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A Mombak transforma 20 mil hectares de pastagem degradada na Amazônia em florestas nativas, gerando créditos de carbono para gigantes como Google e Microsoft. Peter Fernandez, cofundador da Mombak, explica como tecnologia, capital de impacto e estratégia de reflorestamento aceleram resultados e criam novas oportunidades de negócio.

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Transcrição
00:00O reflorestamento da Amazônia está ganhando escala industrial com tecnologia e capital de impacto.
00:16A Mombach, startup brasileira fundada por ex-executivos da 99 e do Nubank,
00:21quer transformar áreas degradadas em florestas nativas e aí gerar créditos de carbono para grandes empresas.
00:30Como o Google e Microsoft.
00:32Para a gente entender melhor essa iniciativa, eu recebo aqui no estúdio o Peter Fernandes, cofundador e presidente executivo da Mombach.
00:40Tudo bem, Peter? Boa noite.
00:41Tudo bem, boa noite. Muito obrigado pela oportunidade.
00:44Obrigado a você pela presença aqui. Seja muito bem-vindo.
00:46Peter, como é que funciona o trabalho da Mombach?
00:49A Mombach é a maior empresa de remoção de carbono do Brasil.
00:53Isso significa que a gente remove CO2 da atmosfera para que não aqueça mais a atmosfera.
00:58A gente faz isso comprando pastagem degradada na Amazônia e reflorestando com florestas nativas que quando crescem, removem carbono da atmosfera.
01:09Como é que essas áreas na Amazônia são selecionadas?
01:12Então, a Amazônia dentro do Brasil é maior que a Índia.
01:17Então, é uma área absolutamente gigantesca.
01:19O que a gente busca é a terra que tenha a maior possibilidade de ter florestas que cresçam muito rapidamente.
01:25Que basicamente você sabe por causa da quantidade de chuva.
01:29Então, a gente busca as áreas mais chuvosas possíveis dentro de lugares menos declivosas com disponibilidade de mão de obra.
01:37E essas são as pastagens degradadas que a gente compra para reflorestar.
01:41Porque aí a ideia é acelerar o resultado.
01:44Vocês pegam a terra que tenha mais condições de favorecer o crescimento, a recomposição dessa floresta mais rapidamente.
01:51Sim, muitas pessoas escutam o que a gente faz e acham que é ONG.
01:55Mas não é, é negócio.
01:56E a gente tem que remover a maior quantidade de CO2 da atmosfera o mais rapidamente possível
02:01para poder vender o mais rapidamente possível para aumentar nossa taxa em torno de retorno.
02:07Então, basicamente, árvore que cresce mais rapidamente é mais rentável.
02:12E vocês compram de quem e vendem para quem depois?
02:14A gente compra as terras de pecuaristas.
02:18Então, 95% da área que foi desmatada na Amazônia foi desmatada para colocar boi e gado.
02:25E é isso que tem na Amazônia.
02:27Tem pastagem e muita pastagem degradada.
02:30Então, a gente faz negócios com pecuaristas para comprar a terra deles.
02:34A gente refloresta.
02:36Quando remover carbono à floresta, a gente certifica o crédito de remoção de carbono.
02:40E a gente vende para grandes empresas mundiais, como a Microsoft, como a Google,
02:46que tem um compromisso com chegar ao net zero.
02:48Quer dizer, elas não estão comprando só os créditos.
02:51Elas compram a propriedade também ali, é isso?
02:53A gente compra a propriedade.
02:55A Microsoft, a Google, compra o crédito de remoção de carbono que a gente gera na propriedade.
03:00A propriedade fica com a momba aqui depois.
03:02Isso, fica com a gente.
03:03Agora, uma dúvida.
03:05Nesse processo de adquirir essas terras dos pecuaristas,
03:09enfim, existe toda a questão de títulos de propriedade na Amazônia, que é um problemaço.
03:13Como é que vocês lidam com isso?
03:15Então, a gente tem uma equipe extremamente experiente na questão de compra e venda de terras no Brasil e no Pará,
03:24que é onde a gente atua principalmente.
03:27E, basicamente, a gente descobriu que a gente tem que ajudar o pecuarista a regularizar a terra.
03:33Muitas vezes, o pecuarista realmente é o dono daquela terra.
03:36Só que tem alguma coisa desatualizada ou que não foi bem feita no governo.
03:41Então, a gente ajuda ele a regularizar para que ele possa vender legalmente
03:45e para que a gente possa tomar posse legalmente com 100% de blindado no título.
