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A indústria de bens de consumo deve movimentar US$ 550 bilhões até 2032. A notável Cristiane Amaral, sócia da EY, destaca os impactos da inteligência artificial, mudanças no perfil do consumidor e as novas exigências de valor, saúde e sustentabilidade.

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Transcrição
00:00Você sabe quais são as transformações que estão ocorrendo na indústria de bens de consumo?
00:05Em todo o mundo, as pessoas estão repensando o que valorizam e como usam seu tempo e seu dinheiro.
00:12Para falar sobre isso, eu recebo aqui no estúdio a Cristiane Amaral,
00:16sócia da UI e líder do segmento de consumo, produtos e varejo para a América Latina, da consultoria.
00:22Tudo bem, Cristiane? Seja muito bem-vinda. Boa noite.
00:24Boa noite, Turcinha. Prazer estar com vocês.
00:27Muito obrigado. Prazer é nosso.
00:28Fala pra gente então, Cristiane, por favor, sobre quais são essas transformações que estão ocorrendo na indústria de bens de consumo.
00:36Turcinha, bens de consumo embalados é uma indústria muito grande.
00:40Movimentou em 2024 aproximadamente 330 bilhões de dólares.
00:45E tem uma perspectiva de movimentar até 2032 em torno de 550 bilhões de dólares.
00:51Uma taxa de crescimento em torno de 4,8% ao ano.
00:55Mas é um setor que está em um momento de inflexão.
01:00Não dá mais pra continuar crescendo de forma sustentável, única e exclusivamente, baseada em aumento de preços ou escala.
01:10Há pouco vocês estavam falando das questões econômicas e da mudança do perfil do consumidor.
01:15E o consumidor vem mudando muito desde a pandemia.
01:19Nós temos um consumidor brasileiro com nível de consciência muito mais alto.
01:24Uma preocupação com as questões econômicas, com seu poder de compra relevante.
01:30E com possibilidade de comparação e análise de custo-benefício online, na sua mão, em canais diversos.
01:38Então, essas questões, elas trazem para as indústrias um desafio muito grande de crescimento.
01:45Que é realmente ter um crescimento pautado em inovação, centrada nas tendências e no que o consumidor valoriza.
01:52Então, não dá mais pra ficar só do lado de aumento de preço, redução de pacotes, a proposta de valor.
01:58Ela tem que ser real.
02:00Tem também nesse processo digitalização, a busca desses consumidores por personalização também.
02:06Como é que está se dando esse processo?
02:09Em função da mudança do perfil do consumidor e do que ele busca, esse processo passa a ser extremamente crítico.
02:17É preciso acompanhar quase que online as tendências do consumidor, o que ele está valorizando naquele momento.
02:24E isso no Brasil muda muito nas diversas regiões que nós temos.
02:29O que é valorizado, em quais canais é consumido, não só pelas classes de renda, mas também pelas gerações.
02:35Então, a utilização de tecnologia é crítica, eu diria que em quatro pilares principais.
02:43Um primeiro, mais interno para as empresas, estrutura e eficiência.
02:49Sem isso, você não consegue rentabilizar e trabalhar a operação da empresa como um todo.
02:55O segundo ponto, que seria o acompanhamento dessas tendências do consumidor, de uma forma fácil, rápida e objetiva.
03:06O terceiro, a inovação dos produtos, de acordo com essas tendências, nas suas formulações ou nas suas apresentações.
03:14E o quarto, na comunicação com o consumidor e disponibilização dos seus produtos.
03:19Uma comunicação clara, transparente e uma mensagem e disponibilização dos diversos canais existentes.
03:26Você diria que o consumidor também está mais preocupado com a relação custo-benefício do que ele compra?
03:32A relação de custo-benefício, ela é base, Turin.
03:35Ela é base.
03:36E o benefício, ele tem alterado muito no Brasil.
03:40Então, o que antes era benefício no nosso momento econômico, ele tem outras características que não só a usabilidade.
03:50Então, vem questões como saudabilidade, extremamente relevantes.
03:54Toda transformação que está acontecendo no setor de saúde, ele traz um nível de consciência maior do consumidor
04:01para tentar trabalhar a saúde preventiva, mesmo que seja para evitar os custos com os planos de saúde, com o sistema que nós temos.
04:11Ele traz mais consciência sobre as questões vinculadas com sustentabilidade.
04:16A economia circular faz diferença, muitas vezes, no momento de compra que ele tem, a embalagem descartável.
04:23Então, você tem uma percepção de outros fatores que não só tempo, duração, que existiam antigamente.
04:31Agora, tem um fator em novas gerações também, especialmente a famosa geração Z, entrando e balançando o mercado.
04:39Você preparou, inclusive, uma arte aqui para a gente apresentar. Vamos dar uma olhada?
04:43Vamos lá.
04:44Falar aqui de comportamento de consumo dependendo da geração, não é isso?
04:48Esse acompanhamento da proposta de valor que eu vou oferecer ao meu consumidor, ele varia de acordo às gerações e às geografias.
04:59E a exposição dessa proposta de valor e a experiência do consumidor nos diversos canais, ela é bem diferente.
05:08A geração Z, essa geração mais nova que nós conseguimos ver aqui em laranja, ela praticamente inicia o seu conhecimento sobre um determinado produto através, única e exclusivamente, de mídias digitais.
