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As exportações brasileiras de frango avançaram 13% em agosto de 2025, alcançando média diária de US$ 1,5 bilhão. Roberto Kaefer, presidente do Sindiavipar, analisou os impactos da recuperação, mesmo após restrições por gripe aviária, e destacou o papel estratégico da Europa, China e Oriente Médio.

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Transcrição
00:00As exportações brasileiras de carne de frango seguem em trajetória de recuperação.
00:05Dados preliminares da balança comercial da segunda semana de agosto de 2025
00:10mostram um crescimento dos embarques.
00:13O valor médio diário das exportações atingiu 1 bilhão e meio de dólares,
00:19uma alta de 13% em relação ao mesmo período de 2024.
00:24Sobre esse assunto, vamos conversar com o Roberto Keffer,
00:27presidente do Sindiavipar, Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná.
00:33Roberto, boa tarde, obrigado pela sua disponibilidade.
00:36Chama a atenção um resultado de crescimento num cenário em que a gente teve
00:40caso de gripe aviária no Brasil impactando as vendas, com restrições de compra de outros produtos.
00:47Como explicar, como enxergar esse desempenho positivo?
00:51Bom, na verdade, após o... Bom, primeiro, boa tarde, boa noite.
00:58Após o primeiro caso de influência no Brasil, que aconteceu no mês de maio,
01:04nós tivemos mais de 120 países que já haviam feito acordos sanitários, ou zoosanitários.
01:12Ou seja, nós continuamos embarcando desde que a 10 quilômetros à distância do foco
01:19se evita o embarque, de 20 quilômetros, ou município ou estado.
01:25A grande maioria dos países do mundo optaram pelo estado do Rio Grande do Sul.
01:30A partir daí, nós tivemos uma queda na exportação por conta de que,
01:35primeiro, Europa saindo fora, segundo, China imediatamente também não mais embarcando.
01:44Então, esses dois países já deram um impacto muito forte para nós.
01:48Na sequência, veio o Chile, a África do Sul, o México e assim por diante.
01:53Aos poucos, alguns países foram recuperando os embarques por conta de que
01:59já haviam sido feitos trabalhos, junto com a BPA, junto com o Ministério da Agricultura,
02:07desses acordos zoosanitários, de zoneamentos.
02:12A partir daí, então, começou os embarques a serem recuperados.
02:17Nós tivemos agora, no mês passado, quase 400 mil tonelados embarcados,
02:21ou seja, de 430, 440, 450, que nós estávamos chegando,
02:27antes do mês de maio, do caso, nós estamos, aos poucos, recuperando.
02:32O que estamos aguardando ainda?
02:35A Europa abriu, agora abriu o Chile, a partir do dia 18,
02:40porém, não chegou a documentação ontem e hoje.
02:42Está chegando essa semana para poder iniciar os embates para o Chile.
02:47Estamos aguardando o China.
02:48A China tem como norma sempre um ano, um ano e meio do caso existente
02:56para a reabertura do mercado.
02:59Isto que nos complica bastante.
03:01Veja o caso da Argentina.
03:03Demorou dois anos e três meses para reabrir.
03:06Justamente abriu há poucos dias e o outro deu novamente um caso
03:09de uma influência em aves comerciais, de postura comercial.
03:13Mas nós estamos aguardando ainda para essa semana, dentro do mês de agosto,
03:19que reabra o mercado europeu, que ele é muito importante no peito,
03:24também na perna, mas bastante no peito e na asa, está certo?
03:28Abrindo o Chile, abrindo a Europa, nós voltamos quase à normalidade.
03:34Quais são os fatores que mudam em relação à China, estar ou não estar?
03:38É no sentido mais econômico.
03:40Por quê? Porque o pé e a pata que se embarca muito para lá,
03:45ele acaba virando farinha nesse momento.
03:48E quando você está embarcando para a China,
03:50você está operando uma situação de venda a preço de peito.
03:55Então, ele é um fator econômico muito importante à China, está certo?
03:59Dá mais rentabilidade aos frigoríficos.
04:03Mas nós estamos muito atentos, acompanhando,
04:07trabalhando muito fortemente na questão sanitária.
04:10Hoje mesmo, eu estive ainda em Curitiba, junto com a nossa ADAPAR,
04:15que é a nossa agência de defesa do estado do Paraná,
04:18que é o maior produtor do Brasil.
