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O Fed reduziu a taxa de juros em 0,25 ponto percentual. O apresentador Marcelo Favalli explica como inflação, desemprego e tarifação afetam o cenário econômico e financeiro, destacando a curva de Phillips como referência para projeções futuras e os riscos da estagflação nos Estados Unidos.

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Transcrição
00:00A gente volta a falar sobre o corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros americana,
00:06que foi anunciado hoje pelo Fed.
00:08Além de segurar a inflação, o Federal Reserve tenta reduzir os impactos negativos no mercado de trabalho
00:15e quem explica em detalhes para a gente esse cenário é Marcelo Favalli, apresentador do Conexão.
00:21Boa noite, Favalli.
00:22Boa noite, Cris Pelagio.
00:23Surpresa para zero pessoas a redução na taxa de juros.
00:28O mercado já tinha precificado, repetindo o que as corretoras de valores falaram o dia inteiro.
00:34Tá bom.
00:34Agora a pergunta é, e daí?
00:36E daqui para frente?
00:38Quem não tem bola de cristal, que é o meu caso, recorre aqui à teoria.
00:43Então eu lhe apresento a curva de Filipe.
00:46Vamos lá.
00:47Já explico.
00:48Boa noite, Cris Pelagio.
00:49Boa noite a todo mundo que nos acompanha.
00:52Como a história é cíclica, a gente tende a recuperar o passado para entender o presente e projetar o futuro,
01:00como dizia o filósofo Heródoto, o pai da história.
01:04Baseado nisso, eu fui atrás dessa teoria da economia, é um princípio matemático chamado a curva de Phillips.
01:13Por isso que o Jeremy Powell, ao longo do dia, na declaração sobre a justificativa na baixa da taxa de juros,
01:21na redução da taxa de juros do Federal Reserve, ele falou tanto em mercado de trabalho.
01:27São três pilares.
01:29A inflação, o mercado de trabalho que balizam a taxa de juros.
01:33Parece que eles não se comunicam, mas sim.
01:36E a tal da curva de Phillips nos ajuda a entender.
01:39Primeiro, vamos pincelar aqui a questão do mercado de trabalho.
01:44Repito, o Jeremy Powell falou tanto sobre desaquecimento do mercado de trabalho,
01:49o número de pessoas que estão procurando emprego, que estão procurando os benefícios
01:54ou a geração de postos de trabalho.
01:58Por quê?
01:59Vamos entender aí, nesse conceito, o que é o desemprego em baixa.
02:04O desemprego em baixa significa que tem uma mão de obra escassa.
02:11Qual que é a resposta, então, das empresas, dos contratantes?
02:16Empresas oferecem salários mais altos e o aumento é repassado aos preços de produtos ou serviços.
02:26Mexe no componente da inflação.
02:28Inflação tem esse freio de mão chamado taxa de juros.
02:32Daqui a pouco eu vou amarrar tudo isso.
02:34E na outra ponta, o desemprego alto, mais trabalhadores do que vagas.
02:42Aí, a tendência é que os salários não sejam reajustados.
02:47Ou, quando há uma troca de empregado, a tendência é que aquele pagamento, aquele salário, fique menor.
02:57Entendido esse conceito aqui, vamos olhar na realidade hoje, este é o gráfico do desemprego nos Estados Unidos.
03:07Ele está crescendo e aqui em julho está chegando a níveis, não vou dizer que preocupantes,
03:13Mas os Estados Unidos já se descolaram da chamada teoria do pleno emprego, que está aqui, perto dos 3%.
03:23Nós já estamos falando de 4,3% de taxa de desocupação da população economicamente ativa.
03:32Agora, eu vou pedir para a gente passar para a próxima arte, para começar a amarrar estes outros conceitos.
03:38Tudo bem, à primeira vista, este gráfico aqui, parece Sandro Botticelli pintando o mapa do inferno de Dante Alighieri.
