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Eduardo Heron, diretor técnico do Cecafé, explicou ao Fast Money como a defasagem da infraestrutura portuária prejudicou exportadores de café, com quase 625 mil sacas não embarcadas e gastos extras com armazenagem. Ele detalhou os impactos da nova safra de Arábica e a expectativa para o leilão de expansão portuária.

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Transcrição
00:00E os exportadores de café continuam acumulando prejuízos.
00:03O tarifácio continua prejudicando esse setor, mas os gargalos de logística ganharam destaque em agosto.
00:10Com o aumento das exportações decorrente da entrada do Arábica na nova safra,
00:16tudo isso evidenciou a defasagem da infraestrutura portuária,
00:20com os exportadores não conseguindo embarcar quase 625 mil sacas
00:25e acumulando gastos extras com armazenagem adicional.
00:29E isso representa um prejuízo que chega a 5,9 milhões de reais.
00:34A gente vai conversar agora ao vivo sobre isso com o diretor técnico do C-Café, Eduardo Heron,
00:38que já está aqui conectado com o Fast Money para falar mais dos prejuízos, dos gargalos.
00:43Eduardo, boa tarde, bem-vindo.
00:46Boa tarde, Natália. Boa tarde a todos.
00:49Bom, vamos lá, Eduardo.
00:50Então, esses dados recentes mostram um prejuízo de quase 6 milhões de reais agora em agosto
00:57por conta desse não embarque de mais de 600 mil sacas.
01:00Traz para a gente o contexto, essa questão do impacto da entrada do Arábica,
01:05para onde essas sacas iam?
01:07Como é que isso se complicou?
01:09Bom, Natália, o C-Café vem fazendo, desde o finalzinho de 2023, 2024,
01:15vem fazendo o anúncio de forma regular sobre o esgotamento da infraestrutura portuária no Brasil.
01:20E o programa, apenas fazendo uma pequena contextualização, em 2024,
01:26ano que o Brasil teve a sua exportação recorde de 50,5 milhões de sacas,
01:30ficaram para trás quase 2 milhões de sacas.
01:34Nós tivemos agora esse período de entre safra, exportamos mais no ano passado,
01:39estoques baixos, tivemos acompanhado durante o período de janeiro a julho
01:44que essa quantidade de sacas continuava permanecendo paradas nos portos.
01:50E, para nossa surpresa, com a entrada do Café Arábica agora no mês de setembro,
01:54que aumentou esse grande volume, como começou a partir de agosto,
01:58apresentar grandes volumes, agosto e setembro também,
02:01e o que a gente viu que aumentaram as exportações,
02:04também aumentaram os desafios logísticos.
02:07Nós já temos acumulados nos portos, Natália,
02:11cerca de 1.893 containers que permaneceram parados,
02:16impedidos de consolidar a sua transação comercial,
02:20e o Brasil deixou de registrar nas suas transações comerciais
02:24cerca de 221 milhões de dólares,
02:27ou seja, 1,2 bilhões de reais,
02:30que deixaram de entrar na balança comercial do país,
02:33e, consequentemente, levou o menor repasso aos produtores,
02:36uma vez que o Brasil é o país que mais repassa o preço fórum da exportação para o produtor.
02:41Eduardo, então, quer dizer, não só não vende,
02:44não envia para quem comprou, para quem encomendou aquilo,
02:48como ainda tem que gastar para armazenar?
02:52Exato.
02:52O que causa mais espanto, Natália,
02:56é que esses problemas começaram a se intensificar agora a partir de setembro,
02:59o Secafé continua monitorando,
03:01os volumes tendem a aumentar nos próximos meses,
03:04mas, somado a esse cenário, nós também temos uma expectativa nos volumes de embarques maior
03:09de algodão, de açúcar, de celulose, de outras cargas que movimentam o container.
03:14O que isso significa?
03:15O que já estava ruim vai ficar pior.
03:18Infelizmente, é um cenário de esgotamento de infraestrutura,
03:21nós tivemos aí, como você mesmo mencionou,
03:23cerca de 5,9 milhões de reais com prejuízos logísticos,
03:27por conta de pagamentos de deteixões, pré-stec e armazenagens adicionais,
03:31e, de certa maneira, o comércio exterior brasileiro fica prejudicado,
03:34porque nós não conseguimos consolidar os nossos embarques
03:37por conta dessas limitações de infraestrutura portuária no Brasil.
03:42Então, nós estamos aqui trabalhando esses dados,
03:45levando às autoridades os impactos por conta desse esgotamento,
03:49na expectativa de que haja uma sensibilização e, logicamente,
03:53alguns temas que são importantes para as cargas saiam efetivamente do papel,
03:58que é o caso do Lenão com o Santos 10.
04:00Então, eu queria te ouvir sobre, assim, na prática,
04:03o que pega na infraestrutura portuária?
04:07Ontem mesmo a gente teve uma conversa aqui no Fast Money, Eduardo,
04:10sobre a limitação para cruzeiros, para a temporada de cruzeiros,
04:15navios de passageiros, etc.,
04:17por conta também de limitações dos nossos portos.
