No terceiro dia do evento de marketing e comunicação em São Paulo, Maximídia, Pablo Valler conversou com Eliane dos Santos, head de cultura e sustentabilidade da Natura, sobre como a empresa integra sustentabilidade ao dia a dia das pessoas e apoia comunidades da Amazônia há 25 anos.
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00:00E agora a gente fala do terceiro e último dia de um evento onde as principais lideranças de marketing e comunicação do país se reúnem.
00:08Isso está acontecendo em São Paulo e é um local onde se discute os desafios do presente, o futuro do setor também.
00:15A programação continua com painéis sobre inteligência artificial, cultura criativa, inovação social e transformação nas relações com o consumidor.
00:24E o repórter Pablo Waller está por lá e se conectou.
00:28Parou de circular um pouquinho para bater um papo com a gente e contar o que chamou a atenção dele hoje nesse terceiro e último dia.
00:35Pablo, boa tarde, bem-vindo.
00:39Oi, Nath. Obrigado. Boa tarde a você e também quem está com a gente aqui nessa tarde no Fast Money.
00:44Hoje o painel de abertura foi sobre sustentabilidade e como que tema, né, ele tem que entrar realmente no dia a dia da gente.
00:53Não ser algo discutido apenas por especialistas. A gente tem que tornar esse tema, a palavra certa é sexy mesmo.
01:00Para que a gente consiga discutir com todo mundo, né.
01:04Até com as crianças que ainda estão entendendo o que é o planeta, já tem que entender que ele está em crise, está doente.
01:11A gente precisa cuidar mais dele.
01:13Quem está trazendo essa mensagem para cá é a Eliane dos Santos, que é da Natura. Ela vai conversar com a gente agora.
01:19Eliane, boa tarde, bem-vinda ao Fast Money.
01:23Conta para a gente sobre a Natura, inclusive, como uma pioneira nesse trabalho que valoriza o que é do Brasil, dos produtos da natureza, da Amazônia, por exemplo.
01:34Acaba apoiando já aquelas comunidades que trabalham com aqueles produtos que só tem lá.
01:40Porque quando a gente fala de sustentabilidade e também o potencial do Brasil, que é de trilhões de dólares em ativos que podem existir no meio da floresta, por exemplo.
01:48Ninguém conhece ainda.
01:50A Natura já fazia isso há uns 25 anos, né.
01:53Boa tarde, muito feliz de estar aqui.
01:59Bem, acho que como você bem colocou, existe uma interdependência muito clara entre pessoas, natureza, entre ecossistemas naturais e entre os negócios.
02:09Então, quando a gente olha para a Natura, de fato, a Natura foi muito pioneira.
02:12Porque há 25 anos, quando ninguém falava sobre usar bioingredientes da biodiversidade brasileira em seus produtos, a Natura lança sua linha Natura Ecos, né.
02:23Então, isso foi muito emblemático.
02:25E ao longo desses 25 anos, a Natura também foi aprendendo, juntamente com as comunidades, unindo o conhecimento tradicional das comunidades, né.
02:33Entendendo melhor o funcionamento da própria floresta para evoluir neste processo.
02:38E hoje a gente atua com cerca de 46 bioingredientes da nossa biodiversidade.
02:45Então, isso é muito emblemático e também demonstra todo o potencial, como você trouxe, da sociobioeconomia para a gente colocar esse desenvolvimento econômico, né, para além da região norte e para a gente ampliar isso também para outras indústrias, né.
03:01E até quis começar com isso, viu, Eliane, para o pessoal também entender que não foi só porque eu quis valorizar essa parte da empresa, né, mas porque com isso a gente acaba fazendo justamente aquilo que foi discutido aqui, né.
03:15Trouxe para o dia a dia dessa mulher, dessa menina, né, que usa um hidratante, que tem um cheiro do açaí.
03:22E ela, a partir dali, começa a se perguntar, mas como é que o açaí veio parar nesse pote, né, ali a gente já começou a fazer a comunicação de trazer o tema para o dia a dia, né.
03:33Exato. E esse ponto que você traz, ele é super importante, né.
