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O Federal Reserve anunciou corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros. O economista-chefe da Arx Investimentos, Gabriel Barros, comentou os impactos para o Brasil: Ibovespa B3 atingiu 146 mil pontos e dólar caiu para R$ 5,28, com expectativa de novos cortes ainda este ano. Felipe Machado analisa cenário.

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Transcrição
00:00Bom, e o anúncio do corte na taxa de juros nos Estados Unidos de 0,25 ponto percentual,
00:05Felipe Machado, teve um reflexo imediato no mercado de ações aqui no Brasil.
00:10E fora também.
00:10E fora também.
00:11Mas aqui no Ibovespa B3, assim que foi anunciado, dá uma olhadinha aqui,
00:15assim que foi anunciado às três horas, o índice Ibovespa rompeu a barreira dos 146 mil pontos
00:22e aí é uma nova máxima histórica e continua subindo.
00:26Agora tem uma certa calibragem, já a gente tem uma alta de 1,51%.
00:32Então o Ibovespa rompendo a marca dos 146 mil pontos, isso é histórico.
00:38E foi assim, imediatamente, a gente percebe no horário aqui, três horas, olha o salto que dá o índice Ibovespa.
00:43E o dólar também começou a cair, reverteu aí uma tendência de uma ligeira alta para baixo
00:48e já está de novo num patamar de R$ 5,29 para baixo dos R$ 5,30, Felipe Machado.
00:54Até o fechamento do mercado pode chegar em 147, hein, quem sabe?
00:57Pode, pode.
00:58Tem investidores, analistas, que arriscam aí que o Ibovespa B3 pode chegar até 180 mil pontos no final do ano.
01:06Já falavam em 150 mil pontos e tem gente arriscando aí que o Ibovespa pode testar aí uma barreira de 180 mil pontos.
01:13150 eu acho que é na semana.
01:14Pode ser, 150 pode ser na semana, ainda vai ter otimismo hoje.
01:17E nós estamos na quarta-feira, tem quinta e sexta-feira ainda, então, o Federal Reserve cortando 0,25.
01:24E por que disso, né?
01:25Porque quando você corta a taxa de juros nos Estados Unidos, que lá era considerada alta,
01:30nesse intervalo de 4,25% e 4,5%, você corta lá.
01:34O investidor, ele naturalmente, ele faz um movimento de ir para mercados emergentes
01:39ou mercados com uma taxa de juros maior.
01:41Como a gente tem aqui no Brasil, por exemplo, de 15%, você atrai o capital estrangeiro.
01:46Você tem um fluxo de dólar entrando aqui no mercado.
01:50E aí você tem, por exemplo, bancos de investimento que mostram aí relatórios de empresas brasileiras sólidas.
01:56Você tem aí renda fixa aqui.
01:59Aí você traz dólar, você faz despencar a cotação da moeda norte-americana.
02:04Então, tem todo um cenário econômico que acaba ajudando, beneficiando aqui o mercado financeiro, Felipe.
02:11Por outro lado, nos Estados Unidos, quando cai a taxa de juros lá,
02:16por que o presidente Donald Trump quer que a taxa de juros caia tanto?
02:18Porque ele quer que as pessoas peguem o dinheiro que está investido e invistam na produção.
02:23Então, você pega o dinheiro, o dinheiro fica mais barato, vamos dizer assim, para pegar empréstimo.
02:27Você pega mais empréstimo, você investe no seu próprio negócio.
02:29Você, de repente, contrata pessoas, esse é o conceito por trás da decisão, no caso do Federal Reserve,
02:35que estimule um pouco o mercado de trabalho.
02:37Os juros mais baixos, você pega esse dinheiro e você contrata alguém.
02:41Você planeja, você investe alguma coisa no seu negócio e você estimula a economia.
02:45É justamente isso que o presidente Donald Trump está querendo.
02:48Agora, só uma decisão rapidinho para a gente falar um pouquinho da decisão.
02:51A decisão foi 11 a 1.
02:54Logo que saiu 11 a 1, já dava na cara quem quer o 1.
02:57Stephen Mirren, que acabou de ser nomeado pelo presidente Donald Trump.
03:01Ainda é um integrante interino, sendo que ele é funcionário da Casa Branca.
03:06Quer dizer, é lógico que ele ia votar com o chefe dele, que é o presidente Donald Trump.
03:09E ele defendeu, na verdade, um corte maior, um corte mais agressivo de 0,5 ponto percentual.
