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Donald Trump iniciou visita ao Reino Unido com foco na relação comercial pós-Brexit. Marcelo Favalli, apresentador do Conexão, analisou impactos do tarifaçio, os acordos bilaterais e como investimentos em tecnologia podem transformar o país em novo polo global.

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Transcrição
00:00O objetivo principal da visita oficial de Trump ao Reino Unido é discutir a relação comercial entre britânicos e americanos.
00:08Para explicar o atual cenário e o que pode mudar nesse contexto, eu recebo agora o Marcelo Favalli, apresentador do Conexão.
00:15Favalli, boa noite para você.
00:16Muito boa noite, Cris Pelagio.
00:18Estados Unidos e Reino Unido tomaram decisões políticas que tiveram consequências econômicas
00:23e se viram meio que soltos num mar aberto.
00:27Não é que agora os afogados, um contra o outro, estão se abraçando para tentar não se afundarem?
00:38Vou explicar.
00:39Boa noite, Cris.
00:40Boa noite a todo mundo que está nos acompanhando.
00:42Primeiro, vamos olhar o seguinte.
00:43Qual é a relação comercial entre Estados Unidos e Reino Unido?
00:48Lembrando que com a saída do Reino Unido do Brexit, os britânicos tiveram ou perderam o acesso,
00:55deixaram de ter acesso, há um mercado muito interessante.
01:00Os Estados Unidos, depois do tarifácio de Trump, também agora estão tendo certas restrições a acessar
01:07e ter o seu mercado acessado.
01:10Então, eles estão ali em mares abertos, cada um em um momento, tentando se abraçar
01:15para os dois acharem uma boia comum.
01:18Enquanto a gente não mergulha aí no tarifácio, vamos olhar o que era a relação comercial entre Estados Unidos e Reino Unido
01:27em números consolidados de 2024.
01:31Uma balança comercial relativamente rígida, sólida, robusta, de mais de 340 bilhões de dólares,
01:40somando produtos e serviços trocados pelos britânicos com os americanos ao longo de um ano.
01:48E até chegar o advento do tarifácio do Trump, relação muito boa, crescendo num ritmo de 8% ao ano.
01:58Olha a diferença entre 2023 e 2024.
02:018% de crescimento, algo em torno, perto de 25 bilhões de dólares.
02:09Ou seja, uma relação aí minimamente robusta.
02:14Em produtos que britânicos trocam com americanos, uma enorme vantagem, não tem nem a barreira da língua, do idioma.
02:21Os americanos vendem mais aos britânicos, é uma relação superavitária para os americanos, pelo menos era.
02:28Aqui na casa dos 80 bilhões, um crescimento de 6% de relação de um ano para outro.
02:35Os britânicos para os americanos, pouquinho menos, 70 bilhões.
02:39Mas percebam que os números, eles são parecidos entre si.
02:44Isso para produtos, para serviços, mais importante ainda do que os produtos.
02:50Quase 100 bilhões de Estados Unidos para Reino Unido.
02:53Um crescimento de quase 9% entre 2023 para 2024.
02:59E os britânicos, 93 bilhões.
03:02Também um crescimento na casa dos 10%.
03:05Ok?
03:06Isto aqui é uma realidade que não tem mais.
03:08Porque temos aí o tarifácio no meio do caminho.
03:11Eu vou pedir a próxima arte, que a gente tenha um gráfico que mostra justamente esse ponto.
03:16Olha aqui, começa em abril de 2023, tudo muito bem equilibrado, tendo em vista que esse azul escuro
03:24são as exportações britânicas e o branco as exportações americanas, com relação ao Reino Unido.
03:32Aí chega aqui, janeiro de 2025, posse de Donald Trump no final do mês.
03:37Fevereiro, março, começa o tarifácio.
03:41Tem uma queda acentuada dos produtos que deixam de entrar nos Estados Unidos, vindo do Reino Unido e vice-versa.
03:51Tudo bem, os produtos americanos dentro do Reino Unido caem em menor escala.
