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O ministro do STF, Alexandre de Moraes, votou pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). Em seu voto, Moraes afirmou que "não há dúvida de que houve tentativa de golpe".

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Transcrição
00:00que a primeira turma do Supremo alcançou dois votos pela condenação de Jair Bolsonaro
00:06e os outros sete réus por suposta tentativa de golpe de Estado.
00:10Além do golpe, eles são acusados de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito,
00:16deterioração de patrimônio tombado e participação em uma organização criminosa.
00:22Em seu voto, o ministro Alexandre de Moraes, que é o relator,
00:25declarou que não há dúvidas de que houve uma tentativa de golpe no país.
00:30A gente tem esse trecho. Vamos acompanhar.
00:33Não há nenhuma dúvida nessas todas condenações e mais de 500 acordos de não persecução penal
00:45de que houve tentativa de abolição ao Estado Democrático de Direito,
00:50de que houve tentativa de golpe, que houve uma organização criminosa
00:56e que gerou dano ao patrimônio público.
01:00Voto do ministro relator no dia de hoje, Alexandre de Moraes,
01:04dizendo que não há dúvidas de que houve uma tentativa de golpe de Estado.
01:08A gente vai trazer vários trechos.
01:10O que é importante saber, vamos fazer os apontamentos, as conexões,
01:14a tese que foi defendida pelo ministro relator.
01:16Vamos chamar o Luiz Felipe Dávila, que naturalmente acompanhou todas as manifestações,
01:23a tese defendida pelo ministro relator.
01:27Depois a gente vai trazer também as informações do voto do ministro Dino.
01:31Você, Dávila, seja bem-vindo.
01:32Ótima noite a você.
01:34Especialmente no que tange o posicionamento do ministro relator,
01:38a tese defendida por ele e essa declaração em que ele entende
01:42que não há nenhuma dúvida de que houve sim uma tentativa de golpe.
01:46Dávila, bem-vindo.
01:49Boa noite, Caniato.
01:49Boa noite, meus colegas.
01:50E boa noite a nossa querida audiência.
01:53O ministro relator, Alexandre de Moraes,
01:56endossou plenamente a tese da Procuradoria-Geral da República.
02:01Ou seja, que todos os atos acontecidos praticamente desde o início do primeiro governo Bolsonaro
02:09foram atos preparatórios e até executórios de um golpe de Estado.
02:16E ele foi descrevendo os pormenores de ataques à justiça eleitoral,
02:22ao sistema eleitoral, às reuniões ocorridas,
02:25e foi contando aquela série de encaminhamentos ou de fatos
02:31que, concatenados, formam a tese da Procuradoria-Geral da República
02:36de que não foi apenas cogitação de golpe de Estado,
02:40mas foi, na verdade, partindo para a execução.
02:44E aí, então, o ministro Alexandre Moraes endossa todos aqueles cinco crimes.
02:49É uma organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta
02:53do Estado Democrático e Direito, golpe de Estado,
02:57dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União
03:01e com considerável prejuízo para todas as vítimas.
03:05E, além disso, deterioração do patrimônio tombado.
03:09Então, o voto do ministro Alexandre Moraes não traz nenhuma surpresa.
03:14traz coerência como ele endossou integralmente as teses da Procuradoria-Geral da República.
03:22Agora, o que chama a atenção no voto é justamente a narrativa construída
03:31de que fatos que ocorreram lá atrás já eram atos preparatórios de um eventual golpe de Estado.
03:39Ou seja, parece que desde o primeiro dia que o presidente Bolsonaro assumiu o poder,
03:45ele já tinha a intenção de permanecer no poder e dar um golpe de Estado.
03:49Essa é a impressão que me passou no voto do ministro.
03:55Como tudo já havia sido pré-meditado,
04:00parece que, no fundo, a única razão de chegar ao poder
04:03é já começar a tramar como permanecer no poder.
04:07E é uma tese, pode ser defendida como foi o voto do ministro,
04:14mas é uma tese que não está embasada na materialidade dos fatos.
04:20Ou seja, cogitação, atos preparatórios e execução nesta narrativa do voto
04:27parecem ser a mesma coisa.
