O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, disse que a nova tarifa de 100% sobre produtos chineses pode não entrar em vigor. Louise Maiana detalhou negociações, tensões sobre terras raras e chips, e expectativa pelo encontro entre Trump e Xi Jinping.
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00:00E o secretário do Tesouro americano, Scott Besant, afirmou que a nova taxa de 100% sobre produtos chineses,
00:07anunciada pelo presidente Donald Trump na última sexta-feira, pode não sair do papel.
00:13Ele defendeu o diálogo entre as duas superpotências e, lá de Washington, a nossa correspondente, Louise Maiana, tem todos os detalhes.
00:21O secretário do Tesouro, Scott Besant, teve uma reação que, segundo especialistas, foi mais uma tentativa de destensionar as relações comerciais entre Estados Unidos e China
00:34depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a fazer ameaças a Pequim de impor novas tarifas numa alíquota de 100%.
00:44Scott Besant, numa aparição, chegou a dizer que as negociações continuam em andamento, que linhas de diálogos foram retomadas justamente ao longo do final de semana e nos próximos dias.
00:58Ele também chegou a dizer que essa alíquota de 100% não deve nem entrar em vigor.
01:04Scott Besant, apesar dessa fala, ele fez questão de reiterar que vai continuar defendendo a possibilidade de os Estados Unidos definirem algumas estratagemas
01:16quando diz respeito ao suprimento global.
01:19Scott Besant, inclusive, chegou a dizer que isso é importante para defender a segurança nacional dos Estados Unidos.
01:26Agora, a expectativa é sobre o encontro que deve acontecer entre os dois líderes, Donald Trump e Xi Jinping.
01:33Esse encontro deve acontecer no final do mês de outubro, ali por volta do dia 31 do mês.
01:39Existe uma grande expectativa em torno disso e, segundo especialistas, a volatividade no comércio, no mercado financeiro,
01:46deve acontecer antes desse encontro entre esses dois líderes.
01:50O presidente Donald Trump chegou a dizer que não vê mais razão para esse encontro,
01:55mas, na aparição, o Scott Besant chegou a dizer que sim, espera que esse encontro aconteça.
02:02De Washington, Louise Mayana, para o Times Brasil, licenciado exclusivo, CNBC.
02:07Maria Almeida, basicamente, eu vi uma argumentação do Scott Besant dizendo que não deve ter sido o Xi Jinping
02:15que fez essa realocação do controle da exportação das terras raras,
02:19que, na verdade, deve ter sido alguém da ala mais rígida do governo chinês.
02:24Enfim, ele tem esse discurso, né?
02:26Porque quando os Estados Unidos restringem as exportações, eles alegam que é proteção estratégica.
02:31Agora, quando a China tenta fazer isso, aí é acusada de prática coercitiva.
02:36É, pois é, Paula. Nem sempre os métodos valem para todos, né?
02:40Então, e Scott Besant também saindo aí um pouco em defesa da ideia de que vai tudo se resolver,
02:46que tem espaço de diálogo, né?
02:48Essa nova rodada de, digamos, ameaças mútuas que estão acontecendo,
02:52ela vem num grau de tensão inferior à que aconteceu realmente lá em abril, né?
02:56No começo do processo do tarifácio.
02:58Por que vem num grau de tensão inferior?
03:00Porque tiveram diversas negociações e os interesses principais aí de ambos,
03:05acho que estão colocados na mesa.
03:06E no caso específico dos Estados Unidos, a questão do acesso a terras raras
03:09e aí a China, identificando essa intencionalidade aí,
03:14também se posicionando com o reconhecimento de que, olha,
03:16eu sei que essa é a cartada que te interessa e eu vou colocar isso aqui em jogo
03:21se tiver muitas, se a gente não conseguir estabelecer um padrão
03:25de qual vai ser a forma de fazer esses avanços aí mútuos em relação ao comércio.
03:30Mas, basicamente, terras raras e empresas produtoras de chips
03:33estão no centro dessa grande divergência,
03:37lembrando das várias puxadas que a China acabou tendo aí.
03:40Aliás, Estados Unidos e China, ambas fazendo também processos de acusação das empresas,
03:46como se as empresas estivessem trabalhando, principalmente as produtoras de chips,
03:50tivessem algum tipo de uso das tecnologias para a informação dos seus governos
03:53e, portanto, associando produção de chip com segurança nacional.
