O apresentador Marcelo Favalli explicou como a economia brasileira avançou 0,4% no segundo trimestre de 2025, mantendo 16 trimestres consecutivos de crescimento e superando países como Alemanha, Canadá e Itália em desempenho relativo. Apesar da desaceleração, o Brasil segue firme na média da América Latina.
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00:00Como nós vimos no início do jornal Times Brasil, exclusivo CNBC, a economia brasileira cresce em ritmo mais lento.
00:07Só que a situação não é tão ruim quando comparada de outros países que têm registrado resultados negativos na economia.
00:14Quem vai explicar isso pra gente agora é o Marcelo Favalli, que é apresentador do Conexão.
00:18Boa noite pra você, Favalli. Como é que você tá hoje?
00:21Tudo bem, Xará Torres. É o seguinte, você pega um copo d'água e põe água até a metade.
00:25Você tem duas visões do mesmo copo, ou ele meio cheio ou ele meio vazio.
00:31Boa noite, Marcelo Torres. Boa noite a todo mundo que nos acompanha.
00:35Vamos começar com essa analogia do copo meio cheio, copo meio vazio, com o copo meio vazio.
00:41Vamos olhar aqui o que é, então, a aceleração em ritmo reduzido, ou seja, um crescimento.
00:48Ali, em menor comparação com o que a gente já vivenciou no primeiro trimestre de 2025, com os dados diante desse novo trimestre, né?
01:00Estamos entrando no terceiro trimestre do ano e acabaram de sair os dados do trimestre anterior, o segundo trimestre.
01:07Depois a gente põe em comparação com outras potências mundiais.
01:11Mas vamos olhar aqui o que eu estou chamando do copo meio vazio, que é o seguinte.
01:17Então, estamos nesta situação, abril, maio, junho, segundo trimestre do ano, houve um crescimento de 0,4%.
01:25Por que eu estou falando, ah, um copo meio vazio?
01:28Porque a gente veio, de janeiro, fevereiro e março, um crescimento bastante mais robusto, de 1,3%.
01:36Convenhamos, três vezes maior no primeiro do que no segundo trimestre.
01:41Mas não é tão ruim assim ou menos melhor, porque a estimativa do mercado era de 0,3%.
01:49Ganhamos 0,1 ponto percentual aí no lucro.
01:55A questão é olhar para frente, porque a mesma estimativa do mercado, ela já é mais pessimista
02:01de que o próximo trimestre seja de retração.
02:06Ou seja, a gente vai ter este número abaixo do zero.
02:11Mas a gente ainda está numa média ponderada ali para passar de ano.
02:16Por quê?
02:16No crescimento acumulado de 2025, em comparação com os últimos 12 meses,
02:22vindo deste ritmo, estamos em 2,2% de crescimento da nossa economia.
02:30Por que eu falei que nós estamos numa média aqui dos nossos vizinhos?
02:33Porque dados da OCDE, Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico e Social,
02:40chamado Clube dos Ricos, que faz uma observação do PIB mundial,
02:43colocou aqui uma previsão de crescimento para a América Latina e Caribe.
02:49Para 2025, 2,2% na média da região.
02:53Nós estamos dentro da margem de normalidade.
02:57Agora, deixei o melhor para o final.
03:00Este crescimento aqui, embora menor do que no primeiro trimestre,
03:05mostra 16 trimestres consecutivos de crescimento.
03:11Raramente a economia brasileira teve um marco desse tamanho.
03:16Aliás, é a primeira vez que nós temos 16 trimestres consecutivos de crescimento.
03:22Hora maior, hora menor.
03:24Estamos em linha com os nossos vizinhos.
03:27Este aqui, como eu disse, é o copo meio vazio.
03:31Vamos olhar o copo meio cheio?
03:33A situação nossa está excelente em comparação com economias que, aliás,
03:38são muito maiores que o Brasil.
03:39O que talvez aumente um pouco a nossa moral.
03:43Eu vou pedir a próxima arte para a gente olhar para grandes potências
03:46que também divulgaram seus PIBs trimestrais aí no último dia.
03:51E aí nós enxergamos contrações de grandes economias.
03:55Estou falando da Alemanha.
03:58Maior economia de toda a Europa.
04:00Maior economia da zona do euro.
04:01Maior economia da União Europeia.
04:03A terceira maior economia do mundo só perde para Estados Unidos e China nessa ordem.