04:30Ao que eu sei, isso não é o que deve constar num processo que siga as regras do Código Penal,
04:40do Estado Democrático e Direito, do Direito à Ampla Defesa e do devido processo legal.
04:46Quase cinco horas de voto do ministro relator Alexandre de Moraes.
04:51Chamar o Cristiano Beraldo também acompanhou todas as informações,
04:55as muitas informações, a tese defendida,
04:58o que é preciso trazer, conectar,
05:01ministro Moraes mencionando Jair Bolsonaro como o líder da organização criminosa,
05:06dizendo que todo o processo teria sido iniciado em julho de 2021.
05:14Enfim, acho que são várias informações.
05:16A gente vai trazer os trechos das falas do ministro Moraes
05:19nesse giro inicial de análises.
05:22Você, Beraldo, o que é preciso trazer e considerar em relação ao voto do ministro Moraes?
05:26Bem-vindo.
05:26Obrigado, Caniato.
05:28Boa noite a você, Aldávio, Almota.
05:30Boa noite à audiência que prestigia diariamente os Pingos nos Is.
05:33Caniato, o que nós assistimos hoje foi o primeiro ato desse gran finale
05:38de uma peça de teatro que nós já sabíamos o final desde o início da apresentação.
05:44A condenação dura, cheia de certezas e afirmações que viria do relator,
05:50isso era sabido desde o momento em que houve a denúncia ao Supremo Tribunal Federal.
05:56Por quê?
05:57Este julgamento não trata da Constituição.
06:01Esse julgamento não trata da defesa da democracia.
06:05Esse julgamento não trata da defesa dos melhores interesses do Brasil,
06:11da estabilidade institucional.
06:14Esse julgamento trata de uma relação pessoal que ministros da corte,
06:19e aí eu reforço, não foi o Supremo Tribunal Federal,
06:22uma instituição centenária que já prestou inúmeros bons serviços ao país,
06:28mas que hoje é, ali na sua maioria, formada por ministros que resolveram atuar como agentes políticos.
06:36E a partir desta atuação política, inclusive, o ministro relator Alexandre de Moraes
06:41tem um histórico de vida bastante envolvido com a política no Estado de São Paulo,
06:47ele então resolve manifestar-se em relação a Jair Bolsonaro e outros membros do governo passado
06:54de uma forma que ele coloca esses eventos do 8 de janeiro
07:01como a conclusão de uma grande organização para interromper a normalidade democrática do Brasil.
07:10Eu, sinceramente, continuo com a mesma dificuldade de conectar tudo aquilo que aconteceu dentro do Palácio do Planalto,
07:20que precisa ser tratado, porque não é razoável, no mínimo, o que aconteceu ali dentro,
07:25em razão do resultado da eleição.
07:29Mas conectar isso com as manifestações que vimos no 8 de janeiro
07:33é uma extrapolação que todas as conexões que tentaram ser feitas,
07:39tanto pela Procuradoria-Geral da República, quanto pelo ministro relator,
07:44elas, para mim, continuam no campo da fantasia.
07:48Pois é, amanhã a sessão será retomada, quarto dia de julgamento,
07:53com o voto do ministro Fux já na parte da manhã, e amanhã é uma sessão.
07:58Então não terá a sessão na parte da tarde, depois do recesso, para o almoço.
08:02A gente vai trazer, naturalmente, as informações que indicam a possibilidade de divergência do ministro Fux.
08:09Daqui a pouco a gente vai trazer esses detalhes.
08:10O Roberto Mota já está com a gente?
08:13Deixa só... Tá bom.
08:14Então daqui a pouco o Mota vai trazer também suas análises e comentários.
08:17Eu vou voltar com o Luiz Felipe Dávila, porque havia, né, Dávila,
08:21uma impressão de que poderia haver algum tipo de reflexão do ministro relator
08:28em relação às muitas alegações que foram feitas pelas defesas dos réus.
08:34E antes de proferir o seu voto, o ministro relator rejeitou justamente
08:39todas as alegações que foram feitas pelos advogados.
08:44E aí havia, inclusive, a possibilidade de que ele reconhecesse algum pleito feito pelos advogados,
08:52advogados, alguma reindicação, algum apontamento.