03:52A escolha das espécies que vão servir para repovoar uma área degradada,
03:56ela também segue a lógica do tem que ser uma espécie nativa,
03:59mas tem que ter um desenvolvimento rápido também?
04:02Basicamente, a gente usa dois tipos de espécies.
04:05Um tipo de espécie que cresce muito rapidamente para criar sombra,
04:09para que não possa crescer mais gramínea que foi plantada para o gado comer,
04:14que nenhum tipo de árvore compete com gramínea.
04:17Então, você precisa daquela sombra.
04:19O outro tipo de árvore é o tipo que vai viver para centenas de anos.
04:23Então, um cresce rapidamente e morre cedo, por exemplo, o açaí.
04:27O outro cresce lento, mas vai durar 500 anos, mil anos.
04:31Por exemplo, castanheira, por exemplo, samaúma, rainha da floresta.
04:35E essas são as árvores emblemáticas que nos nossos projetos ainda vão estar lá daqui a séculos.
04:42Muito interessante.
04:43Quanto tempo, normalmente, a propriedade leva para começar a gerar créditos de carbono
04:47que podem ser comercializados?
04:48Então, a partir do momento que uma semente de uma árvore germinar,
04:54ele já está tirando o CO2 da atmosfera.
04:56Mas tem todo um trâmite de certificação que demora para a gente fazer.
05:00A certificadora demora para certificar.
05:03Então, em média, do dia que a gente comprar até o dia que uma fazenda começar a poder vender créditos de carbono,
05:10vai demorar uns dois anos.
05:12Esse ano também a Momba recebeu recursos do BNDES.
05:14Como é que esses recursos entram nessa operação?
05:19O BNDES, a Momba, que foi a primeira empresa de remoção de carbono a receber investimento do BNDES.
05:26O BNDES está fornecendo dívida numa taxa em média de 5% em dólar,
05:32que é incrível mundialmente.
05:35Então, a gente tem uma vantagem competitiva muito grande
05:38quando a gente compete versus as empresas não brasileiras,
05:42porque ninguém tem acesso a um financiamento tão barato quanto isso.
05:46Então, basicamente, eles emprestam esse dinheiro para nós
05:49e depois a gente repaga assim que a gente vendeu os créditos de carbono.
05:53Você consegue mensurar para a gente o quanto de terra na Amazônia que vocês já estão recuperando?
05:58A gente já comprou mais de 20 mil hectares de terra,
06:01que é uma área por volta de seis vezes maior que é o Manhattan,
06:04a ilha de Nova York, e a gente pretende quadruplicar isso dentro do próximo ano e meio.
06:11E entre os grandes clientes, você poderia citar alguns?
06:14Os únicos que são públicos neste momento são Microsoft e Google,
06:18mas a gente vai anunciar mais neste ano ainda.
06:21E a demanda por créditos de carbono, vocês preveem que ela vai continuar crescendo muito ainda?
06:27Sim, está crescendo bastante.
06:29Então, já dentro dessas grandes empresas de tecnologia como Amazon, Google, Microsoft,
06:34a demanda já é maior do que o mercado inteiro.
06:38Então, já tem um déficit estrutural de oferta que deixa nosso negócio crescer muito bem.
06:45Porém, a gente está vendo novos entrantes.
06:47Por exemplo, um outro jeito que o governo brasileiro está ajudando
06:50é que agora a Petrobras, empresa estatal, está comprando também créditos de remoção de carbono
06:58e só consegue comprar com empresas brasileiras.
07:00Então, muita demanda está começando a aparecer por causa do governo e também lá no exterior.
07:07A COP30 também acaba se tornando uma oportunidade de negócio para vocês?
07:12Muito.
07:12Eu acho que agora, com essa COP, o mundo vai começar a perceber que o Brasil vai ser líder no mundo de remoção de carbono.
07:22A gente acredita desde o começo que o Brasil vai ser a Arábia Saudita de remoção de carbono.
07:29E nós, na Momba, que estamos tentando construir o sal de aramco de remoção de carbono.
07:33E a gente acha que este COP vai ser o COP onde o resto do mundo percebe que o Brasil vai ser líder neste mundo.
07:40Conversei aqui com o Peter Fernandes, cofundador e presidente executivo da Momba.
07:46Peter, muito obrigado pela sua presença aqui e bons negócios, sucesso para vocês.
07:50Obrigado.
07:51Obrigado.
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