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Uma pesquisa recente mostra que grande parte dos brasileiros é favorável a tratar as facções criminosas como grupos terroristas, o que alteraria a forma de combate a esses grupos.

No Visão Crítica, especialistas em segurança pública debatem as consequências legais e operacionais dessa medida.

Confira o programa na íntegra em: https://youtube.com/live/EJY9M4xijUA

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Transcrição
00:00E falam de bobagem sobre o assunto? Não tá escrito, né?
00:03Eu brinquei até antes de começar, falam que nós vamos vir...
00:06É o Salvador, é o nosso modelo.
00:07Tem gente que não sabe aqui, os parlamentares, nem onde fica é o Salvador.
00:11Se colocar o mapa da América Central, não tá falando sobre coisas e não sabe.
00:14É o ignorante, como falava minha avó, fala porque tem boca.
00:17Então eu pergunto a você, uma pessoa séria, um estudioso, um jurista,
00:21concretamente, transformar uma organização criminosa,
00:24pra quem nos acompanha, PCC, Comando Vermelho, ADA, etc.,
00:29em organização terrorista. Muda alguma coisa?
00:34Prática, que na prática judiciária não muda nada, tá?
00:38Porque todos os mecanismos hoje que nós temos na lei de organizações criminosas,
00:42que são bastante intensos, bastante potentes, eles são os mesmos.
00:47Não há como inventar a roda.
00:50Acontece que, além da questão populista de ganhar votos, né?
00:54E se busca aí, botar etiqueta de organizações assimiladas a organizações terroristas,
01:02isto, no dia a dia do Poder Judiciário, não muda absolutamente nada, né?
01:09Pode-se aumentar penas sem necessariamente vincular a etiqueta a esse nome terrorismo.
01:16Agora, o que acontece, Vila, que na legislação norte-americana,
01:20como eles fizeram, por exemplo, no Irã, ao bombardear aquela parte nuclear que lá teve,
01:27sempre é sobre a justificação de combater o terrorismo internacional.
01:31Então, dentro dos Estados Unidos, a partir do momento que se classifica um grupo como terrorista,
01:37com um terrorismo internacional, de narcoterrorismo,
01:40ali há uma janela na legislação americana para se ter uma intervenção fora de suas fronteiras.
01:48O que acontece é que lá, formalmente, precisaria ter uma aprovação do Congresso.
01:53Não é guerra, mas é uma ação pontual contra o terrorismo internacional.
01:58Então, isso abriria uma possibilidade, aliás, que, cá entre nós, facilitaria para os Estados Unidos,
02:04porque os Estados Unidos podem declarar unilateralmente determinados cartéis como terroristas, como já fizeram.
02:12Então, assim, se os Estados Unidos quiser, ele declara aqui PCC, Comando Vermelho, como narcoterrorismo,
02:19e se eles quiserem fazer intervenção, eles vão fazer porque ninguém pode lidar com um grande poderio militar norte-americano,
02:27como eles têm feito, aliás, já na Venezuela.
02:29Ela já tem feito ao catalogar aqueles grupos todos, como também narcoterrorismo internacional.
02:36Então, assim, é mais... eu vejo um movimento político.
02:40Agora, há uma confusão, Vila. Por que terrorismo?
02:43Existe uma confusão, Vila.
02:45Porque esses grupos, sobretudo no Rio de Janeiro, eles impõem o terror nas comunidades.
02:50O sentimento de terror.
02:52A população lá está aterrorizada, a população é extorquida, são fascínoras, são criminosos da pior qualidade, da pior espécie, violentos.
03:01O que eles fizeram com o Tim Lopes?
03:03Colocaram o jornalista Tim Lopes no que eles chamam de micro-ondas, dentro de pneus e queima a pessoa viva.
03:09Os vídeos de execuções, de torturas, de estupros.
03:14Eles têm um tribunal paralelo.
03:16Então, assim, o que está se construindo no Rio de Janeiro, graças à ausência do Estado, né?
03:21Porque na lacuna do Estado o crime organizado toma conta.
03:25Então, eles aprenderam com as organizações ali paramilitares, ali que foram se instalando.
03:32E passaram, como já se fala abertamente, todo mundo já sabe disso, a explorar ali gás, internet, aluguel de vaga de carros, cobranças, extorsões.
03:43Extorsão atrás, extorsão.
03:44Então, a população, ela se sente aterrorizada.
03:48E esse sentimento de pessoas aterrorizadas leva, então, politicamente, no nível político a se dizer, é terrorismo.
03:58Então, mas tecnicamente, isso nada vai mudar.
04:03Na verdade, é mais uma questão midiática do que uma questão estritamente jurídica.
04:10Agora, a lei, se quiserem mudar a lei, eles vão mudar.
04:12Muda o tipo de terrorismo, criam um crime especial, que hoje não é.
04:16Criam, fazem uma equiparação.
04:18Mas, assim, é mais um populismo penal do que efetivamente a prática.
04:24Para combater o que está acontecendo no Rio de Janeiro, nós precisamos, como fez São Paulo, com inteligência.
