Mediado pelo jornalista econômico Fabio Turci, o painel abordou os vetores de crescimento sustentável da economia brasileira, a atração de investimentos e os desafios institucionais para impulsionar a competitividade do país.
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NotíciasTranscrição
00:00E vem muito mais por aí, bom dia a todos, olá a todos os presentes, agradeço às
00:07autoridades que aqui estão, que alegria estarmos reunidos hoje então para discutir o futuro
00:11do Brasil.
00:12É uma honra dar início ao evento Brasil 2030, Perspectivas de Desenvolvimento, que
00:18marca o primeiro evento em Brasília, promovido pelo Times Brasil, licenciado exclusivo CNBC,
00:25o maior canal de notícias de economia e negócios no mundo, que agora também está presente
00:29no Brasil.
00:30Uma plataforma que nasce com o compromisso de ampliar o debate sobre os rumos do desenvolvimento
00:36nacional, conectando o país aos grandes temas da economia global.
00:42E poucos assuntos são tão estratégicos neste debate quanto a reindustrialização
00:47brasileira.
00:48A agenda de desenvolvimento econômico do Brasil exige soluções estruturantes para
00:53elevar a produtividade, reduzir as desigualdades regionais e inserir o país na trilha do desenvolvimento
01:01sustentável.
01:02E a indústria química é estratégica no processo mundial de neoindustrialização,
01:08que se baseia em inovação tecnológica, transição energética e agregação de valor.
01:15Eu convido agora para fazer uso da palavra a vice-presidente at sales e business affairs
01:20do Times Brasil, licenciado exclusivo CNBC, Mônica Monteiro.
01:23Bom dia a todos, senhoras e senhores, autoridades, líderes empresariais, parceiros internacionais
01:46e meus amigos que estão aqui.
01:48É uma honra falar em nome da Times Brasil, licenciado exclusivo CNBC, o maior canal
01:54de jornalismo de negócios do mundo.
01:57Nosso compromisso vai além da informação, é conectar tendências, revelar oportunidades
02:03e dar visibilidade a quem está construindo o futuro e a economia global.
02:07Hoje vivemos uma virada de ciclo, a indústria voltou a ser o centro do debate econômico,
02:13não uma velha indústria, mas uma indústria baseada em volume e escala, mas uma indústria
02:18baseada em tecnologia, sustentabilidade e inteligência produtiva.
02:23A nova economia global precisa de motores confiáveis e é o motor do crescimento que
02:28será a indústria verde, digital e estratégica.
02:31O Brasil tem condição única de biodiversidade, base científica, capital humano e criativo
02:37e uma demanda interna robusta.
02:40A nova indústria pode ser o alicerce de uma economia mais competitiva, inclusiva e integrada
02:47aos fluxos globais que necessitam hoje.
02:50O maior canal de jornalismo de negócios do Brasil acredita que o papel do jornalismo
02:55econômico é iluminar caminhos, dar visibilidade, como hoje estamos dando, a soluções, criar
03:01ambientes de confiança para investidores, empreendedores e formuladores de política.
03:07É esse momento de acelerar, é de transformar desafios em oportunidades, é posicionar
03:13o Brasil como um parceiro líder da nova indústria.
03:16A Time, CNBC, está ao lado de quem constrói e não apenas de quem só comenta a notícia,
03:24está atrás de quem constrói o futuro.
03:26Muito obrigada e vamos aos trabalhos aqui.
03:37Então, vamos dar início ao nosso primeiro painel do dia e para mediar essa discussão
03:43sobre o novo motor de crescimento econômico global, eu convido ao palco o Fábio Turci,
03:48jornalista e âncora do Radar, no Times Brasil, licenciado exclusivo CNBC.
03:57Também, é claro, convido os participantes dessa conversa que vai ser muito enriquecedora,
04:02com toda certeza, o senador Efraim Filho, do União Brasil da Paraíba.
04:07O presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria Química, a ABKIN, André Passos
04:17Cordeiro.
04:18A CEO América Latina e presidente da Unidade Global de Negócios da Rodia, Daniela Manic.
04:29E o vice-presidente da Innova, Reinaldo José Kroger.
04:48Desejo um excelente painel a todos e passo a palavra, então, ao Fábio Turci.
04:53Com certeza, vocês ficaram em excelente companhia.
04:55Até já.
04:59Obrigado, meu colega e amigo Eduardo Gayer.
05:10Muito bom dia a todos.
05:11Sejam todos muito bem-vindos.
05:12Muito obrigado aos nossos panelistas pela participação.
05:16Queria renovar aqui o agradecimento e a honra que é estar aqui representando o Times Brasil,
05:22licenciado exclusivo CNBC, para uma discussão de alto nível e tão oportuna no momento
05:28de inflexão que a gente vive na economia global, na indústria global, em tantos aspectos.
05:34Temos um momento chave hoje de reorganização da geopolítica, das relações comerciais,
05:39com a guerra tarifária que está sendo travada e que, qualquer que seja um acordo que venha,
05:44vai deixar marcas permanentes.
05:46Temos uma inflexão ambiental, impulsionada pela emergência climática.
05:51Temos uma inflexão também por conta de um crescimento exponencial da influência
05:57da tecnologia, da inteligência artificial, nas mais diversas frentes produtivas.
06:02Então, é um momento mais do que necessário para que nós possamos ter discussões como
06:07esta, de alto nível, propositivas, de análise aprofundada e também de apontamento de direções,
06:13de caminhos.
06:14Eu queria começar por você, André, tratando aqui como representante da ABKin,
06:20te perguntando sobre o cenário da indústria química no Brasil hoje, os principais entraves
06:26que estão colocados aí, atrapalhando, dificultando, desafiando o desenvolvimento
06:32das empresas do setor, especialmente em relação a dois pontos que são tão limitantes
06:37na competitividade da indústria química brasileira e da indústria em geral brasileira,
06:42que são logística e tributação.
06:46Em primeiro lugar, bom dia, Fábio.
06:49Cumprimentar aqui os meus colegas de painel, senador Efraim, a presidente do nosso
06:55Conselho de Diretor, Daniela Manic, presidente CEO da Rodia também, o nosso colega
07:02de primeiro vice-presidente do nosso Conselho de Diretor também, presidente da Inova,
07:09que são colegas nossos aqui.
07:11Dá um bom dia a todas e a todos, as autoridades presentes, aos nossos colegas também
07:16empresários do setor petroquímico e dos diversos setores que se relacionam
07:23com a indústria petroquímica, que são muitos.
07:25A indústria petroquímica que a gente costuma falar, a indústria química,
07:28está na base de todas as cadeias produtivas, não só da indústria, mas também do agronegócio.
07:35Ela fornece insumos básicos para toda a nossa economia.
07:41Você começou falando, e eu queria recuperar um pouquinho isso,
07:45de um novo cenário geopolítico.
07:47Acho que o primeiro grande desafio da indústria química brasileira
07:50está relacionado a esse novo cenário geopolítico,
07:54onde a indústria começa claramente a ser o principal território
07:59de disputa econômica no mundo.
08:01Hoje, as grandes disputas comerciais, as grandes barreiras tarifárias
08:07que estão se levantando no mundo, especialmente a partir dos Estados Unidos
08:10e da América, têm relação direta com os produtos industriais.
08:15É a disputa pelo mercado de bens manufaturados no mundo
08:20que está alterando a geopolítica hoje.
08:23Acho que esse é o primeiro elemento que a gente traz.
08:27Evidentemente que o tema da logística está no centro,
08:30e essa grande disputa impacta, por exemplo, os custos de frete no mundo.
08:35Hoje a gente tem, como teve na pandemia, uma alteração significativa
08:40do custo do frete no mundo.
