Seguro é solução nas mudanças climáticas; Presidente da CNseg

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00:00E com o aumento dos extremos climáticos, como enchentes secas e incêndios florestais,

00:06os países enfrentam uma nova realidade de riscos.

00:09O mercado de seguros deixou de ter um papel acessório e se tornou a ferramenta essencial

00:14para a economia num planeta com clima instável.

00:18Na COP30, o apresentador Marcelo Torres conversou sobre isso com o Diogo Oliveira,

00:23presidente da Confederação Nacional das Seguradoras.

00:26Eu estou aqui com o Diogo Oliveira, que é presidente da CNSEG,

00:30que é a Confederação Nacional que representa as seguradoras do país.

00:33Diogo, imagina que para vocês participar da COP30 é muito importante,

00:37porque vocês, do setor de seguros, dependem muito das condições climáticas

00:41para poder planejar os negócios também, né?

00:44Certamente, Marcelo. Os eventos climáticos estão cada vez mais representativos

00:48nos pagamentos de indenizações, no desenho dos produtos.

00:52É uma demanda da sociedade, é uma necessidade.

00:55Então, participar da COP é um momento que a gente está trazendo o seguro

01:00para dentro da discussão, porque até agora a sociedade não se atentava para isso.

01:05E próprias discussões aqui dentro da COP nunca levaram o seguro em consideração.

01:10Então, a gente aqui na COP30 está conseguindo pautar isso dentro da agenda de discussão,

01:15tanto entre os negociadores governamentais, quanto com outros elos da sociedade.

01:20Nós montamos aqui a Casa do Seguro com a participação de várias entidades de outros setores produtivos

01:26para mostrar que o seguro é uma parte da solução, tanto para reduzir as emissões,

01:33dando o seguro para o investimento, investindo as reservas de seguradoras,

01:37quanto na aceitação de risco.

01:39Então, a seguradora viabiliza, por exemplo, uma planta de energia renovável.

01:44Tem que ter o seguro dessa planta.

01:45E quando você vai criando projetos muito diferentes, com tecnologias muito diferentes,

01:50os riscos começam a ficar diferentes também.

01:52E aí a gente está precisando desenvolver seguro, por exemplo, para reflorestamento,

01:56coisa que não existia antes, para projetos baseados em soluções da natureza.

02:02Então, são negócios diferentes, riscos diferentes, tem que ter um seguro específico para aquilo.

02:08Então, quando a gente fala de seguro, por exemplo, para reflorestamento,

02:10ele está prevenindo o quê?

02:12Então, incêndio, pragas, enchente na área reflorestada, danos que possam ser causados.

02:20Então, isso precisa ter um seguro, porque se o reflorestamento der errado,

02:24alguém vai indenizar e vai refazer isso.

02:28Então, são produtos de seguro que estão sendo desenvolvidos específicos.

02:33E no central todo mesmo, a questão do risco climático mesmo.

02:37Então, ter seguro para vendaval, seguro para enchente, seguro para tornado,

02:43para ciclone, como a gente teve agora, ampliar o seguro.

02:46Esse aqui é o problema.

02:47Hoje, os produtos de seguro, em geral, já tem algum tipo de cobertura para incidente climático,

02:53mas a gente precisa ampliar.

02:55Você vê, o seguro rural, por exemplo, que é eminentemente climático,

02:58tem 5% da área plantada no Brasil com seguro.

03:02E esse ano a gente deve cair para 3, 2,5, alguma coisa assim.

03:05Então, a gente está fazendo um trabalho com o governo, com o parlamento,

03:09para ampliar o seguro rural no Brasil.

03:12A mesma coisa para a infraestrutura.

03:14A infraestrutura brasileira não tem seguro.

03:18Aeroportos, rodovias, ferrovias, tudo isso precisa ter seguro para eventos climáticos,

03:25desastres naturais.

03:26Então, a gente vem trabalhando essa pauta junto à Secretaria do PPI,

03:30ao Ministério de Portos e Aeroportos, ao Ministério dos Transportes.

03:32Então, esse momento da COP tem sido uma grande oportunidade para a gente inserir o tema de seguros

03:39dentro da pauta global de mudanças climáticas como uma ferramenta de auxílio.

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