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Reinaldo Bonnecarrere, vice-presidente internacional de biológicos da Indigo, explicou como práticas regenerativas podem reduzir emissões agrícolas em mais de 20% e transformar o sequestro de carbono em nova fonte de renda para o agricultor.

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Transcrição
00:00A gente vai seguir nessa pauta da COP30 falando agora sobre o papel da agricultura na preservação ambiental.
00:06Eu converso com o Reinaldo Boncarrer, ele é vice-presidente internacional de biológicos da Índigo.
00:13Reinaldo, boa noite, obrigada por ter aceitado o nosso convite.
00:16Como é que a Índigo coloca em prática essa ideia de rentabilidade e de sustentabilidade na agricultura?
00:24Primeiro prazer, obrigado pelo convite, um prazer estar aqui com vocês falando sobre esse tema tão importante.
00:28A Índigo coloca isso no centro valorizando o trabalho do agricultor e sempre procurando que o agricultor seja remunerado por essas práticas de sustentabilidade.
00:39Eu acho que como o mercado já entendeu, se a gente não valorizar o trabalho do agricultor e não remunerar ele por isso, o engajamento dele não vai ser o esperado.
00:51Então a gente sempre procura que nossos produtos sejam voltados ao agricultor e traga mais rentabilidade pra ele, que é um tema tão importante hoje na agricultura.
00:58Como a gente melhora a rentabilidade desse agricultor.
01:01A descarbonização da atmosfera é hoje a meta climática mais importante?
01:06É uma das metas muito importantes, se não a mais importante, e a agricultura tem um papel fundamental nisso.
01:13A gente sabe que a agricultura tem um potencial muito de descarbonização.
01:17E aí eu gostaria de trazer o exemplo que o Brasil e os países tropicais têm um papel fundamental nisso.
01:22A agricultura tropical tem um potencial muito grande de alimentar a população mundial.
01:28E se você trouxer práticas de agricultura que a gente chama regenerativas, a gente consegue em muito que a gente produza mais numa determinada área
01:37e a gente consiga aumentar o quanto de carbono a gente consegue sequestrar num solo ou diminuir emissões durante a produção agrícola.
01:45É possível avançar nessas soluções ambientais sem acabar aumentando o risco pra segurança alimentar global?
01:54Sim, com certeza. Eu acho que todas essas práticas de descarbonização, agricultura regenerativa, eles têm esse propósito também.
02:02E aí a gente pode citar outros exemplos. Quando a gente fala de agricultura regenerativa, a gente fala de práticas agrícolas que, por exemplo, no Brasil,
02:10são muito conhecidas e a gente já pratica isso de longa data. Eu gosto sempre de trazer o exemplo do plantio direto.
02:17O plantio direto é uma revolução na agricultura brasileira. O Brasil é um exemplo de agricultura de plantio direto,
02:23onde mais de 90% do plantio de grãos e de cereais no Brasil é feito através do plantio direto,
02:28que é uma das práticas que faz com que essa descarbonização aconteça.
02:32E outra revolução que a gente teve na agricultura foi o uso de insumos biológicos,
02:37onde os insumos biológicos hoje no Brasil vêm para substituir defensivos químicos utilizados na agricultura
02:43muito mais agressivos ao meio ambiente e à saúde humana.
02:46Se a gente fizer uma comparação com outras atividades, há dados sobre as emissões de carbono da produção agrícola?
02:55Existem dados de aumento da quantidade de carbono emitida, mas também há dados de como a gente consegue reduzir.
03:04Você, com práticas de agricultura regenerativa, você consegue reduzir em mais de 20% as emissões que aquele cultivo pode fazer.
03:12Porque, basicamente, o que a agricultura faz é capturar carbono da atmosfera e transformar isso em alimento.
03:20E o grande ponto de você trabalhar essas práticas de agricultura, onde você reduz as emissões,
03:27é você fazer uma agricultura mais racional, o melhor uso de insumos e insumos que agridam menos no meio ambiente.
03:33E, com isso, você consegue fazer reduções bastante expressivas nas emissões.
03:37Sem falar no potencial que a agricultura tem de sequestrar carbono em solo.