08:42Na pandemia era para cima o preço, agora é para baixo o preço,
08:47mas essas oscilações alteram muito as condições de competitividade
08:52da indústria, não só no Brasil, mas em todos os locais onde ela está.
08:59Então é um grande desafio estruturar cadeias logísticas competitivas
09:04dentro do nosso país também, que consigam enfrentar esses ciclos
09:09de baixa e de alta de preços nos fretes internacionais.
09:14Hoje o frete internacional é um elemento, inclusive,
09:17de disputa por ganhos de mercado ao redor do mundo.
09:22A tributação também é uma frente fundamental nessa disputa.
09:27A gente vê grandes potências industriais como a China,
09:30isso não é diferente na indústria química lá,
09:33extremamente subsidiadas, incentivadas.
09:36Nos Estados Unidos também a gente vê isso,
09:39teve vários atos do governo americano recentemente.
09:44Recentemente, eu digo na última década,
09:46e agora no último mandato do presidente Biden também,
09:50não foi diferente, então a gente teve o Jobs Act,
09:53o Inflation Reduction Act também produzidos
09:56no sentido de incentivar as cadeias industriais em geral
09:59e a química em especial.
10:01Isso também altera as condições de competitividade,
10:04os incentivos que os governos locais dão,
10:07Europa, Estados Unidos, China, Coreia, Japão, etc., Oriente Médio,
10:13favorecem as indústrias desses locais,
10:16reduzindo custos tributários e criando condições
10:20mais agressivas de competição
10:23para os produtos que vêm desses países.
10:26Vou dar um exemplo, um dos países que mais subsidia
10:29a sua indústria química no mundo é a China.
10:32A China de 2023 para 2024 cresceu praticamente 20%,
10:3719,6% da sua produção de químicos.
10:41A Rússia também, conectada cada vez mais
10:45à economia chinesa por razões geopolíticas,
10:49cresce na casa dos 8%, entre 8% e 9%.
10:53A Índia também, próxima e conectada cada vez mais
10:57à economia chinesa, cresce em torno de 1%.
11:01Coreia e Japão decrescem,
11:05que eram economias asiáticas que atendiam o mercado chinês,
11:10mas com carência de acesso a insumos, a matérias-primas,
11:15portanto, um pouco menos competitivas.
11:18Tem decréscimo de 9% no caso do Japão,
11:21de quase 8% da sua produção química no caso da Coreia.
11:25E, na sequência, a gente tem no mapa mundial
11:29a Europa e o Brasil, que basicamente atendem
11:33os seus mercados locais e regionais,
11:35no nosso caso aqui a América do Sul,
11:37no caso, por exemplo, da principal economia produtora
11:40de químicos na Europa, a Alemanha,
11:42o mercado regional europeu.
11:44Essas duas economias caem na casa,
11:47a sua produção na casa dos 6,5%, 7%.
11:50E Estados Unidos tem um comportamento
11:52da sua produção estável,
11:54teve uma pequena queda de 0,2%,
11:57portanto, manteve o seu nível de produção
12:00de 23% para 24%. Por quê?
12:03Porque levantou defesas comerciais,
12:06porque começou a intensificar o seu apoio via,
12:11indiretamente, através de subsídios
12:13e redução de carga tributária.
12:16Então, esse é um instrumento importantíssimo para nós.
12:19O Brasil teve, ao longo de mais de uma década,
12:24o regime especial da indústria química,
12:26que reduziu a carga tributária
12:28e incentivou o aumento de produção,
12:32o uso completo da capacidade produtiva das suas fábricas.
12:36Esse regime especial foi sendo desidratado
12:39ao longo do tempo.
12:41Ele foi diminuído num primeiro ciclo em 2016,
12:45depois foi diminuído de novo em 2021 e 2022.
12:49E isso impactou brutalmente
12:51a nossa capacidade de competição,
12:53a ponto da nossa produção recuar,
12:56a ponto de ter efeitos negativos
12:58sobre a arrecadação federal, por exemplo,
13:00de 2022 para 2023.
13:03Nós tivemos uma queda de quase 8 bilhões
13:06na arrecadação de tributos federais,
13:09pagos pela indústria química,
13:11que é o maior pagador de tributos federais
13:13da indústria de transformação.
13:15Com a volta do regime especial que ficou suspenso
13:19da metade de 2022 até o final de 2023,
13:23a Receita Federal, dados da Receita Federal,
13:25voltou a arrecadar 6 bilhões a mais,
13:29foi o crescimento de 2023 para 2024
13:32na arrecadação de tributos da Receita Federal,
13:34vindos da indústria química.
13:36Então esse incentivo também tem o condão
13:38de fazer crescer a produção
13:40e crescer a arrecadação,
13:43melhorar a competitividade
13:45e ter efeitos positivos sobre a arrecadação.
13:48Nós dizemos que os incentivos sobre a indústria,
13:50em geral, e sobre a indústria química,
13:52em especial, aumentam a produção
13:55e têm efeito positivo sobre a arrecadação.
13:57Portanto, eles se pagam, mais do que se pagam.
14:00Então, logística é um tema importante,
14:02sem dúvida, tributação é um tema importante,
14:04sem dúvida, para que nós consigamos
14:06estruturar condições de competitividade.
14:08E, por fim, nós temos que resolver
14:11o problema do acesso à matéria-prima
14:13competitiva no Brasil.
14:15A Mônica falava aqui na abertura
14:17sobre os potenciais,
14:19o potencial da indústria verde
14:21sustentável no Brasil,
14:23mas é preciso também fazer a transição
14:25da indústria tradicional para a indústria verde.
14:27Isso passa, por exemplo,
14:29pelo tema da solução.
14:31Vejo aqui na nossa plateia,
14:33via a secretária Andréa Maceira,
14:35de Regulação,
14:37do Ministério da Indústria e Comércio,
14:39que tanto enfrenta o tema da
14:41regulação do mercado de gás no nosso país,
14:43é preciso que nós tenhamos oferta
14:45e preço de gás competitivo também
14:47para aumentar a competitividade
14:49da nossa indústria.
14:51Nosso país tem um grande potencial,
14:53a neoindustrialização é uma realidade,
14:55a nova política industrial
14:57do governo brasileiro é uma realidade,
14:59o governo vem caminhando
15:01no sentido correto, o Congresso Nacional
15:03tem tomado decisões
15:05no sentido correto de aumentar
15:07a competitividade da indústria brasileira,
15:09a gente não pode parar,
15:11tem que seguir no caminho que vem trilhando
15:13e intensificar ainda mais
15:15essas políticas que estão voltando
15:17no nosso país.
15:19Isso nos traz, então,
15:21concluindo ao tema
15:23que nós temos proposto no Congresso Nacional
15:25de um regime de incentivo novo
15:27para a indústria química brasileira,
15:29que é o Programa Especial de Sustentabilidade
15:31da Indústria Química,
15:33de autoria do deputado Afonso Motta,
15:35que estará conosco no próximo painel aqui,
15:37para que a gente
15:39dê sequência
15:41a esse caminho que a gente vem trilhando
15:43de aumento da competitividade
15:45da nossa indústria em geral
15:47e da indústria química, que ajuda
15:49a indústria em geral a se desenvolver
15:51e a crescer no nosso país. Obrigado, Fábio.
15:53Obrigado, André. Muito obrigado
15:55pela sua primeira participação aqui.
15:57Eu passo agora, então, para a Daniela,
15:59nossa segunda painelista.
