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No Discutindo Direito, o Juiz do Tribunal Regional do Trabalho Ruy Cézar Públio Borges Corrêa analisa uma das maiores polêmicas do Direito: a Justiça do Trabalho é ideológica e de esquerda? O juiz afirma que a atuação é "absolutamente técnica", não política. Acompanhe a visão jurídica sobre a aplicação da lei na Justiça Trabalhista.

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Transcrição
00:00Muita gente diz, os empregadores principalmente, que a justiça trabalhista é uma justiça ideológica,
00:07claramente de esquerda, em que os juízes são militantes que querem a todo tempo e a todo custo defender o trabalhador.
00:14Essa é uma visão hoje ultrapassada na magistratura. O senhor é um profundo conhecedor da área trabalhista e um juiz muito experiente.
00:21Como o senhor vê hoje o perfil de um magistrado de primeira instância, da primeira instância até o Tribunal Superior do Trabalho,
00:27nesse tipo de questão. É mais técnico do que ideológico ou ainda tem a bandeirinha ali do Partido Comunista?
00:35Não, não, não. É absolutamente técnico e, inclusive, nós temos as escolas judiciais dos tribunais,
00:42nós temos a escola judicial do próprio Tribunal Superior do Trabalho e é absolutamente técnico.
00:49A ponto de o número de ações aonde se condena por litigância de má fé, aonde se fala de advocacia predatória,
00:57aonde se fala de advocacia, de ato atentatório à dignidade da justiça, obviamente tem aumentado muito.
01:05Agora, eu volto a dizer, quando a gente fala de pejotização, vamos fazer uma pejotização séria.
01:12Não adianta eu fazer uma pejotização e pagar férias para o meu empregado.
01:17A empresa não sai de férias. Não adianta, você é pejota, mas você vai ter o vale-transporte.
01:24Você é pejota e você vai ter licença maternidade. Não tem sentido.
01:28Ou seja, sabe aquela CLT flex? Ou seja, é alto de gasolina?
01:32Ou é pejota, é pejota. Agora, não como uma forma de fraudar ou tentar ajeitar uma situação.
01:41Isso não tem sentido no direito.
01:42Agora, o senhor tem notado uma tendência maior hoje prevalecendo mais contratos de pejotização
01:48do que contratos da CLT? Ou depende muito do perfil da faixa econômica, cultural?
01:54Como é que o senhor vê isso?
01:55Faz uma radiografia da pejotização no Brasil e da CLT.
02:00Exatamente. Algumas atividades, pessoal da saúde, pessoal do próprio direito, pessoal das TIs,
02:07eles têm optado exatamente pela pejotização.
02:12Até porque um dos grandes argumentos de tornar um empregado seletista
02:18era uma série de benefícios, inclusive a própria Previdência Social,
02:25que hoje já não é mais tão interessante para o jovem.
02:28Previdência Social já não... nós temos o acesso à saúde,
02:34todo trabalhador, todo brasileiro, estrangeiro tem acesso à saúde,
02:39nós temos a aposentadoria, está cada vez mais difícil você se aposentar,
02:43então, de repente, não é mais interessante.
02:46Então, entre ganhar menos e ganhar mais como PJ,
02:49as pessoas têm optado.
02:52Mas tem que ver o nível de escolaridade, tem que ver a faixa etária,
02:57tem alguns critérios que devem ser utilizados.
03:00O trabalhador de baixa renda, ele tem acesso a essa pejotização?
03:04Ou ele está excluído disso?
03:05Não, ele está sendo fraudado.
03:07Outro dia, um amigo meu me perguntou,
03:09ele administra flats e ele quis, falou que ia pejotizar todas as camareiras dos flats.
03:18As não sabem, como eu disse, elas não sabem nem o que é uma PJ,
03:21elas não sabem nem o que é uma MEI.
03:23É óbvio que é fraude.
03:24E com um salário mínimo, ganhando um salário mínimo, não teria cabimento.
03:29Aí fica claro que é uma forma dissimulada de exploração.
03:34Mascarar uma relação de emprego, isso não dá.
03:36Não se justifica.
03:37E aí o judiciário trabalhista é muito atento.
03:40E como eu disse, o juiz do trabalho tem essa sensibilidade
03:43para verificar exatamente essas fraudas.
03:47Agora, qual o impacto da pejotização no sistema previdenciário brasileiro,
03:53na arrecadação de impostos em geral?
03:55Isso acaba, de alguma maneira, trazendo um impacto positivo ou negativo?
04:00Como é que o senhor analisa esse impacto?
04:01Do ponto de vista da previdência, como eu disse,
04:05acaba o empregado, ele não vai mais recolher.
04:09Nem o empregador vai contribuir para a Previdência Social.
04:12Acaba, de fato, tendo um impacto.
04:14A menos que ele, como PJ, ele recolha, mas aí é um contribuinte individual.
04:20Seria um contribuinte individual.
04:22Mas é que hoje, e eu volto a dizer, fazer parte da Previdência Social não é mais interessante.
04:30O jovem, se você perguntar para qualquer jovem, ele fala, não, eu prefiro ter a minha
04:35Previdência Privada.
04:37Eu prefiro amealhar um dinheiro e depois eu compro um imóvel e vou ter um rendimento
04:42com os aluguéis, porque aquela ideia que nós tínhamos no passado, quando os nossos
04:49avós, nossos pais registravam o filho aos 14 anos, porque já pensando na aposentadoria
04:54que ia ter aos 44 ou 49 anos, hoje já não é mais.
05:00Hoje a aposentadoria está a 65 anos e a tendência é cada vez mais aumentar essa idade.
05:05Então, vamos...
05:06Vamos...
05:06Vamos...
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