05:22Sejam através das propagandas tradicionais, dos influencers, e aí nós não temos mais só os influencers humanos, né?
05:30Os influencers digitais, eles são famosos e já passam a exercer uma mudança no comportamento de compra, quanto nos conteúdos e nas comunidades online que a geração Z participa.
05:43Mas nós podemos ver que as outras gerações também acessam e passam a conhecer os produtos através desses canais.
05:51Isso traz uma necessidade de consistência muito grande na proposta de valor e na exposição disso, desde lojas físicas até os canais virtuais e que a experiência seja real.
06:04Porque é muito difícil conquistar a confiança do consumidor, fazer ele efetivar ali o carrinho de compra naquele momento, mas é muito fácil de perder, né?
06:15E reconquistar custa muito caro.
06:18Então, essa consistência aí, ela é absolutamente crítica.
06:23Você falou de influenciadores digitais também, não necessariamente humanos.
06:26Só para a gente tentar tornar isso mais palpável, embora seja digital, Magalu, por exemplo, é um exemplo disso que você conhece?
06:34Isso, a Lu do Magalu, ela é uma influenciadora digital.
06:38E aí você tem a Bia do Bradesco, você tem vários outros que estão sendo criados pelas empresas.
06:45E tem um dado interessante nessa tua pergunta.
06:48Hoje, em torno de 65% dos consumidores nos disseram que eles já sentem uma experiência positiva na compra, tanto nas lojas físicas quanto nos canais digitais, decorrente de mudanças que foram feitas com inteligência artificial, por exemplo.
07:07Agora, o ESG, como é que você vem observando o ESG sendo trabalhado pelas marcas?
07:14Existe uma percepção de muita gente de que ele, vamos dizer assim, caiu em desuso.
07:17Ou passou a moda, de alguma forma.
07:20Como é que você está observando isso nas marcas?
07:23Na nossa última pesquisa, no final de fevereiro, essa tendência, ela continua.
07:28A valorização de produtos com embalagens sustentáveis, ela continua.
07:34Tem várias questões hoje vinculadas com aumento de matéria-prima que também tem influenciado para que as empresas tenham e permaneçam com práticas vinculadas.
07:44Porém, dependendo da classe de consumo, não necessariamente ele pagará mais por isso.
07:51Mas se for um pouco mais caro e estiver sustentável ou trouxer benefícios de saúde, ele vai selecionar aquela outra marca.
08:02E o volume de consumidores no Brasil que trocaram de marca nesse último ano foi muito maior do que nos anos anteriores.
08:12Inclusive, um crescimento das chamadas marcas brancas e um crescimento também no Brasil de produtos de segunda mão, vamos chamar assim,
08:23ou de mais brasileiros consertando, reformando ao invés de fazer compras novas.
08:30Quer dizer, o consumidor continua valorizando isso.
08:33Continua.
08:35Agora, para a gente encerrar aqui, Cristiane, onde é que a inteligência artificial entra nesse processo todo de transformação do mercado?
08:44Nossa, ele entra em praticamente tudo.
08:46Não só a inteligência artificial, inteligência artificial generativa, mas também algumas outras tecnologias emergentes.
08:53Internamente, a transformação estrutural das empresas, ela é crítica.
08:59A transformação do planejamento, acho que são cinco pontos principais.
09:04A transformação da cadeia de suprimentos, todo o processo de planejamento logístico, planejamento de demanda, distribuição,
09:12o casamento entre a necessidade de cada mercado e o que eu vou produzir na minha fábrica.
09:18Tudo isso pode ser extremamente acelerado e com as questões que nós vemos vinculadas a tarifas, a escassez de matéria-prima,
09:28ela passa a ser extremamente crítico.
09:30Então, cadeia de suprimentos.
09:31Inovação de produtos, nós temos 76% das empresas já usando, no Brasil, já usando a inteligência artificial
09:40para trabalhar as questões vinculadas com o desenvolvimento de novos produtos, formulações.
09:45Um terceiro ponto, vinculado ao acompanhamento do consumidor e a precificação, acertar a precificação no ambiente que nós estamos vivendo
09:55com reforma tributária, tarifas globais, novos mercados.
10:01Ela é complexa, ela é crítica.
10:04E um quarto ponto, que é trabalhar a personalização, que você perguntou, Turi, logo no começo.
10:09É como você adequa todos esses elementos e monta esse lego da melhor forma possível.
10:16Então, utilizando a inteligência artificial e também a parte generativa, o processo de aprendizado, ele é mais rápido.
10:23O varejo, nós temos 42% das empresas de varejo também com isso na sua proposta.
10:29E 90% dos executivos das empresas de consumo com algum projeto em andamento.
10:36Cristiane Amaral, sócia da UI, líder do segmento de consumo, produtos e varejo para a América Latina.
10:43Cristiane, prazer em te conhecer. Muito obrigado. Seja muito bem-vinda aqui ao Radar, você e todos os colegas da UI.
10:48Muito prazer, Turi. Prazer estar com vocês e com todo o nosso público.
10:52Muito obrigado.
10:53Uma ótima noite.
10:54Boa semana.
10:54Obrigado.
10:54Obrigado.
10:55Obrigado.
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