16:01Daniela,
16:03existe, como eu disse aqui na abertura,
16:05um momento de inflexão,
16:07esse que nós vivemos hoje,
16:09e a indústria química é fundamental
16:11quando se fala em transição energética,
16:13em mudar o modelo de desenvolvimento
16:15não só do país, mas da economia global
16:17para um modelo verde, mais sustentável,
16:19e isso não é possível,
16:21não seria possível sem a participação
16:23da indústria química.
16:25Ela está preparada hoje, se a gente pensar
16:27num retrato geral da indústria química
16:29brasileira, você diria que ela está preparada
16:31para atender a uma demanda
16:33por insumos estratégicos
16:35para subsidiar,
16:37para embasar
16:39essa transição?
16:41Bom dia a todos e todas.
16:43É um prazer estar aqui, agradeço muito.
16:45Agradeço por poder fazer parte desse painel
16:47com todos.
16:49Eu acho que sim, a indústria,
16:51e isso que é o ponto mais importante
16:53hoje, que eu imagino,
16:55dentro das políticas que vão ser estabelecidas
16:57pelo governo, porque o parque
16:59industrial hoje do Brasil, ele já
17:01é um parque muito importante
17:03e as indústrias químicas
17:05hoje presentes no Brasil, apesar
17:07de todas as dificuldades que nós temos
17:09passado nos últimos anos, nós
17:11temos nos mantido bastante
17:13atualizados. Eu acho que hoje
17:15quando você entra num parque industrial
17:17dos associados
17:19da ABICIM, por exemplo, você vai
17:21encontrar inteligência artificial
17:23nas manutenções preditivas,
17:25você vai encontrar salas de controle
17:27modernas, você vai encontrar controles
17:29de linha,
17:31que sejam os produtos analisados
17:33sem necessidade de contato,
17:35você vai encontrar já
17:37soluções sendo criadas
17:39em sistemas totalmente
17:41autônomos, sem necessidade
17:43de mão de obra direta
17:45nas operações das plantas.
17:47Então, nós temos a base
17:49da química está no Brasil, a base
17:51da química está montada no Brasil
17:53e o que é importante
17:55é mantê-la ativa.
17:57A grande preocupação nesse ambiente
17:59tão agressivo como o André colocou
18:01é quando realmente nós vemos,
18:03infelizmente, algumas das fábricas
18:05de produtos básicos,
18:07lembrando aquele ditado que é sempre conhecido
18:09que a química é a mãe de todas
18:11as indústrias, operando
18:13muito próxima de uma capacidade
18:15mínima de 65%,
18:1760%.
18:19Então, eu acho que é por isso que
18:21nós temos esse programa que é
18:23muito importante, para que a gente
18:25mantenha a competitividade do Brasil,
18:27o acesso a matérias-primas e estar preparado
18:29para o futuro. Eu vejo os nossos
18:31laboratórios hoje com
18:33linhas únicas de produto, com o
18:35menor pegada de carbono
18:37dos nossos concorrentes mundiais
18:39e investindo fortemente.
18:41Acho que, dentro
18:43da rocha, por exemplo, a gente acabou de fazer o
18:45anúncio de um projeto de mais de 250
18:47milhões de reais, para a gente
18:49aumentar a quantidade de vapor
18:51produzido através de biomassa de forma
18:53competitiva. Então, apesar das
18:55dificuldades, nós estamos mantendo os
18:57investimentos e continuamos com
18:59tecnologias de ponta no Brasil
19:01e estamos preparados, sim,
19:03para poder
19:05ser a base do crescimento do
19:07Brasil e, pelo contrário, mostrar que
19:09o Brasil vai subir
19:11as escadas da química e vai
19:13continuar sendo uma das potências.
19:15Acho que a gente gostaria de poder ser
19:17o quarto ou quinto
19:19produtor mundial
19:21de químicos.
19:23Você poderia trazer para a gente
19:25exemplos concretos
19:27de inovações na indústria que
19:29conciliem a
19:31performance com redução de emissões?
19:33Sim, acho que eu posso trazer
19:35e aí eu falo de novo com um
19:37pouquinho de propriedade, porque são alguns
19:39produtos que a gente já tem na nossa linha de produção,
19:41por exemplo, solventes verdes.
19:43Solventes que têm base tanto
19:45de etanol, e o Brasil foi
19:47pioneiro na indústria do etanol,
19:49como também com base, por exemplo,
19:51em glicerina. Então, solventes com
19:53baixíssimo conteúdo
19:55de carbono,
19:57sem cheiro, sem
19:59residuais,
20:01com extremo poder
20:03de limpeza, de solubilidade,
20:05no nosso caso,
20:07que são, inclusive,
20:09biodegradáveis.
20:11Então, modelos, solventes que estão sendo
20:13exportados hoje, que é o que o mercado internacional
20:15está procurando com a melhor
20:17prática que é possível,
20:19e já carbono zero.
20:21Eu acredito,
20:23porque estamos lidando
20:25com isso, que o Brasil vai ter a primeira indústria
20:27química neutra
20:29de carbono, produzindo mais de um milhão de toneladas
20:31aqui. Pelo menos esse
20:33é o caminho que a Rodja está indo, e não é em 2050,
20:35é em 2030.
20:37E nós temos esse potencial,
20:39vários das
20:41indústrias químicas do Brasil têm esse potencial.
20:43Posso citar, por exemplo,
20:45outros produtos que a gente tem para a indústria
20:47de solados de calçados, também,
20:49com baixíssimo nível de teor de carbono,
20:51também vindo de materiais reciclados,
20:53e também até
20:55uma linha de produtos carbono neutro.
20:57A parte toda de textos, nós já temos
20:59também textos vindos de
21:01polímeros de origem
21:03vegetal, também com baixa
21:05pegada de carbono, também
21:07linhas de produto carbono neutro. Então,
21:09nós já temos hoje desenvolvimentos
21:11feitos no Brasil, nos nossos
21:13laboratórios de produtos que
21:15são referências mundiais
21:17nos mercados fora do Brasil,
21:19como produtos sustentáveis
21:21e com baixíssimo nível de
21:23carbono,
21:25e que são referências
21:27que outros estão tentando copiar.
21:31Lembrando o papel de
21:33espalhamento pela indústria como um todo,
21:35que a indústria química tem. Quer dizer, na medida
21:37em que ela se torna mais verde,
21:39isso impulsiona o desenvolvimento
21:41de produtos, serviços, tecnologias
21:43que são verdes igualmente, e isso tem esse
21:45poder de se espraiar pela atividade
21:47industrial como um todo.
21:49Nós somos o escopo 3 de muitas indústrias
21:51no país. Então, a partir do momento
21:53que nós conseguimos
21:55trazer produtos,
21:57linhas de produto carbono neutro,
21:59nós estamos no começo da cadeia
22:01já possibilitando para que o
22:03restante da cadeia toda siga nessa direção.
22:05E, Daniela,
22:07como é que, na sua leitura, como é que a indústria
22:09química brasileira poderia se posicionar
22:11para ser esse
22:13necessário motor da
22:15neoindustrialização do país nos próximos
22:17anos?
22:19Eu acho que o nosso potencial, como eu falei,
22:21é imenso.
22:23Nós estamos, apesar, por exemplo,
22:25de ter, infelizmente, ainda
22:27o gás natural com os maiores
22:29valores do mundo,
22:31o acesso à nafta também ainda com valor muito
22:33elevado, apesar disso, como eu comentei,
22:35nós estamos mantendo os investimentos
22:37e investindo em tecnologia,
22:39investindo em inovação, investindo
22:41em novas linhas de produto.
22:43Nós temos acesso a matérias primas
22:45que nenhum outro lugar
22:47do mundo tem.
22:49O acesso, realmente, do Brasil à química
22:51verde é fantástico
22:53e eu ainda acredito
22:55que nós podemos ser
22:57a química do futuro.
