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Raphael Galo, head de agronegócios e mercado de capitais da A7 Capital, analisou as expectativas do encontro entre Lula e Trump. Discutiu terras raras, valor agregado na mineração e o papel estratégico do Brasil frente aos Estados Unidos e à China.

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Transcrição
00:00As expectativas em cima do encontro entre Lula e Trump, que está previsto para acontecer na próxima semana, estão altas, claro, não tem como ser diferente, né?
00:09O presidente brasileiro já falou até num possível acordo comercial, mencionou a questão das terras raras, mas também disse que o Brasil não será um exportador de minérios.
00:20Então, o que será que a gente pode esperar, de fato, desse encontro?
00:23Para discutir sobre isso, a gente recebe aqui no Fast Money, Rafael Galo, Red de Agronegócios e Mercado de Capitais da Sete Capital.
00:31Felipe Machado também se juntou a nós para essa conversa. Boa tarde, Felipe, e boa tarde, então, também ao Rafael.
00:37Boa tarde, boa tarde a todos.
00:40Boa tarde, Felipe, Natália, todos os telespectadores do CNBC, prazer estar de novo aqui com vocês.
00:46Prazer contar contigo mais uma vez, Rafael.
00:48Bom, como eu mencionei aqui, né, o presidente Lula passou ali, chegou a mencionar a questão de terras raras, minerais brutos,
00:55mas ressaltou que o Brasil não deve se limitar a exportar, né, esses minerais brutos,
01:01que pode usar os minerais críticos como uma ferramenta estratégica.
01:05O que, de fato, do seu ponto de vista, está em jogo nessa negociação e a gente deve ficar atento?
01:12É, uma situação bem inusitada, né?
01:15Até julho aí a gente viu o Lula falando que ninguém colocaria a mão nas terras aras, né,
01:20e a gente vê agora o contexto mudando.
01:24Naturalmente, isso é muito bom para os dois países saírem alguma negociação.
01:29Provavelmente os dois vão ser bem duros aí inicialmente nas negociações,
01:34mas todo mundo, o mercado em si, espera que isso seja uma negociação pró os dois países, né,
01:41como até o Lula já comentou isso agora recentemente,
01:45mas talvez os Estados Unidos conseguindo isso seja estrategicamente um ponto
01:50para começar a se desenhar também outras negociações.
01:54E, logicamente, tem um empecilho ali que é o Lula quer que as empresas
01:59que queiram explorar esses minerais façam essas indústrias aqui no Brasil
02:04para a gente agregar valor e aumentar o valor agregado nos produtos, né,
02:08e a gente sabe que uma das premissas do Trump é para que tenha um processo
02:13de industrialização nos Estados Unidos, né?
02:15Então, provavelmente vai ser uma dinâmica ali bem estratégica de ambos os lados
02:20e que provavelmente não deva ser decidida no curto prazo ali, né?
02:24Tenha que ser desenhado ali com um pouco mais de estratégia
02:27e provavelmente isso saia no médio prazo.
02:30Felipe, sua pergunta para o Rafael.
02:32Legal, Rafael. Boa tarde.
02:33Rafael, a China, né, a China é a maior produtora, né,
02:37a que tem as maiores reservas e também faz a própria mineração
02:40dos seus minerais raros e com isso controla o mercado mundial.
02:43E o Brasil aparece logo na sequência, né, em termos pelo menos da propriedade ali,
02:48do potencial de mineração.
02:50Agora, o Brasil, a questão é, né, o Brasil consegue fazer tudo sozinho,
02:54quer dizer, não apenas explorar, mas também fazer a parte da mineração aqui,
02:57ou ele precisa de um outro país, por exemplo, como os Estados Unidos,
03:00já tem outros produtores que exportam para a China, enfim.
03:04O Brasil precisa de um outro país ou ele consegue fazer todo o processo aqui sozinho?
