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A comentarista Tatiana Sasson explicou como funcionam os mercados de carbono regulado e voluntário, as oportunidades para o Brasil e os desafios para transformar potencial em liderança global. Veja como o país pode gerar créditos de alta integridade e incentivar a redução de emissões.

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Transcrição
00:00Ainda aqui no Fast Money, muito se fala hoje em dia sobre os créditos de carbono
00:04como uma das principais ferramentas para financiar a transição climática.
00:09Só que ainda tem bastante confusão sobre como esse mercado funciona,
00:13quais são os diferentes tipos de mercado de carbono,
00:16qual é o papel do Brasil nessa agenda.
00:19O país tem vantagens competitivas enormes,
00:21mas também enfrenta desafios enormes para transformar esse potencial em realidade.
00:26E a gente vai ouvir sobre esse assunto a Tatiana Sasson,
00:28que é a nossa comentarista, a Head de Impacto da Light Rock.
00:32Já está aqui no estúdio também, Tati.
00:33Tudo ótimo, obrigada.
00:34Tudo jóia.
00:36Bom, vamos lá. Conta para a gente, Tati, quando se fala então de crédito de carbono,
00:40do que exatamente a gente está falando?
00:41Porque é tão vago, né? É difícil tornar isso palpável, mas tenho certeza que você vai conseguir.
00:46Bom, é um tema que a gente tem falado cada vez mais,
00:49é um tema antigo, surgiu desde o protocolo de Kyoto, ou seja, mais de 20 anos atrás.
00:53E às vezes o tema ganha maior relevância, às vezes vai perdendo,
00:56mas nos últimos anos voltou e eu acho que voltou para ficar.
01:00O mercado de carbono tem dois principais e muitas vezes a gente fala como se fosse a mesma coisa.
01:05Você tem o mercado regulado e o mercado voluntário.
01:08Apesar deles, de certa forma, se comunicarem, são dois mecanismos muito diferentes.
01:13O mercado regulado, que é um mercado que o Brasil ainda está implementando,
01:16ou seja, ainda não existe aqui, mas está em fase de implementação,
01:19e está muito avançado hoje na Europa, na Europa já tem desde 2005,
01:25é um mercado que basicamente a gente fala do direito de emitir gases de efeito estufa pelas empresas.
01:31O que acontece nesse mercado regulado?
01:33Tipicamente, os governos determinam aqueles setores que são grandes emissores,
01:38como o setor muitas vezes de alumínio, aço, cimento e alguns outros,
01:43e ele divide cotas de emissões de gases de efeito estufa.
01:47Então, em determinados setores, eles têm uma alocação máxima
01:50de quanto que eles podem poluir e emitir gases de efeito estufas.
01:54Se eles emitem mais, eles têm que comprar o direito de poluir,
01:57e se eles emitem menos, eles podem vender.
02:00Então, tipicamente, quando a gente fala de mercado regulado,
02:02a gente está falando isso, do direito de poluir,
02:05e é o que é, como acontece na Europa e é como vai ser implementado aqui no Brasil.
02:08O que a gente tem aqui, desculpa interromper, é o voluntário.
02:13O voluntário.
02:14Já o voluntário, ele acontece, ele acontece à margem do governo,
02:17o governo não precisa fazer nada.
02:19E o que é o mercado voluntário?
02:21É o mercado que são créditos voluntários,
02:24então, se você deixou de emitir, você emite esse crédito seguindo padrões
02:29definidos, tipicamente, internacionalmente por organizações não governamentais,
02:33como a VERRA, o Gold Standard.
02:35E ele é usado, principalmente, por empresas,
02:38hoje os maiores compradores são as empresas grandes de tecnologia,
02:42então, Meta, Microsoft,
02:44que elas falam, olha, eu vou ser carbono zero até 2030.
02:47E elas compram esses créditos voluntários,
02:50como o nome já diz, voluntariamente,
02:52para atingir essas metas que elas mesmas se definiram.
02:56É um mercado hoje ainda muito menor que o mercado regulado,
02:59mas é um mercado que já funciona e o Brasil tem um potencial grande.