22:59Eu acho que todos os países,
23:01as grandes nações, como o André comentou,
23:03eles têm na sua indústria
23:05química uma fortaleza
23:07e uma indústria que está sempre
23:09recebendo, sim, subsídios
23:11e suporte do governo, porque o governo
23:13entende que ela é importante
23:15e durante a pandemia a gente sentiu muito
23:17isso, na hora que faltaram alguns produtos
23:19básicos.
23:21Posso dizer, por exemplo,
23:23infelizmente, durante todo esse impacto
23:25que nós tivemos no mundo
23:27dos últimos anos de competitividade,
23:29a Rodia fechou uma das únicas
23:31fábricas, a única fábrica,
23:33na verdade, de ácido
23:35salicírico da América do Sul, que é
23:37para fabricar aspirina. Quer dizer, hoje nem
23:39isso nós conseguimos, mas outras fábricas
23:41ainda estão aqui e nós
23:43podemos, sim, ser a referência
23:45na química que vai estar
23:47usando
23:49toda essa natureza fantástica
23:51que a gente tem e numa continuidade
23:53do agronegócio, acho que é isso que é
23:55muito interessante. A nossa química verde, ela vai
23:57vir com uma continuidade
23:59do agronegócio no crescimento do
24:01Brasil e colocando o Brasil como
24:03uma referência mundial da química verde.
24:05Então, eu acho que é nesse
24:07sentido que o Brasil tem que se posicionar.
24:09E programas de incentivo
24:11à sustentabilidade da indústria química vão
24:13nessa direção. Quer dizer, é você
24:15trazer o melhor do potencial
24:17do Brasil, você poder trazer mais valor
24:19agregado, a química, ela gera salários
24:21muito altos
24:23para os nossos operadores, para as nossas mãos de obra.
24:25Então, é você colocar
24:27um investimento do país
24:29numa continuidade do agronegócio
24:31que vai crescer, trazendo
24:33a química verde, trazendo uma referência
24:35para o mundo e
24:37trazendo em conjunto inovação
24:39e pesquisa na
24:41neoindustrialização, em novos
24:43parques industriais
24:45e com salários e empregos
24:47de altíssima qualidade.
24:49A química tem o quarto
24:51maior salário médio da indústria brasileira,
24:53se eu não estou enganado, é isso?
24:55Exatamente. E, normalmente,
24:57quando nós estamos ao redor
24:59de uma grande fábrica
25:01química, como nós também trazemos programas
25:03sociais, como nós também trazemos
25:05jovem aprendiz, como nós também trazemos
25:07uma formação para
25:09todos os nossos funcionários, até com
25:11esse investimento em tecnologia,
25:13cada vez mais os nossos operadores têm que
25:15entender profundamente
25:17de informática, de línguas estrangeiras, etc.
25:19Nós trazemos uma melhoria da qualidade
25:21de vida para aquela população que é muito expressiva.
25:23O André falava
25:25há pouco de como os
25:27governos têm papel central
25:29no desenvolvimento que a indústria química tem
25:31hoje, por exemplo, na China, na Rússia, os exemplos
25:33aqui que ele citou.
25:35O Brasil está muito
25:37atrás nisso ainda? A gente precisa ter
25:39uma presença maior do governo
25:41reconhecendo e ajudando a promover
25:43o potencial da nossa indústria química?
25:45Eu acho que sim. Acho que o Brasil tem sido muito
25:47tímido.
25:49A indústria química, ela cresceu
25:51muito nas décadas de 70 e 80.
25:53Depois nós ficamos vários anos
25:55sem uma atuação direta
25:57do governo entendendo
25:59a prioridade dessa indústria.
26:01Com isso o país acaba sofrendo,
26:03porque às vezes você acaba tendo restrição de acesso
26:05a produtos que são importantíssimos.
26:07E, na verdade,
26:09nós vemos até a própria Índia, por exemplo,
26:11ela já coloca defesas
26:13de proteção para produtos quando
26:15há um anúncio de uma nova fábrica
26:17de produto. Ou seja, ela já prepara o mercado
26:19para um novo investimento.
26:21E mesmo a Coreia,
26:23por exemplo, agora ela teve uma pequena diminuição,
26:25mas depois de 30 anos
26:27de incentivos fortíssimos
26:29de uma indústria química de ponta.
26:31Então, eu acho que todas as grandes nações
26:33verificam que tem que
26:35manter a química viva,
26:37porque ela é o braço de crescimento
26:39e de desenvolvimento da
26:41população. E aqui no Brasil,
26:43nós temos a grande
26:45oportunidade de sermos a referência mundial
26:47em química verde.
26:49Obrigado, Daniela.
26:51Muito obrigado pela sua participação.
26:53Eu passo agora para o
26:55Reinaldo. Reinaldo,
26:57a manutenção, e não só
26:59a manutenção, mas a ampliação,
27:01como o André também colocava, de um regime
27:03de estímulo tributário,
27:05sobretudo para a indústria química brasileira,
27:07é fundamental?
27:09Eu diria que é
27:11vital.
27:13Eu faço uma análise
27:15dos anos 70.
27:17Os anos 70 foram
27:19grandes investimentos nas centrais petroquímicas.
27:21Camaçari,
27:23Rio Grande do Sul, São Paulo.
27:25E focado
27:27para fazer uma indústria só.
27:29Para que a gente tivesse produção nacional.
27:31Esse era o foco.
27:33Hoje,
27:35eu tenho que ter essa indústria,
27:37mas com sustentabilidade.
27:39Ela tem que ser moderna.
27:41Então, você tem uma indústria
27:43que faz reciclagem química.
27:45A gente falava sempre reciclagem mecânica.
27:47Hoje se fala em reciclagem química.
27:49A gente falava de biomassa,
27:51usando resíduos de madeira.
27:53A indústria que eu trabalho,
27:55a gente utiliza 40 caretas
27:57de biomassa por dia.
27:59E dentro dessas caretas,
28:0190 toneladas diárias
28:03de casca de arroz.
28:05Que é um problema
28:07ambiental, principalmente no sul,
28:09e agora vamos fazer
28:11um lançamento de mais uma linha
28:13de 300 toneladas de casca de arroz.
28:15E quiser falar casca de arroz, que gera vapor,
28:17que gera energia.
28:19E além de gerar sílica, que eu estava conversando
28:21com a Daniela, onde dá para ser utilizada
28:23a cinza como sílica.
28:25Agora, o que acontece?
28:27Tudo isso é investimento.
28:29Essas caldeiras que a gente tem de biomassa
28:31custaram 250 milhões,
28:3350 milhões de dólares, na época.
28:35E o dinheiro nosso é caro.
28:37O mundo está com dinheiro caro.
28:39Na verdade, não é só o Brasil.
28:41Você vai falar aqui em 14,5%,
28:43mas você fala em 7, 8% lá fora.
28:45Então, se você não tiver
28:47um apoio,
28:49essa indústria vai morrendo.
28:51Hoje a gente tem 11% do PIB industrial
28:53e as plantas operando
28:55com 60 a 70%.
28:57Então, se a gente não tiver um suporte,
28:59que é justamente o Precic,
29:01o próprio símbolo
29:03do incentivo
29:05fala em sustentabilidade.
29:07Esse é o foco. A gente sabe
29:09que se a gente não fizer isso, ela não vai.
29:11Hoje, a Inova, por exemplo,
29:13está com 83% de carbono neutro.
29:15Nosso foco é 100%,
29:17que é o que a Daniela está tentando também fazer
29:19na Solving.
29:21Então, precisa. É vital,
29:23como eu te falei.