03:09É, nesse primeiro momento eles vão precisar de um parceiro, né?
03:12A questão da tecnologia, que é o essencial para transformar esses minérios aí,
03:16esses produtos de alto valor agregado aí,
03:18hoje a China lidera e, segundamente, os Estados Unidos.
03:22Então, os Estados Unidos tem, o Brasil tem a matéria-prima,
03:26que é o essencial, porém, a tecnologia a gente precisaria,
03:29pelo menos no curto prazo, se plugar em algum dos dois, né?
03:32É, claro que isso já tem demonstrado interesse entre as duas partes
03:36e o Brasil cabe agora a negociar e tentar buscar a melhor oportunidade
03:41para que isso fique aqui dentro do Brasil,
03:43para melhorar o retorno sobre esses minérios,
03:47trazer uma melhora também de industrialização,
03:50agregar mais valor nesse produto e que, no final das contas,
03:52vai aumentar também, principalmente, a balança comercial aqui, né?
03:56Então, os Estados Unidos, talvez, ele entre nessa situação um pouco mais em desvantagem,
04:03porque o Brasil é estrategicamente importante para eles pelas reservas, né?
04:10E já para o Brasil, ele tem essa disponibilidade de ter dois parceiros estratégicos
04:14para, sim, seguir esses projetos.
04:16E talvez possa até, quem sabe, não seguir com os dois, né?
04:19É, o Rafael, quero aproveitar a sua presença e o seu conhecimento aqui
04:23e te pedir para ajudar a nossa audiência,
04:27que não seja necessariamente, né, enturmada aí com esses termos,
04:31não entenda direito, né, essa questão das terras raras.
04:34O que é essa mineração na prática?
04:37Por que ela é tão específica e a gente precisaria de apoios e parcerias nesse sentido?
04:42É, a questão da mineração desses minerais críticos que a gente fala, né,
04:48que não são tão críticos,
04:50a maior dificuldade é transformar ele, né, fazer a extração dele
04:54e depois condensar isso, né?
04:58Você precisa ter uma exploração de uma área muito grande
05:00para você conseguir pequenas quantidades desses minérios
05:05e depois você fazer a concentração disso e depois aprimorar e transformar ele
05:09para que seja utilizado em tecnologia, né?
05:12Então, por exemplo, vários desses minerais são importantes para baterias,
05:16basicamente para a transição energética, né?
05:19Então, tanto por isso também a necessidade de que isso seja trazido para o Brasil
05:25o mais rápido possível, porque aí a gente tem uma vantagem estratégica aí
05:29dentro das próximas décadas aí e também trazer mais tecnologia para o Brasil
05:35que é algo que a gente precisa também, né, industrializar.
05:38Não só exportar commodities e minerais apenas sem muito valor agregado, né?
05:44É, então, falado, né, valor agregado, produtos com valor agregado
05:49que a gente de fato precisa ter, né, na nossa balança comercial, Felipe.
05:52Com certeza aí os Estados Unidos, o Brasil está numa posição estratégica, né,
05:55porque o Brasil tem essas reservas e os Estados Unidos depende da China atualmente, né?
05:59E a China e os Estados Unidos têm aquela relação meio conflituosa.
06:01Então, o Brasil seria uma boa opção para os Estados Unidos.
06:04Agora, Rafael, nessa negociação que a gente está tão, né, antecipando tanto, né,
06:09está tão ansioso por ela, estamos tão ansiosos todos por ela,
06:12o que pode entrar mais?
06:14O que você vê mais com o potencial de negociação?
06:16Imagino que nos Estados Unidos reduzir as tarifas ou aumentar a lista de isenções,
06:21mas o que o Brasil pode ceder e o que o Brasil deve pedir para os Estados Unidos
06:25nessa negociação?
06:26É, provavelmente vai entrar em pauta a questão do tarifácio, isso com certeza, né,
06:32o Lula vai tentar driblar essa questão e tentar reverter essa questão
06:37para que melhore essas condições para as exportações brasileiras.
