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Vanessa Pinsky, especialista em sustentabilidade, explicou ao Fast Money os avanços desde o Acordo de Paris, a importância do Brasil na agenda climática e como a COP30 deve abrir oportunidades de negócios verdes, mitigar riscos climáticos e promover ações corporativas de descarbonização.

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Transcrição
00:00.
00:00194 países assinaram o Acordo de Paris lá em 2015, se comprometendo a reduzir as emissões de carbono
00:15e evitar um aumento da temperatura mundial. Para tanto é necessário investimento em infraestrutura
00:20sustentável, para que se alcance de fato a eficiência energética com a adoção de fontes de energia
00:26renovável e também de tecnologias limpas. E esse vai ser um dos assuntos da COP30, que vai ser realizada
00:33em Belém, está chegando. E para a gente falar mais sobre esse tema tão importante, vamos receber agora
00:37ao vivo aqui no estúdio do Fast Money a Vanessa Pinsky, que é especialista em sustentabilidade.
00:43Prazer te receber aqui. Seja bem-vinda. Felipe Machado se uniu a nós aqui para participar da conversa.
00:48Boa tarde, Felipe.
00:48Bem, Natália, boa tarde. Boa tarde, Vanessa.
00:50Boa tarde.
00:50Vanessa, 10 anos se passaram desde que o Acordo de Paris foi assinado. E aí eu queria, você que
00:57acompanha tão de perto tudo isso, que você contasse para a gente o que mudou de fato, de
01:05forma real e mensurável. Porque medir e calcular e mostrar as mudanças quando se fala de mudanças
01:13climáticas e sustentabilidade é um grande desafio, não? Boa tarde.
01:16Boa tarde. Bom, é um grande desafio, mas acho que a expectativa é bastante grande com
01:21relação à COP30 que vai acontecer em pouco mais de um mês em Belém. E eu acho que
01:28eu quero pontuar três aspectos que são importantes. O primeiro deles é que vai ser um grande marco
01:33na diplomacia do clima desde a Rio 92, aonde pela primeira vez, após 10 anos da assinatura
01:42do Acordo de Paris, os países vão fazer um balanço global em relação às contribuições
01:49nacionalmente determinadas, o que foi cumprido em relação às metas estabelecidas por cada
01:56país conforme a sua capacidade institucional e fontes de investimento para investir em termos
02:03de resultados em descarbonização. A outra expectativa grande com relação à COP, ela está relacionada
02:10a um papel protagonista que o Brasil pode exercer no mundo com a sua liderança na agenda do clima.
02:17E aí destaca um pouco o Brasil como uma potência enorme na área de produção de energia renovável,
02:23cerca de 90% da nossa matriz energética é de origem renovável.
02:28O segundo aspecto tem a questão da liderança dos países em termos de liderar, pelo exemplo,
02:35não só na transição energética com relação a uma matriz renovável, mas também olhando
02:40para o grande ativo climático que nós temos no Brasil, que é a Amazônia, o bioma mais
02:48biodiverso do planeta e que exerce uma função ambiental muito importante, não só para o planeta,
02:55mas para o mundo em termos de estoque de carbono nas raízes das águas, mas também na perspectiva
03:01de regular o regime de chuvas de várias regiões do planeta.
03:05E por fim, eu quero destacar, não menos importante, mas a liderança do setor privado na COP30.
03:12Então, muito importante, além de todos os desafios das discussões e negociações climáticas
03:18em relação à agenda de mitigação e adaptação à mudança climática, ao tema das perdas e danos,
03:25mas também a questão do financiamento, é o papel fundamental do setor privado em termos
03:31de participar, seja presencialmente ou não, e levar a sua contribuição em termos de compromissos
03:37e metas de descarbonização e contribuir com o fomento de uma economia regenerativa,
03:44verde, de baixa intensidade de carbono, considerando principalmente que está cada vez mais claro
03:51para todos, que a mudança do clima, ela não é uma questão só de um impacto ambiental,
03:57ela é uma crise econômica absolutamente sem precedentes e uma crise humanitária com a materialidade
04:03dos eventos climáticos extremos.
04:06É verdade.
04:06Felipe, só pergunta agora para a Vanessa.
04:08Tudo bem, Vanessa.
04:08Boa tarde mais uma vez.
04:09Boa tarde.
04:10Vanessa, muito interessante isso que você falou da importância do setor privado, né?
04:14Na COP30, normalmente a gente fala do papel do Brasil ou do papel dos países de uma maneira
04:17mais até abstrata ou até focando muito no meio ambiente, interessante você trazer esse
04:22ponto.
04:23Queria, a partir daí, então, desse raciocínio, que você falasse um pouquinho sobre oportunidades
04:26de negócio, porque imagino que essa economia verde, ela traz também várias oportunidades
04:31de negócio que a gente, às vezes, não vê tanto no dia a dia ou que a gente poderia aproveitar
04:35de uma maneira melhor para ter impacto econômico também nos países, porque não adianta você
04:39ter só uma agenda ambiental e ela tem que se reverter em algum tipo de benefício econômico
04:43para os países e para as empresas de maneira geral.
04:46Queria que você falasse um pouquinho sobre esse lado, oportunidades de negócio que vão
04:49surgir ou aprimorar ou se ampliar a partir da COP30.
04:54Bacana.
04:54Acho que é importante contextualizar nessa perspectiva de negócios que a crise do clima,
05:00ela, na verdade, é um problema, é um dos grandes problemas, talvez o mais complexo
05:05e sistêmicos que nós temos hoje na humanidade, porque ela requer o engajamento e ação coletiva
05:10tanto de atores públicos e privados, de absolutamente todos os setores, importes de empresas e setor
05:20econômico oriundo das empresas.
