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Junior Borneli, CEO da StartSe, fala sobre o avanço exponencial da inteligência artificial, seus desafios regulatórios e o impacto no mercado nacional e global. Saiba como o país pode se posicionar como polo tecnológico e centro global em inovação.

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00:00O Times Brasil, licenciado exclusivo CNBC e o Financial Times, realizam na próxima semana
00:06dois eventos empresariais, o FT Climate and Impact Summit Latin America e o Brasil 2030,
00:13uma nação de oportunidades.
00:15Durante dois dias, empresários e autoridades vão discutir tendências e estratégias para
00:21os principais setores produtivos do país, com foco em mudanças geopolíticas, cadeias
00:27de suprimentos e oportunidades para o Brasil.
00:31Também serão debatidos os desafios para posicionar o país como centro global em inteligência
00:37artificial e tecnologia, além do ritmo das propostas regulatórias diante das rápidas
00:43transformações tecnológicas.
00:46Sobre como a regulamentação e as aplicações da inteligência artificial vêm sendo discutidas
00:51aqui no Brasil e no mundo, eu converso agora com o Júnior Bornelli, CEO da Startse.
00:56Júnior, boa noite para você, obrigada por ter aceitado o nosso convite.
01:00Bom, pelo avanço tecnológico que a gente tem visto, a IA especializada já faz parte
01:05do cotidiano em diversos setores, como diagnósticos médicos, carros autônomos.
01:11Como é que você vê a velocidade com que essas novidades chegam?
01:14Olá, Cristiane, boa noite, bom falar com você.
01:19Você tem razão, a gente está vivendo num mundo exponencial, onde cada vez mais a inteligência
01:24artificial evolui e evolui para formas como essa que você citou, para algoritmos especializados
01:30que fazem muito bem uma única coisa.
01:33A gente conhece o chat GPT, que a gente usa para um pouquinho de tudo, desde aprender um
01:39novo idioma, até aprender uma receita de pão.
01:41O que a gente está vendo agora são algoritmos especializados e é aí que entra esse ponto
01:46que você disse agora há pouco na chamada sobre a legislação, sobre responsabilidade
01:52e tudo mais.
01:53A gente está vivendo ciclos de inovação que são semanais.
01:57Toda semana existe uma nova tecnologia, um avanço na IA que faz com que a gente tenha
02:02essa dificuldade de encontrar caminhos, regulações e tudo mais.
02:05Então vamos pensar aí nessa questão jurídica, que é muito significativa, né?
02:10Por exemplo, de quem é a responsabilidade por algum dano causado por sistemas autônomos?
02:16Essa é uma ótima questão e a gente vive esse dilema já desde alguns anos, quando a gente
02:22começou a ver os carros autônomos da Tesla.
02:25Quem dirige um carro autônomo é um algoritmo de IA.
02:28Só que quem é o responsável quando acontece um acidente?
02:31É o engenheiro de software que programou aquele algoritmo?
02:36É o Elon Musk que é o dono, o responsável legal pela Tesla?
02:39É o dono do carro que comprou aquele produto e talvez não estava atento como deveria estar?
02:44A gente está começando a ver agora as primeiras jurisprudências.
02:47A Tesla foi condenada há poucos dias a pagar, a reembolsar um cliente por conta do acidente
02:55causado pelo algoritmo.
02:56Alguns milhões de dólares foi a punição que a Tesla recebeu.
02:59A gente ainda não sabe qual é a resposta correta para isso.
03:04O que a gente vai ver é que vai existir uma reorganização do ordenamento jurídico global.
03:09Por exemplo, o algoritmo que faz diagnósticos, ele tende a acertar mais que os médicos humanos.
03:15Mas quando ele erra, a culpa é de quem?
03:17A gente vai entender mais sobre isso do jeito que a inteligência artificial evolui.
03:21Um pouquinho cada semana as coisas vão se desenrolando, vão ficando mais claras.
03:25E tem também aquele aspecto da proteção de dados.
03:28Na semana passada, por exemplo, no lançamento do GPT-5, o CEO da OpenAI, o Sam Altman,
03:34ele falava na possibilidade de uma espécie de acordo de confidencialidade entre usuário e plataforma de IA,
03:41assim como existe entre médico e paciente.
03:44Como é que você avalia esse cenário, Júnior?
03:46Eu acho, Cristiane, que a gente precisa migrar para alguma coisa parecida com isso.
03:53Hoje a gente sabe que qualquer coisa que a gente escreve no chat EPT ou no Gemini,
03:58qualquer um desses modelos de IA, torna-se público.
04:01Quando a gente fez o nosso cadastro, a gente não tem aquele costume de ler as letrinhas miúdas,
04:05os termos de uso, mas a gente consentiu.
04:07A gente disse que qualquer arquivo, qualquer coisa que eu coloque lá, torna-se pública e pode ser usada para treinar este algoritmo.
04:15O que a gente vai ver é uma regulação a partir dessa nova camada de dados,
04:20que está sendo cada vez mais explorada do ponto de vista de treinamento dos algoritmos,
04:24de um jeito que a gente não controla.
04:26Então, o que o Sam Altman está querendo colocar é uma nova camada de proteção.
