O vice-presidente Geraldo Alckmin detalhou avanços nas negociações comerciais com os Estados Unidos, destacando isenções de tarifas em produtos como café, ferro-níquel e celulose. O Brasil busca diversificação de mercados, aumento do valor agregado e competitividade industrial, com foco em expansão internacional e fortalecimento do comércio exterior.
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00:00Mais cedo, o vice-presidente Geraldo Alckmin cumpriu a agenda em São Paulo e destacou justamente a possibilidade de uma conversa entre Lula e Trump.
00:09Segundo o Alckmin, esse foi um passo importante nas negociações comerciais com os Estados Unidos.
00:14Eu vou conversar agora com o Pablo Waller. Pablo, boa noite para você.
00:18O que mais o vice-presidente comentou sobre esse tarifaço?
00:25Oi, Cris, boa noite a você e a todos que nos acompanham aqui nessa noite de sexta-feira.
00:29Geraldo Alckmin teve uma agenda cheia pelo Estado de São Paulo no dia de hoje.
00:33Começou logo pela manhã na cidade de São Carlos, onde a Latam inaugurou um hangar para manutenção de aviões.
00:40É justamente para trabalhar a partir do ano que vem com aquelas aeronaves compradas com a Embraer.
00:46Mais 70 aviões que vão ser adquiridos então para renovar a frota da Latam.
00:51E é claro, falando em Embraer, também comentou sobre outros produtos isentos da tarifa de 50%.
00:58Falou que seria muito bom se de repente tivéssemos aí outras notícias quase como surpresas,
01:05como aconteceu na semana retrasada, quando o ferro-níquel, a celulose e também os herbicidas entraram na lista de isenção.
01:14Agora nós estamos com 36% de todos os produtos que enviamos aos Estados Unidos com aplicação da tarifa.
01:21Ele comentou também que, lógico, vai tentar aí continuar, né, aumentando essa isenção, essa lista de isenção, a começar pelo café.
01:31É inconcebível que os americanos estejam pagando essa taxa tão alta para um produto que eles gostam tanto,
01:36que é o nosso grão aqui brasileiro.
01:39Inclusive, no mês de novembro, tivemos já uma alta bastante grande, perdão, uma perda, né,
01:44Uma queda nas exportações bastante grande em relação ao ano passado.
01:49Vendemos 31 milhões de sacas de 60 quilos.
01:53É uma queda de 17%.
01:54E também nos cafés especiais, uma queda ainda maior, de quase 80%, com 21 mil sacas sendo vendidas.
02:03Hoje, também no começo da tarde, ele participou de um evento, o INSPER.
02:08Foi o quarto encontro sobre políticas públicas.
02:11E ele proferiu uma palestra justamente sobre as exportações brasileiras e o futuro da indústria.
02:17Vamos ver agora o que ele disse também, então, sobre esse nosso cenário atual das exportações brasileiras.
02:23O maior comprador do Brasil é a China hoje.
02:28Estados Unidos, ele é muito importante, não só porque ele é o segundo,
02:32mas porque, nos outros países do mundo, eu vendo commodity.
02:36Se pegar a pauta exportadora brasileira, é minério de ferro, soja e petróleo, bruto, bruto, é commodity.
02:51Para os Estados Unidos, eu vendo o valor agregado.
02:55Avião, carro, máquina, motor, valor agregado.
03:00Então, é muito importante.
03:02Nós, no passado, éramos mais dependentes.
03:05Na década de 1980, 24% da exportação brasileira era para os Estados Unidos.
03:13Era um quarto.
03:14Hoje é 12%.
03:16Esparramamos mais.
03:18Está mais diversificada a pauta exportadora.
03:23Os Estados Unidos têm um grande problema.
03:26Dívida alta, déficit primário e déficit na balança comercial.
03:321,2 trilhão de dólares de déficit.
03:37Só que, com os países do G20, tem três países que não têm déficit.
03:43Eles têm superávit.
03:44Reino Unido, Austrália e Brasil.
03:48Eles têm superávit conosco.
03:50Nós não somos problema, nós somos solução.
03:52Eles têm superávit na balança de serviços, quase 20 bilhões de dólares.
03:59E, na balança de bens, mais de quase 7 bilhões de dólares.
04:06Então, conosco, não tem nenhum problema de déficit.
04:09E, para o produto americano entrar no Brasil, de cada 10 que eles mais exportam, 8 não pagam imposto.
04:19Se chama ex-tarifário.
04:21A tarifa é zero.
04:23E a tarifa média é 2,7%.
04:28Então, não tem sentido o tal do tarifácio.
04:32O tarifácio, o que aconteceu?
04:3542% está fora.
04:38Ficou naqueles 10% que foi o piso para o mundo inteiro.
04:4242%.
04:43Aí está avião, suco de laranja, ferro-liga, celulose.
04:50Estava lá.
04:52Depois, você tem 22%, mais ou menos, que é a chamada seção 232.
04:58Seção 232 é assim, 50%.
05:01Aço, alumínio e cobre.
05:04Mas não é só para o Brasil, é para o mundo inteiro.
05:06Então, nós não perdemos competitividade.
05:09Nós perdemos competitividade com quem fabrica lá dentro.
