No terceiro dia do Maximídia 2025, Luciana Nicola, diretora de relações Institucionais do Itaú, explicou como o banco canaliza recursos para projetos verdes, apoia cadeias produtivas e promove transição sustentável, incluindo recuperação de áreas degradadas e economia de baixo carbono, com impacto positivo no mercado financeiro.
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00:00A gente volta a falar do evento que está movimentando lideranças do marketing e da comunicação.
00:04Grandes nomes se reúnem em São Paulo para discutir os desafios do presente, do futuro, do setor.
00:10Esse é o terceiro dia com a programação de painéis que incluem temas como inteligência artificial,
00:15cultura criativa, inovação social e a transformação nas relações com o consumidor.
00:20E o repórter Pablo Waller está de volta com mais detalhes, mais curiosidades,
00:25mais conversas interessantes para a gente, né Pablo?
00:30Oi Nath, vamos continuar sobre a sustentabilidade.
00:33Lembra que eu estava falando antes com a Natura e de como é fácil para essa marca,
00:37que já tem no nome algo que remete ao meio ambiente, então fazer trabalhos sobre isso,
00:43comunicar sobre isso, mas como que uma petroleira, uma mineradora,
00:47que são alvos fáceis para a gente indicar problemas, podem comunicar isso?
00:52Difícil, né? E também como para um banco, como é que uma instituição financeira
00:57pode fazer um trabalho de sustentabilidade e que, inclusive, tenha esse impacto positivo
01:02que o mercado financeiro perceba na realidade, né?
01:05E possa pontuar, valorizar isso.
01:08A Luciana Nicola, que é do Itaú, vai comentar com a gente agora.
01:12Por favor, comente com a gente, Luciana, então, como é que vocês, né?
01:16Mesmo sendo uma empresa que a gente não imagina muito trabalhos de meio ambiente, social,
01:20conseguem ter um relatório de sustentabilidade que, inclusive, bem avaliado pelo mercado financeiro, né?
01:28Esses trabalhos começaram por onde?
01:30Acho que o grande desafio para um banco é mostrar como a gente tem um papel super importante
01:35de canalizar recursos e direcionar a economia para ela ser mais verde, inclusive de baixo carbono.
01:42Além de internamente a gente começar a colocar indicadores, monitorar impacto nesses temas,
01:47O segundo ponto de desafio é como a gente tangibiliza isso para a sociedade, né?
01:53Como que a gente mostra que aquele dinheiro realmente gerou impacto e gerou frutos?
01:58A forma que a gente encontrou foi não só mostrar grandes números e grandes volumes financeiros
02:03direcionados para impacto positivo, para uma economia mais verde,
02:08mas também começar a mostrar operações e projetos financiados das empresas que são clientes do banco.
02:13Então, como que a gente juntos encontrou com os clientes soluções
02:16e a gente viabilizou por meio do crédito ou outras linhas de investimento a possibilidade disso acontecer de fato, né?
02:24Olha só que é o grandioso, até vou interromper, perdão, mas, né?
02:27Para a gente realmente valorizar isso, para o pessoal que está acompanhando a gente,
02:32porque esse trabalho deveria ser feito com política pública,
02:37com um governo que deveria estar incentivando projetos, né?
02:40Mas, então, uma companhia privada, um banco, consegue incentivar isso pela forma que oferece o seu serviço.
02:48É isso que você está querendo dizer, né?
02:49Exatamente, é entender quais são as dores dos clientes e dos setores no qual eles estão inseridos para a questão ESG, né?
02:57O meio ambiente, o social, a parte climática e, juntos, ajudar a desenhar uma solução onde o crédito vai viabilizar.
03:04Eu sempre digo que o crédito é a parte final do processo.
03:08Antes disso, vem muita conversa, vem muito advisor, vem muita assessoria para ajudar as empresas a encontrar qual é a forma,
03:15como vai ser a transição do negócio dela para ser um negócio de mais impacto?
03:19Como é que vai ser o processo de transição?
03:21Que a gente não pode esquecer que, por trás disso, tem empregos, tem necessidade de capacitação, né?
03:27Você tem que entender como de obra essa empresa tem para fazer esse processo de transição.
