Galípolo diz que Brasil tem crescimento recorde, mas juros e inflação ainda preocupam; entenda

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Em Jacarta, Indonésia, Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, celebrou o crescimento acima de 3%, a mínima histórica do desemprego e a alta da renda, mas alertou que a inflação ainda preocupa e os juros devem permanecer elevados.   🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!   Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC nas redes sociais: @otimesbrasil   📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:   🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais   🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562   🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube   🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings   #CNBCNoBrasil  #JornalismoDeNegócios  #TimesBrasilCNBC

Transcript

00:00O Brasil quis mostrar força na Indonésia, mas o discurso do Banco Central veio com alerta.

00:06Gabriel Galípolo celebrou o desemprego na mínima histórica, a renda em alta e um crescimento acima de 3%,

00:12mas disse que a inflação ainda preocupa e que os juros precisam permanecer elevados por mais tempo.

00:19Em Jakarta, ele reforçou a imagem de um país atraente a investidores. Vamos conferir.

00:24Então, 2025 deve ser o ano que a gente tem esse melhor índice, ou seja, o melhor índice de bem-estar econômico

00:33desde que a gente iniciou o programa de sistema de metas de inflação.

00:39Ele vai ser a menor combinação entre desemprego e inflação de toda a série histórica,

00:45sendo que o segundo melhor já teria sido 2024.

00:49Então, a economia brasileira vem passando por um ciclo de crescimento contínuo,

00:54já são mais de quatro anos que os economistas vêm sendo surpreendidos com as projeções de crescimento

01:01e fazendo revisões sistemáticas ao longo do ano para rever o crescimento para cima.

01:06Eu tenho brincado que nós, economistas, estamos parecendo um pouquinho aqueles aplicativos de trânsito

01:10que quando a gente sai da nossa casa, dá um tempo de viagem e vai recalculando a rota e o tempo de viagem

01:17e acerta qual é o tempo de viagem quando faltam alguns poucos metros para a gente chegar no destino.

01:21Mas sempre para cima, aqui nos últimos anos do Brasil, sempre essas revisões têm sido para um crescimento maior

01:27do que os economistas imaginavam inicialmente.

01:31Então, revisões sistemáticas de crescimento econômico e ainda assim com um nível de inflação

01:36que, apesar de fora da meta, é o que demanda o Banco Central permanecer

01:40uma taxa de juros num patamar elevado e restritivo por um período prolongado

01:44para que a gente possa produzir essa convergência, mas conseguindo combinar

01:48um nível baixo de desemprego, um crescimento positivo e uma inflação

01:53que está olhando para níveis históricos dentro de um patamar baixo

01:58quando a gente compara com níveis históricos do Brasil.

02:00O ponto principal a ser superado aqui, apresentado em parcerias, fóruns como esse

02:07surgem oportunidades muito importantes, é que o Brasil cresce há alguns anos

02:12mas muito mais por uma inserção de mais fatores de produção na economia

02:18do que efetivamente por um ganho de produtividade disseminado no nosso sistema econômico.

02:24É possível, sim, a gente observar ganhos de produtividade em uma série de setores

02:28como foi dito aqui antes, especialmente no setor agro e no setor de commodities

02:32o Brasil consegue observar e enxergar ganhos de produtividade

02:36mas ainda o crescimento se dá predominantemente por um aumento da participação

02:41na força de trabalho e uma redução do desemprego.

02:45Esse crescimento, obviamente, é desejável, é bom a gente ter redução na taxa de desemprego

02:50mas ele é difícil de se sustentar num tempo porque você vai chegar num momento

02:54onde vai ter um certo esgotamento dessa inclusão de novos fatores de produção

02:59ele fica limitado e ao você chegar próximo do pleno emprego

03:03ou até um pouco além do pleno emprego como a gente está agora

03:05é normal você observar algum tipo de pressão inflacionária.

03:09O caminho para que a gente possa crescer de maneira sustentável por um prazo mais longo

03:13é que a gente possa assistir ganhos de produtividade na nossa economia

03:16que o crescimento se dê não simplesmente pelo emprego de mais fatores de produção

03:20mas porque os fatores de produção conseguem produzir mais

03:24ou seja, que cada unidade de trabalho consegue produzir mais

03:28consegue entregar mais para a sociedade.

03:30Isso depende de a gente ter parcerias com outros países

03:33depende de pesquisa e tecnologia, desenvolvimento, investimento

03:37e é por isso que eu acho que faz tanto sentido fóruns como esse

03:41Brasil e Indonésia tem muitas semelhanças nesse sentido

03:44são dois países que estão buscando aumentar a complexidade das suas cadeias produtivas

03:49com vantagens competitivas que são bastante especiais

03:53quando a gente compara com o resto do mundo

03:54do ponto de vista de população, do ponto de vista de recursos naturais

03:59mas que demanda ainda a gente conseguir avançar

04:02em agregar complexidade, em ganhar produtividade

04:05e conseguir gerar mais valor nas nossas cadeias produtivas

04:10para que a renda per capita do país possa crescer

04:12para que os nossos mercados possam crescer

04:15e acho que faz todo sentido que esse caminho seja percorrido de maneira conjunta

04:18entre Brasil e Indonésia.