29:25Esse ano, no começo de 2025,
29:27várias indústrias químicas
29:29juntas anunciaram um investimento
29:31da ordem de 760 milhões de reais
29:33em melhoria das plantas.
29:35A Inova foi uma dessas empresas também.
29:37Isso se deu
29:39no âmbito do regime especial.
29:41Quer dizer, esse investimento
29:43por si só já mostra que
29:45é preciso haver esse caminho, é preciso haver
29:47esse incentivo, essa condição para que as indústrias
29:49possam investir.
29:51Para você ter uma ideia, nós somos a primeira empresa
29:53desse incentivo.
29:55Nós captamos 80 milhões,
29:57mais ou menos.
29:59E todos os investimentos já foram feitos.
30:01Isso que é legal.
30:03Ou seja, tem um acompanhamento do governo,
30:05não só para aprovar o projeto,
30:07ou seja, técnico, e depois tem
30:09acompanhamento para ver se foi efetivamente feito.
30:11Porque no passado, muitas vezes,
30:13se usava o dinheiro e se perdia.
30:15Hoje não. Hoje tem um foco.
30:17Ou seja, ele tem que ser aprovado, tem que ter
30:19um interesse de produtividade ligado à sustentabilidade,
30:21que é o foco desse novo.
30:23Esse novo a gente está passando hoje,
30:25esse sistema antigo que a gente está usando agora,
30:27é um e meio. O novo a gente está falando em 3%.
30:29E que tem investimentos
30:31para serem feitos monstruosos.
30:33Para melhorar a qualidade
30:35da vida das pessoas.
30:37Nós falamos há pouco
30:39aqui desse poder da indústria química
30:41de espraiar a inovação
30:43e a sustentabilidade
30:45pelas outras indústrias. Aliás, a indústria química
30:47representa 11% do PIB industrial
30:49no Brasil.
30:51Para nos ajudar
30:53a enxergar isso em bases mais concretas,
30:55se poderia, Reinaldo, nos trazer
30:57alguns exemplos de outras indústrias
30:59que se beneficiam de uma indústria química
31:01verde, sustentável,
31:03altamente produtiva?
31:05Essa é fácil.
31:07Tem um monte.
31:09É o seguinte, essa roupa que você está usando,
31:11ela é usada
31:13um corante, é químico.
31:15A construção
31:17desse prédio,
31:19você usou EPS,
31:21que é o estilênio expandido, que é mais conhecido
31:23como depois o...
31:25Não é gesso, vou lembrar o nome.
31:27O isopor.
31:29Também tem. Está na construção civil.
31:31Quando você veio aqui
31:33ou de Uber, ou você veio com o teu carro,
31:35uma boa parte desse teu carro
31:37é plástico, e que faz o quê? Reduz o peso,
31:39que consome menos gasolina,
31:41consome menos combustível.
31:43A estrada que você está, o asfalto
31:45que tem lá, você tem estilênio.
31:47Você tem petróleo também lá.
31:49É a indústria química que está lá.
31:51Ou seja, tudo que você vai beber,
31:53um copo, você vai beber uma água,
31:55tem o refrigerante, a água, feita com pet.
31:57Normal ou reciclado?
31:59Tem os dois já.
32:01Então, em tudo que te cerca,
32:03tem algo da química.
32:05Quando você vai no restaurante, você está comendo o arroz,
32:07o feijão, tudo que... Lá foi feito
32:09um fertilizante para poder ter essa produção.
32:11Então, ela está muito mais presente
32:13do que a gente imagina.
32:15É o que a gente fala.
32:17Ela é uma indústria mãe.
32:19Ela está em todo lugar, de uma forma pequena,
32:21e algumas vezes são significativas.
32:23E que exemplos de inovação,
32:25de força, a gente consegue
32:27observar
32:29já instalados na indústria
32:31química brasileira?
32:33Eu começo pela reciclagem química.
32:35Tem uma coisa maravilhosa
32:37que é você voltar ao estado original
32:39da molécula.
32:41Você tem hidrogênio verde, que agora está
32:43em moda no mundo inteiro, e o Brasil
32:45vai ser um dos grandes
32:47propulsores disso daí.
32:49Você tem o eteno verde.
32:51Ou seja, a gente tem
32:53uma vantagem que é a matéria-prima.
32:55A gente tem cana de açúcar abundante.
32:57E o pessoal está explorando isso.
32:59A Europa não consegue fazer isso.
33:01O pessoal não tem a produção
33:03que a gente tem. A gente tem duas safras de cana.
33:05Então, a gente tem facilidade
33:07de matéria-prima para poder desenvolver
33:09novas tecnologias.
33:11Você vai em uma fábrica.
33:13No passado, você tinha um painel de controle.
33:15Hoje, se você for na inova,
33:17parece uma
33:19Star Trek lá.
33:21O controle é com sensores,
33:23que é a indústria 4.0.
33:25Você tem sensor na fábrica, tudo,
33:27para poder ver. Você tinha, no passado,
33:29a manutenção, você tinha
33:31uma manutenção corretiva ou preditiva.
33:35Hoje, antes de acontecer qualquer coisa,
33:37o painel de controle
33:39te avisa se tiver algum vazamento.
33:41A gente trabalha com benzeno, que é um produto cancerígeno.
33:43A gente tem sistemas
33:45triplos de controle.
33:47Não se tinha isso no passado.
33:49Então, hoje, quando você vai fazer qualquer investimento,
33:51a primeira coisa que você faz,
33:53e todas fazem isso, é ver
33:55se vai agredir o ambiente,
33:57se você tem algum jeito de consumir menos água,
33:59se o resíduo pode ser utilizado.
34:01Por exemplo, a gente gera muita cinza
34:03por causa da biomassa. Vai tudo para a cimenteira.
34:05Ou vai até para poder
34:07trabalhar no solo,
34:09para poder usar como adubo, uma parte.
34:11Ou seja, tudo tem
34:13que ser pensado.
34:15E a cobrança é muito rápida hoje.
34:17Hoje, todo mundo tem celular.
34:19Antigamente, se acontecia um acidente
34:21em uma indústria, você sabia dois meses depois.
34:23Você tem real time.
34:25Então, você tem uma preocupação
34:27de se está gerando fumaça,
34:29contaminando o ar, contaminando a água.
34:31Eu digo o seguinte, a gente se preocupa
34:33com o petróleo, mas a gente tem que se preocupar com a água.
34:35E a indústria química
34:37usa a água.
34:39A gente reusa. Antes, a gente pegava
34:41efluentes. Agora, a gente usa o tratamento
34:43de efluentes como água
34:45para reduzir a temperatura das nossas caldeiras.
34:49É isso que é a nova indústria.
34:51Se a gente pega
34:53a lista de produtos
34:55da indústria química em que o Brasil tem vantagem
34:57comparativa, a gente vê como ela encolheu.
34:59Se a gente pegar um horizonte
35:01de três décadas, as últimas três décadas,
35:03essa lista encolheu pela metade.
35:07Essa perda de competitividade está diretamente
35:09relacionada ao que os outros
35:11países estão fazendo e a gente está
35:13deixando de fazer na mesma magnitude?
35:15Tem um lado
35:17que é a parte de incentivo.
35:19Que é incentivo financeiro,
35:21incentivo fiscal, mas tem um outro
35:23incentivo que é a visão
35:25do país como um todo.
35:27Então, por exemplo,
35:29a China é um grande produtor
35:31químico hoje. Não tem
35:33petróleo, não tem gás. De onde vem?
35:35Da Rússia.
35:37A petroquímica americana, nos anos
35:3980, estava morrendo.
35:41Estão usando o quê? O xisto.
35:43Gás de xisto.
