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O mercado de créditos de carbono movimentou US$ 1 bilhão em 2021 e pode chegar a US$ 50 bilhões na próxima década. Lúcio Lopes, fundador da Greenline, explica a metodologia inédita baseada em dados de satélite para mensurar carbono sequestrado, garantindo transparência e potencial de valorização para investidores.

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00:00O mercado de créditos de carbono movimentou um bilhão de dólares em 2021 e pode chegar a 50
00:14bilhões na próxima década. De olho neste mercado, uma multinacional brasileira desenvolveu uma
00:20metodologia inédita, validada internacionalmente para mensurar o carbono sequestrado com base em
00:28dados de satélites. Para falar sobre este avanço, eu recebo aqui nos nossos estúdios o fundador da
00:34empresa, o Lúcio Lopes. Oi Lúcio, seja muito bem-vindo aqui conosco, prazer tê-lo, tudo bem contigo?
00:40Tudo bem, graças a Deus, tudo em ordem. É um prazer estar aqui com vocês.
00:44Prazer é nosso. Ô Lúcio, explica pra gente como é que funciona este método de análise de dados de satélites.
00:51Ok. Essa metodologia é desenvolvida completamente, baseada em dados de satélites. A gente usa os
01:00bancos de dados abertos das agências espaciais. São as agências espaciais americanas, NASA, AES,
01:07Agência Espacial Europeia, e dentro de outras agências espaciais também, como a Alemanha,
01:11a italiana e a indiana. Então, esses dados satélites são gerados por satélites que usam sensores de
01:21radiação eletromagnética. E esses sensores de radiação eletromagnética, eles captam todo o retorno
01:28da luz solar, do espectro de radiação eletromagnética, e também eles extrapolam do infravermelho até
01:35ultravioleta. Então, e esses satélites, eles fazem, eles rodam, vamos falar assim, na linguagem
01:41mais popular, a cada quatro dias, a cada dezesseis dias, mapeando toda a vegetação terrestre e
01:47trazendo todas essas informações de ondas para o banco de dados. E através desse banco
01:53de dados, a gente utiliza essas, vamos falar assim, essas informações das ondas, do retorno
02:01da radiação que foi registrado nesses bancos. E aí nós desenvolvemos uma metodologia para
02:06poder saber utilizar esses métodos, eu vou supor, essa informação, e conseguir mensurar
02:13o sequestro de carbono da vegetação.
02:16Lúcio, hoje muitos métodos de compensação são questionados, como o greenwashing, por exemplo.
02:23Como a tecnologia de satélites da Greenline garante a transparência e credibilidade?
02:28Sim, essa é a nossa preocupação fundamental. Nós, quando estudamos em 2018, 2019, os
02:36estándares de carbono tradicionais de mercado, já tínhamos previsto que haveria no futuro
02:42problemas de greenwashing, porque as metodologias tradicionais, elas utilizam um trabalho em campo
02:49com amostragens, através de inventários florestais, e esses inventários florestais, eles são feitos no local.
02:59E aí, depois de ser feitos esses inventários, não há como você voltar para aquela região para fazer novamente a verificação.
03:08Então, como não trabalha com satélite, então gera alguns espaços obscuros para poder verificar.
03:15E quando a gente utiliza satélite, não tem como haver qualquer forma de burlar ou qualquer tipo de fraude
03:23na questão de análise, até porque os dados espaciais são abertos ao público e podem também ser checados.
03:29E com isso, a gente consegue, através do satélite, delimitar o perímetro da área e todos os dados dos satélites
03:35que passam por cima dessa área, nós vamos ter acesso.
03:38Então, é algo completamente verificável, aberto e totalmente transparente para quem tem interesse em verificar.
03:45Em um ano e meio, né, Lúcio, a Green Line parece que já gerou mais de 150 milhões de créditos de carbono.
03:52Como é que esse resultado se traduz para os investidores?
03:56Tá.
03:57É, a nossa vantagem também, pela metodologia, é porque a gente utiliza banco, esses bancos de dados dos satélites,
04:04desde 2014, quando esses satélites começaram a gerar essas informações.