04:22Rodrigo Loureiro, há algumas contradições aí

04:26observadas na fala de Gabriel Galipo

04:29ou pelo menos contradição no cenário

04:32aqui posto no ambiente doméstico

04:34que é o seguinte, a gente tem realmente um pleno emprego

04:36nunca a taxa de desemprego esteve no patamar que está

04:40o que é ótimo

04:41o que é ótimo

04:41por outro lado, quando você tem mais gente empregada

04:45você tem mais renda

04:46você tem mais consumo

04:48e aí você pressiona a inflação

04:50não tem jeito

04:51e aí ele diz que o Banco Central está incomodado com a inflação

04:56que está desacelerando um pouquinho

04:57mas deve ficar ainda em 2025

04:59o final longe do teto da métrica de 4,5%

05:03aí ele precisa combinar com os russos

05:05no caso com o presidente Lula

05:07por quê?

05:07não adianta você querer controlar a inflação

05:10sendo que o governo federal

05:11destravou o saque aniversário do FGTS

05:14criou o consignado privado

05:19mas

05:19financiamento imobiliário

05:22se jogar dinheiro na economia, injetar

05:24dificilmente você consegue segurar

05:26isenção de imposto de renda

05:27pronto

05:28o que a gente não está falando que essas medidas são ruins

05:32são ótimas

05:33isso vai facilitar muito o consumo

05:34mas qual que é o problema?

05:36quando você facilita o consumo

05:38o que é bom

05:39e se você já tem uma inflação acelerada

05:42essa inflação tende a acelerar ainda mais

05:44porque os preços tendem a subir

05:46se tem mais gente comprando

05:48as empresas aumentam os preços

05:50tudo fica um pouco mais caro

05:52e a gente já está com uma inflação

05:53acima do teto da meta

05:55de 4,5%

05:56e só por um milagre

05:58aqui a gente vai ver

05:59essa inflação

06:00reduzir até o teto da meta

06:02ainda em 2025

06:042026 é outra história

06:05tem uma previsão

06:06de que vai sim

06:07se encaixar nesse teto da meta

06:09qual que é o problema aqui?

06:10já estamos com uma taxa Selic

06:12de 15%

06:13é uma taxa Selic muito alta

06:15o remédio já está amargo demais

06:16muito restritivo

06:18deixar esse remédio mais amargo

06:19você vai causar muito problema

06:21aonde?

06:22na renda variável

06:23a bolsa brasileira pode sofrer muito

06:25por conta disso

06:26então esse é o desafio do Banco Central

06:29equilibrar a inflação

06:31e equilibrar a taxa de juros

06:32você precisa ter um consumo bom também

06:34não adianta falar assim

06:35vamos acabar com o consumo

06:38para controlar a inflação

06:39não, não dá

06:39porque a economia quebra

06:40então tem esse desafio

06:42é um desafio muito difícil

06:43e ele já deixou claro

06:44que esse ano

06:45juros não caem aqui no Brasil

06:48para aqueles mais otimistas

06:49que achavam que o cenário

06:52se mostrava favorável

06:53para uma última reunião

06:54um pequeno corte

06:55pelo jeito esquece

06:56quando o Gabriel Galípolo

06:58assumiu o comando do Banco Central

06:59ele deixou bem claro

07:00que o objetivo

07:01era trazer a inflação

07:03para dentro do teto da meta

07:05esse primeiro ano

07:06ao que tudo indica

07:07não vai conseguir fazer isso

07:08já começa

07:09em um cenário mais adverso

07:11o Gabriel Galípolo

07:11no comando do Banco Central

07:13vamos ver se para 2026

07:15a previsão é de que consiga realmente

07:17por quê?

07:17porque o remédio está amargo

07:18e está surtindo efeito

07:19é um efeito de longo prazo

07:20vamos ver se ele vai conseguir

07:22colocar a inflação realmente

07:24no teto da meta

07:25para 2025

07:26eu diria que só por um milagre

07:28vou pôr um pouquinho de lenha

07:30na fogueira

07:30para deixar aí

07:31para refletir

07:32ano que vem

07:32ano eleitoral

07:33o governo vai colocar

07:34projetos sociais

07:36e dinheiro nas ruas

07:37vai ser difícil

07:39segurar um pouquinho

07:39a inflação

07:40vai precisar

07:41vai precisar ter um controle

07:43ali

07:43muito grande

07:44a gente tem que ficar de olho

07:45também nas contas públicas

07:46porque está tendo

07:47toda essa discussão

07:49em relação a arrecadação

07:51em relação a corte de gastos

07:52é importante que o governo

07:54faça a corte de gastos

07:55mas em ano eleitoral

07:57a gente está acostumado

07:58a ver alguns excessos

08:00principalmente por conta

08:01da situação

08:02seja a situação

08:03uma situação de direito

08:04ou uma situação de esquerda

08:05não importa

08:06geralmente

08:07geralmente tem alguns excessos

08:10porque é ano eleitoral

08:12e não tem como

08:13Brasil, Estados Unidos

08:14qualquer outro país

08:15isso geralmente acontece

08:17obrigado Rodrigo Loureiro

08:18já já a gente volta a conversar

08:19até

08:20né

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