35:45Está um monstro. E quem ajudou isso aí?
35:47Quem fez os financiamentos
35:49para a perfuração dos postos de xisto?
35:51A gente está vendo agora
35:53a vaca morta na Argentina.
35:55O governo está querendo revitalizar o país.
35:57A gente vai começar a receber gás
35:59de vaca morta pela Bolívia?
36:01Ou seja, esses países
36:03é uma visão global.
36:05Ou seja, não é uma preocupação da indústria dele,
36:07química, está só para
36:09fornecimento local, mas para fornecer
36:11para o mundo todo, para que seja competitivo.
36:13É com esse pessoal que a gente está brigando.
36:15E a gente está com uma briga tarifária hoje, grande,
36:17entre Estados Unidos e China.
36:19Onde você acha que eles vão colocar
36:21o material? Por que você
36:23acha que a gente está operando hoje com plantas
36:25das 60, 70? Você pega
36:27um cracker das grandes,
36:29da Braskem, por exemplo, está operando
36:31com 65%, sendo que 70
36:33já seria o mínimo. Por que estão
36:35operando? Porque eles gostam de fazer isso? Não.
36:37É porque a entrada de produtos importados
36:39é maciça.
36:41Porque se a China não coloca nos Estados Unidos,
36:43ela vem colocar onde? Viramos um altelete.
36:45E os Estados Unidos é a mesma coisa.
36:47Se ele não põe na China, coloca aqui.
36:49Nós temos 210 bilhões de habitantes que consomem.
36:51É isso.
36:53Muito obrigado, Reinaldo.
36:55Obrigado a você pela oportunidade.
36:57Com todo esse diagnóstico
36:59de quem está na ponta da indústria,
37:01de dia a dia, a gente passa agora para o senador
37:03Efraim Filho, que é
37:05a pessoa que tem a possibilidade
37:07de atuação em prol
37:09de medidas que
37:11de alguma forma consigam favorecer
37:13a nossa indústria em geral, a indústria química em particular.
37:15Senador, eu começo perguntando
37:17para o senhor, como salvar, guardar
37:19um ambiente legislativo
37:21que possa reduzir
37:23as nossas vulnerabilidades
37:25e ampliar a competitividade da nossa indústria?
37:27Fábio,
37:29primeiramente, a saudação aqui
37:31ao André, à Daniela, ao Reinaldo,
37:33penalistas que nos acompanham.
37:35E, como você
37:37falou na introdução, quem prestou atenção,
37:39você falou em diagnóstico.
37:41E o diagnóstico, ele é conhecido.
37:43O grande desafio
37:45nosso é a terapêutica.
37:47É como tratar
37:49essas
37:51situações que foram postas aqui.
37:53E aí você revela
37:55ao Congresso Nacional
37:57cenário de desafios
37:59e de oportunidades.
38:01E fica muito claro, o Brasil
38:03tem um potencial enorme.
38:05Esse é um diagnóstico conhecido.
38:07Mas não é destino
38:09nosso crescer.
38:11Isso precisa ser feito.
38:13Precisa ter decisões estratégicas
38:15e decisões políticas
38:17acertadas a serem tomadas.
38:19E não é um estalar de dedos.
38:21Não existe nada que
38:23passe de mágica e você vai consertar tudo.
38:25O que a gente precisa
38:27é de uma agenda que traga
38:29uma série de acertos
38:31em sequência. E eu não sou daqueles
38:33que faço
38:35o cenário de profeta do caos.
38:37Às vezes,
38:39é da nossa cultura
38:41jogar pedra na vitrine
38:43do Congresso da política.
38:45Mas, aos trancos e barrancos,
38:47se a gente busca
38:49uma retrospectiva de uma década
38:51para cá, por exemplo, você vê
38:53reformas estruturantes que o
38:55Congresso conseguiu realizar, que ficaram
38:57paradas durante muito tempo.
38:59Está aqui na nossa audiência o deputado Afonso
39:01Mota, o nosso sempre senador
39:03Romero Juca. E a gente consegue
39:05buscar reforma
39:07trabalhista, reforma
39:09da Previdência,
39:11teto de gastos,
39:13novo arcabouço fiscal,
39:15aprovação agora da reforma
39:17tributária, autonomia do
39:19Banco Central, novo marco
39:21do saneamento básico,
39:23marco do óleo e gás,
39:25as novas regras e marco legal das
39:27startups, a lei da
39:29liberdade econômica. Citei
39:31aqui, pelo menos, umas dez regras
39:33que significaram
39:35avanços do Congresso no tema
39:37do bom ambiente de negócios.
39:39Porque aí, quando eu falava em desafios,
39:41tem um tripé que aparece
39:43na minha frente.
39:45Nós temos o custo Brasil,
39:47nós temos a
39:49excessiva carga tributária,
39:51e nós temos também
39:53a insegurança jurídica,
39:55que é, talvez, desse
39:57tripé, o que mais
39:59tem trazido
40:01problemas de forma recente.
40:03A insegurança jurídica no Brasil, ela inibe
40:05investimentos, ela prejudica
40:07o bom ambiente de negócios,
40:09ela deteriora o mercado
40:11de trabalho formal,
40:13e isso, num mundo que
40:15é globalizado, como foi dito aqui,
40:17essas fronteiras já
40:19caíram. Então, a gente
40:21está lidando numa competição
40:23mundial. Precisa entender qual é
40:25o vetor econômico que faz
40:27com que o Brasil se diferencie
40:29nessa luta.
40:31Não dá para ser bom em tudo. Então,
40:33foi citado aqui, por exemplo, entre as oportunidades,
40:35sem dúvida alguma, esse cenário de
40:37transição energética. Se
40:39tem algo para que o Brasil tenha vocação,
40:41é para liderar esse processo.
40:43E não dá para ter essa imagem
40:45de vira-lata, ficar
40:47à mercê das regras
40:49estándares, ou o que seja, que vem de fora.
40:51O Brasil tem que liderar esse
40:53processo. Não dá para ser mero
40:55passageiro, não dá para fazer parte da paisagem.
40:57Nós temos a COP 30
40:59que está aí vindo ao Brasil.
41:01Gera muita expectativa.
41:03Que tenhamos aprendido com nossos erros.
41:05Passamos há uma década atrás
41:07por um cenário de Brasil realizar
41:09Copa do Mundo e
41:11Olimpíadas. Se imaginava que seria um grande vetor
41:13de transformação da infraestrutura
41:15do país. Mas
41:17o legado que ficou foram grandes estádios
41:19e muito pouco
41:21das transformações que se esperava. Alguns
41:23só se consolidam agora daquilo
41:25que se imaginava dez anos atrás.
41:27Então, esse ambiente
41:29regulatório que o Congresso
41:31Nacional tem enfrentado, mas
41:33precisa avançar, ele
41:35traz seus desafios, sim.
41:37E só para citar como exemplo e encerrar essa
41:39primeira resposta, o André
41:41falou muito aqui sobre a questão
41:43do regime especial
41:45da indústria química.
41:47Você tem, às vezes,
41:49algumas coisas que
41:51são dogmas no Brasil
41:53que precisam ser pensados. A palavra
41:55da moda hoje é equilíbrio fiscal.
41:57Quando se fala em equilíbrio fiscal,
41:59se está vendo aqui o diálogo sobre
42:01subsídio. Parece que já
42:03há um arrepio
42:05imediato. Mas, quando você vai para os números,
42:07você vê que o regime
42:09especial, ele
42:11provocou queda
42:13de carga tributária,
42:15mas significou aumento de arrecadação.
42:17Então, não dá para
42:19não saber ler os números
42:21e ficar com esses dogmas
42:23que, infelizmente, têm impedido
42:25alguns avanços.
