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O economista André Mirsky analisou as novas projeções da OCDE, que elevaram o PIB do Brasil para 2,4% em 2025, impulsionado por agricultura, consumo e desemprego em 5,6%. O relatório, porém, prevê perda de fôlego em 2026 diante de riscos fiscais, inflação resistente e incertezas eleitorais.

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Transcrição
00:00E a OCDE elevou as projeções de crescimento do PIB do Brasil para 2,4% em 2025.
00:07Isso foi impulsionado pelo bom desempenho da agricultura e pelo consumo das famílias.
00:12Um outro fator que também influenciou foi o mercado de trabalho, que continua aquecido,
00:16com desemprego em 5,6%, a mínima histórica.
00:20A entidade identifica, porém, uma perda de fôlego da economia para 2026
00:25e diminuiu a previsão de crescimento do país para 1,7%.
00:30A gente vai conversar agora ao vivo sobre isso com o economista e consultor financeiro, André Mirski,
00:35que já está aqui ao vivo, conectado com a gente, para comentar e fazer análise dele
00:39sobre essas previsões da OCDE.
00:41André, tudo bem? Boa tarde. Bem-vindo mais uma vez ao Fast Money.
00:46Boa tarde, Natália. Boa tarde a todos do CNBC. Tudo bom?
00:49Tudo certo. Um prazer te receber mais uma vez. Obrigada pela disponibilidade.
00:53Então, pegando ali, ponto por ponto do que eu já adiantei nessa abertura,
00:58a OCDE, então, elevou a projeção de crescimento para 2025 aqui no Brasil,
01:03para 2,4%, e destaca ali agricultura, consumo das famílias
01:08como os principais impulsionadores. André, como é que você analisa esses setores
01:12como motores do crescimento econômico? Você classificaria assim?
01:16É isso. O Brasil tem uma base hoje no seu PIB muito forte, tanto no agronegócio
01:23como no consumo das famílias, que tem mantido a economia bem aquecida,
01:28até como consequência de um mercado de trabalho bem aquecido e, como falou agora,
01:35em taxa de desemprego historicamente baixa. Então, esse tem sido o motor da economia brasileira
01:41ao longo de 2025 e que, de fato, esses dados se mantêm até o final desse ano
01:47e criaram, digamos assim, uma capacidade do Brasil se adaptar a tudo que aconteceu
01:54ao longo de 2025, ainda, digamos que, surfando uma onda positiva do PIB.
01:59Certo. E aí, esse relatório, André, passando para o próximo ponto, mercado de trabalho,
02:05porque ele também aponta o nosso mercado brasileiro como aquecido, ele, de fato,
02:09segue aquecido, a taxa de desemprego histórica ali em 5,6%.
02:16E eu quero saber de você, na sua visão, André, até que ponto essa força do mercado de trabalho
02:23ajuda a sustentar o crescimento econômico e se manter nesses patamares ao longo de 2026 também?
02:33Justamente. O mercado de trabalho aquecido traz como consequência o consumo das famílias
02:37também aquecido. Então, nós estamos vivendo um momento de utilização da força do trabalho
02:44gerada por esse mercado de trabalho, ou seja, pelo rendimento dessa força de trabalho.
02:49Então, quando a OCDE coloca uma certa reticência em relação ao ano que vem,
02:55é porque esse aquecimento do mercado de trabalho, somado ao consumo das famílias,
03:03ele não é sustentável a longo prazo. Nós estamos com situações isoladas no negócio.
03:07Teve uma safra excelente, mas isso não significa que venha a ter uma safra em 2026.
03:13E a parte da indústria que tem caído e os números, em geral, da economia tem vindo a decrescer.
03:20Então, é positivo, mas não é sustentável a longo prazo.
03:24Então, vamos esmiuçar um pouquinho melhor essa parte, essa projeção de perda de fôlego
03:28para 2026, André. Que fatores internos e externos, então, você traria
03:33e que mexeriam com o nosso ritmo dessa forma, nesse sentido?
03:40É. Antes da OCDE lançar esse relatório, nós temos vindo acompanhar as próprias atas
03:49do cupom relacionado com a taxa Selic.
03:51Eles são muito pragmáticos em relação a baixar a taxa,
03:55porque nós ainda não estamos numa situação tranquila
03:58que possa permitir que isso seja feito sem aumentar a inflação.