04:20Nós temos 42% da produção brasileira,
04:23nós temos 45% das exportações brasileiras.
04:26Então, o mercado do Paraná não pode,
04:29jamais, ter um tipo de problema, tipo influência.
04:31Porque nós somos muito importantes no mercado.
04:35E a gente já sabe que quando acontece o fator,
04:38os países lá fora vão fechar o estado onde ocasionou o problema.
04:44Então, Fábio, resumindo, é mais ou menos isso.
04:47E quais foram os mercados que se destacaram como aqueles principais
04:52que puxaram esse desempenho positivo,
04:55mesmo num cenário ainda adverso?
04:57Bom, no ano 24, o maior importador foi a China
05:02e, em segundo, os Emirados Árabes, ali, todo o Oriente Médio.
05:07Eles já estão embarcando menos a China.
05:11A Ásia, quase todos, Japão, Coreia do Sul,
05:15todos foram países que tiveram, no primeiro momento,
05:18um problema de não embarcar.
05:19Nesse momento, estão embarcando todos.
05:21Então, eu diria para você que, realmente,
05:23resolver o nosso problema e voltarmos a uma normalidade
05:27é voltar, agora, rapidamente, à Europa.
05:31Se a China vier a um momento, ele vai somar no lado econômico.
05:35Mas, em volumes, a gente recupera bem já,
05:38só com a Europa chegando.
05:40E, agora, o Chile, que já deu o ok da abertura também.
05:44A gente tem uma venda importante para Estados Unidos também?
05:46O tarifácio afeta o setor?
05:48Não.
05:49Não?
05:49O segundo...
05:51O primeiro maior produtor mundial é os Estados Unidos, tá?
05:55E o segundo maior exportador, digamos, é os Estados Unidos.
06:00Nós exportamos 5 milhões de toneladas ano, no Brasil.
06:04Estados Unidos, 3 milhões e meio de toneladas ano.
06:07Então, é o maior produtor, tem um consumo alto,
06:11é exportador também,
06:13não temos nada de venda de aves para os Estados Unidos.
06:16Graças a Deus, esse lado não afetou.
06:19E quais são as projeções do setor para os próximos meses, então, Roberto?
06:23O que nós estamos encontrando no setor é um alojamento,
06:28que nem o mês passado,
06:30de 625 milhões de pintinhos do campo.
06:33Isso dá 23,1 milhões dia útil.
06:38Dia útil é até o sábado.
06:39Então, no mês de julho, tivemos 27 dias úteis.
06:42Olhando para o número diário de nascimento, tá?
06:46No mês de junho, mês 6,
06:48nós tivemos uma redução de 3,5%.
06:51O que está acontecendo com o mercado brasileiro?
06:53Nós estamos em falta de pintinhos de um dia e ovos férteis,
06:58inclusive para exportarmos ovos férteis para o mundo.
07:01Nós somos sempre um grande exportador,
07:0333 milhões de ovos por mês, 35 milhões de ovos por mês,
07:07e estamos caindo para menos de 10, tá?
07:11Por quê?
07:12Recolhendo para o mercado interno que tem falta de produto.
07:15O que está acontecendo com a genética praticamente mundial?
07:20As aves cada vez mais têm uma genética voltada
07:23para a conformação de peito e coxa sobre coxa,
07:27fazendo com que a genética produza menos
07:30e o macho, por ser mais pesado,
07:32nós temos menos fertilidade nos ovos,
07:35menos nascimento.
07:36Uma promédio que nós tínhamos de 82%, 85% de nascimento,
07:40hoje nós estamos em 76%, 78%.
07:43Isso é mundial.
07:44Então, esse fator também fez com que nós reduzíssemos
07:48um tanto o alojamento de pintos de um dia,
07:52produção de frango no mercado brasileiro
07:54e praticamente mundial.
07:56Essa falta, ela é estendida a todos os países do mundo,
07:59praticamente tem a falta nesse momento
08:01de pintinhos e ovos férteis.
08:02Roberto Keffer, presidente do Sindiavipar,
08:06o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas
08:08do Estado do Paraná.
08:10Muito obrigado, Roberto, pela sua entrevista.
08:11Uma boa noite para você.
08:13Obrigado.
08:13Obrigado.
08:14Obrigado.
08:15Obrigado.
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