05:22A questão das mudanças climáticas, que é importante conectar nessa agenda de negócios,
05:27ela tem duas grandes frentes.
05:29Uma frente é a agenda de mitigação e a outra frente é a de adaptação.
05:32Na agenda de mitigação é todo o investimento tecnológico de transformação que as organizações
05:39precisam fazer para descarbonizar suas operações.
05:43Seja a descarbonização da operação interna, que nós chamamos de escopo 1, a descarbonização
05:49oriunda do consumo de energia elétrica, que a gente chama de escopo 2, e o mais desafiador
05:56é fazer todo o investimento e transformação e trabalhar junto com a sua cadeia de valor
06:02de ponta a ponta, especialmente olhando para a área de suprimentos, a questão da descarbonização
06:07do escopo 3, que em muitas empresas ela pode estar relacionada a milhões de pequenos e médios
06:15empreendedores pelo Brasil, em setores intensivos, por exemplo, como logística multimodal, a área
06:20de transportes, ao agronegócio trabalhando com uma gama de pequenos empreendedores.
06:27Então, por trás dessa agenda de mitigação, há muitas oportunidades de negócio para a inovação,
06:33para a sustentabilidade.
06:34São as tecnologias, sejam elas na agricultura, no setor de energia, no setor de operações,
06:40na gestão de resíduos sólidos ou economia circular, que vão buscar soluções que muitas
06:45vezes não estão prontas para descarbonizar a economia e olhando com foco no setor produtivo.
06:52E a outra grande frente, tão importante quanto a agenda de mitigação, é a agenda de adaptação
06:58às mudanças climáticas, que significa o quê?
07:01Nós já estamos percebendo que o custo da inação e descarbonizar a economia, ele já
07:06é muito superior à da ação.
07:09E isso requer investimento em ações de adaptação para se adequar à nova realidade do clima.
07:15Com eventos climáticos extremos, que podem ser ondas de calor, a questão de seca sem
07:21precedentes, impactando setores como o setor de seguros, o agronegócio e tantos setores
07:26vulneráveis à variação do clima, impactando o calendário agrícola, por exemplo, do agronegócio
07:31com perdas de safras.
07:33E olhando para a perspectiva da infraestrutura, não somente das empresas, como das cidades,
07:38em se adaptar e tornar as cidades e os negócios e a infraestrutura do setor privado mais
07:45resilientes para os eventos climáticos extremos, que a gente tem presenciado aí mais fortemente,
07:51que vai acontecer com maior intensidade e frequência, como, por exemplo, a destruição
07:55de telhados de fábricas importantíssimos, como a inundação e destruição de fábricas.
08:01E tudo isso olhando para a perspectiva de como que a gente vai criar uma capacidade de
08:06resiliência para tornar aí os negócios, as cidades e a sociedade não tão vulneráveis
08:12aos eventos climáticos extremos.
08:14Exatamente, muito urgente, né?
08:16E para a gente fechar bem rapidinho, não tenho como não te perguntar, porque assim,
08:21quando a gente fala de políticas de descarbonização corporativa, a gente tem visto, de fato, muitos
08:26avanços, né?
08:27Mas quando fala nisso, também vem sempre aqueles questionamentos em relação ao greenwashing,
08:32né, Vanessa?
08:33Como diferenciar o discurso da prática e o que, de fato, tem funcionado e que exemplo você
08:38pode compartilhar aqui com a gente?
08:39Essa é uma questão importante, Natália, do greenwashing, que de uma maneira bem geral
08:45é quando as empresas extrapolam um pouco seu posicionamento e comunicação com o mercado
08:49e reportando práticas que, na verdade, não condizem com a realidade dos negócios, né?
08:55E como a gente faz para minimizar isso?
08:57Muitas vezes isso acaba não sendo intencional, mas olhando para a perspectiva de evitar riscos
09:03reputacionais relacionados a essa agenda aí de descarbonização, o mais importante
09:08é você ter uma liderança dentro das organizações e conselhos e administradores, agentes
09:13de governança engajados nessa agenda e que tenham o seu compromisso, o seu dever fiduciário
09:20de estar estabelecendo metas e compromissos de descarbonização de forma transparente,
09:27com consistência, reportando aí os seus indicadores em termos de balanço de carbono,
09:33de estoque de carbono, ações de mitigação e adaptação, compromissos e metas e como
09:39que essa jornada de descarbonização está sendo construída no curto, no médio e no
09:44longo prazo.
09:45E uma questão bastante importante que mostra as melhores práticas de mercado é quando
09:49as empresas avançam nas suas estratégias de descarbonização, olhando para mitigação
09:54e adaptação em mudanças climáticas, é estabelecer isso como compromisso dentro
09:58das organizações e atrelar também remuneração variável dos executivos a essas metas que
10:04são metas corporativas, né?
10:06Então, a agenda de descarbonização, ela deixa de ser projetos e ela passa a fazer
10:10parte de uma estratégia corporativa com o dever fiduciário de conselheiros dentro
10:16das organizações.
10:17Perfeito.
10:18Quero agradecer demais a Vanessa Pinsky, que é especialista em sustentabilidade.
10:23Então, trazendo para a gente esse panorama do mercado, as perspectivas e expectativas para
10:27a COP30, que já está logo aí, batendo na porta.
10:30Vanessa, muito obrigada, viu?
10:31Eu que agradeço contribuir.
10:32Muito obrigada, volto sempre.
10:34Boa tarde para você.
10:34Obrigada, boa tarde.
10:35Obrigada, boa tarde.
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