04:03Nós temos ainda riscos externos muito grandes, que é o caso de uma economia
04:07dolarizada por conta de questões de importação de petróleo,
04:12a parte da energia, que também está mais cara que a habitual,
04:17e a inflação não baixou de acordo com o que estava previsto.
04:22Ela tem baixado, mas acima da meta e acima daquilo que era previsto inicialmente.
04:26E esses fatores, junto com as incertezas que nós temos pelo ano 2026,
04:33nomeadamente e principalmente a parte fiscal e a parte tributária,
04:38a parte das eleições, faz com que o Brasil não tenha uma segurança tão grande
04:43que vamos ter um 2026 ótimo como tivemos 2025.
04:47Então, um dos pontos é justamente, um dos pontos de destaque da OCDE,
04:53essa inflação resistente, né, André?
04:56E a OCDE também...
04:57A inflação resiste.
04:58Pode falar.
05:00A inflação é resistente, ela não baixou ao nível que era esperado,
05:06e justamente porque esse consumo das famílias,
05:09esse mercado aquecido tem feito com que a inflação não baixou o que precisava.
05:13Então, os dados macroeconômicos não são perfeitos para poder dar uma segurança
05:19tanto da OCDE como do cupom em relação ao futuro do Brasil.
05:23E aí tudo isso reafirma a necessidade de aperto fiscal, não André?
05:29É, o déficit primário, por exemplo, que tem vindo a baixar em relação às contas públicas,
05:35quando você coloca nesse pacote o pagamento da dívida pública,
05:40aí o descontrole é muito grande.
05:42E nós estamos falando de um ano de 2026.
05:44O que 2026 traz diferente dos outros anos?
05:48É o ano de eleições.
05:49E, historicamente, ano de eleições é um ano que o governo perde a mão.
05:54Perde a mão porque tem que apresentar trabalho feito, quer buscar votos.
06:00Então, a economia, ela perde o controle.
06:04E nós estamos falando de 2026 de uma situação nova, que é a reforma tributária.
06:07Então, tem muito fator novo baseado na questão do Estado e do déficit fiscal que vai influenciar muito a economia brasileira em 2026.
06:21Exatamente, o ano eleitoral, por tradição, não é um ano de aperto, pelo contrário, é um ano de muito gasto.
06:29E aí, André, a gente volta, né?
06:32Comecei lá citando o nosso setor agrícola no começo, eu volto a ele, porque você acha que o Brasil pode, então, apostar nesse setor, assim, para aproveitar oportunidades de crescimento, já que ele é um setor tão forte, mas, ao mesmo tempo, ele também é um setor que conta com variáveis que não estão exatamente sob o nosso controle, né?
06:51Exatamente, foi isso que a OCDE fala.
06:55Nós tivemos uma safra muito boa em 2025.
06:58Nada garante que em 2026 tenhamos essa safra também em níveis recordes como nós tivemos.
07:04E por quê?
07:04Nós estamos com a questão do rio vinho, as mudanças climáticas.
07:09Hoje, a agricultura, apesar de ser bastante desenvolvida e com técnicas muito boas, ela ainda depende de clima, depende de fatores externos que não estão no nosso controle.
07:21Aí, depois, nós temos uma outra situação, como aconteceu ao longo de 2025, parte do ano, do tarifácio do Donald Trump em relação aos produtos carregos brasileiros, que também fez com que a produção não tivesse o escoamento necessário e que mexeu com a cadeia produtiva brasileira.
07:37Então, são fatores importantes, o Brasil tem, de fato, o forte, um dos seus pilares da economia é no agronegócio.
07:47Ela tende a crescer, tende a sustentar, mas são situações que não têm totalmente o nosso controle.
07:54Quero agradecer, André Mirs, que é economista e consultor financeiro, ajudando a gente a destrinchar, então, essas projeções da OCDE, especificamente para o Brasil.
08:05Obrigada, viu, André? Até a próxima. Boa tarde.
08:08Obrigado. Obrigada, Natália. Boa tarde.
08:09Obrigada.
08:10Obrigada.
08:11Obrigada.
08:12Obrigada.
08:13Obrigada.
08:14Obrigada.
08:15Obrigada.
08:16Obrigada.
08:17Obrigada.
08:18Obrigada.
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08:20Obrigada.
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