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Transcrição
00:00Doutor Rafael, o que significa ser como advogado no campo do direito, especialista em direito ambiental e mudanças climáticas?
00:08Olha, vou te contar uma história um pouco pessoal aqui.
00:13Eu também via, como muita gente pode estar pensando, essa questão das mudanças climáticas como algo assim paralelo,
00:23algo que não atingisse isso diretamente de todo ser humano.
00:27Fora a questão, logicamente, que é super legal que nós temos, que é o clima nosso.
00:34Mas, sou de um estado, do estado do Paraná, em que a atividade agrícola é o motriz do estado.
00:42Consequentemente, nós tínhamos que nos preparar, enquanto advogados e operadores de direito na região,
00:48para entender o que, por exemplo, o professor, o doutor Fábio Feldman tocou nessa questão do protocolo de que outro,
00:55que foi uma das COPs, se não me engano, a COPs de 97, foi uma das COPs mais simpáticas,
01:00porque ela instituiu formas de países subdesenvolvidos, ou países que na época eram tratados no anexo 2,
01:08que poderiam contribuir preservando o meio ambiente, ou seja, por meio de preservação de florestas,
01:14ou construção em deses de florestas, ou redução de emissões,
01:19para que se pudesse buscar uma vantagem monetária para o agricultor,
01:24que isso seria trocado, seja no mercado voluntário, na época existia um mercado oficial bem aquecido ainda,
01:32para que o agricultor, principalmente, ele tenha a visão de que ele pode contribuir para o meio ambiente,
01:40mas também ter um ganho econômico com isso.
01:42Eu acho que a exploração que o governo pode fazer, já fez muito, mas ainda pode fazer em uma interface,
01:49isso é vital para um país que tem um terço, praticamente, do nosso PIB envolvido com o agronegócio.
01:58Fábio Feldman, tem uma questão para, não sei se eu estiver errado, me corrija e tal,
02:04mas, para muitos que acompanham essa discussão sobre o meio ambiente,
02:09ela está envolvido em questões também políticas e ideológicas,
02:12e nem sempre se sustenta as questões científicas,
02:15fica meio perdido nessa discussão.
02:16Isso eu falo da linguagem comum, meio do senso comum.
02:19Então, quando eu falo, vamos preservar a floresta amazônica,
02:23e para isso teria, entre aspas, um preço.
02:26E, ao mesmo tempo, as florestas do Congo e da Indonésia,
02:29que seria uma certa continuidade, né?
02:31É só lembrar que o Congo é na África, a Indonésia,
02:34nós já estamos falando já na Ásia e a Oceania, né?
02:37Já, eu digo isso porque, quando eu estudava geografia na escola,
02:41era sério, a gente precisava conhecer muito bem os continentes,
02:44e hoje, nem sempre é assim.
02:46Então, por isso que eu brinco, sempre entre num site de busca,
02:49para ver direitinho.
02:50A Indonésia é o maior país muçulmano do mundo,
02:53você sabe que não é árabe e tal, e é um grande arquipélago.
02:56Bem, eu pergunto a você, com a sua larga experiência,
03:00como é possível, entre aspas, vender a conservação do meio ambiente?
03:04Isso se concretiza efetivamente?
03:06Esses países que têm esse ativo, vamos chamar assim, natural,
03:11com o Brasil, Congo, Indonésia,
03:12então, falando especificamente do Brasil,
03:14efetivo, isso se... ou fica só naquela conversa,
03:18cria-se o fundo da Amazônia, corta, amplia, existe...
03:21Concretamente, de que forma o Brasil pode ser favorecido
03:25pela conservação da Amazônia?
03:28Olha, a Amazônia é muito importante no clima do planeta.
03:32Quer dizer, a supressão da floresta amazônica
03:37teria um grande impacto no aumento da temperatura do planeta.
03:41Então, essa é uma discussão que já vem há muitos anos.
