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O governo anunciou corte de R$ 12 bilhões nos ministérios ainda este ano para respeitar o teto de gastos. Fernanda Sette, de Brasília, detalhou os impactos no orçamento, nos investimentos e na Seguridade Social. Acompanhe a análise de Mariana Almeida.

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Transcrição
00:00O governo anunciou que precisará cortar 12 bilhões de reais dos ministérios ainda este ano para respeitar o teto de gastos.
00:08A folga para cumprir a meta fiscal caiu de 4,7 bilhões de reais para apenas 800 milhões de reais e há risco de queda nas receitas.
00:19Por isso eu vou voltar à Brasília com a repórter Fernanda Sete, que volta ao vivo aqui com a gente, está lá no Palácio do Planalto e traz mais detalhes.
00:27Fernanda, na próxima terça-feira o governo federal vai esmiuçar esses números e de onde que vai cortar?
00:34Quais ministérios e quais órgãos públicos que serão afetados, não é isso?
00:40Exatamente, Eric Klein. O governo federal, o governo brasileiro apontou a necessidade de contenção de mais de 12 bilhões de reais nos gastos dos ministérios para este ano,
00:52para, claro, cumprir as regras fiscais. Lembrando que na avaliação que foi feita em julho deste ano,
00:59o valor estimado para a contenção de gastos foi de um pouco mais de 10 bilhões de reais.
01:05Já a avaliação feita agora no mês de setembro, o governo federal apontou que será necessário um bloqueio,
01:12um corte de gastos de mais de 12 bilhões de reais nos gastos gerais nos ministérios,
01:18dos ministérios aqui em Brasília. De acordo com a avaliação de receitas e despesas,
01:23tanto o Ministério da Fazenda quanto também o Ministério do Planejamento apontaram
01:28que as contas federais poderão sim seguir rodando sem a necessidade de bloqueio,
01:35sem a necessidade de contingenciamento, claro, para respeitar a meta fiscal de déficit primário zero.
01:43Mas, Klein, por outro lado, será necessário, em relação ao limite de gastos estabelecidos,
01:50será necessário sim esse bloqueio de mais de 12 bilhões de reais nas despesas,
01:57ou seja, isso equivale a 1,4 bilhão a mais do que apontava,
02:04o que apontou a avaliação feita no mês de julho.
02:08Então, o governo federal apontou que será necessário um aumento,
02:13mais um contingenciamento, ou seja, em julho foi de pouco mais de 10 bilhões
02:18e agora 12 bilhões de reais para, claro, que o governo federal consiga cumprir a sua meta fiscal.
02:26Volto com você, Erick Klein.
02:28Obrigado, viu, Fernando da Câmara, mais uma vez, pelas suas informações,
02:31bom trabalho aí na capital federal.
02:32Mariana Almeida, esse bloqueio passa de 10,7 bilhões para 12,1 bilhões de reais,
02:42muito por causa da maior previsão de gastos com aquelas despesas obrigatórias,
02:48que é salário, pagamento de salário do servidor público, também de pensões, benefícios.
02:54Está encurtando o cobertor do governo, né, Mari?
02:56Klein, esse movimento agora é um movimento que faz parte do processo que está estabelecido,
03:03do rito dentro da gestão da política fiscal.
03:07Então, tem um acompanhamento, você faz uma previsão no começo do ano,
03:10e eu sempre costumo dizer, previsão, ela nunca acerta na mosca, né,
03:12ela tem que, você vai ajustando.
03:14E aí, dessa previsão, tem regras de que quando você passa,
03:17no caso dos obrigatórios, gastos obrigatórios, determinado padrão,
03:20tem que ter bloqueio.
03:21O bloqueio, ele incide sobre o quê?
03:23Sobre algumas despesas que estavam previstas no orçamento,
03:26mas que ainda não foram empenhadas, ou seja,
03:28que as áreas que têm aquele orçamento,
03:30ainda não alocaram especificamente para uma ou outra finalidade.
03:34Então, tem um certo espaço aí para poder se executar o bloqueio.
03:38Então, é uma certa, é uma questão processual
03:41que faz de calibragem ao longo do ano da política fiscal.
03:45Dito isso, eu falei, tá, faz uma previsão,
03:47e aí, tudo bem não acertar diretamente.
