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Após alerta da Anfavea, o governo chinês abriu diálogo direto com o Brasil e com montadoras para liberar exportações de semicondutores usados em carros flex. A decisão evita paralisações na indústria automotiva e reflete o acerto entre Xi Jinping e Donald Trump sobre o comércio global de chips.

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Transcrição
00:00E a China informou ao governo brasileiro que abriu diálogo com o setor automotivo
00:05para evitar a falta de chips usados na produção de carros flex.
00:09E a gente vai de novo a Brasília com a repórter Marina Demori,
00:12que tem mais informações para compartilhar com a gente.
00:15Marina, Fávia, que é a associação que representa os fabricantes de veículos,
00:20respiro aliviada, né?
00:24Isso, viu, Nath?
00:25Há dias a gente vem acompanhando a apreensão do setor por conta de toda essa situação
00:30e hoje a Anfávia comemorou essa informação que foi passada pela Embaixada da China
00:38ao governo brasileiro e também ao próprio setor, né?
00:42Na última terça-feira, o vice-presidente, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio,
00:47Geraldo Alckmin, tinha feito uma reunião de emergência com o pessoal da Anfávia,
00:51também com representantes do setor, como a Abpeças e a Sindipeças,
00:56além de representantes dos trabalhadores do setor que estavam preocupados por conta
01:02da geração de empregos que o setor tem no Brasil e que poderia ser prejudicada
01:08por conta de toda a situação.
01:11Os setores pediram apoio ao governo brasileiro para que intervisse junto ao governo chinês,
01:16para que o Brasil não fosse prejudicado.
01:17E hoje veio a notícia da abertura de diálogo para que a China
01:21libere as exportações de semicondutores ao Brasil.
01:25O governo chinês concordou em analisar a concessão de autorização especial
01:30às empresas que estiverem com dificuldades para importar os chips.
01:35A gente lembra o caso, né?
01:37Em outubro, o governo holandês tomou o controle da Nexperia,
01:42que é a subsidiária da fabricante de semicondutores chinesas Wingtech.
01:47Como resposta, a China bloqueou as exportações de chips vendidos pela empresa.
01:51O efeito colateral dessa medida foi a interrupção no fornecimento de semicondutores
01:57às empresas da cadeia de autopeças do Brasil.
02:00E era justamente essa situação que estava gerando uma apreensão.
02:05A Anfávia já tinha manifestado toda essa preocupação e disse, chegou a dizer nas semanas passadas,
02:13que as fábricas poderiam parar no Brasil se não houvesse uma intervenção.
02:18Então, depois dessa notícia que chegou hoje por meio da embaixada chinesa,
02:23a Anfávia comemorou que pode ser o início de um diálogo e de uma solução
02:28para essa crise global que se instalou.
02:30Uma solução, pelo menos, para as indústrias brasileiras.
02:33Nath?
02:34Obrigada, Marina.
02:36E eu vou também conversar sobre esse assunto com o Vinícius Torres Freire,
02:40que já vai se conectar aqui com a gente,
02:42para dizer, Vini, você acredita que a gente possa esperar um final feliz nessa história dos chips?
02:48Olha, Nath, parece que sim,
02:50porque, afinal, essa é uma decisão que foi tomada, a gente descobriu hoje,
02:55pelo Xi Jinping e pelo Donald Trump na reunião da semana passada,
02:59que a gente não sabia até hoje, a gente está divulgando aqui agora,
03:03que a China concordou em acabar com essas restrições de venda de chips,
03:07porque ela controla, de fato, a exportação da sua Nexperia,
03:11embora o governo holandês tenha tomado conta da administração.
03:15Então, o governo chinês e o governo americano acertaram isso.
03:18E mais, hoje o Ministério do Comércio da China soltou uma nota
03:22dizendo que vai estudar caso a caso a liberação para empresas.
03:27Ele não disse que está liberado em geral.
03:30Agora, como teve uma comunicação direta com o governo brasileiro,
03:33aparentemente o governo, as empresas que estão sediadas no Brasil
03:36vão receber esse chip, sim.
03:38A gente estava ouvindo das montadoras brasileiras
03:41que elas tinham mais ou menos estoque para duas semanas.
03:43Agora, no caso das empresas europeias,
03:47uma semana tinha empresa como a Honda, no México,
03:50que já tinha parado produção, Nissan nos Estados Unidos,
03:53dizendo que tinha mais uma semana de estoque para produzir.
03:57Então, a gente estava vendo o quê?
03:59Crise, à beira de estourar.
04:02Teve esse acerto Xi, Trump.
04:04O Ministério do Comércio confirmou.
04:06E, no caso brasileiro, teve uma comunicação direta.
04:08Então, há indícios, pelo menos há bastante esperança
04:11de que a coisa vai se resolver,
04:12porque no Brasil já teve comunicação direta.
04:15Mas a coisa andou por um fio e, como a gente não sabia,
04:18isso estava sendo resolvido.
04:20Foi assunto importante de cúpula mundial,
04:22cúpula dos dois líderes, da China e dos Estados Unidos,
04:25e que destravou essa conversa
04:29que estava ameaçando montadores do mundo inteiro,
04:31como a gente viu já no começo desse ano,
04:34por causa de outros produtos,
04:35e como a gente viu na epidemia,
04:36que estava faltando carro,
04:38a ponto de, nos Estados Unidos,
04:40os carros usados subirem de preço
04:42e, em alguns casos, ficaram até mais caros,
04:44porque não tinha carro novo para vender.
