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Em meio à ameaça de tarifa de 50% dos EUA, o vice-presidente Geraldo Alckmin intensificou negociações com big techs e setores estratégicos como exportação e energia. A pauta incluiu segurança jurídica, ambiente regulatório e data centers, com foco em manter o Brasil como parceiro comercial relevante para os EUA.

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00:00E isso.
00:04Seis horas, vinte e um minutos, vice-presidente Geraldo Alckmin falando agora em Brasília sobre o tarifácio. Vamos acompanhar.
00:11Enfim, um conjunto de produtos, máquinas, pás eólicas.
00:17Então, reunimos hoje com o governador Eumano de Freitas, o Ceará, a Federação das Indústrias, o Ceará,
00:24e os representantes das principais empresas exportadoras.
00:30Também reunimos hoje a FIRJAN, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro,
00:37que é o segundo estado brasileiro em volume de exportação.
00:43Bastante petróleo, mas também aço e outros produtos também, através do estado do Rio de Janeiro.
00:51Nós já tínhamos recebido o governador do estado do Espírito Santo, Casa Grande,
00:59que é também um grande exportador, café, aço e também pedras ornamentais.
01:07Também tem um mercado grande com os Estados Unidos.
01:10E o governador do Maranhão.
01:11E recebemos as Big Techs, as empresas de tecnologia.
01:18Nós já tínhamos tido um encontro com as empresas de tecnologia e eles ficaram de fazer uma pauta.
01:27E hoje nós tivemos, então, uma segunda reunião.
01:31Vejam que naquele documento que o presidente Trump publicou nas redes sociais,
01:38ele se referia a três coisas.
01:40O julgamento do ex-presidente, as Big Techs e a questão tarifária,
01:48que teria um déficit, uma dificuldade com o Brasil.
01:52A primeira, questão da Suprema Corte.
01:55O Executivo não tem nenhuma interferência no poder judiciário,
02:00que é um outro poder.
02:02A separação dos poderes é pedra basilar do Estado de Direito.
02:06A segunda, eu disse ao secretário de Comércio, o secretário Howard Luternick,
02:14que nós estaríamos à inteira disposição para conversar.
02:17Então, marquei a reunião, vieram aqui as empresas.
02:22E hoje nós reunimos, pela segunda vez,
02:25reunimos aqui, Meta, Google, Amazon, Apple, Visa, Expedia,
02:37e eles trouxeram uma pauta, segurança jurídica, inovação tecnológica,
02:46ambiente regulatório, enfim, foi uma boa reunião.
02:49Então, participaram também outros órgãos de governo,
02:54porque essa é uma pauta que envolve não só o poder executivo,
02:57mas também legislativo e judiciário.
03:01E ontem, na conversa com o secretário Luternick,
03:04eu disse a ele que teria um segundo encontro com as empresas de tecnologia americana
03:11e ele pediu se poderia um representante dele participar.
03:16Então, participou um representante da Secretaria de Comércio,
03:20Secretaria de Estado, participou também da reunião por videoconferência.
03:26Foi uma reunião bastante proveitosa.
03:29Tiramos até uma mesa de trabalho para discutir, em seguida,
03:34uma série de questões voltadas à questão das big techs.
03:39E sobre a questão tarifária, estamos empenhados em evitar
03:45que tenhamos uma tarifa totalmente injustificável,
03:50de 50%, porque não tem nenhuma justificativa,
03:55sendo que dos grandes países do mundo, tem três,
03:59que os Estados Unidos têm superávit.
04:01Reino Unido, Austrália e Brasil.
04:04Sendo que, dos dez produtos que eles mais exportam, oito.
04:11A alíquota é zero.
04:13Não paga imposto de importação para entrar no Brasil.
04:17Presidente, o secretário do comércio americano, Howard Luternick,
04:22deu uma entrevista hoje para nós, na CNBC,
04:25dizendo que existe a possibilidade de isentar alguns produtos,
04:28como o caso do café.
04:29Como é que o senhor recebe essa declaração?
04:31Pode ser o café a porta de entrada para, enfim,
04:34para uma negociação do tarifácio?
04:36E se a Embraer pode entrar numa isenção também?
04:38O senhor tem trabalhado pela Embraer?
04:40Olha, nós estamos trabalhando para que a diminuição da alíquota
04:46seja para todos.
04:48Todos.
04:48Não tem justificativo você ter uma alíquota de 50%
04:53para um país que é um grande comprador de você.
