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A Embraer recebeu uma encomenda de 100 aviões de uma empresa americana, beneficiando toda a economia brasileira. O pedido deve aumentar o PIB em 0,17% e valorizar o real em 0,16%. Francisco Conejero Perez, professor de economia do transporte aéreo, analisa impactos no setor, empregos e competitividade global.

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Transcrição
00:00Agora a gente volta a falar então sobre essa compra de aviões de uma empresa americana da Embraer.
00:06Sobre essa encomenda, eu converso com o Francisco Conerreiro Pérez,
00:10que é professor de economia do transporte aéreo, também coordenador de curso na Escola Superior do Ar.
00:15Boa noite, professor, seja bem-vindo.
00:18Boa noite, é um prazer estar com vocês aqui de falar sobre esse assunto.
00:23Bom, o setor de aviação conseguiu reverter o tarifácio de 50% dos Estados Unidos
00:28e manter a taxa de 10%.
00:30Agora, em meio a um cenário de disputa comercial, o que representa um pedido como esse para a Embraer
00:37e para o mercado, feito justamente por uma empresa americana?
00:40Bom, vou convocando o número, não tem como falar sem especificar um pouco os números.
00:46O que acontece é assim, essa encomenda que foi feita, esse tarifácio, ele incide mais em bens de consumo, certo?
00:57Quando o bens é de capital, ele é essencial, normalmente é zero.
01:02Mas pode ser que vá ter algum tipo de tarifa, isso é sujeito a acontecer.
01:08Mas quando é essencial, já não entra naquela situação do tarifácio, de ser alto uma tarifa.
01:18Agora, isso de bom para o Brasil, o que é?
01:20Primeiro que isso vai crescer nosso PIB em 0,17%.
01:25Nós temos um PIB de 9,5 trilhões, então você veja que é significativo.
01:30O setor aéreo, só a parte que se refere à aviação comercial é 0,7% do PIB.
01:38A aviação como um todo é 2,1% do PIB.
01:42E tem o aeroespacial, que contribui para 0,02%.
01:48Então, vejo que os números para aviação é muito bom.
01:52Se você colocar defesa aérea, tudo que é aviação, tudo que envolve, tudo, tudo, tudo dá 3,5% dentro do PIB.
01:59Então, esse 0,17% é bastante coisa.
02:03E o que vai acarretar isso?
02:04A valorização do nosso real, que ele vai valorizar 0,16%.
02:09Isso tudo não favorece só o setor aéreo, isso favorece toda a economia,
02:15porque isso, na verdade, é como disse o nosso repórter, é uma bolha, não só da Embraer, mas é gigante.
02:21E, evidentemente, empregos, não só dentro da aviação.
02:25A aviação, logicamente, da indústria vai ter muitos empregos, muitas oportunidades,
02:29devido a esse tipo de negociação.
02:31Mas, no todo, a economia do Brasil melhora muito com essa oportunidade que está tendo, que é fantástica.
02:42Ah, tem outro detalhe também que eu gostaria de acrescentar.
02:45As vantagens, as exportações são isentas na maioria dos impostos.
02:51A única coisa que é pago é o lucro, o lucro é pago.
02:56Só que aí, no lucro, ele entra dentro de uma margem de 60%,
02:59porque 40% é importado.
03:02E a maioria dessas importações, ela vem dos Estados Unidos.
03:05Então, veja que foi um baita negócio fazer isso com aviões,
03:09porque tem a normal isenção dos impostos, né, e a SMS,
03:14e tem também essa vantagem do negócio,
03:22que tem uma importação de 40% das peças.
03:25Então, isso tem uma barganha muito boa, muito boa.
03:30Professor, uma encomenda de 50 jatos,
03:32ela equivale a mais ou menos quanto do volume que a Embraer produz?
03:37Olha, é um volume significativo, certo?
03:40O número exato eu não tenho,
03:42mas é uma encomenda, sim, que a gente se baseia em 10 aviões, né,
03:47é bastante coisa, mas o volume, acredito que em porcentagem,
03:52eu não tenho o número exato, mas é um volume bem significativo.
03:56A gente já sabe onde esses aviões vão ser produzidos?
03:58Imagina que a cadeia produtiva aí, nesse caso,
04:00ela se espalhe por várias localidades, né?