03:44Quer dizer, que tipo de compensação você teria
03:47dos países desenvolvidos para esses países
03:51portadores das grandes florestas tropicais,
03:53como você falou, que é o Congo e a Indonésia.
03:56E agora, eu acho que um dos resultados da COP é a criação de um fundo,
04:02que é um fundo que, inclusive, não será apenas de governos,
04:05mas o setor empresarial vai poder contribuir exatamente
04:10para a questão que foi colocada pelo Rafael,
04:14que é uma compensação para os países portadores de florestas tropicais.
04:19Agora, no caso do Brasil, é importante assinalar
04:23que grande parte do desmatamento é absolutamente ilegal.
04:29E que hoje, na Amazônia, a gente estava até conversando,
04:33quem promove o desmatamento na Amazônia é o crime organizado.
04:37Então, eu coloco isso porque essa discussão que tem até um consenso
04:43que a floresta em pé vale mais que a floresta derrubada,
04:48mas esse argumento não vale para o crime organizado.
04:50Porque o crime organizado, o que ele promove?
04:54A grilagem, as queimadas, portanto, ele está fora dessa discussão
05:00à medida em que você não vai dizer,
05:02olha, mantenha a floresta porque você vai ter uma compensação.
05:07Agora, o reconhecimento de que as florestas,
05:11o desmatamento é uma das grandes causas do aquecimento global,
05:16ela surgiu a partir de 2007, o relatório do IPCC,
05:20você falou de ciência, uma das, na minha opinião,
05:24criações mais geniais do século passado foi o IPCC,
05:27Painel Intergovernamental de Mudança do Clima.
05:29Por quê?
05:30Porque, ao contrário do que os negacionistas dizem,
05:34o IPCC não produz ciência.
05:35O IPCC compila a ciência que está sendo produzida no mundo inteiro,
05:41inclusive registra divergências,
05:43são relatórios muito longos, com páginas e páginas de bibliografia,
05:49e com um lado interessante, Vila,
05:51que o sumário é submetido aos governos.
05:55E por que ele é importante ser submetido aos governos?
06:00Porque isso cria um vínculo ético e moral dos governos
06:03com os resultados do IPCC.
06:05Isso, na minha opinião, é muito importante.
06:09Então, nós já temos ciência, dizendo da gravidade do problema,
06:14da urgência do problema, e voltando ao COP,
06:17por isso que a própria Marina, o embaixador André Corrêa do Lago,
06:22e a Ana Toni, que são os grandes líderes da COP,
06:25dizem que essa tem que ser a COP da implementação.
06:27E o grande desafio é o combustível fóssil.
06:31O Brasil tem como principal fonte de emissão o desmatamento e as queimadas,
06:38da Amazônia e agora do Cerrado,
06:40mas o grande desafio é a substituição do combustível fóssil.
06:45E aí entra a questão, como você colocou no começo do programa,
06:48da geopolítica.
06:50Quer dizer, hoje, ao contrário de alguns anos atrás,
06:54eu acho que os interesses, especialmente da indústria petroleira,
06:58estão muito presentes nessa discussão.
07:01E, de certa maneira, é a indústria petroleira que financia uma parte do negacionismo
07:07pseudo-científico que tem aí.
07:09Porque, enfim, nós vamos ter que abrir mão do petróleo o quanto antes.
07:13Doutor Nalini, o senhor, em certo momento,
07:18da sua intervenção, deixou implícito, por exemplo,
07:21que a não vinda dos Estados Unidos, a COP30,
07:26e o desinteresse do governo norte-americano
07:28em relação às metas estabelecidas,
07:31deixa, claro, lembrar você que nos acompanha,
07:35em parênteses, as Unidas e as Chinas são os dois maiores poluidores do mundo.
07:39Eu pergunto ao senhor, ou inclui a China nessa história?
07:42Vai estar presente, vai estar com a sua delegação,
07:45e que também é um dos maiores poluidores junto com os Estados Unidos.
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