04:10Houve um decréscimo, também conhecido como encolhimento da economia.
04:15E quais as razões?
04:17Dependência energética daquele gás, daquele petróleo que vinha baratinho da Rússia.
04:24Isso encareceu a geração de energia porque os alemães pegam o petróleo e transformam também em energia elétrica.
04:37E isso bateu no setor industrial.
04:40Produzir ficou mais caro, entre outros motivos, porque a dependência energética muito ligada ao petróleo russo ficou mais caro.
04:50A gente já enxergava isso, mas num ritmo de bola de neve, igual aquela de desenho animado, conforme vai descendo a montanha vai ficando cada vez maior.
05:00Agora estamos sentindo repetidas vezes o encolhimento da terceira maior economia do mundo e a maior da Europa.
05:08Alta inflação ou um crescimento da inflação, mas queda no consumo.
05:14A gente tem que pensar nas economias.
05:16A gente pensa na parte industrial, tudo certo, mas se não há consumo, não há o que produzir, não há o que vender e aí se tem um freio de mão puxado na economia.
05:27E vejam só, as previsões da mesma OCDE vinha de uma retração, um pequeno aumento em 2025 e talvez um aumento um pouco mais confortável só o ano que vem.
05:40América Latina e Caribe, crescimento de 2,2%.
05:44Aqui da Alemanha, 0,9%, menos da metade.
05:48Mas o problema não é só na Alemanha não.
05:50A próxima tela, para a gente ver aí, e esse problema não é só na Europa.
05:55Uma travessal atlântico, Canadá, muito dependente dos Estados Unidos, tarifácio caiu como uma bomba no colo dos canadenses.
06:03E está aqui, para piorar, porque nada é tão ruim que não possa ficar pior, houve incêndios florestais historicamente grandes no Canadá e isso teve impactos na indústria.
06:16Agregado com o tarifácio, deixou uma produção industrial menor.
06:20Desaceleração do consumo, com as pessoas temendo um aumento de preços por causa do tarifácio, principalmente.
06:31Uma manutenção da taxa de juros.
06:33Eles estão na casa dos 2,75%, muito menor do que a nossa, está na casa dos 15%.
06:40Mas ali em linha com os Estados Unidos, o que significa para a América do Norte, em especial Estados Unidos e Canadá, uma taxa de juros alta de acordo com a série histórica.
06:52Então, juros altos diminuem o consumo.
06:55As pessoas ficam mais preocupadas, principalmente, em comprar produtos de alto valor agregado.
07:00Queda nos gastos de consumo bateu na economia, que também tem aqui uma previsão de um crescimento lento, menor do que a América Latina e Caribe.
07:12E para encerrar, vamos atravessar o Atlântico de volta para a União Europeia.
07:17A Itália, que está ali na trinca das maiores economias da União Europeia, nessa ordem.
07:23Alemanha, França, Itália, terceira maior economia da zona do euro.
07:27O Brasil teve um decréscimo, um pequeno encolhimento do PIB trimestral, redução do comércio global.
07:34Isso também tem a ver com o tarifácio.
07:37Dentro do balóio da União Europeia, a Itália vende para os Estados Unidos produtos de alto valor agregado, moda, produtos de luxo, consumo, que ficaram muito caros.
07:48E os americanos estão colocando isso lá no final da linha de prioridade.
07:52Uma dívida pública alta, que é um problema da Itália, menos na Alemanha e menos na França.
07:59E aqui o BCE, Banco Central Europeu, que tem uma manutenção de juros relativamente alto.
08:06Naquela, na casa dos 2, 3%, que para modelos da zona do euro, é acima da média histórica.
08:13Está aqui. A Itália deve crescer o ano que vem, mas ainda de uma maneira muito modesta e se acostumem com essa palavra, com essa expressão, até o final de 2025.
08:24Uma inflação pegajosa nos países ricos.
08:28Vai viajar para o exterior, Marcelo?
08:31Por enquanto, não.
08:32Ó, fica de olho aqui, hein? Pode ser que fica barato aí para você.
08:35É, quem sabe, né?
08:36Vai guardando um dinheiro.
08:38Fator positivo dessa crise, né?
08:38Você fica com aquela preocupação, acho que eu vou gastar a minha fortuna, está aqui talvez ajudando os alemães, os italianos, os canadenses.
08:46Por enquanto, acho que eu vou ajudar os brasileiros.
08:48Vou para o Nordeste a próxima vez que eu puder.
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