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O economista Roberto Troster avaliou o impacto dos juros de 15% ao ano e da inadimplência no PIB do terceiro trimestre, projetado entre 0,4% e 0,5%. Ele destacou os desafios do crédito, a falta de foco em setores estratégicos e o potencial do agro e serviços para impulsionar a economia.

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Transcrição
00:00Vamos falar agora de crescimento da economia brasileira e meio a uma taxa básica de juros de 15% ao ano desde junho.
00:07Quais os efeitos sobre a atividade econômica e o que esperar do PIB do terceiro trimestre que vai ser divulgado amanhã?
00:15É o que a gente vai conversar com o economista Roberto Troster.
00:18Troster, boa noite. Muito obrigada por ter aceitado o nosso convite.
00:22Quero começar entendendo qual é a sua expectativa para o resultado do PIB do terceiro trimestre amanhã.
00:28Boa noite, Cris. Sempre bom falar com você.
00:33Bom, acho que vai ter, assim, a média das projeções está em alguma coisa entre 0,4% e 0,5% de crescimento.
00:43É bom, eu acho que esse ano o Brasil surpreendeu positivamente.
00:49As projeções de crescimento foram revistas para cima, as inflações para baixo, de dólar para baixo.
00:57E a bolsa comprou 160 mil pontos, o que é algo para ser comemorado.
01:06Então, eu acho que, de maneira geral, apesar dos 15%, nós não estamos tão mal assim na foto.
01:15Mas aproveitando, então, que você já levantou essa questão dos 15%, quantos juros podem impactar nesse resultado do PIB?
01:24Ah, o juros, assim, o juros é o grande preio, acho que sim.
01:30Não é, espera, a resposta tem duas partes.
01:34O juros é muito alto e esse juros é maior do que os 15%, porque qualquer operação de crédito tem IOF.
01:43Na média, esses 15% acabam sendo de 17% por conta do IOF.
01:51Então, é muito, você tem éfordes históricos de nada em plência de empresas, você tem 8 milhões de empresas negativadas.
02:00E de pessoas físicas, você tem 78,8 milhões de cidadãos com nome sujo.
02:07Um em cada dois eleitores, um pouquinho mais do que um em cada dois eleitores, está com nome sujo.
02:13Então, a inadimplência é um problema.
02:15Não é só o nome sujo.
02:17Alguém com nome sujo, às vezes, tem dificuldade em contratar, em alugar um imóvel,
02:23uma empresa em conseguir que o fornecedor financeiro, então, é realmente um preio.
02:29Então, eu diria que se a gente conseguisse resolver o nó dos juros e o nó do crédito,
02:35a gente podia pensar num número muito maior.
02:38Uma pergunta que eu sempre faço, assim, quando a gente pergunta isso para mim é
02:43o que a China e a Índia tem que o Brasil não tem melhor?
02:48Está crescendo menos da metade que eles dois, né?
02:51E qual é a resposta para essa pergunta, Troster?
02:56Olha, é foco.
02:58Os chineses e os indianos, eles têm vontade de crescer.
03:02Agora, a China, por exemplo, está lançando o próximo plano quinquenal.
03:07Exatamente definindo as prioridades, quem vai fazer e foco muito nisso.
03:13A Índia é a mesma coisa.
03:15Os indústrias, eu tive um evento da Índia aqui em São Paulo,
03:20eles vêm aqui e convidam fazendeiros brasileiros para ir investir lá,
03:26para dinamizar o agro.
03:27Quer dizer, o que a gente tem que fazer para crescer?
03:31Nós somos grandes exportadores de matérias-primas,
03:34então a gente exporta minério de ferro em vez de exportar aço.
03:39Exporta um pouco de aço, mas podia exportar mais.
03:43Agora, com as terras caras, a gente tinha que começar a pensar,
03:48vamos fazer uma fábrica de baterias antes e exportar as baterias em vez de exportar.