03:50Tudo bem não acertar diretamente, porque faz parte de flutuações,
03:52a gente não tem bola de cristal.
03:54Porém, algumas despesas são despesas que já vêm preocupando há algum tempo,
03:58e apesar de você ter mecanismos aí de fazer o ajuste fiscal quando elas vêm,
04:04você ainda não conseguiu solucionar de maneira estrutural.
04:07E aí, a gente está dizendo,
04:08quais dessas despesas obrigatórias mais surpreendem?
04:12Principalmente alguns benefícios sociais.
04:13BPC, esqueci o nome, perdão.
04:18Benefício de prestação continuada, né?
04:19Benefício de prestação continuada é o BPC, mas é o abono salarial,
04:23tem algumas despesas, o seguro-desemprego,
04:26tem algumas despesas que o valor está estabelecido em lei,
04:29mas a busca por esses benefícios tem sido muito maior do que a previsão do governo.
04:34E isso preocupa.
04:35Preocupa porque a economia até que foi bastante resiliente,
04:38você está com o nível de desemprego baixo, uma renda alta,
04:40e ainda assim, o sistema de seguridade está sendo bastante demandado.
04:44Isso exige análise,
04:45não para reduzir simplesmente o gasto com a Seguridade Social,
04:49não é disso que se trata,
04:50mas é constituir uma Seguridade Social
04:52que consiga, ao mesmo tempo, estimular a economia
04:55e garantir a segurança para os trabalhadores
04:57e uma situação confortável de previsibilidade
05:00que até ajude também no processo de produtividade.
05:03Isso não é simples, não é flaflu.
05:05Olhar para o sistema de seguridade constituído há alguns anos,
05:08entender que ele está numa situação de mercado de trabalho em transformação
05:12e propor ajustes é o que mais do que passou a hora do governo
05:16e da sociedade poder encarar com maior responsabilidade.
05:22Isso, infelizmente, está meio fora do...
05:23É muito difícil, não ganha muitos apoiadores,
05:26porque envolve pensar fora da caixa,
05:29envolve testar soluções,
05:30e aí está muito fora da agenda.
05:32É uma pena que vai continuar produzindo esses efeitos no orçamento.
05:35Esse de hoje é mais conjuntural,
05:38mas vai ter muitos efeitos no ano que vem, no ano seguinte,
05:40e aí a gente pode ter a pior solução,
05:42que é cortar a qualquer custo.
05:44Cortar a qualquer custo não soluciona a relação
05:46e o impacto que isso tem para a economia como um todo.
05:49Então, vamos tentar ver se a gente consegue se adiantar,
05:51fazer avaliação e inovar um pouco no pensar
05:54dessa relação entre gasto público
05:55e receita econômica mais geral e coletiva.
05:58Klein?
05:58Então, são menos 12 bilhões de reais em investimentos neste ano.
06:04E por isso, até, né, Mariana Almeida,
06:06o governo luta ali e tenta negociar, fazer acordo
06:10para destravar a pauta econômica que está lá no Congresso Nacional,
06:14porque você tem medidas importantes, né,
06:16como a medida provisória que trata aí da alternativa do aumento do IOF,
06:20uma delas é a taxação de LCI, LCA, enfim.
06:24Tem uma pauta econômica importante para o governo fechar as contas
06:27para tentar diminuir esse bloqueio,
06:30esse corte de gastos em investimento, né?
06:32É, e essa pauta que está lá, que está travada em função do debate
06:35das duas PECs aí que vieram...
06:37Anistia e blindagem.
06:38Anistia e blindagem.
06:39Então, essa pauta econômica tem prazo,
06:41porque se não conseguir acertar tudo agora,
06:44parte das propostas que têm a ver com o imposto de renda
06:46não entram em vigor em 2026.
06:49Não entrando em vigor em 2026,
06:50o problema pelo lado da receita fica maior ainda.
06:52Então, eu estava falando de não olhar para uma resolução da despesa.
06:57O governo tem algumas propostas do lado da receita,
06:59elas estão paradas lá.
07:00Se você não passar a receita e continuar com o problema da despesa,
07:04o cenário é bastante complicado para 2026 ano eleitoral.
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