03:57E as duas fizeram isso e entraram com processos aí,
04:00em ambos os casos, os dois países fizeram isso,
04:02com processos de investigação em relação a isso.
04:05Então, o tipo da...
04:07Onde está a tensão agora está mais nítido do que lá atrás, em abril.
04:12Em abril tinha toda a questão de reequilibrar a balança comercial.
04:15Quando a gente pensa na grande produção chinesa
04:17e na dificuldade do mercado americano,
04:19se fala, onde é que isso vai parar?
04:21Qual que é o limite?
04:22Acho que essa ideia de equilíbrio, propriamente dito,
04:25já ficou de lado.
04:27Tem outras questões que estão no centro.
04:29Pode ser reduzir, claro, o Donald Trump não abandonou o discurso de redução do déficit,
04:33mas mais do que o déficit, a grande questão é posicionamento estratégico
04:36em relação ao que é o fundamental para geração de valor
04:40e avanço tecnológico e inovação no futuro.
04:42Terras raras, produção de tudo que tem a ver com infraestrutura
04:46para a inteligência artificial.
04:47Então, isso é o que está no centro.
04:49Como já se sabe, de novo, o tom que vai acontecer esse debate
04:52é diferente do tom de abril.
04:54E aí, de alguma maneira, Donald Trump, sim, se posiciona,
04:57estica a corda lá na sexta-feira, dizendo, vou colocar o 100%.
05:01Ele próprio depois fez uma publicação dizendo, no domingo,
05:05olha, vai ficar tudo bem com a China.
05:07E agora, Scott Bassin também nessa linha do apaziguar.
05:11Claro, como a Paula disse, um apaziguar que é,
05:13eles têm problemas, eles estão ali fazendo, tiveram uma dificuldade de gestão interna,
05:18mas eu estou falando com o principal, com o Xi Jinping,
05:21vamos ter aí uma, com a equipe de Xi Jinping mais direta,
05:24onde tem espaço para conversa.
05:26Então, tem um pico de tensão que depois vai se reduzindo
05:30num cenário que não é fácil, não tem um nó aí,
05:32tem realmente uma disputa de hegemonias,
05:36não vai ser fácil ser desfeito esse nó,
05:38mas ambos reconhecem que chegar de novo ao limite não é a intenção
05:42e é por isso que agora o tensionamento e as ameaças se dão
05:47num patamar onde sobe e desce com um pouquinho mais de velocidade
05:51e um pouquinho mais de afagos também mútuos logo depois da esticada de corda, viu, Paula?
05:56E está afetando os mercados, né, Mari?
05:58Como sempre, na sexta-feira teve um pico ali nos mercados
06:01e agora está todo mundo esperando para ver o que vai acontecer
06:04ao longo dessa semana ou, de repente, nos próximos dias.
06:07É, mesmo aí a gente vai ver daqui a pouco como é que estão os mercados,
06:10mas exatamente porque o nível de tensão é levemente menor,
06:13já se conhece um pouquinho mais da pauta que está sendo posta,
06:18a tensão aconteceu, os mercados obviamente reagiram,
06:21mas reagiram também numa intensidade um pouquinho menor.
06:24A gente já assistiu, inclusive, alguma recuperação no caso das bolsas americanas,
06:28a baixa não foi tão baixa quanto em outros momentos.
06:31Basicamente, então, a grande mensagem seja,
06:35olha, as crises acontecem, estamos falando aí de um processo que é sim uma guerra comercial,
06:40é sim uma disputa muito profunda por hegemonia,
06:43uma transformação mundial muito grande.
06:45Já sabemos, é crise.
06:46Mas já que é crise, eu preciso ficar entrando em desespero
06:50toda vez que tem uma novidade, um capítulo dessa crise?
06:53Não.
06:54Se adapta, calibra, reage, é volátil,
06:56mas não entra numa, digamos assim, numa baixa profunda,
07:00que é o que a gente viu.
07:01Então, a crise é o novo normal
07:02e os agentes econômicos acabam aprendendo a lidar com isso
07:05e sendo um pouquinho menos reativos ao que vem por aí, viu, Paulo?
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