08:55Mas não.
08:56O ministro relator rebateu ponto a ponto,
09:00refutando qualquer tipo de alegação feita pelos advogados dos réus.
09:05Estava tudo dentro do roteiro?
09:08Aquilo que você esperava se confirmou?
09:11Aqueles otimistas ou pessimistas, depende da maneira como cada um olha esse julgamento,
09:17mas aqueles que apontavam para a possibilidade de uma surpresa,
09:21um ajuste no voto do próprio relator,
09:24isso não se confirmou, né, Dávila?
09:27É verdade, Caniato, mas o voto do ministro Alexandre Moraes não foi nenhuma surpresa pra mim.
09:32Afinal de contas, é um voto político embasado na narrativa da Procuradoria-Geral da República
09:40que, ao não ter realmente materialidade robusta para acusar o presidente da República
09:49de tramar contra o Estado Democrático de Direito,
09:52criou uma narrativa dessa concatenação de fatos, acontecimentos desde 2021,
09:58como se desde 2021, muito antes das eleições, já se pensasse em dar golpe de Estado,
10:04como se o presidente entendesse que ia perder a eleição,
10:07que era preciso fazer alguma coisa pra salvar o país, de entregar novamente ao PT.
10:13Então, essa tese me parece uma tese completamente descabida.
10:18Nós precisamos olhar pros fatos.
10:19Sim, é verdade que o ex-presidente Jair Bolsonaro fez críticas ao sistema eleitoral,
10:26fez críticas ao TSE, ao Tribunal Superior Eleitoral.
10:30É verdade.
10:31E, aliás, ao meu ver, críticas infundadas.
10:34Mas achar que isto já era o início de uma trama de um golpe de Estado
10:39é criar uma narrativa e não se atentar à materialidade que é preciso existir
10:46para poder incriminar uma pessoa disso.
10:49Então, foi sim uma narrativa política, um voto político,
10:55que, na verdade, desconsidera a ausência de materialidade
11:00para justamente focar na narrativa.
11:04E numa narrativa que pode até fazer sentido no enredo,
11:09mas ela não faz sentido no que nós chamamos da ordem jurídica,
11:14do Código Penal, da Constituição.
11:18Nada disso faz sentido.
11:20Mas foi um voto político, baseada na narrativa política
11:25da Procuradoria-Geral da República.
11:28E é isso o que nós esperávamos do voto do relator.
11:33Pois é, inclusive, é preciso considerar os muitos slides materiais
11:39que foram exibidos pelo ministro relator.
11:42Em dado momento, o ministro Flavio Dino questiona
11:46sobre uma foto que teria sido apresentada,
11:50que foi projetada ali na sessão.
11:53E aí, o ministro Dino pergunta se esse material estava nos autos.
11:58E o ministro relator disse que não,
12:00que aquela foto não estava nos autos,
12:02que ela tinha sido perdida nas muitas mensagens trocadas no Zap.
12:07Trago essa informação para ilustrar justamente
12:09reivindicações que foram feitas por advogados
12:13nas alegações de materiais que não teriam sido juntados nos autos.
12:18E aí foram questionados justamente durante o julgamento.
12:22Deixa eu passar para o Cristiano Beraldo,
12:24porque quando se fala em tese e os crimes imputados aos réus,
12:28é preciso lembrar da abolição do Estado Democrático e de Direito,
12:32que tipifica a tentativa de abolir o regime democrático
12:36por meio de violência ou grave ameaça.
12:40Por que eu trago essa informação?
12:41Porque a tese defendida conecta, então, todas essas reuniões,
12:46essas discussões ao que aconteceu no dia 8 de janeiro.
12:51Como se toda aquela preparação indicasse,
12:57na verdade, indicasse que o gran finale fosse os atos do dia 8 de janeiro.
13:04Então, essa tese só para em pé quando você acaba conectando ao 8 de janeiro.
13:08Mas não me parece que o 8 de janeiro tenha sido o que foi discutido
13:13para alguns integrantes do governo.
13:15A tese só para em pé quando há essa conexão com o 8 de janeiro, né, Beraldo?