03:15Exatamente.
03:16Ele pediu o corte, votou pelo corte de 0,25 e votou por mais cinco cortes esse ano.
03:23Totalizando aí 2,25, que era o que o presidente Donald Trump queria.
03:27Chegou a falar, inclusive, na imprensa.
03:29Mas qual que é o guidance do Federal Reserve?
03:31Então, ele abaixou agora 0,25.
03:34Eu adoro essa expressão, Eric.
03:35Surpresa para zero pessoas.
03:38Isso já estava super esperado, esse 0,25.
03:40Então, foi a decisão do Fed.
03:42E o guidance do Fed, embora a gente vai saber melhor quando sair com a coletiva do Jerome Powell,
03:49que ele normalmente fala depois da decisão, mas também quando sair o guidance escrito,
03:54a gente vai ter mais detalhes dessa decisão.
03:56Mas o Fed está muito dividido, mas o guidance que está pintando é que tenha mais duas quedas de juros ainda esse ano.
04:04É, é um Federal Reserve mais dovish do que rox, do que estava Jerome Powell mais cauteloso aí, mais de olho na inflação.
04:14E agora, então, acabou aí surpreendendo mais pelo guidance do que pelo corte de 0,25%.
04:20Então, até o final do ano, nas próximas duas reuniões, nós devemos aí ter mais dois cortes, chegando a 0,75 pontos percentuais.
04:29Este é o guidance, a projeção do Federal Reserve.
04:32Então, foi 11 a 1, a gente tem 12 votantes lá no FONC, né?
04:36Stephen Merrill votou por um corte mais agressivo e os outros 11 integrantes, ou Fed Boys, votaram por esse 0,25 ponto percentual.
04:46E agora, acho que todo mundo de olho e atento na entrevista de Jerome Powell, ele deve falar daqui uns 15 minutinhos,
04:54inclusive fazendo uma análise da política monetária e uma análise da economia dos Estados Unidos.
04:59E aí, também, a gente já tem projeções para o ano que vem.
05:03O ano que vem, mais um corte também, assim como em 2027 é essa projeção guidance.
05:08Então, mais dois cortes este ano, mais um ano que vem e um outro corte em 2027,
05:14para sentir como a economia dos Estados Unidos vai reagir diante dessa nova taxa de juros que o Brasil acaba sendo beneficiado.
05:23Agora, tem uma relação importante, viu, Felipe Machado?
05:27Aqui no Brasil, o COPOM deve manter a taxa de juros em 15%, o anúncio deve sair por volta das 6h30 da tarde,
05:33geralmente sai depois do fechamento do mercado, no after marketing.
05:37Só que é o seguinte, se você tem um movimento de corte acelerado nos Estados Unidos, como está mostrando aí o guidance do Federal Reserve,
05:46o COPOM, dependendo aí dos indicadores econômicos no Brasil, com uma pequena melhora,
05:51pode antecipar também uma redução dos juros já este ano, de repente, até antes da última reunião, né?
05:58Antes de dezembro.
05:59A gente falou ontem com a professora Carla Bene aqui e ela apostava nisso também,
06:04dependendo desse movimento do FED e também de alguns indicadores econômicos aqui no Brasil.
06:08Exatamente, daí a gente tem que lembrar de algumas outras coisas.
06:10Por exemplo, com a queda da taxa de juros nos Estados Unidos e a taxa de juros alta no Brasil,
06:16o que acontece?
06:16Uma boa parte desse dinheiro vem para cá.
06:19Por quê?
06:19Porque aqui o dinheiro, 15%, o cara deixa aplicado, o investidor deixa aplicado,
06:23vai ganhar o dinheiro certo, deixa no renda fixa, não tem risco nenhum, vai ganhar o seu dinheiro certo.
06:27O que acontece?
06:29Quando esse dinheiro entra, é bom para a economia brasileira.
06:31Valoriza o real, deprecia um pouquinho o dólar, o real ganha um pouco, o dólar cai aqui.
06:36Tira a pressão da inflação.
06:37Tira a pressão da inflação e a inflação abaixa.
06:39Então, talvez o Banco Central não derrube a taxa de juros aqui no Brasil tão rápido
06:46para justamente deixar que esse dinheiro entre, vai entrando e com isso a inflação já baixa normalmente.
06:52Ele não precisa baixar a taxa de juros, ele consegue manter ali regular,
06:55manter ali bem rígido a todos os padrões.