03:56Mas a queda mais abrupta são os produtos britânicos e americanos.
03:59Há exemplos de carros, que tudo bem, não fazem assim tanto sucesso nos Estados Unidos.
04:04Os Land Rovers, os Jaguars, os Aston Martin, atendem um nicho de mercado muito específico.
04:13Mas deixaram de ser interessantes por causa da sobretaxação.
04:19Mas como o próprio Donald Trump falou, a relação que eu tenho com o Reino Unido,
04:24inclusive uma relação pessoal com agora o rei Charles, muito antiga,
04:28eles conseguiram contornar isso aí.
04:31Próxima arte e vamos ver como os dois, em diferentes momentos da história contemporânea,
04:38quando os britânicos perderam acesso ao Reino Unido e os americanos começaram a sobretaxar
04:45e ter acesso e ter problemas a certos acessos ou a certos mercados,
04:50se uniram aqui num ponto em comum.
04:54Então, em maio de 2025, eles assinaram o que chamaram de parceria econômica atlântica
05:01para dar uma aliviada no tarifácio aí.
05:04Aço e alumínio, que os Estados Unidos cobram 25% do resto do mundo para o material britânico, zero.
05:11E automóveis, 27,5%, 10% dos tais carros britânicos.
05:18Ufa, já foi um alívio para os britânicos, mas ainda muito longe de ser a solução.
05:24Queria que a gente avançasse aqui para a próxima arte para olhar um contexto um pouco maior,
05:31que é o seguinte, o Donald Trump, agora aterrizando no Reino Unido,
05:36vai ter almoço com a família real, depois encontro com empresários,
05:41vai ter uma reunião a portas fechadas e aperto de mão com o Keir Starmer,
05:45que é o primeiro-ministro, e levou uma delegação aí das Big Techs,
05:50que já prometeram colocar ali um bom dinheiro no Reino Unido,
05:53porque o Keir Starmer também levantou essa bandeira,
05:58quando foi escolhido o primeiro-ministro do Reino Unido,
06:01de transformar a Inglaterra em um polo de tecnologia.
06:04Os britânicos estavam ficando para trás de uma corrida que hoje está sendo dominada
06:08pelos chineses e os americanos tentando pegar os calcanhares dos chineses.
06:13Os britânicos que participaram das revoluções industriais,
06:18e nós estamos vendo mais um capítulo de uma próxima revolução industrial,
06:22os britânicos, opa, não vamos ficar para trás.
06:25O Keir Starmer, como chefe de governo,
06:28apontou aí uma possibilidade de transformar, pelo menos a Inglaterra,
06:32num novo polo de tecnologia.
06:34Conseguiu, da Microsoft, um investimento de 30 bilhões,
06:38da Alphabet, que é a Holding, King Globo, o Google e as outras empresas do grupo,
06:45quase 7 bilhões de dólares.
06:47E no finalzinho aqui da noite de terça-feira,
06:50já era noite aqui em terça-feira,
06:52a NVIDIA disse que 15 bilhões de dólares também para construir hardware.
06:57Agora, para produzir tecnologia de ponta, precisa de energia.
07:03E os britânicos também chamaram aí players importantes nos Estados Unidos
07:08para desenvolvimento de energia nuclear civil, geração de eletricidade,
07:13e abastecimento de data centers para amarrar.
07:18Porque não adianta nada ter toda essa infraestrutura de tecnologia se não existe ali essa roda motriz
07:25para gerar, que é justamente a eletricidade.
07:29A princípio, no papel, essa coisa do tarifácio contra o Brexit
07:33e o ponto comum de uma boia entre americanos e britânicos,
07:38e está funcionando.
07:39A ver se isso vai sair do papel.
07:43E aí eu sempre termino assim.
07:44Cenas dos próximos capítulos.
07:46Mas essa novela se estica.
07:48Pelo menos a gente tem aqui, talvez, um vilão que está saindo aí como o herói da situação.
07:56Vamos ver o que acontece.
07:58Obrigada, já te chamo de novo.
07:59Até já.
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