03:55Uma brincadeira que eu faço, brincadeira de economista,
04:00que eu estou em um restaurante, eu peço pimenta.
04:03E eles sempre me apresentam uma pimenta americana, que é muito boa.
04:06Mas se eu falo, mas não tem a pimenta brasileira,
04:09como é que nós não somos capazes de dominar o mercado de pimentas aqui dentro?
04:14E assim eu posso dar outros exemplos.
04:16Então, acho que a gente, por uma série de motivos, não foca o suficiente para fazer.
04:24Fazendo um paralelo, o que faz um time de futebol ganhar?
04:28É técnico, mas assim, acho que o fator mais importante é vontade de ganhar.
04:33Acho que falta um pouquinho isso.
04:35E que setores econômicos devem se destacar,
04:38tanto positiva quanto negativamente,
04:41amanhã nesse resultado do terceiro tri do PIB?
04:46Bom, o agro é aquela surpresa de sempre, né?
04:51A gente nunca sabe o que vai vir, né?
04:54Então, essa é a grande incógnita.
04:59De maneira geral, o comércio, com a inalimplência,
05:04deve vir mais fraca.
05:07E a indústria, o índice de produção industrial agora, tem um pouquinho.
05:17Então, eu acho que nós vamos ter uma indústria chocha.
05:20E serviços, geralmente, acompanha uma média deles, né?
05:24Então, serviços devem dar prazo.
05:27O setor financeiro também deve ir bem.
05:29Eu vou passar pra pergunta do Vinícius Torres Freire.
05:32Vinícius.
05:34Troster, boa noite.
05:36Estou animado com o seu otimismo,
05:39que você está botando aí o crescimento trimestral do PIB amanhã
05:43de 0,4%, 0,5%.
05:47Mas aí não teria desaceleração,
05:49pelo menos em relação ao crescimento do segundo trimestre,
05:51que seria 0,4%.
05:53Você acha, então, mesmo,
05:55é que tem muita gente boa falando entre 0,1% e 0,3%.
05:59O próprio Ministério da Fazenda está falando que cresce 0,3%.
06:02Você acha, então, que não teria desaceleração
06:05do segundo para o terceiro trimestre?
06:08A gente continua no mesmo ritmo do segundo?
06:13Assim, a resposta em duas partes.
06:150,3% e 0,4% é, sim, na margem,
06:19uma diferença muito pequena.
06:21Como dizem os advogados,
06:23é materialmente irrelevante.
06:25Quer dizer, nós vamos crescer 2% esse ano.
06:28É muito pouco para o Brasil.
06:31Porque se nós vamos crescer 2,2%,
06:32como falam alguns,
06:34tem uma projeção agora de 2,4%,
06:37acho que o CDE que projetou 2,4%.
06:39É a mesma coisa.
06:42É nada.
06:43O país como o Brasil,
06:45crescer isso é péssimo.
06:48É como no futebol.
06:49O Brasil joga com um time,
06:51sei lá, do Afeganistão,
06:53e ganha e comemora.
06:55Não quer dizer nada.
06:56Lá não tem futebol, né?
06:57Então, eu acho que a gente está crescendo pouco.
07:00A gente não está focando o suficiente
07:03em tirar alguns indestravos.
07:05Acabei de falar da questão do crédito.
07:08assim, estamos muito devagar com algumas regulamentações.
07:13Então, a gente tem potencial.
07:16Eu acho que o slogan meu é o Brasil pode mais.
07:20A gente pode mais o que está fazendo.
07:21Muito obrigada.
07:24Conversamos, então, com o economista Roberto Troster.
07:26Troster, um prazer também conversar com você.
07:30Boa noite.
07:30Até a próxima.
07:32Boa noite.
07:32Até a próxima.
07:33Boa noite, Vinícius.
07:34Também é um prazer falar com você.
07:36Obrigada.
07:37Eu vou juntar vocês dois também.
07:39Muito obrigada.
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