06:58Mas a própria entrada de dólares já faz com que a taxa da inflação já baixe normalmente.
07:02Então, pode ser que a gente tenha ainda para o final do ano, justamente porque isso baixando a inflação,
07:07daí lá para o final do ano você tem uma certa gordura ali para gastar e você pode abaixar um pouquinho
07:12que acaba incentivando a economia também.
07:13E até porque o Brasil não pode ficar assim atrás da competitividade.
07:17A gente já tem o tarifácio, né?
07:18Outros países com menos juros também tem um outro movimento.
07:22Você destrava a economia, o empresário começa a investir e você começa a ficar mais competitivo.
07:26E a gente com juros mais altos pode ficar com a nossa indústria para trás.
07:30Então, é preciso ficar de olho nesse movimento.
07:32Nesse primeiro momento, mantém a taxa de juros.
07:35Você faz uma reserva aí de fluxo estrangeiro, de capital estrangeiro, faz ali abaixar um pouquinho a inflação.
07:42A sua análise é perfeita.
07:43E no final do ano você consegue dar essa tacada, fazer uma pequena redução e coloca o Brasil de novo.
07:48Neste jogo de competitividade.
07:51E a gente vai continuar a ver o Felipe Machado falar sobre este assunto ao vivo aqui no Fast Money
07:55com o economista-chefe da Arx Investimentos, o Gabriel Barros, que está ao vivo já aqui conosco.
08:02Oi, Gabriel.
08:03Muito boa tarde para você.
08:05O nosso analista Felipe Machado também vai participar desta nossa conversa.
08:10Gabriel, então, corte de juros, 0,25 ponto percentual.
08:15A partir de agora, o que vem pela frente?
08:18Quais são os impactos para a economia global e, principalmente, para a economia brasileira?
08:23Seja bem-vindo aqui ao Fast Money.
08:26Eu que agradeço o convite, é um prazer e um privilégio de poder participar do programa.
08:31Então, decisão esperada de corte de 0,25, já estava bastante precificado,
08:36mas eu diria que a grande surpresa está no comunicado e na atualização das projeções,
08:43no que nós chamamos de DOTS.
08:45que veio mais dores, veio com uma mediana dos membros do Fed,
08:51vendo mais riscos para o mercado de trabalho.
08:54Eles estão vendo agora que o balanço de riscos para o mercado de trabalho está pior.
08:58Acho que o mercado de trabalho pode piorar mais e, por isso, tem mais corte de juros nas projeções.
09:06Então, o resumo das projeções é que vai ter mais corte de juros daqui para frente,
09:12ainda que a inflação seja um pouco pior.
09:15A gente teve uma revisão de inflação para cima e PIB para cima também por conta desse juro mais estimulativo.
09:24Então, a senha basicamente é essa.
09:27Para as próximas regiões, a gente vai ter uma continuidade de corte de juros,
09:31mas basicamente drivado para o mercado de trabalho.
09:35Os membros estão mais preocupados com o enfraquecimento do mercado de trabalho americano,
09:41ainda que a inflação vai demorar um pouco mais para convergir para a meta.
09:45A gente ainda vai ter uma inflação desconfortável.
09:48Isso é um ponto de preocupação.
09:50Quando a gente olha o que está acontecendo no quadro inflacionário americano,
09:55a gente vê que existe um contágio já para a inflação de varejo.
10:01Se a gente olhar o CPI, por exemplo, já tem contágio do choque tarifário.
10:06E no atacado ainda tem sinais de pressão inflacionária.
10:09Está demorando um pouco mais do que o mercado imaginou
10:11para esse choque tarifário bater na economia como um todo,
10:16mas existe uma preocupação muito grande de que vem mais inflação por aí.
10:21E aí esse corte de juros de hoje e mais os que o Fed está sinalizando que fará
10:26cria um risco importante para a gente de um cenário meio de estar à inflação,
10:31que é uma inflação bem distante da meta,
10:35com um PIB meio de lado,
10:37um PIB em economia que cresce,
10:40mas com uma inflação muito fora da meta.
10:42Então eu diria que essa é a primeira leitura da decisão que acabou de sair.
10:48E Gabriel e Felipe Machado e os reflexos aqui no mercado financeiro brasileiro
10:53são incrivelmente imediatos e não param.
10:58A gente vê aqui o dólar está derretendo,
11:00já baixando para R$ 5,28,
11:03mais precisamente R$ 5,28.
