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O presidente Donald Trump anunciou a redução de tarifas sobre café, carne e frutas brasileiras. Caio Carvalho, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio, avaliou ao vivo os impactos e alertou: redução é tímida e competitividade segue em risco.

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Transcrição
00:00E após mais de seis meses de tarifa de 50% para produtos brasileiros,
00:04o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva que exclui itens agrícolas,
00:09como café, laranja e carne bovina, e outros também,
00:12de tarifas recíprocas anteriormente impostas às importações brasileiras.
00:17Impostas, né?
00:18Mesmo com essa notícia positiva, o setor produtivo brasileiro reage com cautela.
00:23Muito cuidado, para muitos a redução é tímida
00:26e não resolve os obstáculos competitivos mais estruturais.
00:30E é sobre isso que a gente vai ter uma conversa agora ao vivo.
00:32O Felipe Machado já está por aqui. Boa tarde, bem-vindo.
00:34Tudo bem? Boa tarde, Natália. Boa tarde a todos.
00:36Um ano aqui, né?
00:37Parabéns. Parabéns para você também. Parabéns para todos nós. Valeu.
00:41E a gente vai ter uma conversa agora ao vivo sobre isso, né?
00:45Com o nosso entrevistado que já está aqui no telão,
00:47que é o Caio Carvalho, que é da Associação Brasileira do Agronegócio.
00:53Presidente, tudo bem? Boa tarde, bem-vindo.
00:54Boa tarde, um prazer estar com vocês e parabéns pelo ano, hein?
00:59Muito obrigada, muito obrigada.
01:02E começamos a semana, né, Caio, falando dessa notícia que chegou na sexta-feira.
01:09Muitos setores levaram tempo ali, né, até entender qual que seria o impacto real,
01:14de quantos por cento a gente estava falando.
01:16Qual que é a avaliação de vocês nesse momento agora que tudo já foi compreendido?
01:20Esses 10 por cento. Eles ajudam ou deixam a gente em mais desvantagem ainda?
01:25A verdade, Natália e Felipe, a verdade é que a gente tem que olhar o conjunto da obra.
01:38Então, a verdade é que nós estamos com 40%, os outros não.
01:42Portanto, literalmente, sinteticamente, nós perdemos competitividade frente aos outros.
01:52E a demora de ter qualquer coisa ou qualquer solução vai nos empurrando para uma situação difícil,
01:59porque não há vazio nessas coisas, né?
02:06O espaço é preenchido.
02:09Então, a gente começa a ver competidores colocando produtos como tipos de café,
02:13entrando num espaço que normalmente é do Brasil.
02:16Enfim, nós estamos numa posição muito difícil.
02:19Exatamente. Felipe, seu ponto.
02:21Caio, boa tarde mais uma vez.
02:23Obrigado pelos parabéns em nome de todos nós.
02:26Caio, a gente estava analisando toda essa questão das tarifas, conversamos com vários especialistas,
02:32e a gente lembra que naquela primeira fase, um pouco antes da reunião do presidente Lula com o presidente Trump,
02:37a iniciativa privada estava pressionando bastante também para conseguir esse encontro,
02:42para tentar reduzir essas tarifas.
02:44Como é que está a situação agora?
02:46Você acha que depois que o encontro já foi realizado,
02:50a iniciativa privada precisa continuar pressionando para ver se a gente consegue reduzir as tarifas ainda mais?
02:54Sem dúvida, Felipe, é essencial continuar, e nós estamos continuando em todos os níveis,
03:03seja com as situações ou com empresas.
03:05E a gente nota lentidamente que, obviamente, produtos que recebem o suporte de produtores
03:14ou de empresas norte-americanas que usam os produtos brasileiros,
03:18que estão sentindo muita falta deles, nos ajudam nisso.
03:21O que fica claro para a gente nessa evolução toda é que a gente continua, de algum modo,
03:31nitidamente, digamos assim, na visão crítica política do governo americano
03:39em relação à forma como o Brasil atua, os discursos que o Brasil faz,
03:44o posicionamento do governo brasileiro, essencialmente.
03:49É claro que todos têm temor da capacidade competitiva brasileira e colocam dificuldades.
03:56Mas quando você vê, por exemplo, coisas como café ou cargo,
04:02que tem um impacto tremendo na inflação,
04:05mas você também tem máquinas e equipamentos de valor agregado
04:08que são muito importantes para empresas brasileiras
04:10que não têm como substituir da noite para o dia.
04:14Então, eu continuo a ver com muita preocupação,
04:19porque não sinto para o governo brasileiro, até então,
04:22nenhuma atitude, digamos assim, que possa apresentar alguma coisa
04:27que deixe os Estados Unidos da América menos irritados
04:32com a posição, de alguma forma, que eles chamam, ideológica do Brasil.