42:27E aí, senador, como se já não
42:29houvesse desafios suficientes,
42:31vivemos hoje esse cenário de
42:33guerra tarifária e com
42:35toda a hecatombe
42:37mundial que decorre
42:39desse cenário.
42:41O Congresso, inclusive,
42:43com um acordo muito grande entre partidos
42:45de todos os lados do
42:47espectro político, nas duas
42:49casas, aprovaram com bastante agilidade
42:51a lei da reciprocidade,
42:53para o Brasil ter
42:55essa legislação à mão, caso precise reagir.
42:57E temos também,
42:59entre a imitação, o programa especial
43:01de sustentabilidade da indústria química, que está
43:03hoje em uma comissão da
43:05Câmara dos Deputados. O senhor entende
43:07que esse projeto também é importante
43:09para um momento como esse, para que o Brasil
43:11tenha essa legislação
43:13também como forma de enfrentar esses desafios?
43:15Perfeito, Fabio.
43:17E uma palavra aí que foi
43:19dita é importante. Elas são mecanismos
43:21para serem usados de forma inteligente.
43:23Não é algo automático.
43:25Você tem que ter estratégia.
43:27Por isso que eu digo, decisões
43:29políticas são
43:31importantes na agenda que o Brasil
43:33vai enfrentar. Aqui estamos falando
43:35Brasil 2030.
43:37Você pensa no 40, você pensa no 50.
43:39Tem que parar de querer
43:41olhar para o umbigo e pensar nessa agenda
43:43estratégica. Por exemplo,
43:45o que é que está em voga
43:47agora, nós vamos votar hoje
43:49no Senado Federal, a nova
43:51lei do licenciamento ambiental.
43:53Estamos falando de algo
43:55que parece velho,
43:57Arnaldo Jardim, que é algo
43:59que é um parto.
44:01E como todo parto,
44:03sangue, suor e lágrimas
44:05para poder chegar até aqui.
44:07E é inconcebível que se tenha demorado
44:09tanto, de algo que se discutiu tanto,
44:11mas que a gente ainda vê tantos
44:13entraves. Se falou, o Brasil
44:15tem suas vocações, a transição energética
44:17está aí, mas já se viu
44:19um detalhe. Não é
44:21uma transição energética plena.
44:23Vai demorar muito. Não é a mudança
44:25de um modelo
44:27para outro. Na verdade, o que nós estamos
44:29vivendo hoje, a minha percepção,
44:31é uma adição de energia
44:33renovável demais.
44:35Mas você não vai abandonar esse modelo
44:37que ainda está vigente hoje.
44:39Então, a gente tem que saber
44:41aproveitar esse momento de transição com essa
44:43vocação que é brasileira, parte mineral.
44:45Foi dito aqui,
44:47o licenciamento ambiental, esse novo licenciamento
44:49que permita que a gente possa
44:51fazer uma exploração sustentável.
44:53A gente precisa aliar o Brasil
44:55que preserva com o Brasil que produz.
44:57Isso é desenvolvimento sustentável.
44:59Não é ficar só no Brasil que
45:01preserva e nem também focar
45:03só o que produz. O Brasil tem
45:05essa capacidade de unir
45:07essas duas virtudes. E a indústria
45:09química joga esse papel
45:11decisivo de inovação,
45:13de pesquisa,
45:15de produção
45:17que une
45:19o material
45:21mineral,
45:23as matérias primas
45:25do Brasil com a criatividade
45:27do nosso povo.
45:29O brasileiro é alguém forjado na luta,
45:31forjado nas dificuldades.
45:33Alguém que veio, Romero,
45:35de um tempo
45:37da hiperinflação, que não é uma
45:39coisa tão distante da gente, do overnight
45:41para um cenário
45:43de equilíbrio, de ajuste.
45:45E quando a gente fala em ajuste,
45:47eu tive a missão, além de tantas
45:49outras, de assumir agora a presidência da
45:51CMO, a presidência da Comissão
45:53Mixta de Orçamento. E aí
45:55você pode ter certeza,
45:57terá lá na presidência
45:59alguém com a visão
46:01de equilíbrio fiscal.
46:03Agora é importante essa palavra
46:05da moda. E aí você falava
46:07em governo, na pergunta
46:09anterior ali ao Reinaldo.
46:11O governo tem de perceber
46:13que equilíbrio fiscal não se faz
46:15apenas pelo lado da receita.
46:17Aumentar imposto, aumentar
46:19a líquida, para arrecadar, arrecadar
46:21e arrecadar, para bancar
46:23um cenário de gastança desenfreada
46:25do que
46:27pretende ser política pública.
46:29Estão esquecendo que o equilíbrio
46:31se faz pelo lado da despesa.
46:33Qualificar o gasto público,
46:35eliminar o desperdício,
46:37reduzir custos
46:39para que você possa ter...
46:41Quem produz no Brasil,
46:43senhores e senhoras que estão aqui,
46:45o setor produtivo já não suporta
46:47mais sobre seus ombros o peso
46:49de uma carga tributária que é extorsiva.
46:51Foi dado aqui o exemplo.
46:53Se retirou um regime
46:55especial, se diminuiu a arrecadação.
46:57Será que aos olhos da receita,
46:59será que aos olhos de quem cobra, não se consegue
47:01fazer a leitura desses números?
47:03Nós tivemos, por exemplo, a discussão
47:05forte sobre a desoneração
47:07da folha de pagamento, como se
47:09fosse algo normal
47:11se cobrar tributo sobre emprego.
47:13Isso está errado, isso tem de ser repensado.
47:15Eu sou o autor da lei da desoneração
47:19da folha de pagamento.
47:21Então, quer dizer, e foi uma luta,
47:23o governo vetou, nós tivemos de derrubar veto
47:25para que chegasse, para dizer o quê?
47:27Se setores que são intensivos
47:29em mão de obra, e se falava aqui
47:31da média salarial
47:33da indústria química, que é mais alta,
47:35precisa ser estimulado, porque
47:37a automação está batendo na nossa porta,
47:39a inteligência artificial está batendo na nossa porta,
47:41e se o emprego,
47:43o salário do pai e da mãe de família
47:45ficar cada vez mais caro,
47:47a robotização, ela será
47:49viável.
47:51Então, acredito, sim, que há
47:53espaço nesse ambiente regulatório
47:55e o Congresso está de portas
47:57abertas, está de mãos tendidas
47:59e o testemunho fala
48:01mais alto que a promessa. Falei aqui
48:03de várias agendas que foi possível
48:05aprovar e acredito, sim, que
48:07o regime especial pode estar
48:09nessa agenda para vir na sequência
48:11dessas votações, como ter
48:13licenciamento ambiental
48:15e ter enfrentamento também ao devedor,
48:17quanto mais, que é algo também que
48:19precisamos avançar nessas
48:21análises de agenda econômica
48:23que virão. Obrigado, senador.
48:25Para a gente encerrar agora,
48:27tem um minutinho de considerações
48:29finais para todos vocês.
48:31Quer já seguir na sua linha,
48:33senador, só fazer um fecho
48:35depois de tudo que o senhor ouviu aqui, dos argumentos,
48:37das análises? Como eu disse,
48:39eu acredito que a gente tenha um cenário e eventos
48:41como esse se prestam a esse
48:43caldo cultural, porque as
48:45modificações, elas não serão
48:47no estalar de dedos. É uma
48:49agenda que se pretende implementar
48:51e acredito que o Congresso,
48:53mais uma vez, mesmo nos seus trancos
48:55e barrancos, com as críticas
48:57e avaliações que são feitas pela
48:59sociedade, tem conseguido fazer entregas
49:01de lei como autonomia do Banco Central,
49:03lei de liberdade econômica
49:05e reforma tributária que vieram
49:07por aí. O Brasil
49:09tem um sistema
49:11que a gente espera agora que com
49:13essa mudança seja mais simples,
49:15menos burocrático e que facilite
49:17a vida de quem produz.