04:29Nós precisamos de sufocamento financeiro.
04:32Nós precisamos de Estado presente.
04:33Nós precisamos da união do Governo Federal, do Governo Estadual e do Governo Municipal.
04:40Agora, não é só mudar a lei e achar que isso resolveu.
04:44Não vai resolver.
04:45Pode mudar essa lei.
04:46Que daqui, se não tiver realmente a política pública, como fez São Paulo aqui, daqui um ano, a situação vai estar idêntica.
04:55Lembra quando tinha as UPPs?
04:57As UPPs, à noite, eram metralhadas.
04:59Não existe mais UPP, para quem não sabe, eram postos policiais dentro das comunidades, dentro das favelas.
05:06Agora, São Paulo também tem outros desafios, né?
05:09Além da questão da escracolândia, nós temos comunidades aqui enormes, né?
05:16E com problemas muito difíceis.
05:18Não chega perto do que acontece no Rio de Janeiro.
05:22Mas São Paulo, nós temos grandes comunidades, grandes favelas.
05:27E ali que o crime organizado também está dominando em São Paulo.
05:31E aí, a questão do urbanismo, ela complica muito.
05:34Então, nós precisamos ter, nesse ponto, necessariamente, a intervenção do governo para a urbanização das favelas.
05:43Nós precisamos construir vias de acesso, não mais vielas.
05:47E lidar com pessoas é muito difícil.
05:49Você precisa fazer o recente, precisa construir os prédios, precisa realocar as pessoas.
05:53Ou seja, o programa urbanístico, na minha ótica, é fundamental para o combate efetivo à criminalidade.
06:01Você se veja como uma questão complexa.
06:04Não é fácil.
06:05Fazer discurso é tranquilo.
06:07Mudar uma realidade concreta.
06:09Por isso que eu acho que o caso de São Paulo, ele pode servir de exemplo,
06:14eu concordo com o doutor Romante e tinha feito isso na introdução, ao Brasil.
06:18Não é que não deve mudar a legislação.
06:19Tudo bem, tem de se debruçar sobre a legislação.
06:22Entender que a população está aterrorizada.
06:24É verdade.
06:25Não é fácil você conviver em situações como a do Rio de Janeiro.
06:28Que você está sob domínio, sequestrado a um Estado dentro do Estado.
06:32Isso é intolerável, inaceitável.
06:34Isso não pode existir, pode ser alguma.
06:36Mas lembro que essas intervenções...
06:38Lembra que a intervenção da segurança pública final, o governo Temer, no Rio de Janeiro,
06:42só na área de segurança pública, conseguiu melhorar a situação concreta?
06:46Infelizmente, não.
06:47O trabalho foi com boa vontade feito na época, pelo Exército Brasileiro.
06:52Teve, mas só na área de segurança.
06:54Mas, depois que saíram as forças de segurança, o crime organizado retomou.
07:00Por isso que a discussão de São Paulo é interessante.
07:03É como...
07:03E aí eu passo para o Vilar, Tenente Coronel.
07:07Como evitar...
07:08O senhor estava falando no final sobre isso.
07:10A discussão é tão boa que daqui a pouco já estamos terminando o programa.
07:13Mas, como evitar que o crime reocupe aquele espaço que as forças da ordem ocuparam,
07:21deram vida àquela população que passou a ter vindo, o negociante passou a ter o seu próprio negócio,
07:26o morador passou a ter, quem circula passa a circular livremente.
07:30E no caso particular da chamada Cracolândia, ali do lado, na ponta, tem a favela Moinho.
07:36Que quem, você que não é de São Paulo, entra no site de busca, ela vai aparecer.
07:41Aí você vai ver que é uma espécie de triângulo, lá na ponta, tem a favela Moinho.
07:46Como evitar...
07:47Há uma ocupação da favela Moinho também.
07:49Ela era o centro de distribuição de drogas.
07:52E como evitar essa...
07:53O senhor falou que é um trabalho de 24 horas, Prefeitura e Estado.
07:57Como é isso?
07:58Explicar um pouquinho mais isso e o papel, se é que existe ainda, da favela Moinho como fornecedor de drogas.
08:03Para realmente destacar a diferença das intervenções e a situação aqui da região central da Cracolândia,
08:14das cenas de uso, com a situação do Rio de Janeiro.
08:17Então, é uma situação de domínio territorial que nós tínhamos aqui em ruas,
08:22mas nós não tínhamos um domínio territorial de todo o centro,
08:26diferente da questão geográfica do Rio de Janeiro.
08:28E até a maneira como a polícia fazia o contato e começava a interagir com esse território,
08:36nós não tínhamos ninguém com fuzil no meio do fluxo, no centro de São Paulo.
08:40Então, é uma situação que a gente tem que entender essa diferença,
08:45porque os meios iniciais de intervenção, especialmente policial,
08:49eles têm realmente que fazer frente ao poderio bélico dos criminosos.
08:55Então, é uma situação que a gente tem que entender o que é o que é o que é o que é o que é o que é o que é o que é o que é o que é.
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