado