Exportações ganham fôlego com mais volume embarcado mesmo com tarifaço

TIMES BRASIL - LICENCIADO EXCLUSIVO CNBC

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://timesbrasil.com.br/guerra-comercial/

🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC nas redes sociais: @otimesbrasil

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasilCNBC

Categoria

🗞

Notícias

Transcrição

Exibir transcrição completa do vídeo

00:005,51. Mesmo com o tarifácio dos Estados Unidos, as exportações do agronegócio brasileiro chegaram

00:13em outubro a 15,5 bilhões de dólares, 8,5% a mais do que em outubro do ano passado e o maior

00:21número já registrado para o mês são dados do governo federal. Os preços médios internacionais

00:27caíram, o que puxou os resultados foi o maior volume embarcado de soja, carnes, café, açúcar

00:34e outros produtos. Os dados mostram o esforço do agro brasileiro em encontrar mercados alternativos

00:41durante essa alta taxação no mercado americano. Para entender como esse movimento reposiciona

00:48o Brasil no mercado global, eu converso com o Cláudio Pinheiro Machado da FIA Business School.

00:53Cláudio, boa tarde para você, tudo bem?

00:55Boa tarde, Fábio. Obrigado pela oportunidade.

00:59A gente que agradece pela sua disponibilidade em conversar aqui com a gente.

01:05Cláudio, como é que o agro brasileiro ou os diferentes setores, os diferentes produtos

01:11vêm encontrando esse ambiente para se reposicionar, para buscar mercados alternativos?

01:17Tem produto que encontra com mais facilidade? Para outros produtos o processo é mais difícil,

01:22é mais lento?

01:22Olha, Fábio, o agro tem uma complexidade de cadeias produtivas muito grande, então,

01:30para a gente fazer uma análise ampla, teria que se olhar as várias cadeias e as especificidades

01:40de cada setor. Agora, colocando de uma forma geral as principais cadeias nas quais o Brasil

01:47atua no mercado internacional, a gente observou exatamente essa acomodação ou essa tentativa

01:56de se adaptar a um novo contexto, a uma nova realidade com o tarifaço, enfim, o Brasil tendo

02:03que correr para abrir novos mercados, os players do mercado brasileiro buscaram se adaptar a essa

02:11realidade, tendo uma posição mais proativa em busca de clientes e também a busca de negociação

02:20com aqueles afetados, especialmente no mercado americano, com aqueles parceiros que importavam

02:27produtos do agro. Então, a gente teve esse movimento em relação aos Estados Unidos e em relação

02:34a outras partes do mundo, especialmente Europa e Ásia, a busca de novos mercados para o reposicionamento

02:41dos produtos do agro.

02:44América Latina, a gente pode citar também como um espaço com bastante oportunidade a ser explorada

02:50pelo agro brasileiro?

02:53Sim, sim, até porque, na verdade, a gente tem uma proximidade do ponto de vista não apenas

03:00logístico, mas também sobre aspectos culturais e hábitos de consumo também, o que facilitam

03:08essa inserção maior nossa dentro do próprio mercado da América Latina.

03:13Agora, um ponto a destacar, Fábio, eu acho que o Brasil ainda tem muito espaço a conquistar

03:21no mercado internacional, no mercado global. De certa forma, a gente tem um cenário hoje,

03:27se a gente olhar numa perspectiva de médio prazo, muito interessante de ser explorada.

03:33O Brasil é um país que tem um potencial de oferta estável e crescente, em boas condições

03:40do ponto de vista da regularidade, um ambiente do ponto de vista da sustentabilidade, de crescimento

03:51de oferta dentro de padrões de sustentabilidade adequados. O Brasil é um dos poucos países

03:57onde a gente ainda consegue aumentar a produção dentro de conformidades ambientais.

04:03E o Brasil, historicamente, a gente foi mais comprado do que a gente se vendeu lá fora.

04:11Então, eu acho que a gente está também num processo de virada de chave, de ser mais

04:17proativo no mercado internacional. E nesse sentido, eu acho que a gente tem muitos elementos

04:22favoráveis para avançar nos próximos anos nesse cenário global.

04:27Na última sexta-feira, os Estados Unidos retiraram as chamadas tarifas recíprocas,

04:34eles chamam de tarifas recíprocas, de uma lista de produtos do agro.

04:38Isso para todos os países que fornecem para o mercado americano, Brasil um deles.

04:42Agora, no caso do Brasil, isso significou passar de uma tarifa ou de uma sobretaxa de 50% para 40%.

04:48Que tipo de impacto pode ter essa retirada para o nosso agro?

04:54Então, foi uma certa ducha de água fria, que na verdade, que os exportadores brasileiros tiveram,

05:02principalmente o café, que teve um impacto mais direto.

05:06O setor da carne também, embora a nossa exportação de carne seja, enfim, muito direcionada para a Ásia,

05:15especialmente para a China, não sofreu tanto impacto.

05:19Mas, de fato, no café, numa perspectiva de curto prazo, a gente poderá sentir esses efeitos, sim.

05:27Até porque os nossos concorrentes principais, Colômbia, Vietnã, ficaram com tarifa zero.

05:34Então, eles estão em um momento agora de colocar a safra deles no mercado americano,

05:39enfim, uma certa acomodação que ocorrerá, e o Brasil poderá perder espaço nessa perspectiva de curto prazo.

05:46Talvez o fator até mais relevante, no caso de café, que é uma das cadeias dos grandes players,

05:53mais afetado pelo tarifaço, seja a possibilidade de uma mudança de padrão de consumo no mercado americano.

06:02As nossas variedades de café fazem parte do blend, muito bem estabelecido no padrão do paladar americano.

06:15Com essa mudança, vai mudar um pouquinho o paladar, sem a oferta dos produtos brasileiros, na mesma escala,

06:25e o risco é os americanos se acostumarem a esse novo paladar,

06:31enfim, essa perspectiva de avanço de outros países no mercado americano,

06:38se consolidar e a gente perder parte desse mercado.

06:42Mas eu vejo que numa perspectiva de médio prazo, isso poderá ter uma adaptação,

06:47até com a busca de novos mercados.

06:49E um outro fato, Fábio, as negociações ainda continuam.

06:54Então, existe a possibilidade de que, enfim, esses 40% que a gente ainda tem de tarifa

07:01possa cair, se não a zero, mas numa taxa bem menor,

07:05que nos torne ainda competitivos no mercado americano.

07:09Cláudio Pinheiro Machado, da FIA Business School.

07:12Cláudio, obrigado pela gentileza da sua análise aqui, uma boa tarde pra você.

07:16Boa tarde, Fábio, obrigado a você e a todos que nos assistem aqui.

07:20Valeu.

Seja a primeira pessoa a comentar

Adicionar seu comentário

Recomendado