03:45Mas calma, em vermelho, inflação anual, em verde, taxa de desemprego, taxa de juros aqui em azul.
03:56A gente tem que entender o seguinte, taxa de juros é uma vacina, não é um remédio, ele vem antes do problema.
04:04Também conhecido como um freio de mão para segurar a inflação.
04:07Então, ainda dentro da teoria da curva de Philips, a taxa de juros sobe prevendo uma situação que vai ter um aumento de inflação e um aumento de desemprego.
04:21Eu dividi aqui em segmentos que é pré-crise de 2008.
04:26Então, depois da crise da quebradeira dos bancos nos Estados Unidos, a gente tem uma inflação alta e um desemprego alto.
04:34Depois que a coisa começa a regular, a taxa de juros cai de novo.
04:40Aí nós temos outro ponto fora da curva, que foi a Covid.
04:45Mas aqui já vinha uma subida na taxa de juros.
04:49Claro que a gente teve um disparo aqui por causa de Covid.
04:53Depois a taxa de juros desce.
04:56Quando ela aponta aqui, então, uma estabilidade, como a gente vê, uma inflação menor
05:03e um desemprego caindo, a gente tem a taxa de juros.
05:06A partir desta lógica, prevemos que haverá, então, uma decaída na inflação e uma decaída no desemprego.
05:17Porém, este ambiente tem um complicador agora.
05:22O tarifácio de Donald Trump se soma mais uma variante nessa equação,
05:27que não é só inflação, não é só desemprego, taxa de juros.
05:30A gente não sabe muito o comportamento por conta do tarifácio.
05:34Que hora muda, hora é suspenso.
05:36Quanto que isso vai afetar produção, quanto que isso vai afetar o produto que vai para a prateleira no supermercado.
05:45Então, o futuro ainda é um pouco nebuloso.
05:48Queria passar para a próxima arte, para a gente chegarmos finalmente, depois das premissas, a nossa conclusão.
05:54Qual que é o cenário atual agora?
05:56A inflação está subindo, essa é a inflação de agosto, anualizado perto dos 3%.
06:03Olhando para a nossa, está menor.
06:06Porém, a meta do FED é 2%.
06:09Está quase um ponto percentual acima de um teto que o Federal Reserve, o Banco Central Americano, havia proposto.
06:16E o desemprego continua subindo, o maior em 4 anos e a última geração de vagas foram 22 mil, quando se esperava algo em torno de 100 mil.
06:31Talvez 70, 80 mil veio muito abaixo.
06:34Então, de novo, a gente tem um cenário nebuloso que não tende a grandes reduções de inflação, porque não tem grandes reduções no desemprego ou geração de emprego.
06:47Acho que para terminar, temos mais uma arte para a gente encerrar de vez, que é o cenário atual.
06:54Juros altos por mais tempo, o que acontece?
06:58A inflação começa a ceder, a inflação acima da meta do FED, consequência da restrição.
07:06Longo tempo de juros altos vai impactar no emprego, porque as empresas não vão investir aumentando os seus pátios, a sua produção.
07:17Isso impacta no emprego.
07:19E aí, chamado dilema da estagflação, que é a situação dos Estados Unidos.
07:26Tem uma inflação e não cresce.
07:28Aí o FED está numa encruzilhada.
07:31Ou ele mantém juros altos para controlar a inflação, mas tem um risco de desaceleração da economia e menos emprego.
07:41Voltei, amarrei tudo e joguei a batata quente de novo para o Federal Reserve, para o Jeremy Powell,
07:47que tem aqui algumas opções dolorosas a escolher.
07:52Ufa, ainda bem que eu não sou o presidente do partido dos Estados Unidos.
07:57Cris Pelágio, fiz a minha parte.
07:59Sim, já é o Paulo que se cuide agora, que se vire.
08:02Não é minha, é dele.
08:04Obrigada, já já te chamo de novo.
08:06Dchan.
08:06Dchan.
08:07Dchan.
08:08Dchan.
08:09Dchan.
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