04:20Nesse caso, então, no escoamento da produção, desses contêineres,
04:24o que falta?
04:25Que tipo de investimentos vocês identificam que seria necessário fazer?
04:30Falta infraestrutura, Natália, a infraestrutura adequada.
04:34Nós já temos aqui anúncios importantes que foram feitos pela autoridade pública,
04:38como o aprofundamento do calado do Porto de Santos,
04:42anunciado recentemente pela Autoridade Portuária de Santos,
04:45uma excelente notícia.
04:46nós tivemos ainda, nós temos ainda problemas com acesso,
04:51alça de acesso ao porto, terceira via de descida,
04:56e o mais sensível para a carga se refere à falta de capacidade,
05:01porque os nossos cafés chegam nos portos pronto para estufar,
05:06estufado e pronto para embarque,
05:08e a gente simplesmente não consegue nem colocar a carga no terminal.
05:11Falta capacidade.
05:12E o que a gente vem trabalhando, Natália,
05:16numa expectativa muito positiva,
05:19é que essa semana nós recebemos uma notícia muito importante para as cargas,
05:24que foi a manifestação da área técnica do TCU,
05:28que apresentou um relatório conclusivo de que não haja o leilão com restrição de participação.
05:36Nós temos grandes investidores interessados em participar desse leilão,
05:40nós queremos que todos participem, que vençam melhor,
05:44mas é importante não criar restrições que possam levar esse processo do leilão à judicialização,
05:51o que seria o pior cenário para as cargas.
05:53Porque mesmo que com esse leilão que ocorra até o final do ano,
05:57e essa é a nossa expectativa,
05:59nós ainda vamos demorar para ter a oferta da capacidade por mais três anos, no mínimo.
06:05Então, qual que é a nossa preocupação?
06:07Se esse leilão não ocorre esse ano,
06:09Natália, nós vamos continuar com esses problemas logísticos com tendência de aumentar,
06:14porque os volumes de café e de outras cargas seguem crescendo.
06:18Há pouco tempo, conversando num debate logístico,
06:23eu falei que se a China hoje, por exemplo, aumentasse em 20%, 25% a demanda de produtos brasileiros,
06:29a gente não teria ponto para entregar,
06:30o que revela realmente o esgotamento da nossa estrutura
06:34e a urgência de nós avançarmos na oferta da capacidade,
06:39principalmente após essa manifestação do TCU,
06:43que é uma excelente notícia para a carga
06:44e que não faz sentido agora ficar se arrastando esse processo,
06:48porque nós precisamos de a oferta dessa capacidade com a maior habilidade possível.
06:53Então, Eduardo, caminhando o leilão,
06:56a gente fala num prazo de três anos para a gente sentir os benefícios,
06:59é isso, desse investimento, dessa obra.
07:03Enquanto isso, o que fazer e o que tem sido feito?
07:06Tem alguma parceria?
07:07Como é que vocês estão resolvendo?
07:10Olha, Natália, não existe solução de curto prazo,
07:13a gente é bem realista.
07:14O que o Secafé vem fazendo é trabalhando em diversas feitas.
07:17Primeiro, trabalhando a ideia de que precisamos da oferta da capacidade.
07:21Então, temos aí apresentado à autoridade pública
07:24esses indicadores negativos no comércio exterior brasileiro,
07:29principalmente no café,
07:30mostrando a carência da carga a ter oferta da capacidade.
07:33E, paralelo a isso, Natália, nós entendemos que é muito importante
07:38que a autoridade pública tenha indicadores logísticos e portuários.
07:42tanto que nós tivemos uma reunião recentemente com o deputado Arthur Maia,
07:48relator da PL 733, a nova PL de Portos,
07:54e nós propusemos a ele, juntamente com a Frente Parlamentar da Agricultura,
07:58CNI, CLA, que na nova lei tivesse sendo contemplado
08:02a criação de indicadores logísticos e portuários,
08:06para que as cargas tenham a oferta da capacidade antes da demanda.
08:11O que não pode é a gente hoje viver esse suplício
08:14com prejuízos imensos para os setores,
08:17porque nós não temos capacidade.
08:19Os navios seguem com índices bem elevados de atrasos,
08:22os pátios dos terminais continuam cheios,
08:25e quem paga essa conta, Natália, é a carga.
08:28É uma conta muito cara.
08:29Então, nós fizemos essa proposição ao deputado Arthur Maia
08:32para que a nova lei de Portos contemplasse a criação de indicadores logísticos
08:37e portuários, para que a carga não encorra nesses prejuízos
08:41nos próximos anos, porque nós vamos crescer,
08:44mas precisamos de condições de infraestrutura adequada
08:47para que nós não encorramos mais nesses prejuízos logísticos
08:50que vêm prejudicando o setor.
08:53Eduardo Heron, diretor técnico do CKF,
08:56seguimos aqui na torcida, tendo qualquer novidade,
08:58por favor, volta aqui para compartilhar com a gente.
09:01Boa tarde para você.
09:02Boa tarde, eu agradeço a todos.
09:04Tchau, tchau.
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