04:58Que você tem uma balança comercial superavitária.
05:02E continua, de janeiro a junho,
05:06a nossa exportação para os Estados Unidos cresceu 4,8%.
05:12A dos Estados Unidos, para nós, cresceu quase 12%, 11,7%.
05:18Então, nós queremos uma redução tarifária para todos.
05:22Evitar que isso seja implementado.
05:26Presidente, o Brasil faz um gesto, então,
05:28quando o senhor cita que houve o interesse do Howard Luternick
05:31em ter um representante sobre essas negociações com as big techs.
05:35O senhor viu alguma sinalização a respeito de uma tendência
05:39a prorrogar ou a mudar de ideia, rever a questão do percentual das tarifas
05:44até sexta-feira?
05:45Olha, nós queremos avançar em todas as convergências.
05:51Todas as convergências.
05:53Nós temos muito mais convergência do que divergência.
05:56Então, não há razão para ter essa questão tarifária.
06:00Nos parece totalmente equivocada.
06:03E nós podemos sair de um perde-perde,
06:05porque também não é bom para os Estados Unidos.
06:07Você vai encarecer produtos americanos,
06:11vai encarecer, levar a inflação, que é ruim,
06:14e também prejudicar as nossas vendas.
06:16A regulamentação, presidente, a regulamentação das big techs
06:20entra na mesa de negociação.
06:21É um pleito que eles colocaram nessa reunião de hoje.
06:24Como esse tema está sendo tratado pelo governo?
06:26Então, essa é uma pauta importante.
06:30Discutimos regulamentação.
06:33Eu até citei um exemplo.
06:35Eu fui, quando o deputado federal relatou,
06:38fui autor do primeiro projeto do Código de Defesa do Consumidor.
06:44E a Constituição brasileira dizia até que você tinha que,
06:47acho que eu me lembro, acho que era 180 dias,
06:50ter o Código aprovado.
06:53Levou muito mais tempo, mas ficou muito melhor.
06:56Muito melhor.
06:57Porque você analisava a legislação comparada.
07:00Como é que é a lei do Código do Consumidor na Alemanha?
07:04Estudava aquilo.
07:05Como é que é nos Estados Unidos?
07:07Então, essa questão de regulamentação de big techs, de redes sociais,
07:13é uma questão que está em discussão no mundo.
07:15Então, vamos aprender.
07:17Onde é que já foi implementado?
07:18Na Europa?
07:19O que deu certo?
07:20O que levou à crítica?
07:22Nós não devemos ter muita pressa nisso.
07:24Eu acho que a gente deve verificar a legislação comparada
07:28e ouvir, ouvir e dialogar.
07:32E dá para notar alguma coisa que o Supremo decidiu nessa regulamentação?
07:36Dá para alterar o livro?
07:36Qual a indicação exatamente?
07:37Então, nós estamos propondo uma mesa de trabalho.
07:41Uma mesa de trabalho, onde a gente vai verificar,
07:44até anotei as pautas deles aqui.
07:47Um, ambiente regulatório.
07:49Dois, inovação tecnológica.
07:51Três, oportunidade econômica.
07:55E quatro, segurança jurídica.
07:58Falando em oportunidade econômica, o Brasil vai ser o campeão de data center.
08:03Nós temos energia mais barata, energia renovável, especialmente eólica e solar,
08:10e energia abundante.
08:12Tem regiões que sobra até energia.
08:14Então, você tem muitas oportunidades.
08:16E segurança jurídica.
08:18Repetir o que o presidente Lula tem dito.
08:20O Brasil tem estabilidade, previsibilidade e segurança jurídica.
08:26O plano de contingência, que está sendo bem trabalhado,
08:44ele só deve ser discutido se consumado a questão dos 50%.
08:49E nós não vamos esmorecer, vamos trabalhar permanentemente para evitar que isso ocorra.
08:57Obrigado.
08:58Obrigada, gente.
08:58Seis horas e trinta minutos.
09:07A gente acabou de acompanhar, então, a entrevista coletiva do vice-presidente Geraldo Alckmin,
09:12que é o negociador-chefe do Brasil nessa questão do tarifácio.
09:17Alckmin relatou aí um encontro hoje com representantes das Big Techs.
09:21E por que isso é importante?
09:23Porque as Big Techs aparecem naquela carta que o presidente americano Donald Trump enviou
09:28para o presidente Lula, comunicando o governo brasileiro sobre a nova tarifa de 50%.
