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O Ministério do Comércio da China abriu investigação contra medidas dos EUA no setor de chips e inteligência artificial. Rodrigo Loureiro analisou a disputa que vai além do comércio: uma batalha pela hegemonia tecnológica global.

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Transcrição
00:00E o Ministério do Comércio da China iniciou neste sábado uma investigação sobre as medidas dos Estados Unidos contra o país no setor de circuitos integrados que envolve equipamentos eletrônicos como chips e inteligência artificial.
00:16O anúncio acontece um dia antes de uma nova rodada de negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China.
00:22Nos últimos anos, Washington impôs uma série de restrições a Pequim no campo dos circuitos integrados, incluindo investigações da Sessão 301, a legislação comercial norte-americana e medidas de controle de exportação, segundo o Ministério Chinês.
00:41Vou voltar a falar então com o Rodrigo Loureiro.
00:43Loureiro, além da guerra comercial que a gente está vendo no dia a dia, também tem a guerra tecnológica entre Estados Unidos e China.
00:50Os norte-americanos, ou o governo norte-americano, tentando sempre evitar que os chineses tenham uma tecnologia mais avançada do que os Estados Unidos, né?
01:01É mais do que uma disputa comercial que a gente está vendo, Klein, é uma disputa em torno de uma hegemonia do mercado de tecnologia.
01:09Se no passado a gente tinha uma disputa muito grande em torno de petróleo, falava-se que petróleo era essencial e ainda é,
01:16hoje os chips semicondutores, eles estão ditando os rumos do futuro da tecnologia.
01:21Quem está investindo em inteligência artificial precisa desses chips.
01:24E aí você tem essa corrida entre Estados Unidos e China, entre Washington e Pequim.
01:30A gente viu no passado, principalmente na administração do governo Joe Biden,
01:34várias restrições contra a China, impedindo que os Estados Unidos exportassem chips para a China,
01:39o que afeta diretamente as companhias americanas, como por exemplo a Nvidia, a Intel, enfim, outras empresas.
01:46E a gente viu agora a China começando a contra-atacar, começando a mostrar uma postura mais agressiva.
01:52Ninguém quer abaixar a cabeça.
01:54Há também essa questão do orgulho.
01:56Ninguém quer falar assim, ah, eu concordo com o que você está me propondo, vamos ficar por isso mesmo.
02:01Não, Estados Unidos e China têm posturas muito agressivas e querem as coisas do jeito deles.
02:06Só que aí precisa achar um meio termo. Só que esse meio termo está cada vez mais difícil da gente encontrar, Klein.
02:12É, Loureiro, e a gente estava falando sobre mais uma rodada de negociação entre Estados Unidos e China,
02:19que começa amanhã e vai até quarta-feira na Espanha.
02:23Só que entre sentar a mesa e fechar um acordo, tem algumas rusgas que estão sendo colocadas nos bastidores como pano de fundo.
02:30Então os Estados Unidos reclamam que a China não tem comprado a soja,
02:34pede para a União Europeia taxar Pequim 100% por causa do petróleo da Rússia.
02:39Do outro lado, a China agora entrando com uma investigação contra os Estados Unidos.
02:44Dessa forma, fica mais difícil chegar a um acordo definitivo no campo comercial.
02:49Fica difícil porque você tem duas posturas muito antagônicas e posturas muito rigorosas.
02:54Quando a gente viu as primeiras negociações entre Estados Unidos e China,
02:58a gente viu o Donald Trump jogar tarifas acima de 100%.
03:01O que inviabiliza qualquer negócio entre Estados Unidos e a China.
03:05E isso é péssimo para a economia americana, porque a economia americana depende muito da economia chinesa,
03:11depende dos compradores chineses.
03:13A gente pega, por exemplo, a NVIDIA, que eu estava citando.
03:16A NVIDIA já viu um impacto de 8 bilhões de dólares no seu balanço por conta da China.
03:21Consegue superar ali vendendo para a Europa, vendendo para outros mercados?
03:25Sim, mas a gente sabe que a China é um dos países mais populosos do mundo,
03:29um dos países que mais cresce no mundo em termos de economia,
03:32um dos países que tem avançado mais em termos de tecnologia.
03:35Se há essa rusga entre Estados Unidos e China, isso afeta as empresas americanas.
03:40E aí eu falei de empresas do setor de tecnologia,
03:43mas pode afetar empresas do setor de agronegócio, empresas do setor de varejo e por aí vai.
03:47Enquanto isso, a China, que tem um mercado interno muito grande, um mercado doméstico muito grande,
03:54ela consegue se resguardar um pouco.
03:56E também a gente tem visto muitos avanços da China na Europa.
04:00Aí você tem um terceiro elemento, que são, aliás, os outros países.
04:05Estados Unidos não quer que os outros países também negociem com a China.
04:09É uma discussão que ainda vai levar muito tempo para acontecer, Klein,
04:12que vai demorar muito tempo para ser resolvida,
04:14mas o que a gente tem é duas posições muito antagônicas
04:18que a gente vai ter que esperar para ver o que vai acontecer.
04:20Obrigado, Loureiro.
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