04:48Obrigada, Vini.
04:49E a gente segue falando sobre esse assunto.
04:52Agora, a minha conversa ao vivo
04:53vai ser com o Antônio Jorge Matins,
04:56que é coordenador dos cursos automotivos
04:58da Fundação Getúlio Vargas.
05:00Tudo bem, professor?
05:01Boa noite e bem-vindo.
05:03Boa noite, Natália.
05:04Um prazer estar aqui com vocês durante essa noite.
05:08Prazer o nosso, professor.
05:09Ainda mais que a gente teve essa notícia importante nesse sábado.
05:14E, para começar, eu queria te perguntar
05:16qual é o grau de dependência do Brasil
05:19em relação a esses semicondutores,
05:21especificamente os chineses,
05:23e considerando a nossa indústria automotiva.
05:25Como o senhor avalia o panorama atual dessa dependência?
05:28Primeiro, vou contextualizar, né?
05:31O primeiro ponto que eu julgo importante dar conhecimento a todos,
05:37os semicondutores hoje exercem um papel fundamental
05:40dentro do processo produtivo dos veículos.
05:43E por que disso aí, né?
05:44Na medida em que realmente nós temos um setor altamente digitalizado,
05:48cada vez mais nós temos filtros tecnológicos
05:52sendo inseridos em semicondutores.
05:55Isso faz com que, inclusive, algumas empresas procurem se diferenciar,
06:00algumas delas, inclusive, tendo a capacidade de desenvolver projetos de semicondutores,
06:07além da própria produção.
06:08O que também não é feito por todos os fabricantes de veículos, tá certo?
06:13Nós temos alguns que possuem esse diferencial competitivo
06:17e tem outros que não possuem.
06:20E com isso, passam a depender de fornecedores de fora, tá certo?
06:24É o caso, no caso da Nexperia, que fornece esses semicondutores
06:29e não são semicondutores sofisticados,
06:31são semicondutores que se voltam para atividades comuns dos veículos,
06:35mas que existe uma quantidade muito grande dentro de cada um dos veículos
06:40e através do uso de cada uma dessas marcas.
06:43Então, com isso, na medida em que houve a estatização de um fornecedor
06:47instalado na Holanda, a estatização, inclusive, com um afastamento do diretor técnico,
06:54houve, por parte da controladora, da então controladora da empresa,
06:59que é uma chinesa, tomar suas medidas no sentido de visualizar
07:03de que forma realmente vai ser conduzido daqui para frente o processo, tá certo?
07:07Então, isso veio a afetar alguns fornecedores europeus,
07:12sendo que alguns deles, inclusive, fornecem as suas subsidiárias no Brasil.
07:18Então, na medida em que nós tomamos hoje conhecimento da flexibilização
07:22que o governo chinês está dando aos fabricantes brasileiros,
07:26se bem que vai ser objeto de análise de cada um dos casos,
07:30é no sentido de realmente não penalizar as fábricas que efetivamente não tiveram
07:36qualquer tipo de envolvimento com esse problema que acabou surgindo
07:41entre o governo holandês e os fabricantes chineses de semicondutores.
07:47Então, só para simplificar, existe uma dependência grande,
07:51maior por parte de alguns fabricantes de veículos e menor por parte de outros,
07:56que esses outros, de uma forma geral, possuem sua própria capacidade
08:01de desenvolver e de também fabricar esses semicondutores.
08:05E, professor, o governo chinês, ele abriu um canal de diálogo
08:08com as montadoras brasileiras, né, direto ali, para evitar esse desabastecimento.
08:14Qual que é a sua leitura sobre essa iniciativa e o que ela representa para o setor?
08:18Eu julgo que o governo chinês não tem, até por conta de toda, diria assim,
08:26de todo o papel que hoje a China exerce dentro do setor de veículos elétricos,
08:33o governo da China não tem o foco em penalizar fornecedores mundiais.
08:39Não é esse.
08:40Eu diria que a dianteira, o avanço, a evolução tecnológica já existente
08:45por parte dos chineses, de uma forma geral, permite que eles atuem de uma forma
08:51altamente competitiva em todos os países, tá certo?
08:55Dos continentes existentes.
08:57E vem assumindo cada vez mais as fábricas chineses, uma posição de destaque.
09:01Então, eu acredito que deverão, sim, ser exatamente acordados junto aos fornecedores brasileiros,
09:08junto aos fabricantes de veículos brasileiros, deverão ser exatamente acordados esse fornecimento
09:15de semicondutores, de tal forma a não penalizar a produção brasileira, até porque, como destacar,
09:23não houve qualquer envolvimento desses fornecedores no problema surgido entre o governo da Holanda
09:30e esse fabricante de semicondutores chineses, que é o controlador da empresa.
09:34Certo. Quero agradecer, professor Antônio Jorge Matins, coordenador dos cursos automotivos da FGV,
09:41participando com a gente ao vivo nessa noite.
09:43Muito obrigada, professor. Até a próxima.
09:46Muito obrigado. Uma boa noite para vocês e até a próxima.
09:48Tchau, tchau.
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