49:19Se a gente conseguir
49:21essa nova
49:23leitura de um modelo
49:25que é o CDE pratica no mundo,
49:27claro que o Brasil, até para copiar,
49:29dá trabalho. O nosso IVA
49:31é um IVA dual
49:33para atender a três níveis de federação,
49:35mas é IVA,
49:37dentro dos seus conceitos, aquilo que é
49:39praticado na economia mundial
49:41e vai ajudar na nossa
49:43competitividade. Então, redução de custo
49:45do Brasil, diminuição de burocracia
49:47e mais segurança jurídica
49:49para que quem investe no
49:51Brasil possa encontrar um ambiente
49:53mais propício. Obrigado, senador.
49:55André, suas considerações
49:57finais. Um minutinho, por favor.
49:59Obrigado, Fábio. Obrigado, senador.
50:01Daniela, Reinaldo.
50:03Eu acho que não há dúvidas
50:05a partir da realidade atual de que
50:07o grande motor de desenvolvimento econômico
50:09mundial é a indústria. E no Brasil
50:11não pode ser diferente.
50:13Se nós aprendemos a lição
50:15com o mundo, especialmente com a China
50:17dos anos 90 para cá,
50:19com os Estados Unidos, que é um país altamente
50:21industrializado, mesmo com a Europa,
50:23se nós aprendemos essa lição,
50:25vamos entender que nós temos necessidade
50:27desse motor para que o crescimento
50:29brasileiro seja sustentado.
50:31Para que a gente não viva
50:33crescendo 3%, caindo 2%,
50:35crescendo 1%,
50:37caindo 2%, 3%.
50:39Então a gente tem que ter um crescimento
50:41contínuo, e isso vai melhorar a vida
50:43da população brasileira.
50:45Se a indústria é o motor,
50:47e nós acreditamos que a indústria é o motor,
50:49a indústria química é a energia
50:51para mover esse motor,
50:53sem dúvida nenhuma. E essa
50:55energia precisa ser produzida,
50:57sustentada, apoiada
50:59com incentivos.
51:01É muito bom
51:03ouvir as palavras do senador,
51:05eu acho que o Congresso Nacional começa a se
51:07abrir para essa visão de que
51:09o incentivo não é uma renúncia,
51:11se bem construído,
51:13o incentivo pode, inclusive,
51:15gerar nova arrecadação.
51:17Eu usei o exemplo aqui, queria encerrar minha fala
51:19voltando a esse exemplo.
51:21Quando a gente suspender um incentivo
51:23para essa energia criadora
51:25que move o motor da indústria
51:27brasileira, o próprio
51:29Tesouro Nacional sofreu com isso,
51:31teve uma queda de 6 bilhões
51:33em arrecadação
51:35de 2022 para 2023.
51:37Quando o governo voltou a perceber
51:39que esse instrumento é importante
51:41e podia gerar
51:43nova arrecadação, ele regulamentou
51:45de novo, depois do governo
51:47impedir que esse
51:49incentivo fosse extinto,
51:51e o governo cresceu
51:53a sua arrecadação em 6
51:55bilhões de reais, aproximadamente,
51:57do ano de 2023
51:59para o ano de 2024.
52:01Então, são números concretos que
52:03mostram que, ao apoiar a
52:05indústria química, ao gerar essa
52:07energia, o motor
52:09do desenvolvimento econômico
52:11se mexe, ele roda
52:13e ele produz crescimento.
52:15Nós fomos um dos principais
52:17motores, apesar de todas as dificuldades,
52:19do crescimento do PIB
52:21no último ano, acima de 3%.
52:23E é isso que nós queremos continuar a ser.
52:25Portanto, é importantíssimo
52:29essa sinalização,
52:31essa disposição do Congresso
52:33de discutir a partir
52:35da apresentação do projeto de lei
52:37892 de 2025,
52:39apresentado pelo senador
52:41Afonso Mota, recentemente,
52:43na Câmara. Muito obrigado, Fábio.
52:45Muito obrigado, André. Daniela, por favor.
52:47Obrigada, Fábio, senador.
52:49Fiquei muito feliz com as suas palavras.
52:51André, Reinaldo,
52:53eu sou a líder
52:55da transição energética
52:57no Sustainable Business Corp.
52:59E por quê? Porque o Brasil é a referência,
53:01porque nós temos os casos
53:03de referência de transição
53:05energética de sucesso
53:07aqui no país. E como engenheira química,
53:09eu queria poder entregar
53:11para os nossos filhos e para os nossos netos
53:13a indústria química verde,
53:15sendo uma das bases
53:17do crescimento do Brasil.
53:19Nós temos matéria-prima, nós temos
53:21lignina, nós temos glicerina,
53:23nós temos etanol, nós temos biomassa.
53:25É disso que nós precisamos.
53:27Os incentivos, eles vêm
53:29para aumentar a receita,
53:31para subir. Quando nós subimos as nossas cargas
53:33para 100%, junto
53:35com os nossos crackers, junto com os nossos
53:37reatores, vem o quê? Vem emprego,
53:39vem uma melhoria da comunidade
53:41que está às nossas voltas,
53:43vem uma química de referência para o mundo
53:45com uma pegada de carbono
53:47extremamente baixa,
53:49e vem impostos. Então, eu acho que é
53:51isso que o Brasil tem que ver, que a
53:53indústria química pode ser a base
53:55de um PIB sustentável
53:57e de uma referência onde o Brasil
53:59vai despontar como ninguém. Nós
54:01não podemos perder essa oportunidade
54:03maravilhosa. Obrigado, Daniela.
54:05Para a gente encerrar, Reinaldo,
54:07um minutinho, por gentileza. Bem, eu queria agradecer
54:09ao senador, ao André,
54:11à Dani, pela colaboração.
54:13Mas eu queria fazer só uma referência
54:15histórica. Eu lembro do
54:17Cerrado Brasileiro, que a turma falou que não prestava
54:19para nada. Eu lembro
54:21a agricultura nossa do algodão quase
54:23sendo dizimada. Eu lembro da
54:25soja. A Fazenda Itamaraty
54:27foi um grande malastro na época.
54:29Bem, aí o governo
54:31criou a Embrapa, que desenvolveu
54:33maravilhosamente a indústria,
54:35a indústria agro,
54:37e
54:39deu incentivos. Incentivos em equipamento,
54:41incentivo em lavoura,
54:43e ela vem fazendo isso até agora.
54:45E hoje nós somos referência da agricultura no mundo.
54:47Se não somos os primeiros, talvez
54:49sejamos o segundo produtor de soja.
54:51Grandes produtores de algodão. A gente fazia
54:53500 mil toneladas, faz 3 milhões. Bem, isso era
54:55a agricultura. O que fez? O apoio do
54:57governo. Bem,
54:59o que falta para a agricultura?
55:01Fertilizante, que é a indústria química.
55:03O que a indústria química está precisando? Está precisando de
55:05fertilizante, que é o novo regime,
55:07para que a gente possa crescer junto com a
55:09agricultura. Está bom? Obrigado.
55:11Obrigado, Reinaldo. Muito obrigado
55:13a todos os nossos panelistas por essa
55:15conversa de alto nível.
55:17E esperamos que isso
55:19influencie de alguma forma os
55:21debates e a condução das políticas,
55:23das discussões no Brasil. Muito obrigado a todos pela atenção.
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