04:37Então, Caio, porque essa mudança recente,
04:41ela não se trata de uma negociação com o Brasil,
04:44de um acordo com o Brasil, foi uma decisão em caráter global,
04:49então, todo mundo acaba sendo beneficiado ali com esses 10%,
04:52inclusive o Brasil, mas a gente continua com essa desvantagem dos 40%.
04:57Quando você menciona que não vê o governo brasileiro
05:01oferecendo contrapartidas consistentes o suficiente
05:04para deixar Donald Trump feliz,
05:07o que você acha que teria que ser feito com mais intensidade?
05:12Colocar o que em jogo?
05:14A verdade é que você percebe lentamente,
05:17pensem comigo que sofro isso 24 horas por dia.
05:21A gente foi beneficiado com 10% a menos
05:25ou a gente foi crucificado com 40% e os outros não, né?
05:31Então, fica claro que qual é a diferença?
05:34É política.
05:35A questão é política.
05:37O Brasil tem que ter a maturidade
05:39para trabalhar politicamente essa questão,
05:42para estar aberto para ouvir as críticas,
05:44para não continuar criticando, criticando,
05:46mas ouvir as críticas e tentar interpretá-las
05:51com uma ótica de negociação.
05:52Afinal de contas, o Brasil sempre foi bem qualificado
05:55por ter bons negociadores.
06:00Caio, você vê algum espaço para essa...
06:03O que a gente acompanhou no início ali das tarifas,
06:06da aplicação das tarifas,
06:07era justamente críticas ao judiciário brasileiro,
06:10críticas à maneira como o Brasil estava tratando
06:12o ex-presidente Jair Bolsonaro.
06:13Mas essa questão da soberania, o presidente Lula usou muito isso,
06:17até a popularidade dele meio...
06:19Acabou voltando em relação a essa...
06:21Graças a essa postura um pouco mais soberana.
06:24O senhor acredita que ainda é possível discutir nesses assuntos
06:28ou é isso já uma questão que já estava no passado
06:32e a gente deve olhar para frente e tentar outras maneiras de negociação?
06:37Eu acho, Felipe, você coloca tão claro,
06:40eu preciso responder claramente para você.
06:42Eu acho que o Brasil não se posicionou em nenhum momento
06:47de alguma forma.
06:50O Brasil nunca soltou nenhum sinal sequer,
06:54a não ser quando foi muito pressionado por as tarifas desse tamanho
06:59e, de algum modo, sempre com muito receio de conversar
07:03com o presidente dos Estados Unidos.
07:05É uma questão absolutamente política, não é uma questão técnica.
07:09É uma questão política.
07:11O Brasil assume posições políticas e tem que revê-las
07:16ou fazer com que todos nós passem pelo que nós estamos passando.
07:21Caio, e para a gente finalizar, eu queria esmiuçar um pouquinho melhor
07:28essa medida de Trump e quero ver se você me ajuda com isso,
07:31porque parece que ela tem um efeito retroativo, é isso?
07:35Com a possibilidade de reembolso de parigas, tarifas já pagas.
07:39Na prática, como é que funciona isso
07:41e como que os setores de café, de carne bovina e de frutas
07:45conseguiriam recuperar pelo menos uma parte de um prejuízo?
07:49Sabe, é uma coisa subjetiva, difícil de você avaliar
07:55como é que você avalia uma coisa dessa, como é que se faz os cálculos.
07:59Eu acho isso tudo muito subjetivo e confesso a você que nem fiz cenários
08:05ou trabalhamos com cenários de possibilidades.
08:08A minha preocupação continua a ser muito maior do que isso.
08:11Quer dizer, quem tem tarifa de 40% está fora do jogo.
08:15Essa é a síntese de quem olha, vamos dizer assim, com uma visão de proa.
08:23Eu estou fora do jogo para um país tão importante quanto esse,
08:28para um país que é o nosso parceiro desde que o Brasil virou gente,
08:34que é a grande força global, a grande força das Américas
08:37e que vem negociando com países outros nas Américas.
08:41Então, eu acho que esse olhar de poupa não vai nos levar a nada.
08:51O olhar de proa, sim, esse pode nos levar.
08:54E aí é que a gente sente um vazio, até porque não sabemos os detalhes também
08:59de como é que o Itamaraty está conversando, ou como está conversando.
09:03Mas confesso que não vejo, até então, nenhuma ação efetiva de processo negocial até o momento.
09:14Tá certo.
09:14Caio Carvalho, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio.
09:18Muito obrigada pela participação com a gente.
09:20Tendo novidades, por favor, volta para compartilhar.
09:23Boa tarde, boa semana.
09:24Boa tarde, um prazer estar com vocês.
09:26Boa sorte.
09:27Valeu, Caio.
09:28Boa tarde, boa tarde.
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