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Estratégias tradicionais não bastam mais para a indústria de bens de consumo. Cristiane Amaral, sócia da EY, explica como o modelo Divest to Acquire aumentou o retorno aos acionistas em até 70%, transformando portfólios, acelerando inovação e antecipando tendências do consumidor em um mercado global volátil.

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Transcrição
00:006h25, as incertezas globais e as mudanças no comportamento dos consumidores
00:06pressionam a indústria de bens de consumo.
00:09Estratégias tradicionais já não funcionam como antes.
00:12A consultoria UI aposta no modelo Divest to Acquire,
00:17vender ativos consolidados para investir em inovação.
00:21Aqui no estúdio eu recebo a Cristiane Amaral,
00:23sócia da UI e líder do segmento de consumo, produtos e varejo para a América Latina.
00:29Tudo bem, Cristiane? Boa noite.
00:30Tudo bem, boa noite, Turci. Prazer estar com vocês.
00:33Prazer. Seja sempre muito bem-vinda aqui no nosso estúdio.
00:36O que é que tem provocado esse cenário mais desafiador para as empresas de bens de consumo em todo o mundo?
00:42Turci, nós estamos diante de um consumidor muito mais informado,
00:48com expectativas de valor que perpassam diversos atributos,
00:52além de um cenário econômico global volátil.
00:55Isso exige que as empresas passem a ter e se transformar de uma forma ágil, constante e com mais variáveis.
01:06Então, a questão chave de sucesso tem sido como que as empresas conseguem antecipar tendências do consumidor
01:14com base em dados estratégicos, de forma a antever e continuar relevantes para esse consumidor.
01:21E como é que são as estratégias para que as empresas consigam acelerar inovação, mas sem perder receita?
01:30Tem até uns dados aqui que você separou para a gente, né? Vamos acompanhar.
01:33Como você pode imaginar, conseguir adaptar e transformar toda uma operação, um modelo de goto marketing,
01:41um portfólio de produtos, são coisas que exigem investimentos.
01:46E não existe capital infinito nas empresas.
01:50Então, como conseguir fazer isso sempre de forma constante e com tantas variáveis no mundo de hoje?
01:57Um dos grandes pontos que nós temos visto globalmente são tendências de M&A voltando à indústria, M&As globais,
02:05muita joint venture, muitas parcerias para que você tenha a possibilidade de fazer mudanças hoje,
02:11que amanhã você vai ter que desfazer e trocar e remontar a sua estratégia.
02:16Mas um outro movimento que nós temos visto com bastante sucesso, além do investimento tradicional,
02:23é o desinvestimento para investimentos prioritários ou investimentos mais intencionais de portfólio,
02:32de funcionamento e posicionamento.
02:35Então, nessa arte, você pode perceber que as empresas que fizeram nos últimos cinco anos
02:41em desinvestimentos para investimentos intencionais, 64% tiveram uma taxa de retorno aos acionistas muito alta.
02:52E nas empresas de bens que são alimentos saudáveis, um percentual acima dos 70%,
03:00bem como nas empresas que trabalham com bebidas não alcoólicas.
03:03O restante indo aqui para a casa do 66%, 58%, 53%.
03:08Essas daqui são números dos últimos cinco anos com taxa de retorno aos acionistas maior.
03:14Agora, isso passa também por promover uma mudança cultural no se leve das empresas?
03:19Passa, Turci.
03:20É essencial a mudança cultural, tanto no borde, quanto nos executivos das empresas,
03:28para que essa mentalidade ágil, ela exista.
03:31As empresas, tradicionalmente, nós pensamos em risco como a chance de fazer alguma coisa que não dê resultado.
03:39Só que com tantas mudanças constantes, diárias, o risco é ficar parado e não se adaptar ao mercado consumidor
03:48e tornar-se irrelevante.
03:50Quando você tem mais de 60% dos consumidores dispostos a trocar de marca ou trocar de canal de compra
03:57ou, às vezes, trocar o item de compra.
04:01Então, isso pode significar a sustentação ou não de uma empresa no mercado.
04:06Você já indicou aí que não dá para ficar parado.
04:09Agora, entrar nesse processo ou fazer parte desse novo paradigma tem alguns desafios também.
04:15Temos mais uma tela aqui para você falar para a gente de desafios externos para entrar nesse modelo.
04:20Tem diversos desafios, Turcia.
04:23Acho que nos últimos anos, desde a pandemia, as empresas de consumo, elas passaram a entender e acompanhar
04:30o comportamento do consumidor e reagir a ele.
04:34Porém, hoje, reagir não é suficiente.
04:37É preciso se antecipar e ter realmente uma operação estruturada, uma empresa, uma estratégia estruturada
04:45para conseguir reagir de forma ágil e trocar essa estratégia quando necessário.
04:51Então, os maiores desafios externos que nós vimos numa pesquisa recente da UI,
04:57nós estamos falando aqui de 400 executivos entrevistados no Brasil,
05:011.700 na América Latina em 18 países.