03:02E por que é tão relevante a gente ter ouvido falar tanto sobre isso nos últimos anos, Tade?
03:09É muito relevante porque é uma forma de você precificar o carbono.
03:13Então, quando uma empresa está olhando a viabilidade econômica de um determinado projeto,
03:18um projeto emite um pouco mais, outro projeto emite um pouco menos de carbono.
03:22No final do dia, as empresas têm uma pressão econômica muito grande,
03:25muitas vezes elas vão pelo que é mais caro, mas emite mais.
03:29É mais barato, mas acaba emitindo mais.
03:32E o carbono, você precificar, você trazer o mercado regulado,
03:35ou elas seguirem esses compromissos, fazem com que você consiga dar um preço.
03:39Então, a partir do momento que você precifica o carbono, você fala,
03:42olha, se eu for para um projeto mais poluente, mas eu tiver que comprar o carbono,
03:46na verdade, fica mais caro.
03:49Então, deixa eu ir para um que é menos poluente.
03:51Você incentiva muito.
03:53Na Europa, onde esse mercado regulado, principalmente, está muito desenvolvido,
03:56os setores que estão comprometidos com o mercado regulado,
04:00eles reduziram suas emissões já em 50%.
04:02Então, é super relevante.
04:04É uma forma de, de fato, de você precificar e estimular,
04:07principalmente os setores difíceis de abater,
04:10a conseguirem investir em tecnologias, tornar elas mais viáveis.
04:14Tati, e quais são os setores em que a gente pode ter mais oportunidades nesse sentido?
04:19Você disse na Europa, e aí os setores lá são parecidos com os daqui?
04:23Na Europa é um pouco diferente.
04:25Na Europa, eles não têm tantos recursos naturais como a gente tem aqui no Brasil.
04:29A principal vantagem aqui no Brasil é mais no mercado voluntário
04:33e, principalmente, em gerar créditos de carbono de alta integridade.
04:38O que é isso?
04:39Créditos voluntários, como reflorestamento, por exemplo.
04:42Então, você reflorestar determinadas áreas de biomas que aqui estão super pressionados,
04:47e isso ajuda.
04:48E o mercado voluntário e o regulado, eles se comunicam de algumas formas.
04:51Então, muitas vezes, empresas que estão dentro do mercado regulado,
04:55em determinadas situações, podem usar créditos voluntários.
04:58Então, o Brasil pode ajudar muito o mundo,
05:01apesar de ter algumas coisas que você não vai conseguir reduzir,
05:04continuar, usar o crédito, enfim, para, de certa forma, compensar.
05:10Claro que essa compensação não pode ser feita de maneira indiscriminada,
05:14sem ser feita da maneira correta.
05:15Tem que se buscar tecnologias que, de fato, vão reduzir as emissões,
05:20mas é uma forma de mitigação super relevante.
05:22E o que falta para o Brasil ser protagonista nisso?
05:25O Brasil está dando passos super importantes.
05:28Então, a gente mesmo, como Light Rock, fica super feliz que a gente tenha acompanhado
05:31várias empresas, como Regreen, Momba, que você vê que estão, de fato,
05:36mostrando o mercado como que se faz, como que se faz com alta integridade,
05:39cada vez mais surgindo novas empresas nesse setor.
05:44Então, no mercado voluntário, o Brasil está numa jornada de aumentar o que a gente chama de supply.
05:50E no mercado regulado, o Brasil teve um avanço super relevante no ano passado,
05:53aprovando o que se chama do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões.
05:57E cada vez mais tem um avançado para implementar, para desdobrar isso,
06:01tirar a lei do papel e começar a implementar.
06:04E a gente tem o nosso mercado regulado, que com certeza vai impactar diversos outros setores.
06:08Tatiana Sasson, sempre muito bom te ouvir.
06:11Obrigada pela aula.
06:11Obrigada, obrigada a você.
06:12Em alguns minutos, a gente aprendendo sobre o mercado de carbono.
06:16Até a próxima.
06:17Obrigada, obrigada.
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