03:31Então, o banco, ele tem um papel muito maior do que só conceder o crédito.
03:35Realmente, a gente acha que conhecer o cliente faz a diferença na hora de a gente desenhar essas soluções
03:40e é o que tem por trás daquele grande número quando a gente divulga o quanto a gente está canalizando para essa economia.
03:46Antes da gente estar ao vivo aqui, eu estava conversando com a Luciana, lógico, vocês sabem que sempre tem esse pré-papo, né?
03:53E até joguei para ela um assunto que poderia não ter muito a ver, né, Luciana?
03:57Porque no Brasil, um dos nossos grandes problemas está na agropecuária, né?
04:02Com o desmatamento e aí essa dificuldade também dos nossos frigoríficos de encontrarem fornecedor do fornecedor que não desmata para criar o gado.
04:14Como é que o Itaú entraria nisso?
04:17Justamente com isso, então, com esse incentivo, né?
04:19Você vê.
04:20Então, até achando que poderia desafiar você com esse tema, mas vocês estão inseridos nisso também.
04:26Na verdade, entender que o setor, ele tem suas complexidades.
04:29Quando a gente fala da pecuária, eu acho que o grande ponto é que você está trabalhando com uma cadeia muito pulverizada, né?
04:35Porque a gente conhece os grandes frigoríficos, mas por trás dele você tem uma cadeia de quem cria o bezerro, quem engorda o bezerro e quem faz o direcionamento para que ele vá para o abate.
04:45E é uma cadeia não só descentralizada, mas também que vai se desdobrando em pequenos produtores.
04:52A forma de você entender a cadeia e entender que você precisa criar incentivos para que isso aconteça, né?
04:57Você tem regulações, a gente está falando do cumprimento, por exemplo, do Código Florestal, mas por outro lado você tem que entender qual a motivação,
05:05como é que você economicamente transforma essa transição em algo viável, né?
05:10A gente tem um programa criado no Itaú, em parceria com a Singenta, que ele faz recuperação de áreas degradadas.
05:16Muitas dessas áreas que vêm de áreas que já foram passos de pecuária, né?
05:20Qual foi o incentivo que a gente criou?
05:22A gente pensou, bom, para o produtor, ele não vai ter um custo adicional para uma área que hoje ele não tem uma destinação para ela, né?
05:31Então, a gente, junto com a Singenta, a gente criou uma assistência técnica para ajudar a transformar aquela área em uma área agricultável
05:37e o Itaú entrou com um crédito, com uma taxa de juros diferenciada e também numa carência, num prazo de até 10 anos.
05:45O que significa que ele vai recuperar aquela área degradada e o pagamento vai se dar no momento onde ele já vai tendo uma receita
05:51pela colheita que ele está tendo com aquela terra.
05:54Tem uma relação de ganha-ganha para o meio ambiente, porque você está recuperando uma área degradada,
05:59que é um problema grande no Brasil, né?
06:01A gente tem muitos milhões de hectares degradados, que seria o suficiente para ampliar a nossa produção de agricultura
06:07para a agenda alimentar ou para biocombustíveis.
06:11É bom para o clima, porque você retém carbono no solo, quando você mantém esse pasto antigo, agora numa terra,
06:18que mantém produções ativas.
06:20E você também tem um direcionamento da economia, porque é um crédito que vai para uma economia mais resiliente.
06:27Para você ter uma ideia, a gente já destinou 1,9 bilhões de reais para a recuperação de áreas degradadas
06:32e a gente conseguiu recuperar 264 mil hectares, que é um montante grande hoje, comparado a outras políticas públicas
06:39que estão na mesma direção.
06:41Então, é de fato você entender quais são os desafios da cadeia e criar os incentivos corretos
06:46para você conseguir fazer um direcionamento adequado.
06:49Luciana, obrigado pelo seu tempo, disposição aqui com a gente, pelas informações.
06:54Sucesso nos negócios, então.
06:55É com você, Nath.
06:57Papo bom demais.
06:57Muito obrigada, viu, Pablo, e a sua entrevistada também.
07:01Boa tarde, bom evento e boas conversas por aí.
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