04:09Então, nós temos uma grande diferença para o mercado, é que nós conseguimos retroagir até 11 anos, né,
04:16agora no tempo, e recuperar aquele crédito de carbono que foi perdido, entre aspas, não foi contabilizado.
04:24Então, nós temos condição de voltar ao tempo, utilizando esses dados com base científica e matemática,
04:30e com isso, e completamente verificável, e com isso, essa retroação, na questão do tempo,
04:37você consegue recuperar até 11 anos de crédito de carbono, e isso potencializa muito o projeto para o investidor.
04:45O setor, né, pode se valorizar aí, ou pode valorizar até 15 vezes até 2030.
04:52Quais são as principais oportunidades, Lúcio, de expansão para a empresa nessa corrida global?
04:57Bom, particularmente, a nossa empresa, ela já está sendo procurada por vários países, né,
05:03nós já estamos com três países da América Central, nós temos cinco países da América do Sul,
05:07nós estamos com a China, com os Emirados Árabes, e também até países do próprio Caribe,
05:15e também do Oriente Médio, que estão nos procurando, tá, e já estamos em reuniões bem avançadas,
05:21para poder gerar o crédito de carbono para o futuro, né, com...
05:25Porque o mercado do crédito de carbono é necessário devido, porque ele é a moeda que mantém a floresta em pé.
05:31Nós precisamos do crédito de carbono para manter a floresta em pé.
05:34E o problema do clima mundial despertou em todos os países essa necessidade de manter a natureza,
05:42ou seria as florestas, elas vivas em pé, porque elas que mantêm o equilíbrio ecossistêmico do planeta.
05:48Bom, e a União Europeia já sinalizou, né, que vai aceitar créditos brasileiros nas suas metas de 2040.
05:55Como é que essa mudança pode afetar o posicionamento da Green Line no exterior?
05:59É, não só a Europa também, a China abriu mais um espaço dentro do seu mercado regular
06:05para poder utilizar os créditos de carbono do mercado voluntário.
06:10Nós voluntariamente produzimos e eles voluntariamente abriram um espaço que era para comprar.
06:16E com isso, o mercado voluntário está em expansão agora devido exatamente ao problema climático.
06:27E o mercado regulado, principalmente aqui aproveitando o tempo falando do mercado SBC,
06:31que é um mercado muito importante que está sendo organizado pelo governo brasileiro, né,
06:36ela vai, inclusive, abrir um espaço muito maior para se transformar os créditos voluntários
06:44em créditos aceitos pelo sistema brasileiro de compensação de emissões do mercado regulado brasileiro.
06:50Então, isso também impulsionou muito, muito a questão do mercado voluntário brasileiro e os projetos nacionais.
06:58Luciano, muitos especialistas já defendem, inclusive, o crédito de carbono como um ativo negociável,
07:03tal como uma commodity, né?
07:05O Brasil está preparado, por exemplo, para ser líder neste novo mercado, caso surgisse?
07:11O Brasil tem todo o potencial para ser líder, né?
07:15Então, não tem como...
07:18O Brasil que é detentor das maiores florestas do planeta, né, e as mais bem conservadas,
07:25vamos falar sobre isso, apesar de problemas de desmatamento,
07:28ainda o Brasil é o maior detentor das florestas em termos da...
07:32Porque, né, a floresta amazônica e o cerrado brasileiro, que contabilizados todos juntos, eles...
07:37Hoje é considerada a maior floresta mundial.
07:40Então, hoje nós temos toda a matéria-prima necessária para poder suprir o mercado em termos de crédito de carbono de natureza.
07:48Esse é um grande diferencial brasileiro.
07:49Lúcio Lopes, fundador da Greenline, queria muito agradecer a sua participação aqui no Real Time.
07:57Uma ótima quinta-feira para você, viu?
07:59Um grande abraço.
08:00O espaço está sempre aberto quando quiser vir bater esse papo.
08:02Um setor muito importante, né, hoje em dia, sobre carbono, crédito de carbono.
08:10Obrigado, viu?
08:11Nós que agradecemos da Greenline, toda a nossa equipe está muito honrada em poder estar aqui participando com vocês.
08:16A honra é sempre a nossa. Obrigado.
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