04:30A partir de agora, nós assumimos um compromisso com o usuário de que os dados dele só serão usados
04:35se eu autorizar que isso seja feito.
04:37E aí, tem gente que gosta de autorizar, tem gente que não, tem gente que a conveniência que isso traz é importante, relevante,
04:44mas será uma opção.
04:45Hoje nós não temos essa opção, os nossos dados são usados para treinar os algoritmos.
04:50Tem uma questão que já é uma polêmica há algum tempo aí, tudo em relação à regulamentação é polêmico, né, Júnior?
04:56Mas, muita gente defende que uma regulamentação muito rígida, ela limita a inovação.
05:03Então, o ideal seria que houvesse uma regulamentação, mas talvez não tão rígida assim,
05:09com limites que permitam que a inovação avance.
05:13Queria te ouvir.
05:15Esse é um contra-acesso super irrelevante.
05:18Olha só, a gente sabe que a luta pela IA, a hegemonia da IA, está sendo disputada entre americanos e chineses, principalmente.
05:25A gente sabe que o modelo de governo chinês, ele é um modelo de governo diferente do que é uma democracia, como a gente conhece.
05:33Isso significa que por lá, a gente teria a noção de que é mais controle sobre a tecnologia, quando na verdade é o contrário.
05:41Como lá as pessoas, o Estado controla os dados, controla as pessoas, monitora todo mundo o tempo todo,
05:47os dados estão mais disponíveis para treinar os modelos do que no Ocidente.
05:53Aqui nós temos mais regras, temos mais controle, os usuários são mais protegidos pela legislação.
05:58Isso mostra que os chineses estão avançando mais rápido que os americanos.
06:02A gente já viu exemplos da IA chinesa causar transtornos do ponto de vista de surpresas,
06:08pelo avanço, pela velocidade, pela capacidade, há algum tempo atrás.
06:13Isso significa que sim, Cristiane, controlar demais no começo significa atrasar o avanço da tecnologia.
06:20Só que isso precisa ter um limite, porque se a gente permitir que tudo seja feito a qualquer custo,
06:25a gente pode chegar em lugares ruins e prejudicar as pessoas por conta dos seus dados que podem ser expostos de alguma maneira.
06:32A grande questão é qual é o limite? Como chegar nisso?
06:37Não pode deixar tudo muito livre, porque de fato é necessária uma regulamentação,
06:44mas qual é o limite para que a tecnologia, a inovação não acabem sendo prejudicadas?
06:50É difícil, né?
06:52Não é fácil.
06:53Mas sabe, isso parece quando a gente vai tomar um remédio, um tratamento.
06:57Quando o benefício é maior que o malefício, normalmente o médico indica o tratamento.
07:03Quando os benefícios são menores, ele diz, olha, vamos tomar um cuidado, porque isso aqui pode piorar a situação.
07:10A gente tem que olhar a inteligência artificial sobre esse aspecto.
07:13Eu sou dos que olham com otimismo, eu acho que coisas muito boas virão pela frente,
07:16principalmente na área da saúde, mobilidade, segurança, muitas coisas positivas a IA vai trazer para a gente.
07:22Então, a gente tem que chegar num ponto de, não talvez controle, mas vigilância.
07:28Acho que essa talvez deveria ser a palavra-chave.
07:32Camadas de vigilância para a gente entender claramente o que está acontecendo por trás desses algoritmos,
07:38dessas big techs que são muito poderosas, para entender aquele limite entre
07:43isso aqui ainda é o benefício maior que o malefício que isso pode causar.
07:46Adorei a sua resposta e eu concordo com você, eu também sou muito otimista.
07:50Para quem ainda não conhece a Starts, Júnior, qual é o foco de atuação da empresa
07:55e como a IA pode ser útil para o negócio de vocês?
08:00Muito bom, Cristiane.
08:02A Starts é uma escola de negócios que se espalhou pelos principais polos de inovação do mundo
08:06com o objetivo de capturar os sinais da transformação.
08:10A gente sempre diz que o mundo, ele não muda de repente, ele muda de uma maneira gradual, aos pouquinhos.
08:15A grande questão é que a gente é sempre pego no de repente das coisas.
08:20A gente é pego de surpresa.
08:22E ser pego de surpresa significa que a gente não fez bem o trabalho de acompanhar os sinais
08:26que essa transformação já dava há algum tempo.
08:30O chat-EPT não nasceu do dia para a noite.
08:32Ele é um processo longo de desenvolvimento, a Open AI nasceu lá em 2015,
08:35mas a gente acha que aconteceu em 2022.
08:37Então, o nosso papel é tentar antecipar esses sinais,
08:42mas não como um exercício de futurologia sem muito compromisso com a verdade, com a assertividade.
08:48É, na verdade, um exercício de treinar os nossos radares para capturar esses sinais
08:53e, obviamente, quem enxerga primeiro, quem vê antes, transforma isso em vantagem competitiva.
09:00Júlio, muito obrigada.
09:01É sempre um prazer conversar com você.
09:03É um assunto que eu gosto muito e eu gosto muito de te ouvir.
09:07Boa semana para você. Volte mais vezes.
09:10Para você também. Tchau, tchau.
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