09:34Vamos lembrar que havia algumas razões que Trump apresentou para justificar essa nova tarifa
09:40sobre o Brasil.
09:41uma delas, a situação jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro, outra relação comercial entre
09:45os dois países e um outro ponto eram as Big Techs.
09:49E Alckmin fala hoje de uma reunião com representantes dessas Big Techs, que foi a segunda reunião,
09:55não foi a primeira.
09:56Ele citou ali, por exemplo, participação de representantes da Meta, da Amazon, do Google,
10:01da Visa, da Xperia e disse ali que foi tratado, trataram de vários pontos naquilo que é
10:09a reivindicação das Big Techs e Alckmin mostrou, inclusive, abertura a discutir a regulamentação
10:15das Big Techs no Brasil.
10:17Falou até de observar o que outros países estão fazendo em termos de legislação.
10:22E um ponto importante aí também.
10:24Alckmin falou de uma nova conversa com o secretário do Comércio, Howard Lutnick, ontem.
10:30Nessa conversa, ele disse que citou a reunião de hoje com as Big Techs e que Lutnick pediu
10:36para que um representante da Secretaria do Comércio dos Estados Unidos participasse
10:41da reunião de hoje.
10:42E Alckmin disse que isso aconteceu, que um representante, então, do setor, do Ministério,
10:48que seria o Ministério do Comércio americano, acompanhou por videoconferência a reunião
10:52de hoje.
10:54Para analisar esses novos passos da negociação, eu vou chamar de volta aqui o nosso analista
11:01Vinícius Torres Freire.
11:02Vinícius, reunião com Big Tech, não foi a primeira, abertura do Brasil para falar
11:08de regulamentação de Big Tech aqui e participação de um representante do governo americano, acompanhando
11:16essa reunião.
11:17Temos um passo aí?
11:19Olha, tem uma novidade, certamente, que é, embora tenha sido muito conciso em relação
11:26a isso, uma novidade em relação à discussão do que fazer das Big Techs.
11:31Isso pode ser tanta coisa.
11:33Mas é uma abertura, é uma queixa americana, é alguma coisa que o Brasil, que interessa
11:39a eles, é uma coisa que o Brasil pode conversar.
11:41O que exatamente?
11:42É difícil, porque dizer que o Brasil não vai limitar o poder do Congresso de regulamentar
11:49empresas, dizer que o governo do Brasil pode lidar com o poder judiciário quanto a decisões
11:56quanto a empresas, não dá pé.
11:58Mas, é assim, existe uma conversa e isso traz curiosidade.
12:03O que pode ser?
12:04É uma tentativa de abrir caminho.
12:06É uma tentativa de dizer, olha, nós estamos ouvindo o que vocês estão dizendo e a gente
12:10quer conversar.
12:10Essa é uma novidade.
12:11No mais, é aquela história, o Alckmin está tentando fazer o seguinte, começar com todo
12:15mundo e achar algum, nesse embaranhado, tentar achar algum caminho para chegar até o governo
12:24Trump e abrir alguma porta.
12:25Ele está falando com todo mundo, é isso que dá a impressão, e mais ele não disse.
12:29Mas, assim, a tentativa é grande e, depois de falar com tanta gente, é possível que ele
12:32abra uma portinha e encontre um modo de chegar à Casa Branca, que é o problema principal.
12:37De novidade tem aí, é ele dizendo que existe uma possibilidade de discussão do que fazer
12:42com o Big Techs.
12:43O que?
12:44Eu não sei.
12:44É muito arriscado, pode significar entrega, acho que não vai acontecer isso no Brasil,
12:49até porque é ilegal, de o governo tentar intervir nessa questão, mas é limitada a ação
12:55do governo, porque envolve judiciário, envolve legislativo.
12:59Mas é uma possibilidade e, no mínimo, diz para o governo americano, estamos ouvindo
13:03a sua queixa, vamos conversar.
13:04Quem sabe isso abra uma porta.
13:06Um ponto importante também aí, que eu acho que a gente pode destacar e entra naquela
13:11ideia do governo brasileiro de colocar a conversa no âmbito estritamente comercial.
13:17Ele citou os data centers e há uma preocupação global em relação ao futuro da tecnologia,
13:22da inteligência artificial, em ter energia suficiente para alimentar os data centers.