03:41Então, o grande potencial que a agricultura tem é você conseguir fazer o sequestro de carbono em solo.
03:46Quando os sistemas agrícolas consigam fazer essa quantificação de quanto você sequestra de carbono em solo
03:54e você remunerar o agricultor por isso, e hoje existem programas, e a Índigo é uma das empresas pioneiras nesses programas,
04:02onde a gente valoriza o agricultor por sequestrar carbono em solo, faz essa quantificação
04:07e coloca esses créditos de carbono no mercado internacional, onde compradores adquirem esses créditos de carbono,
04:15você consegue esse ciclo virtuoso com o agricultor de fazê-lo ter práticas de sequestro de carbono em solo e remunerá-lo por isso.
04:22É como definir uma agricultura de baixo carbono, para quem não está muito familiarizado com isso?
04:28Geralmente, você começa a definir uma agricultura de baixo carbono em baselines que você estabelece.
04:36Então, por exemplo, hoje a gente sabe quanto que uma lavoura de soja produzida num método convencional de agricultura
04:43tem de balanço de carbono.
04:44Então, quando você traz uma agricultura de baixo carbono e remunera o agricultor por isso, você parte desse baseline.
04:53Então, você faz um estudo para aquela condição agrícola, para aquela condição, por exemplo, do cerrado brasileiro de produção de soja,
04:59e você diz, a quantidade de carbono emitida para produzir uma tonelada de soja nesta região é determinada, é X,
05:08e você faz práticas para você fazer X menos alguma coisa.
05:11Esse menos alguma coisa é o que você remunera o agricultor por essa redução de emissões
05:16e esse mercado compra esses créditos ou remunera o agricultor por um grão produzido com uma pegada mais neutra de carbono
05:25para que o agricultor tenha esse incentivo financeiro para a parte econômica da sustentabilidade também ser trazida para o agricultor.
05:33Por que que ainda não se conseguiu um consenso, chegar a um consenso sobre práticas ambientais e sustentáveis
05:41a serem adotadas por todos os países? É muito difícil chegar nesse consenso?
05:47É difícil, tem a questão de dificuldade das técnicas, tem a questão cultural também,
05:53mas tem a questão principal é realmente que essas práticas nunca levaram em consideração o agricultor
05:59e valorizar o trabalho do agricultor e remunerar ele por isso.
06:03O grande ponto de você remunerar um agricultor por essas práticas é quanto você consegue ser assertivo
06:09nas quantificações que você faz e você consegue certificações para isso.
06:13Por exemplo, um comprador de crédito de carbono, ele não remunera, ele não compra esse crédito
06:18se ele não tiver uma certificadora por trás.
06:20Então se você não tem esse seu crédito certificado, o mercado não aceita esse crédito
06:27porque não consegue essa validação.
06:29E o grande ponto em você certificar é que está o desafio da tecnologia e da ciência.
06:34Você quantificar carbono em solo, quanto o agricultor conseguiu sequestrar de carbono,
06:41você demanda de uma série de técnicas, projetos, modelagem na agricultura
06:47que você consiga quantificar e essa quantificação ser certificada.
06:51Aí um comprador internacional vai lá e compra esse crédito porque ele acredita.
06:54Porque um comprador de crédito de carbono, ele não compra um crédito gerado hoje
06:58que amanhã ele não é gerado mais.
06:59Esse é um crédito que tem que se perpetuar.
07:03Então um agricultor entra num programa de crédito de carbono, ele não entra por um ano,
07:07ele entra por um período de 100 anos, ele não pode voltar atrás.
07:10E todo esse sistema tem que garantir que esse agricultor permaneça nesse programa.
07:15porque o comprador ele compra um programa de longo prazo.
07:18Então esse é o grande desafio, como você cria projetos que sejam certificados
07:24e que você garanta que aquele crédito continua sendo gerado
07:27porque o comprador demanda isso desse mercado.
07:30Reinaldo, muito obrigada.
07:31Um prazer te receber aqui.
07:32Você fala com muita paixão, é muito legal.
07:36Obrigada mesmo, boa noite para você.
07:37Obrigado a você.
07:45Obrigado.
07:46Obrigado.
07:47Obrigado.
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