05:13Lá dentro dos Estados Unidos, que não tem os 50%.
05:16Agora, com os outros, estamos iguais.
05:19Veículos e autopeças, 25%.
05:22Seção 232, não tem problema.
05:24Nós e o mundo estamos juntos.
05:27Agora, 34%, aí complicou.
05:31Porque é 10 mais 40 dá 50%.
05:35E só para nós.
05:36E agora a Índia, também nos 50%.
05:39Aí você perde competitividade.
05:41Aí tem muito produto industrial, máquinas rodoviárias, máquinas agrícolas, motores,
05:50e carne, café, pescado, fruta.
05:54Então, todo o esforço é tentar tirar o máximo que a gente pode e reduzir essa alíquota.
06:03Você tem mercado interno?
06:05Importante.
06:06Importante.
06:06Então, por que do programa mitigatório aí?
06:10Para dar tempo de colocar os produtos.
06:14Então, precisa de um tempinho.
06:15Não coloque 24 horas a fruta, o pescado, o café, a carne.
06:22Então, produto industrial, que é o mais difícil.
06:25Então, o mercado interno não vai absorver tudo, mas ele vai ajudar.
06:30O mercado interno vai ajudar.
06:31A outra é diversificar, abrir mercado, correr atrás.
06:36Estamos indo para a Índia agora.
06:38A Índia cresce 6,5% ao ano, o PIB.
06:44Mais que a China.
06:456,5%, 1,4 bilhão de pessoas.
06:50Então, diversificar mercado, correr atrás de mercado e melhorar o mercado interno no país.
07:00Ainda sobre essa palestra, Geraldo Alckmin comentou sobre também a importância do Brasil processar o que produz e vendê-la para fora com valor agregado.
07:14Uma carne, por exemplo, processada aqui e vendida para lá como algo mais gourmetizado, diríamos assim.
07:21Vamos agora ouvir também o que ele falou sobre a importância de todas as exportações para a indústria brasileira.
07:26Determinados tipos de atividades, se eu não exportar, eu fecho.
07:34Se eu produzir pão, eu faço pão.
07:38O mercado interno é suficiente.
07:40Eu vendo aqui, o mercado interno.
07:43Agora, a Embraer não existiria se não fosse exportação.
07:47Não tem como você ter uma indústria de aviação para vender avião só dentro do seu país.
07:54Não tem espótese.
07:55Não tem escala.
07:57Por que a Vibrai está em recuperação judicial?
08:00Porque não tem como você ter uma indústria de defesa, fabricar míssel, para vender só para o Exército Brasileiro.
08:07Ou isso tem, vai para o mundo, você consegue exportar ou não se sustenta.
08:14Então, a questão de comércio exterior é central.
08:19Antigamente, se dizia que exportar é o que importa.
08:23Depois virou que exportar é a salvação.
08:28A última que ouvi foi exportar ou morrer.
08:32Também não precisa exagerar.
08:34Mas o fato é que comércio exterior é fundamental.
08:38Como é que eu posso fazer para exportar mais?
08:41Primeiro, eu preciso ter bom produto, inovação.
08:43Preciso ter custo baixo, competitividade.
08:47Preciso ser verde, ter sustentabilidade.
08:51E ganhar mercado.
08:53O Mercosul são quatro países.
08:55Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
09:00Agora, acabou de entrar Bolívia.
09:03Então, nós somos cinco países.
09:06Há mais de dez anos, não tinha acordo nenhum, nenhum, nenhum.
09:11Quando eu não faço acordo, eu não estou parado.
09:15Eu estou indo para trás.
09:16Porque o meu concorrente faz acordo comercial.
09:20E vai ter preferência na hora de vender.
09:23E eu vou perder mercado.
09:25Vou perder mercado.
09:26Então, fizemos, em 2023, Mercosul-Singapura.
09:32Entrada do Sul da Ásia.
09:35Agora, esse mês de setembro, Mercosul-EFTA.
09:40EFTA são quatro países.
09:44Noruega, Suíça, Liechtenstein e Islândia.
09:48E é bom fazer com quem é mais rico que a gente, porque aí a gente consegue vender mais.
09:55É duro você fazer com a Ásia, porque eles têm custo mais baixo.
10:01E o próximo que deve assinar até o fim do ano é Mercosul-União Europeia.
10:0827 países.
10:11Havia uma resistência grande da França, da Bélgica, porque tem dificuldade de competir com o agro-brasileiro,
10:19o agronegócio brasileiro.
10:22Mas está superado.
10:23Então, até o fim do ano, estão três novos acordos.
10:27EFTA, Singapura e União Europeia.
10:31Caminhando bem, Emirados Árabes Unidos.
10:34Estive agora, o mês passado, no México, com a presidente Cláudia Chimbal,
10:41e nós estabelecemos um cronograma para, em dez meses, atualizarmos o Acordo de Comércio Exterior.
10:49Certamente não vai ser livre comércio, porque eles têm uma proximidade com os Estados Unidos.
10:56Portanto, tem uma dependência muito grande.
10:57Mas nós vamos ampliar enormemente as linhas tarifárias, no sentido de ampliar o acordo.
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