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Com o julgamento de Jair Bolsonaro em andamento, o ex-embaixador Rubens Barbosa avalia que novas sanções dos EUA podem afetar exportações brasileiras. Empresários buscam negociar a redução da sobretaxa de 50%, mas especialistas destacam que a decisão depende de gestos políticos diretos do governo brasileiro.

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Transcrição
00:00Com o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro em andamento, o governo brasileiro se mantém em alerta
00:06para a possibilidade de novas sanções dos Estados Unidos contra as exportações brasileiras.
00:12Lembrando que Donald Trump citou o caso de Bolsonaro como um dos motivos para impor o tarifácio sobre os nossos produtos.
00:21Enquanto isso, missões de empresários brasileiros estão em Washington tentando negociar a imposição de sobretaxa de 50%.
00:29Sobre a situação do Brasil no tarifácio e as perspectivas, eu falo agora com o Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos.
00:38Embaixador, boa tarde para o senhor, muito obrigado pela gentileza da sua participação.
00:42Embaixador, na sua leitura, na sua experiência, nós devemos esperar novas pressões dos Estados Unidos,
00:50uma vez concluído o julgamento do ex-presidente na semana que vem, se houver o desfecho que é esperado até pelos advogados de uma condenação?
00:59É bem possível. Pela retórica que o Departamento de Estado e a Casa Branca estão adotando,
01:08é possível que isso aconteça.
01:10Eu não vou especular aqui, mas pelas indicações, aparentemente, vai haver alguma consequência.
01:17Embaixador, olhando aí as ferramentas que estariam disponíveis ao governo americano, se vier uma nova onda de pressão,
01:26qual poderia ser o meio dessa pressão?
01:29Poderia ser, por exemplo, o aumento da alíquota, que já está em 50%, ou poderia haver outros canais para isso também?
01:34Olha, como eu disse, é difícil a gente especular, porque isso é a decisão de um governo poderoso,
01:43como os Estados Unidos, eles têm instrumentos para isso.
01:48Está havendo agora uma consulta, uma investigação, na outra legislação, a Sessão 301, da Lei de Comércio americano,
01:57em que cinco ou seis áreas estão sendo investigadas.
02:02Eles poderão usar essas áreas que estão sendo investigadas como desculpa para a imposição de novas sanções.
02:13Pois é, a gente vê que existe uma, vamos dizer assim, uma vontade do governo americano de encontrar razões
02:23para sustentar essas pressões sobre o Brasil, embaixador.
02:27Olhando essa investigação no âmbito do USTR, do representante comercial dos Estados Unidos,
02:34de supostas práticas desleais comerciais da parte do Brasil, o senhor diria que objetivamente falando,
02:40tentando descontar qualquer vontade política, mas objetivamente falando,
02:45alguma coisa, algum mecanismo aplicado pelo Brasil que interfira no nosso comércio exterior,
02:51poderia ser considerada uma prática desleal?
02:55Olha, eu acho que não. O Brasil cumpre todas as normas da OMC,
03:00tanto na defesa comercial, quanto com mecanismos de proteção aqui,
03:11tudo dentro das regras da OMC.
03:14E a gente ainda tem um déficit na balança comercial americana.
03:18Se acontecer mais tarifas ou mais qualquer outra medida,
03:23elas estão baseadas em questões políticas e não em questões comerciais, na minha visão.
03:32Eu acho que sem um gesto político do governo brasileiro em relação à Casa Branca,
03:39vai ser muito difícil, porque qualquer solução positiva,
03:44porque os empresários não estão falando com o governo.
03:47Os empresários estão falando com contrapartes do setor empresarial,
03:51pedindo o apoio deles para conversar com o governo americano
03:56para a redução dessa tarifa de 50%.
04:00Agora, essa decisão não cabe aos departamentos de comércio e USTR americanos.
04:09Essa decisão está na mão da Casa Branca, do próprio presidente americano.
04:14Então, sem um contato direto com a Casa Branca,
04:18fica difícil esse trabalho dos empresários lá, não será suficiente.
04:24Quer dizer, o senhor avalia que, por mais que não haja qualquer sinal de vontade da Casa Branca
04:28de conversar com o governo brasileiro,
04:31o presidente Lula precisa ligar para o presidente Trump.
04:33Resumindo, é isso.
04:35Não, houve um sinal do presidente Trump dizendo,
04:38numa entrevista que ele deu,
04:40que se o presidente Lula ligasse, ele atenderia.
04:44Ele falou isso, não é?
04:45Agora, realmente, eu entendo as limitações aqui,
04:49mas eu acho que se o presidente não quiser ligar,
04:52o vice-presidente deveria ir a Washington conversar lá
04:56com o vice-presidente Lance americano.
04:58Eu acho que isso aí é muito importante para se conseguir alguma negociação.
05:04É o que todos estão fazendo, não é?
05:06Todo mundo.
05:07O Brasil, até aqui, é o único país que não manteve um canal direto
05:12de comunicação com a Casa Branca.
05:13Todos os outros, a União Europeia, a China, até o Vietnã,
05:18que é um país comunista, não é?
05:21Manteve esse canal de comunicação.
05:23Então, o que não quer dizer que isso resulte,
05:27porque no caso da Índia, por exemplo,
05:29que manteve esse canal de comunicação,
05:31o primeiro-ministro ainda esteve lá na Casa Branca,
05:35e depois disso, ela, por causa desse comércio com a Rússia,
05:39de fertilizantes, de gás, petróleo,
05:43que ela compra da Rússia,
05:45ela foi penalizada com mais 25%.
05:48Então, não quer dizer que o telefonema vá resolver,
05:52mas é um gesto político importante,
05:54no nosso caso, eu acho que teria um impacto muito grande.
05:57Agora, aparentemente, nenhuma outra relação dos Estados Unidos
06:04com algum parceiro comercial, nesse âmbito do tarifácio,
06:07tem a tamanha contaminação de componentes políticos e ideológicos também,
06:11não é, embaixador?
06:13Eu acho que o único que se equipara ao Brasil é a Índia,
06:18e a China, que a China foi prorrogada por mais 90 dias,
06:24e aí é um componente ideológico, um componente político,
06:27um componente de competição, de tensão,
06:31pela competição tecnológica, econômica, comercial,
06:36é muito mais sério do que o nosso caso,
06:39mas no caso de outros países, mesmo a União Europeia,
06:44há componentes políticos também, que influenciam.
06:48Quer dizer, não há dúvida que no nosso caso também há,
06:50mas o Brasil não é o único país que está submetido
06:54a esse tipo de impressão política.
06:57Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos,
07:01muito obrigado pela gentileza da sua entrevista,
07:03uma boa tarde para o senhor.
07:05Boa tarde, muito obrigado pelo interesse de vocês.
07:07Obrigado.
07:08Obrigado.
07:09Obrigado.
07:10Obrigado.
07:11Obrigado.
07:12Obrigado.
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