11:06Justamente a gente comentava, Gabriel e Felipe,
11:09porque você pode ter aí um movimento de saída de investidores dos Estados Unidos
11:15buscando mercados emergentes,
11:17mercados com juros um pouquinho maior para fazer também,
11:21para ganhar depois daquele care trade,
11:23na diferença dos juros, Felipe e Gabriel.
11:26Exatamente.
11:27Gabriel, boa tarde para você.
11:28Gabriel, eu queria que você falasse um pouquinho,
11:30eu queria ver a sua visão sobre esse cenário.
11:32Então, olha só, o Fed tinha duas opções,
11:35ele está de olho no emprego, mas está de olho na inflação.
11:38O emprego estava fraco, mas a inflação também estava ruim.
11:41Quer dizer, ele tem que fazer,
11:42é um desafio de você fazer uma espécie de balanço,
11:46onde é que você vai apostar,
11:48qual que é o problema principal,
11:50qual que é o problema para ser atacado no momento.
11:53Queria que você falasse um pouquinho dessa divisão,
11:54desse desafio do Fed,
11:56diante dessa decisão de tentar incentivar a economia por meio do emprego,
12:01mas tendo como risco a inflação ainda em alta.
12:05É um ótimo ponto, Felipe.
12:06A gente entende a decisão do Fed como um erro de política monetária.
12:12Basicamente, em razão disso que você falou,
12:14o marato do Fed é dual,
12:16tem inflação, o desvio da inflação para a meta e o desemprego.
12:20Quando a gente olha o desemprego corrente,
12:23as expectativas,
12:25a projeção do desemprego para frente,
12:27não é que vai ter uma piora material,
12:29uma piora muito grande na taxa de desemprego.
12:32Então, isso deveria dar um conforto para o Fed,
12:35porque não se antevê uma piora substancial no desemprego para frente.
12:40O fato de a gente ter tido revisões para baixo no payroll,
12:46na redação de emprego formal,
12:48ela está muito ligada à revisão para baixo na estimativa de população,
12:53e a população foi revisada para baixo
12:55por conta do efeito da imigração que passou a ser negativa.
12:59A imigração líquida nos Estados Unidos hoje é negativa
13:02em função das políticas de imigração
13:06que foram implementadas no governo atual.
13:08Então, essa equação toda,
13:12menor imigração, menor taxa de natalidade,
13:15jogou a população para baixo,
13:17jogou a força de trabalho para baixo,
13:19e aí, com menos força de trabalho,
13:21o número de vagas que você precisa gerar
13:24para a sua taxa de desemprego ficar parada
13:25é naturalmente menor.
13:27Então, a gente não deveria ficar muito preocupado
13:29com uma geração de empregos menor.
13:32O gabarito disso é,
13:34apesar da geração de empregos menor,
13:37o que está acontecendo com a taxa de desemprego?
13:39Ela está piorando?
13:40Não está piorando.
13:42Ela está de lado.
13:43Então, o gabarito desse racional
13:46é justamente a taxa de desemprego.
13:47Ela não está tendo uma piora substancial
13:50em função de uma menor geração de vagas.
13:52Então, essa geração de vagas,
13:54apesar de menor,
13:55ela é suficiente
13:56para dar conta dessa força de trabalho.
13:58Então, o FED não deveria ficar preocupado
14:00com o mercado de trabalho,
14:01como eles escreveram, que estão.
14:04Deveria, sim, estar preocupado com a inflação
14:06que tem praticamente 100 pontos de desvio.
14:09A meta é de 2.
14:10A gente está falando de uma inflação corrente
14:12em torno de 3,
14:13com a perspectiva de ou continuar em 3 ou piorar.
14:16Então, a gente entende que é um erro
14:18de condição de política monetária
14:21que a gente está presenciando no FED,
14:24que está sendo mais leniente com a inflação
14:28em nome de um enfraquecimento no mercado de trabalho
14:31que não é material na nossa avaliação.
14:33A gente acha que é um equívoco
14:34e isso amplia bastante o risco
14:37de um cenário inflacionário
14:38mais persistente nos Estados Unidos.
14:40Então, no curto prazo,
14:42é verdade que o juros vai para baixo,
14:45mas na parte média longa da curva,
14:48a gente deveria ver uma pressão grande
14:50por conta dessa leniência
14:52que o FED está sinalizando para a gente
14:55que vai ter que combater a inflação.