03:36A gente geralmente costuma unir as duas coisas, mostrar que, de fato, os nossos produtos, eles trazem performance cosmética, eles atendem as necessidades pela qual o cliente buscou aquele produto para fazer o tratamento da sua pele,
03:49cuidar da sua face, levar um bem-estar, mas, na mesma medida, ele gera valor, ele gera impacto positivo para milhares de famílias.
03:56Então, só para você ter uma ideia, a partir desses ingredientes que são utilizados nos nossos produtos, hoje a gente apoia 10 mil famílias na Amazônia, de 44 comunidades,
04:07em especial comunidades que têm como chefes de famílias, muitas vezes, mulheres.
04:12Então, a gente trabalha de forma a gerar valor para um grande ecossistema, para toda uma cadeia com repartição justa pelo conhecimento tradicional,
04:23e mais do que isso, né, torna isso sustentável ao longo do tempo, porque a Natura já está há 25 anos trabalhando com o modelo de economia da floresta em pé.
04:32A Natura, até diríamos, tem uma facilidade para comunicar isso, porque ela já tem até no nome, né, algo que nos lembra a natureza, a sustentabilidade, né,
04:41mas também tivemos aqui, agora, em discussão com você, inclusive, no painel, né, gente de bancos, grandes instituições financeiras, né,
04:50também outras empresas do Brasil, que a gente sabe, que já estão trabalhando aí com a sustentabilidade,
04:55quem trabalha com petróleo, por exemplo, com mineração, para eles é mais difícil comunicar sustentabilidade, né,
05:01Como é que você acha que também eles podem fazer que isso entre no dia a dia?
05:07É, eu acho que tem uma questão importante que foi falada aqui no evento, que, de fato, a gente, o processo de educação sobre sustentabilidade,
05:14sobre todos esses impactos, ele é um processo contínuo.
05:17Hoje, a gente comunica, mas, obviamente, a gente tem um grupo de pessoas que tem acesso, né, tem acesso mais fácil à informação,
05:25e ela acaba sendo muito mais impactada e, muitas das vezes, tem uma compreensão melhor sobre todos esses impactos.
05:31Mas a gente só vai conseguir, de fato, trazer sustentabilidade para a mesa, para o cafezinho, para a escola,
05:38se a gente levar essa comunicação de uma forma didática, simples e, mais do que isso, fazendo os recortes certos de acordo com o público.
05:45Então, quando eu estiver falando com a dona de casa, eu tenho que levar essa comunicação de uma forma.
05:50Quando eu estiver falando com um jovem numa escola, eu tenho que levar de outra forma.
05:53Mas, no final, eu tenho que mostrar essa interdependência.
05:56Todos nós estamos integrados à natureza.
05:58Aquilo que a gente come, aquilo que a gente veste, aquilo que a gente usa na pele, né, é impactado pela forma como a gente vive hoje,
06:06com o desenvolvimento econômico como ele é construído hoje.
06:09Então, sim, o processo de educação, ele precisa ser contínuo e precisa refletir as diferentes realidades de público que a gente tem no país.
06:16Não adianta só, né, trazer um bom relatório de sustentabilidade, né, informar o mercado financeiro e achar que já se assegurou como valor de mercado para a empresa, inclusive, né?
06:26Tem que trazer isso para o dia a dia dos clientes, porque eles vão trazer esse valor para a sua marca comprando o produto que é mais sustentável, né, Eliane?
06:35Exato. E a gente tem falado muito sobre isso, né?
06:37Por exemplo, na Natura, a gente não tem dúvidas de que sustentabilidade é um vetor de diferenciação para a marca.
06:43Mas a gente quer mais do que isso, a gente quer que no momento que o cliente tome a decisão de escolher o produto X e Y, ele escolha a Natura por todas essas razões.
06:51É uma empresa que trabalha com responsabilidade, que não faz testes em animais, que desenha, que traz design de embalagens, né, a partir de insumos pós-consumo.
07:01Então, tem um conjunto de coisas que são incorporadas a esse produto e é isso que tem que ser um fator de diferenciação para uma tomada de decisão mais consciente na ponta.
07:10Parabéns pelo trabalho, Eliane, muito clara, muito objetiva, né, uma estudiosa do tema, legal falar com você.
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