13:21Zé Caneto, você sabe que essa dúvida, que não é só sua,
13:24é minha e de tantas pessoas,
13:26ela seria mais facilmente esclarecida se nós tivéssemos, por exemplo,
13:30as imagens que foram captadas pelas câmeras do ministério,
13:35do prédio do Ministério da Justiça.
13:38E aí a gente se lembra que o ministro da Justiça,
13:41que por acaso, na época, era o atual ministro do STF, Flávio Dino,
13:48essas imagens foram perdidas sem nunca terem sido vistas.
13:52E eu tenho que me lembrar da declaração do próprio ministro à época,
13:57dizendo, quando cobrado para apresentar essas imagens,
14:01dizendo que, puxa vida, o nosso sistema de imagens
14:06é feito para apagar a cada não sei quantos dias as imagens captadas.
14:12E aí a gente não se deu conta de que seria importante guardar essas imagens
14:17e elas acabaram deletadas, acabaram apagadas.
14:21Olha, uma manifestação como essa,
14:24vindo de um ministro da Justiça,
14:27que tem um histórico, não apenas como governador,
14:31mas de atuação no âmbito do judiciário,
14:36deveria ter sido causa para demissão.
14:38Afinal de contas, o governo, já naquele momento,
14:42estava ali preocupadíssimo,
14:44porque ele havia sido vítima de uma tentativa de golpe.
14:49Caso o ministro da Justiça
14:51sequer consegue manter provas,
14:56material fundamental para a avaliação daqueles eventos,
15:01deveria ter sido demitido, mas não.
15:04Ele foi promovido,
15:06foi indicado ao Supremo Tribunal Federal,
15:08cargo que exercerá até os 75 anos de idade.
15:12E como se não bastasse o seu envolvimento direto no 8 de janeiro,
15:19ele se coloca na posição de eslugar
15:23o que aconteceu ali,
15:26essa chamada trama golpista,
15:29sem se dar por impedido.
15:32Posição aprovada, endossada e aplaudida pelos seus pares.
15:37Então, o que é razoável?
15:41Aquilo que nós, brasileiros comuns,
15:43que não somos,
15:44essas ilustres figuras tão profundas,
15:48conhecedoras da Constituição
15:51e defensores da democracia brasileira,
15:54nós somos pessoas comuns.
15:56Mas é impossível ignorar
16:00o mau cheiro que sai do Supremo Tribunal Federal
16:04diante desse julgamento.
16:06E eu termino, Caniato,
16:08perguntando o que é
16:09a tão falada democracia.
16:13O que é esse Brasil democrático,
16:15esse Estado democrático de direito?
16:18O que ele é?
16:19Quer dizer, o que de fato foi atacado?
16:22O Brasil democrático,
16:24a nossa democracia,
16:25é composta por três poderes?
16:27presidente da república,
16:30pelo judiciário,
16:32que tem acima dele o Supremo Tribunal Federal,
16:35pelo Congresso Nacional,
16:36Câmara e Senado.
16:39Então, de que forma
16:40esta grave ameaça foi feita?
16:42Ela foi feita a quem?
16:44E uma coisa é eu estar na arquibancada,
16:46xingando o juiz,
16:48xingando o jogador.
16:50Outra coisa é eu me colocar
16:52cara a cara com o juiz
16:54e fazer uma ameaça
16:57à vida do juiz
16:58ou à integridade física do juiz.
17:01São coisas completamente diferentes.
17:03Então, eu gostaria de entender
17:05de que forma esta grave ameaça
17:08se consolidou de forma material.
17:10Porque ameaça é ameaça.
17:12Quando eu acuso alguém
17:13de ter me ameaçado em algum momento,
17:14por escrito, por fala,
17:16ele me fez uma ameaça.
17:18Mas nesse caso, ameaçou quem?
17:19De que forma?
17:20De que forma a democracia,
17:22democracia com D maiúsculo
17:24tão defendida?
17:26De que forma ela foi ameaçada?
17:30Ela esteve ali
17:30no limite de ser extinta no Brasil?
17:36Eu continuo sem absolutamente
17:38nenhuma resposta para essas dúvidas.
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