14:58Gabriel, e é curioso,
15:01porque é um pouquinho diferente,
15:02o FED, como ele olha,
15:05como ele faz a análise da economia norte-americana
15:08para tomar uma decisão sobre juros e do Brasil.
15:10O Brasil, o Banco Central brasileiro,
15:12ele olha só para a inflação.
15:14E lá nos Estados Unidos,
15:16ele olha, eu comentava aqui com o Felipe Machado,
15:18ele olha a inflação,
15:19mas olha a questão de emprego
15:21e também da atividade industrial.
15:23Mas a produção industrial
15:25mostrou um ligeiro crescimento de 0,1%.
15:28Então, assim, não estava tão ruim.
15:30A gente tem essa questão do desemprego
15:32um pouquinho ali aumentando,
15:35mas justamente por causa
15:36dessa política antimigratória,
15:38que muitos trabalhadores precisaram deixar,
15:41os Estados Unidos precisaram deixar
15:43essas vagas de trabalho
15:45e com a inflação em 2,9%.
15:47Quando teve um corte com esse patamar de inflação,
15:51foi lá em 2008, no bear market,
15:52na depressão norte-americana,
15:54numa crise da economia norte-americana.
15:57Então, assim, até é estranho,
15:59porque Jeremy Powell é mais rock,
16:02mais conservador, e ele muda.
16:04Ele sentiu a pressão, talvez, de Donald Trump
16:06ou agora de integrantes do Federal Reserve?
16:09Eu entendo que sim.
16:14Acho que ele está tendo uma...
16:15Não só o Powell sentiu essa pressão,
16:18mas acho que vários outros membros do Fed
16:21estão sentindo uma interferência política
16:23na condução da política monetária.
16:26E eu acho que essa interferência
16:28vai além até da política monetária,
16:31porque a gente viu, por exemplo,
16:33o Trump demitindo a rede do BLS,
16:38o equivalente ao IBGE daqui,
16:40depois que a gente teve aquela revisão
16:42grande para baixo nos dados
16:44de geração de emprego, do payroll,
16:46por aquelas razões que a gente acabou de falar.
16:48Uma revisão da estimativa de população,
16:49de forças de trabalho,
16:51que acabou gerando essa revisão para baixo
16:53na geração de vagas.
16:54Então, está tendo uma interferência generalizada,
16:57não só no Fed,
17:00mas também em outros órgãos.
17:02Acho que a figura do Powell,
17:03há algum tempo,
17:04vem sofrendo com essas pressões do Trump,
17:07mas a gente tem também a questão da Lisa Cook,
17:10que está em litígio judicial com o Trump,
17:16que ainda não tem desfecho.
17:17Tem a própria indicação do Stephen Muir,
17:20que não abandonou o seu cargo na Casa Branca.
17:23É uma coisa muito inusitada,
17:26você ter um membro do Fed,
17:28com um pé no Fed,
17:30um outro pé na Casa Branca.
17:32Então, a gente tem uma perda de credibilidade
17:34evidente da política monetária,
17:36uma interferência política bastante clara.
17:40Isso tira a credibilidade do Fed
17:42e faz preço.
17:44A curva de juros média barra longa,
17:47o que a gente chama de barriga da curva,
17:49ela deveria refletir essa piora de credibilidade,
17:53essa piora institucional e perda de credibilidade no Fed
17:55com mais prêmios.
17:57A gente deveria ver mais prêmios de risco
17:59nessa parte média barra longa da curva.
18:03Gabriel, e é interessante,
18:05porque aí a saída de Stephen Muir
18:07para o Federal Reserve
18:09mostra realmente ou coloca em xeque
18:10a independência total
18:13do Banco Central dos Estados Unidos.
18:15Gabriel, muito obrigado, viu,
18:17pela sua participação aqui no Fast Money,
18:20por nos mostrar este olhar
18:21e dizendo uma coisa que ainda não tinha ouvido,
18:24nem eu aqui,
18:24parece também nem o Felipe Machado,
18:26você comentando que,
18:28pela sua análise,
18:30o Federal Reserve errou,
18:32na mão,
18:33errou na condução da política monetária
18:35neste momento.
18:36Um grande abraço para você,
18:37uma ótima quarta-feira, viu?
18:39Eu que agradeço para vocês também.
18:41Obrigado.
18:41Até a próxima.
18:42Já, já, a gente volta.
18:43Até a próxima.
18:43Até a próxima.
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