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A COP30 marca o início da transição prática para uma economia de baixo carbono. Ricardo Assumpção, sócio líder de sustentabilidade da EY, analisa como o carbon accounting e novos mecanismos financeiros podem liberar trilhões de dólares em investimentos sustentáveis.

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Transcrição
00:00A COP30 surge como marco decisivo para consolidar a transição para uma economia de baixo carbono
00:14no planeta.
00:15Este movimento tem dois pontos principais.
00:17A precisão na contabilidade climática, com destaque para o Carbon Accounting, e os mecanismos
00:23financeiros capazes de destravar indústrias bilionárias ligadas à agenda verde.
00:29Por isso, nós vamos conversar agora com o Ricardo Assunção, que é sócio-líder de
00:33sustentabilidade da IUAI.
00:36Tudo bem, Ricardo, com você?
00:37Que prazer recebê-lo aqui nos nossos estúdios.
00:40Boa noite.
00:40Boa noite.
00:42Ricardo, o que falta para alavancar essa agenda da nova economia verde?
00:47Primeiro, a gente tem um sistema de contabilidade real que funcione, como a gente vê nos mercados
00:52financeiros.
00:53Durante anos, a contabilidade financeira mediu perdas e lucros nas empresas.
00:58Chegou a hora de a gente conseguir medir perdas e lucros da economia verde.
01:03O Carbon Accounting é, de fato, o alicerce dessa nova economia que a gente precisa.
01:10E, se a gente pensar bem, o carbono hoje é o maior passivo oculto no balanço das empresas.
01:16Essa falta de padronização, ausência de padrões para o Global Accounting, ele prejudica
01:22ou dificulta a operação para países e empresas?
01:24Sem dúvida.
01:26Ela é fundamental para que a gente consiga saber aqueles que estão indo bem e aqueles
01:30que precisam melhorar.
01:31Sem um sistema global integrado, que a gente chama das taxonomias, dos frameworks, isso
01:38não vai alavancar.
01:40E, nesse cenário todo, a gente considera que o Carbon Accounting talvez seja a peça
01:44que falta para que isso ganhe tração.
01:46Ricardo, a gente sabe que mais de 2 mil empresas com valor de mercado conjunto de 27 trilhões
01:54de dólares já adotam a precificação interna de carbono.
01:59Como é que isso funciona?
02:01As empresas têm que calcular qual o custo do seu carbono.
02:04Que não é o mercado de carbono, mas é o custo do seu carbono.
02:07Então, a gente já sabe, quer dizer que, como você bem falou, a gente tem um volume grande
02:11de empresas cobrindo uma parte relevante do PIB que já adotam a precificação de carbono.
02:17E a precificação, quando a gente tiver a parte de contabilidade, ela vai conseguir
02:23fazer com que a gente tenha mercados de carbono mais maduros.
02:27E isso vai ajudar muito a gente conseguir, de fato, fazer com que as empresas entendam
02:32que reduzir as emissões faz mais sentido do que pagar pelo carbono adicional.
02:37A gente viu agora recentemente na ONU, a China anunciando que quer reduzir de 7% a 10%
02:44as emissões de carbono, acho que até 2030, de gases de efeito estufa, até 2030, se
02:51eu não me engano.
02:51E a União Europeia, parece que também vai anunciar agora na COP30, a redução, metas
02:57de redução de emissão de gases também de efeito estufa.
03:00O quão isso é importante?
03:02E vou dizer em relação à China que é a segunda maior economia do mundo.
03:04Claro, a China, como você comentou, ela apresentou um pouco antes da Climate Week, durante a
03:10Assembleia Geral, as suas NDCs, frustrou um pouco o mercado, o mercado tinha uma expectativa
03:16que ela fosse um pouco mais agressiva, mas ela assumiu um compromisso e eu acho que
03:20isso tem um valor.
03:21E a União Europeia, ela ainda não divulgou as novas NDCs, ainda tem uma série de entraves
03:28políticos entre as 27 nações que precisam ser melhor debatidos, mas ela já sinalizou
03:34sim, uma redução agressiva para 2035 e uma redução de quase 90% para 2040, comparado
03:43ao ano de 1990, que é a data base para isso.
03:47E assim, as nações deveriam ter apresentado as suas NDCs até setembro.
03:53Pouco, de 192, acho que só 30, 40 que apresentaram, não é isso, Ricardo?
03:58Exatamente, a gente tem uma expectativa que com a COP30 esse número aumente bastante.
04:04Mas eu gosto de lembrar sempre, Eric, apesar desses países não terem colocado uma nova
04:10NDC, fica valendo a anterior.
04:13Ricardo, está na hora de começar a sair do papel essa questão da redução de gases
04:19de efeito estufa, a redução das emissões de gás, principalmente dos grandes players.
04:25A gente sabe que vai ser uma COP esvaziada pelos Estados Unidos, o presidente Donald Trump
04:29não tem tanto interesse assim, saiu do Acordo de Paris, mas está na hora de começar a cumprir
04:33as metas mesmo que se colocam à mesa?
04:37Sim, e eu acho que essa COP tem uma característica fundamental.
04:40Essa vai ser a COP da ação, da mão na massa, da implementação.
04:43Então, nos últimos 30 anos, a gente negociou, o que é muito importante.
04:47Mas agora a gente vai começar a ver exemplos reais, aqueles exemplos das empresas que,
04:52de fato, contribuem para a geração de caixa para elas, mas que tem um efeito colateral
04:57muito positivo para o planeta com as emissões.
05:01Então, eu acho que isso a gente vai ver bastante nessa COP.
05:04E, claro, isso é fundamental para que a gente consiga precificar um pouco aquelas empresas
05:10que fazem um bom trabalho e até inspirar aquelas outras que precisam fazer.
05:16E um dado importante que eu te dou, de um estudo recente que a EY fez, com todo esse
05:21barulho que a gente vê e toda essa urgência climática, uma vez que o custo dos eventos
05:27extremos só sobe, só 36% das empresas têm um plano hoje de risco climático integrado
05:35à estratégia, o que é um risco para o planeta inteiro.
05:38Exatamente.
05:39Ainda é um índice bem pouco, né?
05:40Exato.
05:41Ricardo Assunção, obrigado pela sua participação aqui no Radar.
05:44Um grande abraço para você e uma ótima noite de quinta-feira.
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