05:04Aqui são dados do Brasil.
05:06Então, 40% eles apontam que a mudança na demanda dos clientes
05:12com uma reação ou antecipação da empresa, ela ainda não está adequada.
05:1838% apontam o acompanhamento dos fatores do cenário econômico local como relevante.
05:27O que significa isso?
05:28Nós temos aí reforma tributária, nós temos toda a questão de inadimplência,
05:36BETs e todas as questões que interferem no comportamento
05:39e na disponibilidade de capital do consumidor, interferindo aqui.
05:44E quando as empresas falam, 38% diz, não estou pronto,
05:48significa não ter uma estrutura ainda ágil suficiente para adaptar a precificação,
05:53para adaptar a sistemática de crédito, canal de consumo.
05:58Você tem visto aí as adaptações de produto constantes no primeiro item.
06:03Por semana você vai ver um, dois produtos com probiótico mais saudável,
06:09outras mudando as embalagens para se adaptar aos tamanhos das fléias,
06:13novas composições da família brasileira.
06:17Então, será que estas mudanças conseguem ser feitas de um mês para outro?
06:22Porque algumas são tendências, outras são mudanças que tendem a se sustentar no curto, médio e longo prazo.
06:28Também é preciso entender se é uma mudança de curto ou de longo prazo que vem para ficar,
06:35para saber quanto que eu invisto nela, o quanto é só uma tendência de curto prazo.
06:40Como o mundo fashion, por exemplo, está um pouco mais adaptado.
06:44Quando nós falamos de câmbio, a gente fala aqui de um fator ainda mais difícil de adaptação,
06:49que é a cadeia de fornecedor e toda a cadeia de importação e exportação.
06:54Quando você tem fornecedores exclusivos ou não tem acordos comerciais com alguns países,
07:01isso não é uma coisa que você troca.
07:03Às vezes, de seis meses para o período seguinte, você não consegue desenvolver essas relações, esses acordos.
07:12Incerteza política local e a entrada de novos competidores, que eu vinculo muito com o fator de cima.
07:18Mas são fatores externos e internos.
07:22Temos os internos aqui agora e mais uma tela para você explicar para a gente.
07:27Não vou dizer que fica mais fácil, mas fica mais completo entender qual quebra-cabeça que as empresas precisam trabalhar.
07:36Então, aqui nós temos 43% dizendo que as melhorias operacionais de controle, de produtividade e custos
07:43são um fator desafiante e elas não estão trabalhando ainda como deveriam.
07:49Muitas acostumadas e agora investindo em trocas e ajustes dos seus RPs, por exemplo, para a nota fiscal eletrônica.
07:57Mas poucas investindo nas tecnologias de operação, para tornar a operação, maquinária, o funcionamento das fábricas mais ágil
08:07e também com melhor produtividade de pessoas e de máquina.
08:11Então, esse é um primeiro item extremamente crítico, onde entra também a transformação das pessoas, das lideranças para terem uma mentalidade ágil.
08:22Crescimento da participação de mercado, que nós falamos anteriormente.
08:26Tecnologia e transformação digital, que muito tem se falado.
08:30Toda a parte de emerging technology, inteligência artificial, etc.
08:35É modismo, o que é verdade, como que a gente transforma não só as pequenas atividades da empresa,
08:43quanto também atividades que podem agregar melhoria de margem, sem impactar no preço ao consumidor final,
08:50mantendo a mesma proposta de valor.
08:53Liquidez, gestão financeira e controles internos.
08:56Essa área, esse bloco, ele tem sido muito negligenciado ao longo do tempo.
09:03São práticas que ficaram paradas.
09:05E agora, com toda uma mudança de reforma tributária, mudança na sistemática de substituição tributária,
09:13de precificação, tudo isso precisa ser revisto, reestruturado,
09:20para que a agilidade da alta liderança na decisão continue sendo possível.
09:26Então, eu acho que aqui uma palavra-chave crítica é conseguir transformar a mentalidade,
09:35a operação e o modelo comercial das empresas para este momento,
09:39inclusive, desinvestindo para investir ou transformando o seu parque operacional.
09:46São regras do jogo de quem vai conseguir prosperar e crescer,
09:51tanto em relevância no mercado, quanto na relevância para os consumidores.
09:57O risco de ficar parado ou de não conseguir ter ações efetivas,
10:03ele é muito alto nesse momento que nós estamos vivendo.
10:06Cristiane Amaral, sócia da UI, líder do segmento de consumo, produtos e varejo para a América Latina,
10:12dando uma aula aqui para a gente.
10:14Obrigado, Cristiane. Boa semana para você.
10:16Prazer, Tucci.
10:17Muito obrigado.
10:18Vamos juntos ver esse desafio de sucesso das empresas brasileiras e as globais que estão aqui também.
10:22É isso aí. Muito obrigado, Cristiane.
10:24Boa noite.
10:24Boa noite.
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