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Os mercados esperavam avanços na reunião entre Donald Trump e Xi Jinping em Seul. Enquanto isso, os acordos fechados com países do Sudeste Asiático mostram o peso geopolítico e comercial dos EUA e trazem sinais claros do que pode estar no radar das negociações com o Brasil, segundo análise de Vinicius Torres Freire.

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Transcrição
00:00E os mercados estão ansiosos pela reunião entre o presidente Donald Trump e o líder chinês Xi Jinping nessa quinta-feira em Seul.
00:08A expectativa é a de que as duas maiores economias do mundo cheguem a um acordo comercial.
00:13Na viagem pela Ásia, Trump fechou acordos com outros países que podem trazer indicações para o governo brasileiro,
00:21enquanto também negocia com a Casa Branca uma saída para o tarifaço.
00:25Nosso analista Vinícius Torres Freire está aqui de volta para comentar também esse cenário.
00:30Ô Vinícius, esses outros acordos custorados por Trump no Sudeste Asiático trazem que tipo de exemplo aqui para o Brasil?
00:38É bom a gente pensar neles, Fábio, porque o Trump fechou agora acordo mesmo com dois países, a Malásia e o Camboja.
00:49E fechou dois acordos, quatro, como eles dizem, dois conjuntos de diretrizes com o Vietnã e com a Malásia.
00:57Aí você fala, Vietnã, Malásia, Camboja, Tailândia, não são países distantes, não seriam tão pequenos?
01:09Bom, o Vietnã tinha um superávit comercial com os Estados Unidos de mais de 100 bilhões de dólares,
01:14até porque ele era um caminho para as empresas chinesas.
01:17Não é que os produtos passavam lá, as empresas estavam lá.
01:20O Vietnã também desenvolveu um modelo exportador para crescer, sair da pobreza exportando.
01:27Bom, esses países têm superávit comercial com os Estados Unidos e os Estados Unidos têm interesses grandes lá.
01:33Por política, porque eles estarem perto da China e porque eles também têm terras raras, por exemplo,
01:41e outros minerais críticos.
01:42Mas isso é importante para você elevar um pouco a ideia de que esses países têm relevância, sim.
01:48Agora, o Brasil é grande também, embora não tenha superávit comercial nos Estados Unidos,
01:51tem terra rara, tem um monte de mineral crítico.
01:54E agora tem sua relevância política porque o Brasil é um país que está na América do Sul,
01:59que é objeto de atenção americana.
02:01Voltando àqueles países, o que aconteceu lá?
02:03Não teve ninguém que ficou com tarifa menor que 19%.
02:09Como tinha acontecido com a Indonésia, o acordo com o Vietnã não está fechado, mas vai ser 20%.
02:15Mas menos que 19% não tem.
02:17Vamos começar por aí.
02:19Então, se o Brasil, de algum modo, vai ser um caso especial para o bem ou para o mal para os Estados Unidos,
02:22pode ser que 19% seja uma meta.
02:25Segundo, alguns países que são bem menores do que o Brasil,
02:29se comprometeram com investimentos nos Estados Unidos, que foi o caso da Malásia.
02:36Mas esses países abriram seus mercados, colocando tarifa zero para vários produtos.
02:42É claro que alguns deles são bem protecionistas, como o Brasil também é.
02:46E, inclusive, baixando tarifa sobre importação de carro.
02:51Em outros acordos da Indonésia, Malásia e Vietnã, Vietnã não, Tailândia,
02:56houve compromisso desses países de aceitarem as regras de certificação de produtos americanos.
03:04Porque se você põe uma regra sua, você pode fazer uma barreira de importação,
03:07que se chama barreira não tarifária.
03:09Os americanos falam assim, para produto americano, regra de certificação de carro é a nossa,
03:13para produto alimentar é a nossa, que foi o caso da Indonésia e da Tailândia.
03:17Teve ainda exigência, no caso da Malásia, e deve ter também na Tailândia,
03:22que não se regulem ou se criem multas pesadas contra big techs.
03:27Teve acordos de prioridade de exportação de terra rara para os Estados Unidos.
03:34Então, eu estou só falando de alguns aspectos, esses acordos são gigantes.
03:39Então, isso vai acontecer com o Brasil?
03:41Não estou dizendo isso.
03:43Mas só o que é, dá um exemplo do que é negociação dos americanos com países que têm menos poder.
03:50Olha, o Japão teve que ceder, a Coreia do Sul teve que ceder, a União Europeia teve que ceder.
03:55Por vários motivos, cada um por sua circunstância.
03:58E uma delas importante é que a Europa e o Japão dependem de apoio material e dinheiro americano para armas e tropas.
04:09Porque eles têm a China e a Rússia ali do lado.
04:13O caso brasileiro é um pouco diferente.
04:15A gente quer uma região de paz relativa, internacional, porque paz interna está difícil.
04:21Mas isso dá um exemplo assim, do que os Estados Unidos podem querer.
04:24Se eles conseguiram tanta coisa no resto do mundo, se a gente conseguir escapar disso tudo,
04:29vai ser um grande mérito da diplomacia brasileira e do governo brasileiro.
04:33Alguma coisa eles vão querer.
04:35Olha o exemplo desses países.
04:37E a similaridade também dos temas, quer dizer, big tech, terras raras,
04:41tudo isso está na mesa entre Brasil e Estados Unidos.
04:45Então, assim, quer dizer que vai ser uma catástrofe?
04:49Não.
04:50A gente não sabe o que vai ser e a gente está tendo muito pouca capacidade de previsão.
04:55Porque a gente viu.
04:56Até um certo dia a gente achava que a porta estava totalmente fechada e aparentemente estava.
05:00Deu um dia de abrir uma fresta e no terceiro entrou o sol.
05:04Mas pode ficar nublado.
05:05O fato é que eles estão pedindo muita coisa, querendo muita coisa e deixando tarifa alta.
05:11É claro que esses países são baseados, tem crescimento baseado em exportação de bens industriais.
05:17É um pouco diferente do Brasil.
05:19Eles se fecham em algumas coisas, tentam vender muito produto barato,
05:22tem legislação trabalhista diferente, ou quase nenhuma.
05:26Então, é uma outra situação.
05:28Mas é para lembrar, os americanos estão querendo um monte de coisas,
05:31estão deixando tarifa alta, estão querendo abertura comercial,
05:34redução de imposto de importação dos países com que eles estão negociando.
05:38Mais umas coisinhas.
05:39É uma lista, pelo menos, de problemas para o governo brasileiro e para a diplomacia brasileira enfrentarem.
05:46Obrigado, Vinícius.
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