04:02Eu acredito que o avião peixoto, né,
04:05isso também é uma especulação minha, também é uma ideia, né,
04:08eu não tenho essas informações concretas,
04:10mas nós imaginamos que o avião peixoto,
04:13e acredito também, são já dos campos,
04:15mas eles têm condições, sim,
04:16esses 10 aviões, assim, sem aviões, né,
04:19avião, o projeto é muito grande, né,
04:22e eles não vão entregar isso de uma vez, assim,
04:24tipo um pacotão,
04:26existe uma demora na construção desses aviões, né?
04:30Agora, o que a gente pode destacar nesse modelo de aviões aí,
04:33que é o E-195, E-2?
04:35É uma aeronave interessante para o mercado brasileiro, por exemplo?
04:39Por que ela se encaixa bem nesse contexto aí dos Estados Unidos?
04:43Bom, o que acontece é assim,
04:44se pontuou muito bem,
04:45primeiro que, para eles,
04:48é um custo muito em conta,
04:49ele diminui muito o casco,
04:51que é o assento por quilômetro,
04:52é o custo assento por quilômetro,
04:54porque lá o poder aquisitivo é diferente do nosso.
04:57Para eles, o nosso avião é em conta,
04:59o preço é muito bom,
05:00devido que, dentro do mercado,
05:03o nosso custo é um custo melhor.
05:07Então, e outra coisa,
05:09é um avião de tecnologia muito avançada, certo?
05:13Ele é assim,
05:16não vamos fazer comparações,
05:18mas ele não perde para nenhuma dessas indústrias grandes,
05:21Arbans, Boeing, Bombardier,
05:24esses aviões são muito bem construídos,
05:26e uma coisa muito bacana,
05:28assim, sair com um negócio desses 100 aviões,
05:31ainda com promessa demais,
05:32aumenta a nossa credibilidade perante o mundo.
05:36E também a tecnologia também,
05:38mostrar que nós somos bons nisso,
05:40a gente trabalha bem,
05:41e isso vai vir muito mais coisa
05:43para fortalecer a nossa moeda e a nossa economia.
05:46Vamos falar um pouco da Velo Airlines,
05:48é uma empresa que tem apenas 5 anos de mercado.
05:51O senhor tem alguma informação interessante
05:53para a gente sobre essa empresa?
05:55Não, não,
05:55ela até existe um pouco mais de tempo,
05:58é conhecida,
05:59pelo menos eu conheço bastante tempo,
06:00ela é muito sólida, viu?
06:02É uma empresa realmente que tem uma posição de,
06:06assim, firme dentro dos Estados Unidos.
06:09Veja, para fazer uma encomenda dessas de 100 aviões,
06:12é uma empresa,
06:13independentemente de ter os dados de mídia,
06:16ou de outra fonte,
06:19quem entra num contrato desse de 100 aviões,
06:22é gente grande,
06:24não é para qualquer um,
06:25eles são uma empresa muito sólida.
06:27Quando o senhor percebe os negócios internacionais da Embraer,
06:30para que caminho o senhor acha que a empresa está indo?
06:32Ela está diversificando, aparentemente, as exportações, né?
06:35Na verdade, sempre diversificou, né?
06:38A Embraer era sempre um versátil,
06:40desde a época do Osiris Silva, o fundador, né?
06:43Sempre se adaptou ao mercado,
06:45foi para a parte militar,
06:47que constrói aviões de ponta,
06:49tudo o que a Embraer faz é de mais alta qualidade,
06:52e ela se molda ao mercado,
06:54de acordo com as necessidades,
06:56porque é uma indústria de aviões, né?
06:59Antigamente, ou até uns anos atrás,
07:01a Bombardier do Canadá era considerada a maior competidora da Embraer.
07:04Hoje, esse panorama continua igual,
07:06porque parece que a gente vê muito mais notícia positiva
07:09sobre a Embraer do que a Bombardier, né?
07:11Lógico, com toda certeza,
07:14porque o nosso produto era de excelência,
07:16e também as condições também de negociação
07:20é muito mais, assim, vantajosa entre valores.
07:25Nós, brasileiros, somos muito, assim,
07:28flexíveis em negociações,
07:30e temos muitas aberturas, sabe,
07:32para fazer negócio, então, favorece, né?
07:35A Bombardier, ela tem a sua característica,
07:37mas não compara mais com a Embraer,
07:39ficou para trás.
07:40Francisco Conerreiro Pérez,
07:42professor de Economia do Transporte Aéreo
07:44e coordenador de curso na Escola Superior do Ar,
07:47muito obrigado pela sua participação e boa noite.
07:50Boa noite, eu que agradeço.
07:52Boa noite.
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