06:41Do outro lado, tem também a questão das big techs aí, das gigantes aí da tecnologia
06:47que está em um impasse de ser alguma regulação aqui no Brasil
06:51e que a gente sabe que o Trump é totalmente contra, né?
06:54Então, provavelmente vai ter alguns contextos ali na negociação
06:58estrategicamente de ambos os países.
07:02Para o Trump, talvez, ele conseguir negociar essa questão de os minérios raros
07:06seja uma vitória para ele e, de uma certa forma,
07:09ele vai precisar ceder em alguns momentos, né?
07:12E aí a gente imagina que o Brasil deva negociar tanto essa questão da big techs,
07:17mas também buscar fortalecer a questão das tarifas e redução, né,
07:21que é o primordial aí, pelo menos no curto prazo.
07:24Importante trazer aqui que, estrategicamente, não seria bom o Lula trazer a pauta também
07:30que isso já vinha sendo negociado com o Joe Biden, né?
07:32Dado, a gente viu aí até recentemente o Trump tirando o quadro dele ali na Casa Branca,
07:38colocando uma caneta ali, né?
07:40Então, talvez, começar uma negociação de igual para igual, os dois vão ter uma negociação dura,
07:47mas eu acredito que, com bom senso e um pouco de ceder cada uma das ambas as partes,
07:54eu acho que os dois países saem fortalecidos e que, provavelmente, isso deva continuar a nossa parceria comercial
08:01que a gente tem aí há várias décadas.
08:03É, Rafael, e como você comentou, então, mudou, né, o tom e a forma de abordar esse assunto
08:08da parte do presidente Lula, que já se mostrou, então, aberto para conversar
08:12sobre um possível eventual acordo.
08:15Agora, caso ele, de fato, aconteça,
08:17isso fortalece, de verdade, a posição do Brasil, assim como um player estratégico global?
08:22Ou tem um risco, e se tiver, como que a gente faz para não acabar repetindo um padrão histórico
08:29de exportar matéria-prima e importar o valor agregado?
08:33É, eu acho que isso passa, assim, não só, talvez seja um primeiro passo para que a gente mude também,
08:40realmente, a estratégia do país, né?
08:43Então, talvez esse seja um primeiro passo, seja em um segmento e que isso se fortalecendo
08:48e tendo também essa parceria comercial, essa troca de inteligência, essa troca de tecnologia,
08:53a gente vá colocando outros setores e outros segmentos ali também nesse tipo de parceria
08:59para que a gente industrialize, para que a gente melhore a produtividade com tecnologia
09:04e, evidentemente, os dois países precisam uns dos outros, né?
09:08A gente sabe, os Estados Unidos ali, na questão de tecnologia,
09:12isso pode ser muito benéfico para o Brasil logo no futuro
09:15e também saber também que os Estados Unidos, de uma certa forma,
09:20ele vai tentar reduzir um pouco a questão da parceria entre Brasil e China, né?
09:26E talvez ali seja um bom ponto para que também os Estados Unidos tragam o Brasil para o jogo
09:31e não fique 100% dependente, deixando, direcionando esse principal fornecedor de matéria-prima
09:39que é o Brasil, direcionado 100% para a China.
09:42Certo, quero agradecer, Rafael Galo, Red de Agronegócio e Mercado de Capitais da Asset Capital,
09:48com a gente, então, discutindo as expectativas, as perspectivas, em breve,
09:52espero que a gente tenha respostas, né, para repercutir por aqui, Rafael.
09:57Muito obrigada, viu?
09:58Sim, o mercado está ansioso.
09:59Eu que agradeço, pessoal.
10:01Bom final de semana para vocês e todos os seus espectadores.
10:04Boa tarde, bom fim de semana.
10:05Você também.
10:06Boa tarde, bom fim de semana.
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