13:27E ele colocou isso sobre a mesa como algo que o Brasil tem a oferecer.
13:31energia abundante, variada, barata, para alimentar esses data centers.
13:36Se a gente pensar numa negociação no âmbito de business, de empresa, de negócio, de
13:42economia, é um argumento, né?
13:45Pode ser.
13:45O difícil é saber o que pode ser feito, além do que seria feito de qualquer modo
13:49pelo interesse das empresas.
13:51Se as empresas de lá querem manter um...
13:53criar data center aqui, usar oferta de energia brasileira, não tem nenhum impedimento ainda
13:59hoje.
13:59O que teria de mais aí seria o Brasil criar algum incentivo especial para que as empresas
14:04viessem para cá.
14:06Essa seria a diferença, porque as portas para o investimento estrangeiro no Brasil estão
14:11abertas e se as empresas que virem para cá criar data center, nós estamos achando bom.
14:16A questão aí é, o que pode oferecer a mais?
14:19O que pode fazer com que essas empresas fiquem mais interessadas?
14:22Vai ter alguma vantagem?
14:23Essa é a questão.
14:25Você acha que o saldo de hoje, Vinícius, é um saldo...
14:28Eu volto até um ponto da nossa entrevista anterior.
14:32Como a gente saiu daqui ontem e como a gente sai hoje, tem um tiquinho a mais ali de luz
14:37no fim do túnel, tem um vagalume aceso ali na frente?
14:40É assim, eu tenho dificuldade de ver.
14:41A gente pode fazer esse termômetro hora a hora.
14:44Agora, a gente vê que existe, finalmente, uma movimentação mais intensa do governo,
14:49que o vice-presidente Alckmin está trabalhando e está tentando entrar, achar em algum lugar
14:54desse labirinto uma porta.
14:55Quanto mais gente ele falar, menos improvável seja que essa porta não se abra.
15:02Então, ele está tentando achar um caminho.
15:04Do lado dos Estados Unidos, a gente não ouviu nada ainda.
15:07A gente está vendo o governo brasileiro trabalhando de maneira mais intensa, finalmente,
15:11e tentando achar uma saída.
15:12Agora, do lado americano, a gente não ouviu nada.
15:16O fato de o secretário do Comércio, Howard Lutnick, ter falado de novo com o Alckmin ontem,
15:20e ao saber dessa reunião com as big techs, pedir para um representante dele acompanhar,
15:25mostra um interesse dele.
15:26Agora, como a gente vem insistindo aqui, segundo as próprias autoridades da Casa Branca,
15:32a história do Brasil está na mão do Trump.
15:34Do Trump.
15:35Eu acho que o Scott Besson, apesar de ser trumpista, apesar de ser um dos líderes da política econômica trumpista,
15:41ele é muito mais racional que o Trump.
15:43Ele gostaria de fazer muito mais acordos e gostaria de extrair muito mais vantagens racionais do país do que o Trump.
15:49Está em outra jogada.
15:50O Lutnick é a mesma coisa.
15:52Então, se a conversa fosse com esses dois, eu acho que a gente estaria avançando.
15:57O problema é o Trump.
15:59É claro que se o Brasil conversar muito e oferecer coisas interessantes, eles podem falar,
16:04olha, Trump, tem um negócio aqui para a gente fazer.
16:07O difícil é saber se o Trump vai se convencer por um argumento desse.
16:11Então, por esse lado, se a gente acredita que o Besson, o secretário do Tesouro,
16:15e o Lutnick, o secretário do Comércio, tem influência sobre o Trump, pode ser um avanço.
16:19O problema é que estamos lidando com o Trump.
16:22Se a gente pensar que muito disso que está acontecendo entra naquela ideia de colocar o Brasil como bode expiatório,
16:30faria mais sentido pensar que a Casa Branca vai deixar os 50% entrarem em vigor,
16:35vai deixar a gente sangrar um pouco, para depois conversar.
16:40Como dizia o Tite, o treinador da seleção brasileira,
16:43a gente vai ter que saber sofrer quando ele fala de jogo de futebol.
16:46Mais ou menos isso, é uma hipótese bem provável.
16:50Olha, eu imponho 50%, deixo vocês sofrerem um pouco,
16:53espero para ver se vocês oferecem mais e ver o que dá.
16:56É uma hipótese razoável.
17:00Obrigado, Vinícius.
17:01Obrigado.
17:02Abertura.
17:03Abertura.
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